Meet Me At The Pier escrita por Miss Haner


Capítulo 25
Seguindo a vida


Notas iniciais do capítulo

Oi, passando rapidinho para postar pra vocês. espero que gostem
Boa leitura!



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Não vou negar que já sabia da reação de Mattew e eu não o culpo. Talvez ele tenha razão sobre mim e sobre o que eu fiz, escondi uma coisa por medo de sofrer e no que isso resultou? Sofrimento. De qualquer forma o meu sofrimento foi até maior, tudo por culpa do meu medo idiota, mas uma coisa eu tirei disto tudo. Não vale a pena ter medo, pois se é para acontecer, vai acontecer, não importa o quão adiado for. E mais uma conclusão, eu já perdi o que eu mais tinha medo, agora o que me resta é seguir com a vida. Mas desta vez sem medo de me divertir, sem medo de machucar os outros. E nisto ele também estava certo.

Me levantei, na sexta, com um novo propósito de vida, adeus Maria boba e inocente, olá Maria sem medo da vida! Fui tomar banho, deixei a água morna passar livremente por meu corpo, me enchendo de coragem e disposição. Saí do banho e vesti algo que mostrasse uma nova Maria, eu queria mudar totalmente. Acabei vestindo algo normal nos meus dias passados, eu iria ao shopping hoje então eu poderia comprar roupas novas e deixar estas de lado. Fiz um rabo de cavalo em meu cabelo, não me maquiei muito, passei perfume e desci para tomar café da manhã.

Alice apenas sorriu para mim e nós comemos em silencio. Ela sentia-se mal pelo que aconteceu. E não, eu não contei a ela, mas ela sabia de tudo desde o começo, antes mesmo de eu saber. Me despedi dela e fui em direção a porta, assim que a abri dei de cara com Josh de olhos arregalados. Sorri e o abracei.

- Bom dia! – ele sussurrou em meu ouvido, arrancando-me um arrepio. – Posso saber aonde a senhorita vai? – perguntou fazendo-se de durão.

Ri de sua expressão e respondi.

- Vou ao shopping com as meninas. – respondi dando de ombros. Josh fez uma careta estranha. – Quer ir? – perguntei.

- O que? Não. – arqueei a sobrancelha. – Eu não gosto muito de shoppings. – Assenti. - Vim ver como você está. – ele disse enquanto íamos em direção a rua.

- Bem. – ele me olhou. – Eu acho que não devo ficar sofrendo. É como Mattew disse – estremeci ao dizer o nome dele. – Eu devo seguir a minha vida. – respondi tentando soar convincente.

- Entendo. – ele assentiu ficando sério de repente. – Quero dizer, eu concordo com ele, você tem que seguir com a sua vida. – ele disse um pouco sem graça.

- Pois é. – dei de ombros.

Chegamos até a praça onde eu marquei de me encontrar com as meninas. O irmão de Brunna nos levaria até o shopping que era em uma cidade próxima. Logo o carro azul escuro parou em nossa frente e eu vi as meninas.

- Bom, tenho que ir. – disse dando um beijo em seu rosto.

- Tudo bem. Divirta-se. – ele sorriu e retribuiu o meu beijo.

Entrei no carro e cumprimentei as meninas e o irmão de Brunna. Nós fomos conversando coisas banais, cantando, contando piada, rindo e parecendo doidas. Alguns minutos depois já estávamos na outra cidade e perto do shopping. O irmão de Brunna estacionou o carro e disse que nos encontraria daqui a algumas horas, nos despedimos dele e entramos no lugar.

[...]

- Ah! Eu estou exausta. – Bia disse se jogando na cadeira na praça de alimentação.

- Eu também. – Ana disse bebendo o seu Milkshake.

- O que vamos fazer amanhã? – Brunna perguntou. – Quero dizer, amanhã de manhã e a tarde.

- Não sei! – respondi pensativa. – Por que só de manhã e à tarde? – perguntei confusa.

- A festa do Mattew, né Maria! – Bianca respondeu revirando os olhos. As meninas arregalaram os olhos e a fuzilaram com o olhar. – O que? – ela perguntou e olhou para mim. – Ops!

- Que festa? – perguntei. – Vocês estavam escondendo de mim?  -perguntei ficando nervosa.

- Claro que não. – Ana respondeu devagar. – Bom, vocês terminaram... – fiz cara de tédio.

- Eu disse para elas que não tinha nada a ver. – Brunna disse com certa irritação. – Afinal, a festa é livre e a casa de Mattew é enorme. – as meninas assentiram. – A festa vai ser na casa dele, mas não é dele. – Brunna revirou os olhos.  – Você deveria ir. – ela disse apontando para mim.

- Eu... Eu não sei. – abaixei a cabeça.

- Deixa de ser boba Maria. – Bianca disse animada. – Foi você mesmo quem disse que queria mudar, vai ficar com esse medo bobo de ir a uma festa.

Fiz uma careta.

- E onde você iria usar o vestido que você comprou? – Ana disse se animando. – Vamos Maria! – ela e as meninas me encararam com aquela cara de “aceita, aceita”.

Pensei por alguns instantes e decidi que elas estavam certas. Se eu queria mesmo mudar, não poderia deixar que o medo me impedisse de me divertir.

- Tudo bem. Eu vou! – respondi com animação.

[...]

Passei praticamente todo o dia com Josh. Nós fomos para o parque da cidade, fomos tomar sorvete na melhor sorveteria do mundo. Voltamos para casa e eu fui até a sua casa, lá ele me ensinou a jogar videogame, aumentamos totalmente o som e ficamos naquela casa jogando e ouvindo música de estourar os tímpanos. No final da tarde, eu me despedi dele e marquei de encontrá-lo na festa, eu iria com as meninas e ele iria um pouco mais cedo por causa de Mattew. Pedi que ele não contasse que eu iria, pois eu faria o possível para não ver Mattew com a nova “namorada” dele.

Entrei em casa e fui direto para o quarto, preparei a minha roupa e fui tomar banho. Saí do banho e vesti o meu vestido novo, coloquei a sandália de salto que também era nova. Passei uma maquiagem média, destacando mais os olhos, passei o perfume que eu comprara deixando de lado o que eu usava sempre. Deixei meu cabelo solto, peguei a minha bolsa e desci. Alice não estava em casa, hoje ela sairia com Marcos, não me pergunte aonde os dois iriam, pois eu não faço a mínima idéia.

Pouco depois de eu descer, a campainha tocou, ajeitei mais uma vez o meu vestido e fui atender a campainha.

- Eu sabia que este vestido ficaria ótimo em você. – Bianca explosiva como sempre me abraçou.

Cumprimentei as outras meninas e os meninos, Rafael e Scott. Fomos para a festa, de longe já podia-se ouvir a música tocando. Fiquei um pouco apreensiva, por mais que eu tivesse a convicção que havia mudado, eu ainda sentia o frio na barriga. As meninas me puxaram para dentro daquela mansão, o frio em minha barriga aumentou, eu estava a pouco do desespero, precisava relaxar.

- Toma! – virei-me para ver que era e para minha sorte era Josh.

Sorri amarelo para ele e olhei para sua mão, ele segurava um copo com um líquido transparente.

- É vodka. – assenti e peguei o copo de sua mão. Engoli o conteúdo rapidamente, sentindo o líquido queimar em minha garganta e deixando espaço para eu desejar por mais. – Você está linda. – Josh sorri timidamente – E tensa também. – foi a vez dele rir e eu estremecer. – Não precisa ficar assim. – ele me abraçou.

O meu nervosismo foi embora na mesma hora em que ele me tocou. Josh tinha esse efeito sobre mim, eu queria ficar ali abraçada com ele pra sempre, mas isso soa estranho demais e meu coração já começava a acelerar mais que o normal. Me afastei e sorri. Josh me puxou para onde as meninas estavam, antes de chagar lá, peguei mais um copo de vodka com o garçom que passava por mim.

[...]

Três ou quatro copos depois eu já estava totalmente solta, queria ir para a pista e dançar até não conseguir ficar mais em pé. E foi isso que eu fiz, sendo seguida pelas meninas, comecei a dançar de forma descontraída na pista, peguei mais um copo de vodka e o tomei enquanto dançava. Um garoto chegou atrás de mim, me virei e sorri para o menino alto, ele sorriu e passou o braço por minha cintura. Começamos a dançar sensualmente, não me culpem, eu não respondia mais por mim, ou talvez minha mudança fosse esta.

Dançamos mais algumas músicas antes do garoto tentar algo comigo. Ele aproximou seu rosto, mas eu desviei dele, não era isto o que eu queria. Separei-me dele e fui em direção ao bar, bebi mais algumas doses e uma idéia me veio a cabeça.

POV Mattew   

Eu estava sem ânimo nenhum para festas, mas acabei cedendo a Erick a minha casa para o evento. É claro que agora eu teria que ficar aqui, então resolvi aproveitar é claro. Karen chegou cedo e já grudou no meu pescoço, acabando com a minha intenção de me divertir. Algumas horas depois eu consegui me distanciar dela, já que as amigas dela chegaram e a levaram para algum lugar por aí. Fui até o bar e pedi algo para beber. Fiquei ali sentado observando a festa até que notei uma movimentação diferente e segui as pessoas com a olhar e vi uma garota em cima do balcão do lado contrário onde eu estava. Me aproximei e senti meus olhos arregalando-se, a tal garota que estava dançando em cima do balcão quase retirando a sua roupa era a garota que nem deveria estar ali, que eu nunca vi se comportar daquele jeito. Era Maria!

POV Maria

Dançar em cima do balcão estava sendo divertidíssimo, eu ria alto a cada movimento que fazia, as pessoas direcionaram a atenção para mim, vi minhas amigas olharem para mim surpresas, mas com um sorriso sapeca no rosto, logo elas se juntaram a mim. Rimos e dançamos cada vez mais sensualmente. Até que um infeliz me puxou pela cintura e me puxou de lá. Não consegui identificar quem era, talvez fosse Josh que acabou com a minha diversão quando ela estava apenas conversando. Fui levada para o andar de cima e estremeci ao lembrar do quarto de Mattew.

- Josh, eu quero voltar. – fiz bico. Josh não respondeu nada. – Josh, eu não quero ficar aqui. – disse emburrada. Ele continuou me puxando. – Josh me solta! – eu gritei e fui solta por ele... Dentro de um quarto, não, dentro do quarto de...

- Você está ficando doida? – não era a voz de Josh. Ah! Não. Era Mattew.

- Estava me divertindo. – respondi emburrada.

Mattew revirou os olhos.

- Então se divertir para você é agir como puta? – ele estava irritado.

Fiquei nervosa com ele. Como ele ousa me chamar disso. Idiota!

- E o que isto te importa? – perguntei aumentando o tom de voz. – Você disse para eu seguir com a minha vida, eu to seguindo e só pra você saber, eu to muito feliz. – ri, mas minha risada foi um tanto estranha.

- Você está bêbada. – ele disse se aproximando.

- Não Mattew, eu não estou bêbada. Essa sou eu, eu deveria ter sido assim desde o começo, sem medos e pouco me importando com o que os outros pensam de mim ou da minha vida. – respondi com voz embargada.

Ele bufou e segurou firme em meu braço.

- O que você vai fazer? – perguntei tentando me soltar.

- Te dar um banho. Odeio conversar com gente bêbada.

Bufei.

- Eu não estou bêbada. – disse mais uma vez. – Você não quer é ver como eu estou bem sem você. – disse e talvez eu realmente estivesse bêbada.

- O que? – ele me olhou espantado. Nós já estávamos no banheiro. – Entende uma coisa Maria, eu não me importo com você, se você está feliz ou magoada, eu não ligo. Você é página passada que nem deveria ter sido escrita.

Engoli em seco. Mattew começou a tirar o meu vestido me deixando só de roupa íntima. Suspirei quando a água fria entrou em contato com o meu corpo. Mattew saiu do banheiro, me sentei no chão e deixei as lágrimas saírem. Eu sou uma idiota, não deveria estar assim. Olha o que a bebida faz. A água ainda maltratava a minha pele, mas eu encarei como um castigo, eu merecia por ser tão idiota.

Ouvi a porta do banheiro ser aberta. Olhei para fora do Box, vi Josh me encarando sério com uma toalha nas mãos. Então aquele idiota me deixou aqui sozinha, imbecil. Ao menos eu estava com o meu melhor amigo.

- Vem se secar Maria. – seu tom era calmo.

Me levantei com vergonha do meu estado, eu estava só de roupa íntima ainda por cima molhada, mesmo assim fui até ele que evitava olhar para meu corpo, me senti melhor. Peguei a toalha de suas mãos, Josh saiu do banheiro e eu me sequei. Vesti meu vestido de novo e saí de lá. Josh estava sentado na cama.

- Pronto. – respondi timidamente.

- Não precisa ficar assim Maria. – ele se aproximou e me abraçou.

- Eu sou tão idiota Josh. Como você consegue ser meu amigo? – perguntei afundando meu rosto em sua camisa.

Josh segurou minha cabeça e fez-me olhar em seus olhos. Ele estava próximo demais, o que fez meu coração acelerar e meus olhos irem para a sua boca.

- Eu te amo Maria. – ele disse calmamente. – Sendo idiota, boba, chata – ele riu -, inocente, emotiva... Eu te amo pelo simples fato de você existir.

No segundo seguinte sua boca estava colada a minha, e não foi ele que fez o ato, fui eu. Meu corpo necessitou isso e eu não consegui controlar. Josh pediu passagem com a língua e eu cedi, aprofundando o nosso beijo calmamente.


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Notas finais do capítulo

E então? Bom, horrível,péssimo? O que vocês acharam? Eu quero reviews hein, acho que mereço por este capítulo, haushausha
Beijos, até o próximo!



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