Pov: Dimitri

– Rose? – Chamei – onde você está? Rose? – Eu chamava aflito, como eu pude ter sido tão burro ao deixa-la com a chave do carro, e o pior é que carro ainda se encontrava lá, eu ouvia alguns sons ao longe, mas podia ser os homens que elevam os lixos para a central, continuei a chama-la.

Mas de repente vejo duas figuras femininas saírem ao fundo de um beco ao longe, uma delas está apoiada na outra, quando se aproximaram mais, e uma humana gritou:

– Me ajude guardião! – É que reparei que a humana segurava a minha Rose a ajudando a andar, corri na direcção dela, e quando eu vi seu estado ofeguei, nem reparei que tinha gritado o seu nome, só que aumentei a corrida, pois o tamanho do estrago era horrível, Rose estava muito ferida e estava prestes a cair na inconsciência, quando a peguei no colo.

– O que aconteceu com ela? – Exigi.

– Eu lhe conto pelo caminho, mas agora ela precisa de primeiros socorros.

Vi Rose fechar os olhos, tenha quase a certeza que ela tinha tido uma contusão – Não Rose, olhe para mim, abra os olhos, não os feche, por favor! – Implorei aflito, eu não a podia perder porque senão levaria o meu coração junto e sem ela não saberia o que fazer, o meu pedido não se realizou estava vendo Rose fazer o possível e o impossível para não fechar mas a escuridão foi mais forte – Você dirigi eu vou com Rose atrás, Rápido – Gritei a ultima parte, a humana que ainda não sabia seu nome entrou rápido no meu carro e eu entrei a trás deitando Rose no banco de trás e com a cabeça apoiada em minha coxa, a humana que descobri se chamar Sidney, ela contou-me tudo, e quando digo tudo, é tudo mesmo, até que o Strigoi era gay, eu teria rido se não fosse pela Rose no meu colo desacordada, como eu pode ser tão irresponsável? Como? As lágrimas queriam descer dos meus olhos mas eu as prendia com toda a minha força, eu a amava tanto e ver ela assim só fazia a minha dor aumentar, ela não acordava por mais que eu tenta-se, ela tinha a cabeça sangrando, então tirei a minha camisola e pressionei contra a sua testa, a camisola foi ganhando uma cor escarlate, finalmente Sidney a Alquimista disse que tínhamos chegado, sai do carro com ela no colo, e corri até ao hospital, as pessoas olhávamos assustados com o que viam, uma miúda em meu colo desacordada e sangrando, elas cochichavam, fui até a senhora Moroi que se encontrava atrás do balcão.

– Precisão de cuidar dela urgente! – Disse para a mulher, ela quando olhou para a Rose no meu colo, ficou de olhos arregalados e correu para buscar uma maca e um médico, deitei a Rose na maca e os médicos disseram que precisavam de leva, fiquei para fazer a ficha de Rose e por incrível que pareça sabia mais coisas sobre Rose do que eu pensava, depois sentei-me numa cadeira ao lado de Sidney, ela telefonou para outro Alquimista, para desaparecer com o corpo do Strigoi.

1 Hora e meia depois…

Estava sentado numa cadeira na sala de espera do hospital mais a Sidney e nada de noticias da Rose já estava começando a desesperar, Sidney perguntava desconfiada o porque de eu estar tão preocupado assim e ela era alguma coisa para mim, eu sempre negava, levantei-me da cadeira e andava de um lado para o outro, as pessoas que me viram entrar com Rose nos braços ainda estavam lá pois todos os médicos disponíveis estavam com Rose, elas rezavam pela menina que nem se quer conhecem me deixando tranquilo, quando um medico entra na sala.

– Familiares de Rosemarie Hathaway Muzur?

– Eu sou o Guardião responsável – respondi me chegando ao pé do médico, se Rose visse o medico agora, iria dizer que não se importava ficar no hospital, já que tinha um medico bonzão cuidando dela.

– Bem a Senhorita Hathaway levou vinte pontos na testa e agora está sedada, demorou mais tempo porque queríamos ter a certeza que não tem nada demais – explicou.

– Certo, então está tudo bem? – Perguntei Sidney estava do meu lado.

– Sim o guardião pode ir embora e descansar e amanha volta.

– Não, nem pensar, eu vou ficar aqui – Disse bravo.

– Dimitri então eu vou a corte avisar o que aconteceu – disse-me Sidney – de as melhoras para a Rose, ela foi muito valente, encontramo-nos na corte – despediu-se e saiu.

– Venha comigo então, ficar no quarto de Rose – entramos pela mesma porta que Rose entrou, era um longo corredor, com muitas portas entramos na ultima porta da direita, entramos e assim que olhei para a cama, lá estava a Rose deitada e um pouco pálida que o normal, dormindo, sua testa tinha uma pequena gaze por cima do machucado com pontos, o medico foi ver como estava a tensão arterial de Rose, anotou algo no bloco, foi até ao soro com sedativo e ligou-o.

– O senhor pode sentar ali, o sofá deita para trás, daqui a pouco uma enfermeira dá-lhe um cobertor para se tapar! – Acenei com a cabeça, ele saiu, e eu puxei o sofá para perto da cama de Rose, segurei a mão dela, onde depositei um pequeno beijo.

– Volte para mim amor, bem depressa – sussurrei, alisando-lhe as faces pálidas, Rose sempre punha os outros em primeiro, mas desta vez ela foi longe demais, quase morreu para salvar uma alquimista, sem nem mesmo a conhecer, sinto-me tão orgulhoso dela. Orgulhoso, de ser tão linda, frágil, teimosa, amorosa, inteligente, namoradeira, decisiva, uma mulher forte que não desiste a primeira falha, de ser estratégica, uma mulher maravilhosa e amada, e que fez um coração sofrido, bater de novo que nem um coração de adolescente, da sua coragem em me salvar, e sido tão forte, por tudo o que a fiz passar, mas a pergunta é “Tenho mais alguma possibilidade de a ter de volta para mim, como minha?” não tinha a certeza.