Love Me Until The Death escrita por Madame Bovary


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee, galera!
Sei que demorei a postar, mas meio que fiquei sem internet.
Enfim, muito obrigada a todos que comentaram ;D
Ta aí, mas um capitulo.



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- Por que você vai para essa festa? Nós sabemos que em geral, elas sempre acabam mal – Damon disse, enquanto observava Nelly que se arrumava em frente ao espelho, desembaraçando seus cabelos com os dedos.

- Nós temos que ir, é o baile de outono, meio atrasado, mas é o baile de outono – respondeu se olhando ao espelho, sentia-se cansada, em principal pelo sonho, não que o “esforço” da noite não a tivesse cooperado também – e você vai junto – disse com uma voz decidida.

Damon riu pelo nariz, se esticando mais na cama.

- Como sabe que vou mesmo? – disse.

- Tenho outros acompanhantes pendentes que posso contatar, caso não queira – Nelly disse em tom de brincadeira, Damon bufou – você vai comigo e ponto final – falou revirando os olhos, sentou-se ao lado de Damon e deu um beijo em sua bochecha – ainda não me contou o que aquele vampiro e Katherine estavam fazendo aqui, e muito menos como Loretta entrou nessa.

- Encontramos aquele cara, o Michel, com Katherine, eles iam roubar os Lockwood, alguma coisa importante, não faço ideia do que seja, mas para o seu pai ter arriscado o couro, deve ser...

- Espera – ela interrompeu trêmula – meu pai estava envolvido nisso? – ele não respondeu, ela tomou sua postura com uma ponta de traição e raiva acendendo nos olhos, como ele pode esconder isso dela? – você sabe quem matou ele, não sabe?  - deduziu, ele novamente não respondeu apenas bufou e voltou seu olhar para a janela, ela riu pelo nariz sem humor – como pôde esconder algo assim? Ele era meu pai. Tem ideia do quanto isso é importante? – disse em um folego só, mas Damon parecia inabalável, ela o olhava incrédulo, como se não acreditasse na indiferença dele - Quando vai parar de mentir seu canalha egoísta?

Nelly pegou seu casaco jogado no chão e o vestiu. Dirigiu-se até a porta rapidamente, e quando estava prestes a fechar, Damon chamou-a.

- Nelly – disse atraindo a atenção da morena que segurava firmemente a maçaneta da porta – te pego às 7h para o baile.

Ela bateu a porta com toda força que pode empenhar, andou pelo corredor xingando e praguejando em voz baixa. Maldito, desgraçado, idiota, imbecil, egoísta dos infernos...

- Nelly? – ouviu Stefan chama-la atrás de si.

- Ah... Oi, Stef – disse forçando um sorriso, Elena estava ao seu lado deu um aceno de cabeça e um sorriso glorioso que Nelly retribuiu.

- Já está indo? – Elena perguntou ajeitando a mochila em seus ombros.

- Sim, tenho que me aprontar para o baile, e não tenho nem sequer uma maldita roupa para ir – lamentou-se, deveria ter planejado isso antes.

- Posso te emprestar um dos meus vestidos, você é quase da minha altura, e o que combina em mim, combina em você – sorriu solidaria, Nelly captou o que ela sugeria, elas eram parecidas, poderiam se passar de irmãs facilmente, claro que sim, sugiram como copias de mulheres que eram irmãs – vamos, eu te dou uma carona.

Nelly suspirou relutante, odiava caridade vinda das pessoas, odiava a ideia de se passar por necessitada ou por coitada. Mas esse era um caso a se repensar, estava sem um vestido e sem grana.

- Ok, vamos logo – disse.

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- Não seja pessimista, você esta ótima – disse Elena encorajando-a, tentando fazer com que os cabelos lisos de Nelly ficassem com leves cachos nas pontas com o babyliss.

Já era próximo das 5h da tarde, ficara o dia na casa de Elena, ligara para Gabriel e omitira algumas mentiras, e concertou tudo, se sentia enojada de si mesma; ultimamente tudo que tem feito é mentir, e sabia que esse não era o melhor caminho. Ryan era prova disso, ligara para ele algumas vezes, em todas caíram na caixa postal, deixou duas ou mais mensagens e as vezes direcionava alguns olhares ao celular, checou todo esse tempo de uma em uma hora seu e-mail, conferia se celular não estava no silencioso, mas não veio sequer um sinal, estava se sentindo preocupada e culpada.

Elena retirou o babyliss formando um ultimo cacho que caiu delicadamente sobre o ombro de Nelly, a Gilbert saiu logo após para guardar o babyliss de volta no quarto de Jenna.  Nelly se endireitou na cadeira suspirando, estava terrivelmente entediada, se observou pasma em frente ao espelho a sua frente, engoliu em seco, estava tão parecida com Alicia... Tocou seu rosto para ter certeza que aquilo não era sonho, se não fosse por seus olhos duros e suas enormes olheiras diria que seria o clone perfeito de Alicia.

- Então, o que quer vestir? – Elena perguntou com dois vestidos em mãos – vermelho ou azul?

- Eu... – Nelly começou, mas foi interrompida por seu celular – vermelho – respondeu rapidamente, enquanto Elena guardava o vestido azul e saia novamente do quarto, afim de arranjar mais coisas para Nelly.

Ela atendeu no terceiro toque, com o coração na boca.

Ligação on*

- Alô – ela disse apressadamente.

- Nelly?– ouviu a voz de Damon chama-la, ela fechou os olhos contendo a raiva acumulada – me ouça ok? Não saia da casa de Elena, nem por sequer um segundo, entendeu? Não saia!

- O que ouve? – perguntou agora preocupada, deixando tudo de lado – você esta bem? O que esta acontecendo?

- Esta tudo bem – disse com um cuidado e uma delicadeza anormal – só se mantenha na casa de Elena.

- Da para você parar de me esconder as verdades para tentar me proteger? Você pode me contar qual quer coisa, eu sou forte, e você sabe disso.

Ouviu Damon suspirar profundamente.

- Katherine conseguiu fugir com o tal de Michel, não conseguimos alcança-los, em um minuto eles estavam lá e em outro “puf”, não estavam mais lá, alguma coisa conseguiu entrar na cela e os soltou tenho quase certeza disso, eu e Stefan estamos tentando acha-lo, e Caroline esta vigiando a casa dos Lockwood, então se mantenha na casa de Elena, por favor.

- Tudo bem – respondeu, tentando se livra da sensação de pânico – cuidado Damon, e eu... – ela começou, mas não sabia se devia terminar, mas simplesmente deixou tudo de lado – eu amo você.

- Eu sei – ela podia ouvir pela voz dele que ele estava sorrindo, não de forma irônica ou maliciosa, mas um que manifestava seu sentimento de afeto – eu também amo você – sussurrou – eu tenho que ir, tchau - desligou.

Ligação *off

Segurou o celular contra a orelha por alguns segundos, e depois o guardou. Não é como se ela estivesse tranquila, estava aterrorizada por Damon. Ele fazia acreditar que era uma situação fácil, ele fazia tudo parecer fácil.

Se lembrou de Ryan, e se perguntava se ele estava em casa seguro e tentando voltar a rotina normal. Mas ela sabia que isso era impossível.

- Nelly! – Elena gritou do andar debaixo.

A Renard correu alarmada rumo a escada em disparada, sentia seu coração acelerar, repartido entre o medo e a preocupação, mas quando chegou ao penúltimo degrau da escada, tudo que encontrou foi Elena olhando-a confusa pela tamanha pressa.

- Tem visita para você – falou puxando Nelly pelo braço até a sala.

E lá estava ele, sentado confortavelmente no sofá, com os braços apoiados nos joelhos, com um chapéu de beisebol sobre a cabeça, com seu costumeiro moletom de capuz e seu jeans rasgado. Ela não sabia se ficava aliviada por vê-lo, ou se o esganava por deixa-la preocupada.

- Bom, eu vou... – Elena disse apontando por cima do ombro com o polegar, mas se interrompeu percebendo que nenhum deles tinha consciência real da sua presença, então apenas saiu para dar privacidade a conversa.

Nelly cruzou os braços observando Ryan, mas o ultimo nem sequer direcionou o olhar a ela.

- Por que não retornou nem uma das minhas ligações? – ela perguntou quebrando o silencio, ele a fitou, ótimo agora ela tinha sua atenção – tem ideia do quão preocupada eu fiquei? Eu sei que é muita coisa para se engolir em uma noite, mas, por favor, não custava ligar, ou simplesmente dizer “eu estou bem, ao menos fisicamente” – se exaltou e revirou os olhos – E...

Nelly se interrompeu quando ele se levantou, e foi até a porta de entrada sem dizer uma palavra.

- Onde diabos você vai? – perguntou confusa.

- Você não quer descobrir o que tem naquela casa? Essa é a sua chance – respondeu ainda de costas, e abriu a porta em um solavanco, sem esperar uma resposta vindo dela.

Observou a porta, dividida entre seguir o que Damon lhe pediu, e descobrir algo importante. Pegou seu casaco e saiu porta a fora.

(...)

- Onde você arranjou essa picape? – perguntou quando estavam em uma das ruas principais esperando o sinal verde abri.

- Um amigo meu chamado Pablo, conhece um cara chamado hot-dog, que conhece um mecânico que concerta carros de empresários, ele me deixou usar essa picape, contanto que eu devolvesse no final do dia – respondeu com um sorriso zombeteiro.

- Tem ideia de que podemos ser presos por isso? – a morena disse, mas segurava uma risada.

- Sim, eu sei – respondeu revirando os olhos, ele parecia mais a vontade agora, um pouco menos tenso – sua amiga Loretta me procurou na hora do almoço, eu creio que ela saiba mais do que você pensa, sobre sua vida, ela arrancou de mim as folhas do diário de Alicia que eu roubei da casa dos Lockwood, ela disse que aquilo poderia me prejudicar, e que Michel viria atrás delas, eu joguei as folhas para ela assim que ela tocou no nome de Michel, ela sabe como convencer alguém – disse e passou a marcha dando partida novamente no carro – ela disse que deveríamos ir a uma lanchonete que fica quase ao final da cidade, acho que ela sabe traduzir aquelas coisas nas folhas.

É claro que ela sabe, ela conhecia Alicia”, Nelly pensou, Loretta era a chance maior de ela arrancar algo sobre ela ser parecida com Alicia, era sua chance final.

- Ryan... – ela começou – o que Charlie estava falando da sua mãe?

Ele suspirou cansado, acelerando mais o carro.

- Droga! Eu sabia que mais cedo ou mais tarde você se tocaria disso – disse frustrado.

- Eu te contei a verdade... – disse cuidadosa – agora é a sua vez.

- Bom... Você tem razão – disse suspirando e passando na cabeça por cima do boné, agora ela podia notar as olheiras profundas nos olhos dele – bem, antes éramos eu, minha mãe e Michel, eu sempre acreditei que ele era meu pai, ele era advogado e minha mãe colunista de um dos mais vendidos jornais do México, eu tinha quatro anos, e me sentia o garoto mais sortudo da terra, viajávamos em todos os feriados e férias de verão, todo final de semana íamos para um chalé na praia ou assistíamos alguns jogos de futebol, até que minha mãe saiu em uma viagem a New Orleans, para fazer uma redação sobre uma apresentação de teatro polemica, quando ela voltou, parecia... Diferente, embora parecesse radiante, talvez eu fosse o único que percebesse que ela estava nervosa por algo, temorosa seria a palavra certa, quando me contou que estava grávida disse que era nosso segredo, que Michel saberia a noite, e como qual quer criança patética e idiota, eu fiquei curioso e me escondi no armário, e bem, quando ela contou que estava grávida dele, bom... Ele bateu nela, ele se transformou em algo monstruoso, acho que eu não estava imaginando coisas quando o vi como um demônio...

- Vampiros não podem ter filhos – Nelly sussurrou entendendo agora.

- O quê? – ele perguntou confuso.

- Michel nunca poderia ter um filho, vampiros não geram filhos.

- Acho que não me surpreendo – suspirou – foi o que Charlie quis dizer com eu ter uma mãe “daquele jeito”, minha mãe caiu em uma depressão total, ela sentia como se tudo tivesse acabado, ela foi despedida, ficamos sem dinheiro, fomos expulsos da mansão que morávamos, e ela não sabia o que fazer com uma criança e um bebê, quando minha irmã nasceu, minha mãe começou a trabalhar como prostituta, e com esse tipo de emprego vem ás drogas, enfim... Minha irmã estava caindo no mesmo caminho, eu também estava, e eu acabei tomando a melhor decisão da vida, se mudar para uma cidade pequena para que elas não tivessem contato com drogas, uma tentativa falha por enquanto, minha irmã como você viu, vive se agarrando com os idiotas mais velhos no cemitério, eu sempre vou lá buscar ela, por isso conheço tão bem, e minha mãe esta no hospital, vitima de uma overdose, e tudo culpa daquele filho da puta que se diz ser meu pai – apertou o volante forte cerrando os dentes – vampiro sanguessuga dos infernos – sussurrou por fim.

 Virou bruscamente para a direita, estacionando atrás de um caminhão, em frente a uma pequena lanchonete digna dos anos 90, uma porta dupla de vidro tinha acima uma placa fosforescente escrita “aberto”, onde as duas ultimas letras estavam queimadas.

Ryan se preparava para sair do carro, mas Nelly o segurou pela manga do casaco.

- Eu vou ajudar você, nós vamos resolver tudo isso, ok? – a Renard disse com um sorriso condescendente.

- Boa sorte tentando – disse puxando seu braço e saindo do carro, ela abriu a porta e foi surpreendida por uma rajada de vento esfregou as mãos juntas, e saiu.

Os dois andaram em direção as portas, entraram na lanchonete antiga, tudo nela lembrava os anos 90, uma máquina de musica ao fundo enfatizava isso, uma velha senhora esfregava um balcão assoviando uma musica qual quer. Os únicos clientes ali era um caminhoneiro que bebia tranquilamente seu café lendo um jornal, uma mulher no canto que fumava como uma chaminé, e no canto oposto tomando tranquilamente um milk-shake rosa, estava Loretta, sentada em um banco acolchoado, ela observava as folhas antigas com um livro tão velho quanto elas. Nelly puxou Ryan pelo braço e foram até a mesa da ruiva, sentando no banco oposto.

- Fico feliz que tenham vindo – falou sorrindo, mas nenhum deles retribuiu – por onde começar?

Nelly colocou os cotovelos na mesa se inclinando, afim de que ninguém além dos presentes na mesa ouvisse.

- Você conheceu Alicia, certo? – perguntou, a ruiva se limitou a assentir e tomar um gole de seu milk-shake – você é uma vampira?

Ela se engasgou com o milk-shake e deu uma pequena risada.

- É claro que não.

- O que diabos você é então? – a morena perguntou impaciente.

- Alguns chutariam que eu sou uma bruxa, mas eles estão errados também – disse encolhendo os ombros e afastou o copo de milk-shake vazio para um canto qual quer da mesa – todas as bruxas e bruxos são da mesma linhagem, parentes, mesmo que distante, mas ainda assim parentes. Todos surgiram da bruxa original, quanto mais direta é sua linhagem com a da bruxa original, mas poderosa você é. Um bom exemplo disso é a sua amiga Bonnie.

 “A minha linhagem, no entanto, é quase uma lenda e uma exceção a tudo, não descendemos da bruxa original, mas sim de um grupo de humanos que tentou copiar os poderes das bruxas, eles estavam realizando experiências conseguiram até caçar uma bruxa, claro que para ter conseguido uma façanha dessas com toda certeza deveria haver entre eles ou vampiros ou lobisomens, o caso é, eles prometeram soltar ela se ela os ensinasse como ter os mesmos poderes, então ela realizou um feitiço arriscado vindo de magia negra, ela usou uma transferência de poderes, usou em todos eles, ela sabia que eles morreriam, e era exatamente o que ela queria, mas para sua surpresa, um deles sobreviveu, seu nome era Will Ashford, apenas um jovem manipulado pelo seu pai para participa daquilo, ela o ajudou a se aperfeiçoar em bruxaria, mas tenho que adicionar um detalhe, Will sobreviveu, porque assim quiseram bruxas antigas do outro lado – fez aspas com os dedos - assim acredito, parece baboseira – disse dando de ombros - mas não é, uma bruxa morta ainda pode se vingar de muita coisa.

“ Will teve descendentes, mas nenhum herdou suas habilidades, e depois de muito tempo, quando não se acreditava de que nada poderia vir, eu nasci, uma das descendentes mais distantes de Will, eu herdei as habilidades dele, posso dizer até que tenho o triplo de poder que ele tinha, posso dizer que derrotaria Bonnie em um combate facilmente, no entanto a minha imortalidade veio de um preço que tenho a pagar, você vai descobrir logo, não se preocupe.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram?
Mereço reviews e uma linda recomendação *--------*??????



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