Love Me Until The Death escrita por Madame Bovary


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oiiii
Eu sei que eu estou mega sumida, mas é que eu tive alguns problemas...
Mas enfim, o capitulo ta grande justamente para compensar...
Não ficou do jeito que eu queria, mas tudo bem.
Boa leitura a todos ;D



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– Com quem você estava falando? – Gabriel perguntou a irmã quando a porta do quarto já estava aberta, ele se inclinou observando cada canto do quarto a procura de algo.

Seu irmão não estava em sua melhor forma, ainda continuava com sua farda de policial, da qual parecia suja. Seu cabelo despenteado, e seu rosto mais pálido que o normal, tudo nele tinha uma aparência cansada.

– Com Damon – ele voltou rapidamente seu olhar para ela – pelo telefone – concertou rapidamente seu erro, não estava em sua melhor forma para mentir.

– Damon?! – o policial exclamou empurrando-a para dentro do quarto imediatamente e fechando a porta atrás de si, a Renard limitou-se a sentar na cama olhando-o cautelosamente – o que diabos você está fazendo junto com o Salvatore?

– Você jura? – disse incrédula por ele querer falar sobre um assunto tão insignificante mediante a situação – você jura que quer falar sobre isso agora?

– Não mude de assunto, o que tem entre você e o Salvatore? – exigiu de forma dura, ele jamais tinha falado com ela daquela maneira, nem mesmo quando ouvia seus planos homicidas contra suas colegas de classe – vocês estão namorando? – quando ela não respondeu nada, ele sobressaltou-se – Deus, diga que não! Pelo amor de Deus, ele não é para você! Não seja estupida... Ouça-me ao menos uma vez na sua vida, de tantos caras por aí, você tinha que escolher justo o Damon? Se você queria se ferrar na vida era só me falar – passou as mãos pelo cabelo nervosamente, andando de um lado para o outro.

– Gabriel – disse cautelosamente indo até o irmão parando a frente dele interrompendo sua pequena caminhada, Nelly lançou seus braços em volta da cintura do irmão, e quando ele colocou seus braços ao redor dela, ela se reconfortou melhor sem se importar com a roupa dele suja e com cheiro de musgo e lodo – descanse, deixe que Charlotte quebre a cabeça um pouco com as responsabilidades, me prometa que vai descansar – ele suspirou – prometa-me – exigiu.

– Ok, eu prometo – deu uma pequena risada – ia esquecendo o que vim fazer aqui. Tem um garoto lá em baixo querendo falar com você, é mais um de seus pretendentes? Por que se for... Temos que conversar sobre seu gosto peculiar para namorados, o cara parecia perturbado, disse que precisava falar urgentemente com você, ele não quis nem se quer entrar, devia tentar convencê-lo ao menos a isso, lá fora esta congelando e já é tarde – se separou dela.

A Renard foi até seu armário tirando um moletom negro, luvas pretas que já estavam com a cor desbotada, era quase um cinza escuro, e um gorro escarlate, ambos de lã, vesti-os calmamente.

– Você ao menos ignorou todos os defeitos do garoto e perguntou o nome dele?

– Ele disse que era Arthur Santiago, mas não me lembro de ter visto nem um novo morador, mas se bem que o rosto dele me é familiar, se quiser eu vou junto com você.

Ela pensou por um momento, Arthur? Mas quem diabos...

Pensou bem, qual era a única pensou que ela conhecia capaz de mentir para um policial? Capaz de quebrar regras? Sorriu quase que inconscientemente, como não havia sacado antes?

– Não precisa, eu conheço Arthur muito bem, ele deve está preocupado com nosso trabalho – falou e correu para a porta já abrindo-a – e descanse – mandou.

– E você não fique lá fora por muito tempo – gritou, quando ela já estava pronta a descer a escada.

Tudo que ela mais queria agora era algo para animá-la, e sabia que seu amigo Ryan cumpria com isso, fazê-la rir era quase como um hobby para ele, estava eufórica por dentro por vê-lo ali uma hora dessas. Não sabia bem a razão, mas ultimamente ele não parecia bem, parecia um sonâmbulo andando por aí, e geralmente quando o sono o atacava só veria ele no outro dia sem duvida.

Já estava ao pé da escada, ignorou qual quer idiotice que Charlotte sussurrou, assim como não fez questão de cumprimentar ninguém na sala, abriu a porta, viu de longe a silhueta de seu visitante escorado no portão do lado de fora. Correu até lá, um vento rojou bagunçando seus cabelos, lembrando-a do quão frio estava lá fora mesmo por baixo de toda aquela roupa.

Assim que chegou ao portão abriu rapidamente. A figura se virou revelando Ryan, ela deu um sorriso de canto, no entanto ele parecia sério, uma coisa que apesar de conhecê-lo por pouco tempo sabia que era incomum. Ele estava com um jeans velho um pouco desgastado nos joelhos, o casaco dele de capuz levantando fazia sombra em seu rosto, mas podia perceber as leves olheiras embaixo de seus olhos.

– Ei, você está bem? – a morena perguntou preocupada se aproximando dele, mas ele para a surpresa dela recuou, ela decidiu então ficar onde estava.

– Por que não me contou?- Ryan disse entredentes lançando a ela um olhar frio, a raiva jorrava dele, os punhos cerrados ao lado de seu corpo indicava o quão irado ele estava.

– Do que você está falando? – perguntou com a confusão passando pelo seu rosto, mil e uma coisas passava pela sua cabeça, e nenhuma indicava realmente algo bom.

– Não se finja de idiota, não foi o que você queria? Me mostrou pistas para descobrir o que eu descobri, agora se faz de retardada, meu Deus! Qual é o seu problema?! – disse desesperadamente jogando as mãos para o céu.

– Calma, Ryan, apenas se acalme – aconselhou obtendo rapidamente o que queria, ele suspirou, diminuindo a rigidez de seu corpo, e o rubor em suas bochechas que se formara durante a raiva se dissipava aos poucos.

– Só me diga o que você é – dissera pausadamente, ela limitou-se a dar um olhar confuso, ele balançou a cabeça abaixando o capuz para poder encará-la – eu procurei tudo o que pude na biblioteca, sobre aquela família, então comecei a me perguntar por que diabos você queria saber sobre algo assim, então comecei do zero, comecei a procurar pelos fundadores na esperança que tivesse alguma ligação, e quando não consegui nada, a recepcionista me confidenciou uma informação que apenas a biblioteca e algumas famílias de fundadores compartilhavam: grande parte dos documentos da época dos fundadores fica obviamente na casa das famílias fundadoras em cofres escondidos, não qual quer documento, são coisas comprometedoras, ela pediu que desistisse. Mas claro você me conhece, eu não desisti. Então ontem Tyler me convidou para a casa dele para jogar futebol americano com o resto do pessoal, aproveitei a oportunidade, e quando eles não me notaram, eu vasculhei a casa, e... – ele fez uma pausa se lembrando de algo – Já te contei que eu tinha um amigo que arrombava cofres? – ela negou. Frequentemente ela ouvia historias dos amigos de Ryan que nem de longe eram boas influencia – bem, ele me ensinou como se fazia, eu tinha as ferramentas necessárias, não foi muito difícil, eu achei folhas soltas do que parecia ser de um diário da época de 1450 da Bulgária, o que cá entre nós, é estranho – ele continuava calmamente, mas parecia ter uma luta interna entre ficar furioso com ela ou ouvir suas explicações – então, eu mexi nos papéis, e achei isso – remexeu nos bolsos de seu casaco tirando uma folha amarelada dobrada, entregou a Nelly observando-a.

A morena pegou a folha e abriu delicadamente o papel, tendo o cuidado de não rasga-lo, quase se esqueceu de como se respirava quando se deparou com seu próprio rosto detalhadamente desenhado na folha, com cabelos cacheados e expressão serena.

– Essa coisa é do ano 1454, você tem muita coisa a me explicar, como, por exemplo, como você conseguiu parar de envelhecer.

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A noite já havia caído quando Katherine chegou ás proximidades da casa dos Lockwood, obviamente se não tivesse parado para um longo lanche, já estaria aqui á muito tempo atrás. Agora ela recuperaria o que era dela, e manteria fora de alcance. Correu de forma vampiresca, mas antes de chegar sequer a sair da longa sombra que estava e alcançar a luz de um porte, algo se jogou contra ela, fazendo-a cair de costa sobre a vegetação rasteira que ficava nas laterais da estrada.

Fazendo seus olhos e extintos entrarem em ação rapidamente, viu Damon por cima dela com uma estaca pressionada contra o seu coração.

– O que você quer com os Lockwood sua desgraçada? – ele rosnou.

Mas rapidamente ela o empurrou com uma força demasiada, ficando por cima do vampiro, prendeu os braços deles rapidamente, deu um sorriso malicioso provavelmente achando tudo aquilo sexy. Katherine tinha força e experiência. E no momento Damon não tinha nenhum dos dois, ao menos não comparado a ela. Stefan usou toda sua força e puxou Katherine e a prensou contra uma arvore próxima, segurando-a pelo pescoço, Damon pegou sua estaca que havia escapado de suas mãos durante a breve revira volta da vampira.

Katherine rosnou quando o Salvatore mais velho cravou a estaca em seu braço.

– Ok, vamos começar de novo – Damon falou enquanto ela ainda tentava escapar, mas Stefan a segurava firmemente contra a árvore – o que você veio buscar na casa dos Lockwood?

– Não te interessa! – respondeu entredentes.

– Resposta errada – Damon disse forçando a estaca dar um giro completo no braço da Pierce, fazendo com que o ferimento se alargasse.

– Eu tenho planos, e se vocês forem espertos – disse em tom de ameaça olhando de Damon para Stefan – ficarão fora do meu caminho.

– Eu apenas espero que nem Nelly e muito menos Elena estejam envolvidas nisso – Stefan disse em igual tom de ameaça. E sinceramente, era o que Damon mais desejava desde a hora em que eles planejaram vir esperar Katherine nas redondezas da casa dos Lockwood.

– Elena? Não, na verdade quase não tenho dado atenção a ela, vou cuidar para que isso não aconteça, mas sabe como as coisas são: assassinatos, roubos e tudo mais, agenda cheia – disse dando um sorriso sarcástico – e quanto o animalzinho de estimação de Damon? – a Pierce disse direcionando seu olhar para o vampiro de olhos azuis; de repente divertida como se uma estaca não estivesse cravada em um de seus braços – ela nem sempre é a razão de tudo, sabia? – ela pausou parecendo repensar – ou talvez ela seja, vocês nunca se perguntaram: ”hey, por que diabos Nelly é parecida com Alicia?”

– É o que viemos tentando descobrir desde o começo disso tudo – Damon disse enfurecido – você sabe de algo?

Quando ela não respondeu ele tirou a estaca do braço de Katherine, da qual estava estranhamente sorridente, e tentando pegar impulso para cravar no estomago dela, mas quando percebeu a estaca não estava mais em sua mão, um vulto derrubou Stefan no chão, e liberta do aperto, empurrou Damon contra o chão.

– Michel – a vampira disse chamando a atenção do vampiro alto de cabelos negros, olhos verdes e pele levemente bronzeada, parecia ter no mínimo 25 anos, ele estava sobre Stefan, imobilizando-o facilmente com uma estaca ameaçando cravar no peito dele, necessariamente no coração – me dê a estaca – Michel bufou, provavelmente a ideia de ter que acatar ordens de uma mulher não fazia nada bem ao seu ego masculino – Michel me dê a maldita estaca – repetiu irritada.

– Eu sou mais velho que você Katerina – Michel disse com um leve sotaque espanhol na voz, vampiros aprendiam facilmente a se adaptar as línguas sem qual quer sotaque, e se Michel matinha o seu, era por que ele queria, ou achava charmoso tê-lo – eu não sou obrigado a lhe obedecer, até porque estou aqui para te pagar favores que você concedeu a mim, e se esses dois estão no caminho desse plano, não há porque mantê-los vivos, e muito menos escolher qual deles será o primeiro a encarar o inferno – levantou a estaca com um sorriso presunçoso, como se matar outro alguém fosse apenas uma brincadeira infantil que ele havia ganhado de forma obvia.

E quando a estaca parecia não está nada mais que quase três centímetros de distancia do peito de Stefan, algo aconteceu... As mãos Michel soltaram a estaca como se ela estivesse o queimando, suas mãos foram para sua cabeça rosnando de dor, ele caiu sobre o chão rastejando enquanto parecia que iria arrancar seus cabelos, com os olhos fechados com tanta força que pareciam que nunca mais iriam abrir. Levou alguns segundos, ou talvez cerca de milésimos para Katherine começar sentir o mesmo, ela caiu no chão gritando de dor.

Damon e Stefan se encaram confusos, ao ouvirem passos, esperaram que quem saísse das sombras fosse nada mais nada menos que Bonnie, afinal, quem mais faria isso? Mas para a surpresa dos dois (diga-se de passagem), quem saíra da escuridão fora Loretta, que estava com um sorriso de canto se decidindo o que achava mais cômico: os Salvatore olhando-a boquiabertos, ou os dois vampiros gritando de dor, na verdade apenas Katherine estava Michel estava aguentando bravamente para não soltar um grito, e assim que ela percebeu isso aumentou a dose de poder exercido fazendo-o não aguentar e gritar.

Ela voltou seu olhar para os Salvatore e aumentou seu sorriso.

– Sinceramente, eu tenho que parar de ficar salvando vocês – Loretta disse entre os gritos de Katherine e Michel que pareciam aumentar a medita que o poder aumentava em suas mentes.

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Nelly encarava Ryan com um misto de surpresa e horror, o que ela iria fazer? Ela não podia mentir, ao menos não dessa vez. Não com o olhar que ele lançava a ela como se tivesse traído ele de alguma forma.

– Eu posso te explicar tudo – Nelly falou guardando o desenho dentro do bolso do casaco. Estava pronta para dizer tudo ali, dizer o quanto sua vida virou uma bagunça total, como sua vida virou um drama, e quanto lhe custava amar um vampiro, mas Charlotte gritara da porta da casa o aviso de que estava tudo pronto para a saída e todos estavam prontos para ir a seus respectivos carros, ela se virou rapidamente para Ryan – mas agora não, mas te digo de antemão que eu ainda não sei como parar de envelhecer – mas pensando bem, ela sabia, sangue de vampiro no corpo, e logo depois morte, yeah, ela sabia muito bem disso – não pelo menos sem suas consequências.

Mas Ryan não estava mais prestando atenção nela, e sim no carro da funerária que estacionou do lado deles, enquanto isso as pessoas saiam da casa dela, todas vestidas em luto, algumas em silencio, alguns homens que mais cedo encarara como frios empresários pareciam deixar suas mascaras caírem e fungavam levemente. Ryan se voltou rapidamente fitando a morena.

– O que diabos aconteceu aqui? É o enterro de quem? – disse exasperado, quase gritando, tomando a atenção de algumas pessoas que saiam do portão atrás deles, percebendo isso ela arrastou ele para longe da multidão que se acumulava saindo e conversando entre murmúrios, que juntos pareciam irritantemente altos.

– Meu pai foi morto – ela disse lembrando-se da terrível desgraça – ele foi esquartejado.

– Dios mio – falou parecendo culpado – me desculpe, quer dizer... Se eu soubesse que estava em uma situação delicada eu não teria falado com você daquela forma - disse rapidamente sem respirar, deu um suspiro, e para a surpresa dela, ele a abraçou - eu sinto muito – ele murmurou afagando as costas dela, demorou um pouco para abraça-lo de volta, mas ela o fez, se apertando contra ele.

Alguém pigarreou, se virou vendo seu irmão que ainda parecia meio sonolento.

– Vamos Nelly? - ela se limitou a dar um aceno e ir até Gabriel, ele passou um de seus braços ao redor dos ombros dela, mas antes de se virarem e irem para a viatura, ele observou Ryan – você quer ir conosco Arthur?

Ryan olhou para trás de si, esperando ver mais alguém a quem Gabriel se dirigia, ele apontou um dedo para o peito parecendo confuso, se não fosse pela situação ela acharia engraçado o modo como ele caíra na própria mentira.

– É você, existe outro Arthur além de você? – o policial disse.

Como se um clarão tivesse o atingido, ele finalmente lembrou-se de sua mentira. Claro, que mais tarde Nelly descobriria o porquê de ele ter usado um nome falso.

– Ah, claro, sou eu – disse rapidamente, rápido demais, se entregando totalmente – se não for incômodo, eu gostaria sim.

Os três se moveram para viatura, Gabriel abriu a porta de trás indicando para os dois entrar.

– Charlotte vai conosco – explicou quando a irmã hesitou um pouco a entrar – vou procurar ela, me esperem aqui – disse e se meteu entre a multidão.

Os dois estavam sentados lado a lado dentro da viatura, Ryan estava com o rosto contra a janela observando um pinheiro como se ele guardasse os segredos do universo. Então, ela fez o mesmo, se perdeu em pensamentos.

Tudo o que estava acontecendo tornava sua vida confusa, Ryan iria se meter nela ainda essa noite, ela só desejava que Damon estivesse ao seu lado quando isso acontecesse ao menos ele estaria ali dando força. Apenas esperava que ele não ficasse irritado pelo fato de mais um saber. No entanto, talvez ela se contentasse apenas com a presença dele, não importava com qual humor, só desejava que os braços dele escorregassem pela sua cintura e pressionasse ela contra seu peito, Damon nunca precisou realmente dizer: “tudo vai ficar bem”, não, ele fazia ficar bem.

Suspirou pesadamente, outro grande problema agora eram seus sonhos, eles não voltaram, apenas deixaram pistas, sentia que só tinha descoberto uma delas, a casa que desenhara, a casa numero 45. Talvez se a achasse, poderia esclarecer alguma duvida...

– Sabe, nunca pensei em estar em uma viatura, pelo menos não na parte da frente – disse lançando um sorriso gentil para ela, a morena retribuiu.

(...)

O enterro começara. Ninguém se atreveu a deixar abrirem o caixão, a imagem não era das melhores, o rosto estava deformado, poucas as feições do rosto que sobreviveu. Então, quando estava quase na metade das orações do padre, ela se afastou e levou Ryan junto, afinal, o que diabos ele iria fazer lá? Ele nunca chegou a ver seu pai, ouvira uma vez ou outra sobre ele, mas apenas reclamações, certamente ele não tinha uma boa visão do pai dela. Os dois foram caminhando em direção ao final do cemitério, era burrice da parte dela, porque era a primeira vez que entrava naquele cemitério, e se perder ali, não era uma tarefa difícil.

– Não se preocupe eu conheço esse lugar melhor que ninguém, eu venho aqui quando... – ele hesitou, talvez percebendo o que ele iria deixar escapar – bem, quando eu preciso pensar.

Eles continuaram em silencio. Até Nelly decidir quebra-lo.

– A pessoa que você viu naquela foto, não era eu – disse sem encarar ele nos olhos, mas conseguia sentir o olhar dele fitando-a – eu sou a copia daquela mulher.

– E quem é ela?

– Alicia Petrova, e as folhas que você tem, acredito que seja do diário dela, no momento são importantes talvez elas tenham a resposta para o porquê eu ser tão a copia dela.

– Quem mais sabe disso?

– Os Salvatore, Elena, Bonnie, Caroline... – disse o encarando, mas o rosto de seu amigo estava em branco, sem qual quer expressão.

– Ou seja, todos os seus amigos e seu namorado sabem menos eu – disse irritado.

– Eu não queria que você entrasse nisso Ryan! A partir do momento em que você sabe sobre isso, você automaticamente corre risco de vida, porque juntamente com esse segredo, vêm outros! – suspirou tentando se acalma, brigar agora não era a resposta – eu apenas queria que você fosse o único normal, para me lembrar de que eu não sou só uma copia, e sim uma humana, para me lembrar de que eu ainda tinha chance de ser normal – murmurou triste – mas acho que eu nunca vou conseguir isso – deu um sorriso angustiado – eu sou a copia de Alicia Petrova, Elena Gilbert é a copia de Katerina Petrova, Bonnie é uma bruxa, Damon, Stefan e Caroline são vampiros – recentemente tinha descoberto o status de Caroline, mas ela ser vampira, ainda não a tornava uma boa companhia.

– Mais o quê? Gabriel é um elfo mágico? Isso... Isso é uma loucura – gaguejou a ultima parte – mas quem... – ele se interrompeu quando olhou para frente em algum ponto entre os túmulos – só pode ser brincadeira – ele sussurrou, ela seguiu o olhar dele vendo uma movimentação em cima de um túmulo, a luz de um dos postes públicos iluminava um pouco as duas pessoas ali, e sinceramente não era uma cena agradável, mas quando percebeu Ryan já estava correndo em direção ao casal, ela correu seguindo ele.

Ryan puxou o adolescente pelos ombros, Nelly conhecia de vista o garoto, ela tinha aula de biologia com ele, ele estava repetindo o ano, no entanto ela não podia dizer nada, afinal tinha a mesma idade que ele, tinha repetido uma série, necessariamente no ano em que sua mãe morrera. Se não se enganava o nome dele era Charlie, era um dos melhores atacantes do time de futebol, Charlie era só músculo, e era justamente o tipo de cara musculoso desinteressante que ficava o dia inteiro admirando seus músculos frente ao espelho. Assim que Ryan o puxou, com uma fúria desenfreada, pareceu não importar no momento quem era o mais forte. Ryan era impulsivo e estável, como ele mesmo se descrevia. Ninguém conseguia freia-lo nessas horas, parecia que ele podia enfrentar um leão de olhos fechados.

Embaixo de Charlie estava uma garota magra e pequena, estava apenas de sutiã e com uma saia mínima, sua maquiagem podia esconder muito bem sua idade, deixando-a mais velha, seus cabelos cor de mel igualmente como o de Ryan, estava em quase seu todo com mechas coloridas, sua pele branca e quase totalmente exposta, seus olhos verdes confusos e depois incrédulos vendo seu irmão ela xingou em espanhol.

– O que está fazendo Ryan? – ela gritou.

Nelly raramente tinha ouvido sobre a irmã de Ryan, nem o nome dela sabia, mas não tinha duvidas de que aquela garota fosse a irmã dele, havia uma incrível semelhança.

– Você tem ideia de quantos anos ela tem seu bastardo? – Ryan perguntou entredentes ameaçando dar um soco no rosto de Charlie.

Charlie riu pelo nariz sorrindo ironicamente.

– Bastardo? Você está falando comigo ou consigo mesmo?

E como se um pavio extremamente curto tivesse sido acendido, Ryan deu um soco no garoto, um estranho “Crec” saiu, o fazendo o garoto perder o equilíbrio e cair. Nelly rapidamente segurou Ryan pelo braço, de repente como se tivesse saído de seu repentino choque, a irmã dele segurou seu outro braço.

– Cale a boca, você não tem direito de falar sobre mim, você na verdade não tem direito nem de abrir a boca seu desgraçado – disse deixando toda a sua fúria sair em cada palavra – porque até onde eu sei, não sou eu que estava prestes a transar com uma garota que é tipo o quê? Uns três ou quatro anos mais nova que você?

– Mas o quê? – Charlie parecia confuso – ela me disse que tinha 17 anos – seu olhar foi parar na garota que recuou automaticamente ao olhar dele, voltou seu olhar para Ryan que o encarava com uma raiva tão intensa que Nelly sentia que a qual quer momento ele se soltaria dela e pularia no pescoço de Charlie – parece que sua irmã não é tão santa assim, deve ser uma dureza para você, ter uma mãe daquele jeito, e uma irmã prestes a ser uma também... E você vai ser o quê? Striper?

As mãos do mexicano se fecharam em punhos seu corpo tremia de raiva, seus músculos enrijeceram, parecia um vulcão prestes a entrar em erupção. A Renard o encarou assustada, nunca havia o visto assim, ás vezes ele falava sobre as brigas que ele se envolvia, mas em geral tinha sempre seu fiel escudeiro ao seu lado, que lutava tão bem quanto ele, Nelly tinha dado risadas dizendo que nunca imaginaria um cara que gosta de ver o sol se pôr subindo no telhado de casa e trabalhava em uma biblioteca, dando socos em alguém, ele tinha acompanhado e rido também. Mas agora podia imaginá-lo muito bem fazendo isso.

– Ryan, por favor, você precisa se acalmar – a morena murmurou para ele fazendo cair em si e relaxar.

Se aproveitando disso Charlie pegou suas roupas e saiu correndo entre os túmulos, pelo sangue que caia, o soco tinha deixado o rosto dele com um hematoma serio, e com certeza com um nariz quebrado.

– Vamos para minha casa, pegamos nossas motos e vamos deixar sua irmã na sua casa, que tal? – ela disse cautelosa, ele assentiu.

– Ok – disse e olhou duramente para sua irmã – vamos Mary, se vista e vamos para casa.

====//=====//=====

Os dois Salvatore entraram na mansão ambos com corpos sobre o ombro, Damon carregava o de Michel e Stefan o de Katherine. Loretta fizera algo estranho que os fizera desmaiar instantaneamente. Damon não se importou com os métodos dela, desde que ela não faça o mesmo com ele estava tudo bem. Sem surpresa ela seguiu os Salvatore, a viagem inteira de carro alegou ser uma bruxa. Ela passou pela porta observando cada canto.

– Linda casa, eu tinha uma parecida na Alemanha, mas claro, era bem maior e mais sofisticada – Loretta disse andando até a sala de estar, com os saltos de suas botas de couro batendo contra a cerâmica, ela fez um sinal para que os dois a seguisse ela, sem sequer olhar para os móveis, duas cadeiras de madeira se moveram, a partir de sua magia obviamente – coloque eles aí.

– Eu vou pegar as cordas – Stefan disse, mas Loretta fez sinal para que ele parasse e logo depois ela revirou os olhos.

– Não vamos precisar, coloque-os eretos e faça com que seus braços apoiem-se nos braços da cadeira – quando eles olharam confusos ela bufou - vamos arrancar informações desses malditos, e até onde eu sei vocês querem o mesmo, então vamos ao trabalho.

Os dois fizeram o que ela pediu.

– E agora bruxinha? – Damon perguntou sentando no braço do sofá ao lado de Loretta.

– Eu já te disse, não sou uma bruxa – disse estendendo a mão como se fosse um imã chamando um metal, um dos livros da prateleira foi para as mãos da ruiva, ela o abriu, e não foi surpresa em adivinhar que ela pegara entre tantos a bíblia dos Petrova – ao menos, não qual quer bruxa, olha parece que vocês encontraram minha pequena pista.

– Então foi você que colocou esse livro na floresta? – Stefan falou confuso – eu pensei que ele estivesse com Katherine e ela tivesse largado lá.

– Não, Katherine ainda está com o que ela pensa ser a bíblia original – disse observando o livro, Damon observou Katherine imóvel, suspeitando que ela estivesse ouvindo tudo – não se preocupe, ela está desacordada, está totalmente inconsciente, se eu quisesse a deixaria assim para sempre, não devo nada a essa vadia desgraçada, enfim, o que ela tem é uma copia, uma copia da qual não cita minha existência e nem a de Alicia, por anos estive me mantendo longe dela, mas claro em 1864 em Mystic Falls, ela descobriu que eu estava viva e poderosa, e tudo desandou, se vocês estivessem com a verdadeira talvez teriam me desmascarado desde a primeira vez em que me viram, ainda assim o que vocês tinham em mãos não estava completa tive que arrancar algumas paginas.

– Se você esteve em 1864... – Damon começou.

– Eu conheci vocês? Sim, na verdade eu cheguei a vê-los de vista, na época, Alicia amava olhá-los de longe jogando futebol americano, ela achava tudo aquilo másculo, mas Katherine era o foco de vocês – a ruiva suspirou, minutos de silencio se passaram e um pequeno sorriso se formou nos lábios dela como se tivesse lembrado de algo – o engraçado que ela sempre gostou de você Damon, mesmo que você a ignorasse totalmente, bem, enfim, vamos acordar aquela vadia de uma vez.

Assim que Katherine abriu os olhos à primeira coisa que fez foi gritar ela parecia querer colocar as mãos institivamente na cabeça como fizera na casa dos Lockwood, mas ao perceber que suas mãos estavam de alguma forma amarradas jogou a cabeça para trás gritando em plenos pulmões. Loretta se levantou andando graciosamente e feroz ao mesmo tempo para frente de Katherine, a vampira arfou quando a dor em sua cabeça parou.

– Então? Vai cooperar vadia? Ou vamos começar com a verdadeira tortura? – Loretta ameaçou – afinal o que tivemos aqui foi uma breve apresentação, não está nem perto do que eu realmente posso fazer.

– Loretta, a pequena Loretta, nunca pensei que um dia a garota em que tentamos ajudar, ia nos trair e ameaçar de tal forma a única componente viva dos Petrova daquela época – a vampira sussurrou mantendo um sorriso irônico no rosto, mas suas feições se contorceram quando a dor começou novamente, ela mordeu o lábio tentando se impedir de gritar.

– Você não esta viva sua desgraçada.

– Talvez eu não esteja – respondeu quando a dor havia passado – mas e você? O que está fazendo aqui? Não era para você está dentro de um caixão se dissolvendo em pó assim como Alicia?

– Katerina, não estamos aqui para discuti o passado – a ruiva disse sentando no seu lugar no sofá novamente.

– Já viu a copia de Alicia? Com toda certeza viu, caso contrário estaria bem longe daqui, afinal esta fugindo de Klaus. Nada te interessa não é mesmo? Elena, Salvatore, sacrifício. Nelly é o centro não é mesmo? Só que eu tenho que dizer: essa garota não é Alicia, se ela está aqui é porque algo foi alterado, e sinceramente não duvido nada que ela tenha que ser parte do sacrifício.

– Quem faz as perguntas sou eu, não você – rebateu – tem outros no seu bando além de você e esse cara?

– Não, ele me devia um favor, não era nem para ele está aqui, mas já que está, enfie uma estaca no coração dele.

– Sua lealdade me comove Katerina, ele é aliado de Klaus?

– Não, ele é nulo, tem seu próprio lado.

– Que favor ele te devia? – dessa vez foi Damon a perguntar.

– Eu protegi uma família importante para ele durante um tempo – olhou de relance para Michel – ele se importa, ele ama, ele confia... – voltou seu olhar para o Salvatore mais velho - Ele é um idiota, um vampiro estragado – depois lançou seu olhar para Stefan como uma indireta.

– O que estava fazendo na casa dos Lockwood? – Loretta bombardeou mais uma pergunta.

– Como eu disse: ele tinha algo que é meu, na verdade Felipe tinha, mas ele deu um jeito de esconder entre as famílias fundadoras.

– E o que era?

A vampira riu pelo nariz.

– Loretta, você acha mesmo que vou falar isso tão facilmente? – sorriu sínica.

A ruiva se levantou, caminhou como uma leoa, com um olhar homicida, se agachou a frente de Katherine.

– Como você diz: Que os jogos comessem.







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Notas finais do capítulo

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