Curtas: Lily Evans e James Potter escrita por Larissa Oliveira


Capítulo 10
Curta X – Um coração despedaçado + James Potter


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas lindas! *-* Se passaram dois dias e uma inspiração me atacou do nada :O Ok, era pra mim ter postado ontem, mas esse tinha que ser especial ♥
IMPORTANTE: nessa curta há partes do livro de A Ordem da Fênix, que portanto, NÃO me pertencem e sim a linda e maravilhosa J.K. E sim, eu mudei muitas coisas. Vocês irão perceber (Como por exemplo, a briga foi depois das provas... Ah, os curtas não estão seguindo os livro fielmente, já deu pra perceber =) . Afinal, os curtas são diferentes, já que supostamente a Lily só deveria se apaixonar pelo James no sétimo ano... Mas enfim. Há partes que não são do livro, mas que eu peguei e coloquei as reações que estavam lá.
Esse curta um que eu escrevi com uma dor no coração, e é um dos que mais amei escrever. Espero que gostem, e desculpem o tamanho. Juro que depois de uma parte fica interessante *-*
E obrigada a todas que leem e comentam! ♥



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Eu não sabia o que fazer. Admitir que eu realmente sentisse algo forte por ele não mudava o fato de que ele se mantinha sendo um idiota e incrivelmente fofo em cada momento. Sim, eu estava em contradição. Minha vontade nesse exato momento era de socá-lo e tê-lo perto de mim.

Peguei meu ursinho de pelúcia e o abracei, como se ele pudesse me dizer o que fazer agora.

- Max, eu estou uma completa bagunça... – sussurrei.

O apertei em meus braços, e sorri tristemente sentindo uma lágrima descer pelo meu rosto.

- O que você poderia me dizer? – perguntei feito uma boba.

Em seguida, imaginei o que ele responderia.

“Diga a ele o que sente.”


- Não Max, eu não posso. Ele me fez tanto mal, sabe?

“Mas se você não falar com ele sobre seus sentimentos, uma hora tudo vai desmoronar.”


- Max, entenda, tudo já está desmoronando.

“Não seja boba, admita que está com medo de entrar em um relacionamento. Você precisa sair da sua zona de conforto.”


- Você está dizendo isso porque é um urso e não precisa se preocupar com nada.

“Nada de vir com seus argumentos, senhorita. Já que não quer lidar com isso agora, espere por uns três dias. Fuja um pouco dele, e pense sobre tudo.”


- Obrigada, Max.

James tem razão, eu sou louca. Onde eu estou com a cabeça, se até conversar com meu urso de pelúcia eu estou fazendo? Mas essa conversa imaginária serviu para alguma coisa.

Três dias.


Esse é o tempo que tenho para pensar sobre esse furacão de sentimentos.

Por que tudo precisa ser tão confuso?

xx


Primeiro dia


Acordar com uma Lene estressada não é nada legal. Parece que Sirius aprontou alguma, só que como a ótima amiga que eu sou, nem ao menos consegui prestar atenção no que o maroto fez.

Tomei café da manhã. Me permiti trazer uma lembrança à tona.

Flashback


- Eu só estou dizendo que seu amigo que complica tudo – falei.


James inclinou o rosto com uma expressão bem peculiar. Uma mecha do cabelo negro caiu em seus olhos e isso fez com que ele o bagunçasse ainda mais. Aquilo era tão fofo.


- Sério? Porque eu acho que Marlene é maior culpada. – ele disse em contrapartida.


- Engula isso devagar, James! A comida não vai fugir de você. – sorri.


- Se você não se lembra, nossa primeira aula começa em três minutos. Ruiva, se eu fosse você, tratava de engolir essa geleia em segundos.


Eu ri com a pressa dele. Chegava a ser adorável.


- Acho que não me importo em mastigar devagar... – respondi distraída.


Por mágica, o banquete em um segundo desapareceu.


- Parece que eu estava certo – disse James.


- James, eu juro que se você não calar a boca, eu vou te fazer engolir sapos. – o ameacei.


Ele sorriu marotamente.


- Estou morrendo de medo.


Fim do flashback.

- Odeio você por tornar tudo tão mais difícil... – sussurrei para mim mesma, como se ele pudesse ouvir.

Terminei o café da manhã e Lene apenas acenou quando eu disse que iria para a primeira aula. Eu não iria dar um sermão nela agora, já que minha amiga mataria as duas aulas de Poções, porque não estava nem com cabeça para argumentar comigo mesma.

E assim o dia se passou, completamente monótono. Quando o vi nos jardins, dei meia volta e fui para o Salão Comunal, onde terminei todos os deveres, e subi para o dormitório, dormindo mais cedo.

Segundo dia


- Lily, acorde – ouvi uma voz feminina familiar chamar, meio irritada.

- Oi? – perguntei meio tonta por estar sendo chacoalhada.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei novamente. Lene me olhou emburrada.

- Sim. Hoje é sexta-feira, é a terceira vez que eu tenho que acordá-la na semana, e dentro de meia hora começa a aula de DCAT. Vou esperá-la no Salão Principal, e não pense em voltar a dormir, Lily.

- Meia hora? – perguntei meio tonta. Lene estava quase na porta e me olhei de relance.

- Meu Merlim! O Café da Manhã!

A morena na porta riu e desceu, gritando:

- Eu sabia que isso iria acordá-la.

Acho que nunca me arrumei tão rápido na minha vida. Tomei um banho de dois minutos, sequei meus cabelos por mágica, os alisando, e passei uma máscara nos cílios. Coloquei as vestes negras em segundos, fiz um feitiço invocatório para os livros necessários virem até mim. Tudo isso se resumiu em sete minutos.

Desci às escadas feito uma louca – leia-se, como se eu já não fosse – e fui para o Salão Principal às pressas.

- Uau, dez minutos! – Lene disse surpresa.

- Um novo recorde – disse e sorri amarelo.

Aderi a tática de James e praticamente engoli as rosquinhas com recheio de coco. Tomei o suco de abóbora de uma só vez e suspirei vitoriosa, quando o banquete desapareceu.

- Você sabe quem você me lembrou agora? – perguntou Lene com um sorriso no canto dos lábios. Ela não estava estressada como ontem, graças a Merlim. Ou graças ao Sirius mesmo, tanto faz.

- Cala a boca – respondi emburrada e fomos para a sala de DCAT.

Eu preciso dizer o quão a minha cabeça estava na Lua? Se bem que eu já moro lá, de tão lerda que ando... Merlim!

James chegou atrasado e eu o ignorei. Evitei-o durante toda a aula, inclusive aos olhares que ele me lançava.

Agora estávamos no intervalo. Eu estava a fim de ir até os jardins encontrar Marlene e Alice, mas quando cheguei até lá vi outra coisa.

E então aquilo aconteceu.

- Deixe-o em PAZ! – gritei.

Severus estava com bolhas cor de rosa saindo pela boca, uma azaração feita por aquele que eu estava tão confusa. Sirius estava próximo a James, Remus com um livro nas mãos, e Pedro ansioso.

- Droga, Potter, o que ele fez para você? – perguntei chateada.

Como ele podia fazer isso com o meu amigo? Como ele podia sequer despertar algo dentro de mim, sendo tão horrível quanto estava sendo agora?

- Bem – ele pareceu pensar. –, é mais o fato de que ele existe, se é que você me entende...

Eu fiquei perplexa. Cadê o meu James? Aquele do qual havia reduzido as brincadeiras idiotas e não possuía essa arrogância?

- James... O que aconteceu com você? – perguntei, e senti o quão frágil estava naquele momento.

Nesse momento ele parou e me fitou.

- Deixei-o em paz... – sussurrei.

James retirou a azaração.

- Lily, por favor... – começou.

Eu realmente não queria ouvi-lo agora.

Sev alcançou sua varinha, mas quando ia lançar uma azaração, Black o desarmou. James cortou nosso olhar, e se dirigiu ao meu amigo.

- Agradeça pela Evans estar aqui. – murmurou. Eu vi a contradição em seu rosto; ele sabia que estava errado, mas nutria um sentimento de desprezo muito grande pelo moreno que já estava se levantando.

E então, as próximas palavras perfuraram o ar, ou mais decisivamente, meu coração e o cortaram no meio.

- Eu não preciso da ajuda de sangue-ruins imundos como ela!

Eu pisquei. Lágrimas insistentes ameaçaram cair pelo meu rosto.

- Sev... Como você pôde?

Aquilo me doeu mais do que qualquer coisa que James havia feito a ele. Foi como se meu coração não apenas estivesse cortado ao meio, e sim em mil pedaços. Eu corri dali, o que já era uma rotina para mim, correr.

- LILY! – ouvi James gritar.

Eu não estava com cabeça para dizer a ele o quão infantil ele fora, idiota, estúpido, arrogante! Eu não estava com cabeça para nada.

Eu corri sem saber que lugar ir.

Parei. Estava no Salão Comunal, que por sinal, estava deserto. Não me pergunte como fui parar lá.

- Lily... Eu sinto muito... – ouvi James dizer, atrás de mim.

Maravilha, ele havia me alcançado.

- VOCÊ! – gritei. – É UM IDIOTA! UM TRASGO INFANTIL!

E comecei a estapeá-lo. Ele nem tentou se defender.

- COMO DIABOS VOCÊ FAZ UMA BRINCADEIRA TÃO ESTÚPIDA COM ELE? – berrei.

Seus olhos castanhos esverdeados não desviaram dos meus. Eu soquei seus ombros.

- ME DIGA! E EU PENSANDO QUE VOCÊ TINHA MUDADO. NÃO, EU SOU A IDIOTA.

Nada. Ele não argumentou, só ficou em silêncio, aguentando todos os meus tapas.

- E EU SEI QUE ELE ME CHAMOU DAQUILO. ESPERO QUE VOCÊ E A LENE ESTEJAM SATISFEITOS AGORA! POIS BEM, ELE NÃO É MEU AMIGO, NUNCA FOI.

Por que ele não podia rebater? Eu continuei a estapeá-lo, cega de raiva. Eu estava com raiva de James. Estava com raiva de mim mesma. Estava com o coração partido pelas palavras de Severus.

Cedi as lágrimas, ainda o socando. James me abraçou, mesmo com a minha insistência em bater nele.

- POR QUE? – perguntei sem saber para o quê.

- Lily... – sussurrou ele. E apertou o abraço, fazendo com que eu parasse de estapeá-lo.

- Por que... – falei chorosa.

- Eu sinto muito... – ele disse. Eu soube que não era pelo ato dele, e sim pela minha dor em relação a Severus.

- Por que ele fez isso?

James só fez a me olhar e beijar a minha testa.

- Porque minha pequena, eu não sei. – ele murmurou inseguro.

Eu me apertei em seus braços e chorei silenciosamente. James acariciou meus cabelos em silêncio, deixando com que eu molhasse sua gravata inteira com as lágrimas.  

- Vai ficar tudo bem... – ele sussurrou com uma voz calma. Eu queria contestá-lo e dizer que nada estava bem, mas este era o James por qual eu estava apaixonada. E tê-lo com seus braços envoltos do meu corpo, me abraçando, era tudo que eu podia querer naquele momento.

- Você é realmente um idiota... – falei.

- Eu sei – ele falou e eu sabia que ele estava sorrindo. – E eu realmente sinto muito.

Agora, eu sabia que ele se desculpara pela infantilidade. Ele me deitou no sofá, e colocou minha cabeça em seu colo, continuando a acariciar meus cabelos.

- Eu pensei que você iria me matar aquela hora.... – ele murmurou com um sorriso maroto.

Eu sorri e encarei seus olhos.

- Eu devia ter te matado há muito tempo... Mas eu não conseguiria. – disse embriagada de sono e fechei os olhos.

Inalei seu perfume e dormi, sentindo uma de suas mãos acariciando a minha bochecha.

Em algum momento, senti meu corpo sendo levado para algum lugar. Tentei abrir os olhos, mas estava meio difícil. Mas eu soube quem me carregava.

 Quando consegui ter uma brecha de onde estava, vi que James me carregava pelas escadas, subindo-as. Mas então algo me lembrou que ele não podia subir, aquele era o dormitório feminino.

- Como? – perguntei meio zonza.

Eu pude ver que ele sorriu.

- Você me subestima demais, ruiva. – ele disse simplesmente.

Ele era James Potter, afinal de contas.

Quando ele deixou com que meu corpo escorregasse para a cama, eu já estava mais no mundo dos sonhos do que no real. Tentei lembrar de ficar acordada.

- Boa noite, James.

Ele sorriu.

- Boa noite, Lily.

- Eu acho que te amo... – disse em meio aos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Agora, fica a pergunta, a Lily pensou que disse em seus sonhos ou realmente disse? USHDUSHUDHSUHDUSHUDHSUD
LEMBRANDO QUE, HÁ PARTES DO LIVRO ODF NESSE CURTA, QUE PERTENCEM A J.K. ♥
Reviews?
Faltam só dois curtas pra acabar gente...