Where Are You Now? escrita por Kaah_1


Capítulo 12
Não podia ser real.


Notas iniciais do capítulo

Gente, me perdoem pela demora.
O capitulo não ta lá aquelas coisas, mas, espero que gostem! De coração!



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Me olhei no espelho, analisando minha roupa. Será que estava realmente boa e apropriada para a ocasião?

Porque, bem, eu ia sair com Justin Bieber!

Não, não... Isso deve ser um sonho. Com certeza um sonho.

Depois que voltei pra casa, não consegui parar de pensar nisso. Reli inúmeras vezes aquele bilhete e postei nossa foto tirada em toda rede social existente. Mas, eu ainda não podia acreditar.

Nem ao menos consegui dormir a noite. Fiquei em pensando em tudo, em toda a minha vida até agora. Encaixei os fatos na minha cabeça, e por muitos motivos achei que estivesse apenas tendo alucinações. Ou, quem sabe eu estivesse em coma e tudo isso fosse apenas coisa da minha imaginação, sabe? Talvez eu estivesse criando um mundo paralelo na minha mente, onde as coisas realmente eram do modo que eu queria. Onde, eu finalmente conhecia Justin e meu pai estava sendo levado ao hospício. Um mundo onde tudo desse certo pra mim.

Quais eram as chances daquilo ser real? Quais eram as chances de Justin ter dito que eu era linda dormindo e que queria passar o dia comigo? Porque isso aconteceria?

Eu era a garota azarada, que tinha uma vida horrível e estava no fundo de um abismo pedindo por socorro há muito tempo. Eu era a sofrida garota, pedindo apenas amor e compreensão. Eu não recebia nada a não ser alguns bons tapas do meu pai. E sempre que eu estava perto de conseguir alguma coisa, aparecia algo pra atrapalhar tudo. Então, aquilo realmente não podia ser real. Não havia uma razão concreta que me mostrasse isso.

Olhei meu reflexo no espelho, fazendo uma careta.

E se eu estivesse sonhando? E se eu acordasse daqui a pouco em uma clinica psiquiátrica amarrada por cordas em uma sala para gente maluca?

“E se” são palavrinhas que deixam qualquer pessoa louca.

Ouvi meu celular vibrar por cima da cômoda. O peguei, vendo que recebi uma mensagem. Era de Thomas.

“Que seu dia seja perfeito, princesa. Bem melhor do que sonhou.” – sorri largamente ao terminar de ler. Ele realmente era o melhor amigo que alguém poderia querer. Thomas era diferente e incrível.

- Filha! O menino famoso te espera na porta! – minha mãe disse alegremente, enquanto entrava no meu quarto.

- Ai. Meu. Deus! Respira, Nina! Respira! – eu disse nervosa a mim mesma, respirando pesadamente. – O que vou dizer? Ele... Ele... Vai me achar uma maluca! Ele já deve me achar uma louca. Pra onde será que vamos? Eu não vou agüentar!  E se eu perder o controle? E se sem querer eu disser alguma besteira? E se e xingar a namorada dele por acidente! Não, não! Ele vai me odiar! Tem que ser perfeito! Eu só tenho que manter a calma e... – comecei a andar desesperadamente de um lado para o outro.

- Nina! – minha mãe gritou. – Para com a insegurança! Ele vai te adorar. Agora vá. Não quer deixá-lo esperando, certo? – ela riu, segurando em meu ombro.

- Claro. Estou... Indo. – mordi os lábios, nervosa. Muito nervosa.

Peguei minha bolsa que estava por cima da cama e saí do quarto. Minha mãe já andava a minha frente.

Dei passos lentos até a escada. Eu realmente estava com medo. Me sentia como se Justin fosse meu par de algum baile da escola, sabe? Como se fosse um encontro com algum garoto ao qual sou apaixonada.

Mas, espere... Eu era apaixonada por ele! Mas... Isso era um encontro?

Parei de andar quando cheguei ao pé da escada. Simplesmente travei quando vi Justin parado na porta da minha casa. Ele estava tão lindo. Ele era tão perfeito que parecia ser uma alucinação. Ele usava seus supras de sempre, a calça caindo, uma regata preta e um boné vermelho. Eu amava quando ele usava bonés e regatas. Ele sorria radiante, enquanto minha mãe falava algo pra ele. Jus parecia simpático e gesticulava com as mãos o deixando ainda mais adorável. Ele tirou o boné, passando a mão no cabelo para ajeitá-lo rapidamente. Eu quase caí pra trás. Como poderia ser tão perfeito?

Quando Justin direcionou seu olhar pra mim, deu um sorriso de canto e piscou pra mim, me deixando de pernas bambas.

Ele foi até o ultimo degrau da escada, me esperando com uma das mãos estendidas a mim.

Eu engoli em seco e fui descendo os degraus lentamente. Senti um frio na barriga e as borboletas começaram a fazer festa dentro dela.

Quando Justin tocou minha mão, senti uma corrente elétrica passar por todo meu corpo. Eu me arrepiei e foi como se... Como  se levasse um choque de realidade.

Eu sorri, ainda não acreditando que ele estava na minha frente, na minha casa.

Justin me puxou pela mão e envolveu-me em um abraço aconchegante. Senti suas mãos apertando minha cintura e encostei minha cabeça em seu ombro, sentindo seu doce perfume mais uma vez.

- Hey, Nina. Bom te ver. – ele riu perto de meu ouvido.

Me arrepiei mais uma vez.

Me separei dele antes que acabasse desmaiando em seus braços. O que não seria má idéia.

- Ainda acho que você é uma alucinação, mas, ok. – eu disse, alto demais, fazendo Justin gargalhar.

Eu corei.

- Eu não sou uma alucinação! – ele abriu os braços, parecendo se divertir. – Sou de carne e osso! Real! Bem real. – ele piscou divertido.

Eu sorri largamente.

Justin estendeu a mão pra mim e eu não hesitei em pegá-la. Logo ele estava me guiando até o carro que deveria ser alugado ou sei lá.

Ele abriu uma das portas pra mim e eu entrei rapidamente no carro, com um pouco de vergonha, mas explodindo por dentro. Explodindo de alegria, é claro.

Jus entrou no carro, ligando o som e dando partida no carro. Eu o olhei de soslaio.

Me segurei para não dar um berro de felicidade. Cara! Isso é surreal! Eu to em um carro com Justin Bieber, o cara com quem sonhei minha vida inteira. Meu ídolo, meu herói, minha louca paixão platônica.

- Pra onde vamos? – perguntei depois de um tempo.

- Vamos almoçar e depois vou te levar pra um lugar especial. – ele sorriu a mim e senti ele segurar minha mão e beijar as costas das mesmas.

Mordi os lábios para não gritar e me conti para não pular ou fazer algum movimento de fã maluca que o deixasse assustado.

[...]

Já estávamos a alguns minutos sentados em um restaurante da cidade.

Era bem decorado, com um ótimo atendimento e a comida parecia divina. Já tínhamos feito nosso pedido e apenas esperávamos pacientemente.

Eu olhava incansavelmente para ele. Justin já parecia até sem graça já que eu não parava de encará-lo com um sorriso totalmente idiota no rosto. Eu realmente parecia uma boba apaixonada no encontro com seu príncipe encantado. Jus era realmente incrível. Ele era fofo, carinhoso, atencioso, cavalheiro e amoroso. Ele esbanjava aquele seu sorriso lindo. Seus olhos eram brilhantes e perfeitos, igualmente aqueles seus lábios rosados e tão convidativos. Vi ele passar a língua pelos lábios e o morder, aquilo fez com que eu suspirasse. E ele riu.

Viemos cantando o caminho inteiro, da minha casa até o restaurante. Ele era totalmente engraçado e bem humorado. Pude ouvir sua voz linda e maravilhosa, cantando alegremente Call Me Maybe e me dizendo o quanto a Carly era totalmente talentosa. E eu, claro que concordei, já que eu a adorava.

Jus elogiou minha roupa e acho que ele deixou escapar dizendo que eu tinha pernas lindas. Ok, eu fiquei vermelha. Aliás, caramba, Justin Bieber havia reparado no meu corpo! No meu horrível corpo. E ainda chegou a me elogiar! Eu pirei, e realmente estava com medo de não conseguir mais guardar tanta animação assim para mim. Eu ia extrapolar uma hora ou outra, tinha certeza. E tinha medo disso também.

- Você não me disse como me encontrou. – falei quebrando o silencio. – Tho disse que postou alguns vídeos, mas... – parei de falar, erguendo os ombros.

- Seu amigo trabalhou duro. Ele fez um vídeo desesperado enquanto você estava no hospital, dizendo sobre o seu amor, mostrando todas as suas coisas e seu sofrimento... – ele começou a explicar e eu fiquei pensando se Thomas havia dito sobre meus pais e meus cortes. – Quando vi você na cama de hospital, parecia tão frágil... Mesmo virtualmente. Eu senti que precisava ver você. Seu amigo levantou tags pra você no twitter, pediu para divulgarem o vídeo e me mandou milhões de replys sobre ele, até que resolvi ver. – Justin deu aquele sorriso aconchegante que me fazia pirar.

Eu apenas sorri de volta.

Thomas deve ter trabalhado muito. Digo, ter ficado uma madrugada toda na internet. Divulgando o vídeo, mandando replys, conversando com fãs via twitter... Ainda tenho que agradecê-lo. Não seria nada sem ele. Talvez eu já estivesse morta se Thomas não me ajudasse.

Estiquei minha mão e peguei o refrigerante da mesa, tomando um longo gole.

Me sentia tão nervosa.

Fiquei batucando meus dedos na mesa.

- O que é isso no seu braço? – Justin pegou meu braço, o puxando e segurando com cuidado.

Não, não, não! Ele não pode ver meus cortes!

Fechei os olhos, pedindo mentalmente para que ele não visse isso. Mas, não aconteceu.

Justin tirou minha pulseira e passou os dedos pelas cicatrizes do meu pulso. Claro, Nina sua idiota... Tem mesmo que se expor? Não posso usar blusas curtas.

Abri os olhos, vendo Justin entretido, com os olhos pregados no meu braço. Ele apertou de leve, o que me fez gemer de dor. Ainda doía. Sempre doía. Ele tinha um misto de preocupação e curiosidade no olhar. Ninguém jamais olhara meus cortes por tanto tempo, com tanta... Intensidade. Com tanta... Preocupação. Minha vida inteira, vivi sendo humilhada. As pessoas me olhavam como se eu fosse um nada ou como se eu simplesmente não existisse.

Eu queria chorar. Chorar lembrando-se de cada sofrimento, de cada coisa que passei nessa vida. Minha vida era uma droga. Eu era uma droga. Eu era um erro que devia ter sido eliminado a muito tempo. Ver Justin olhando meus cortes daquele jeito parecia que ele estava me achando uma doente, sabe?

Puxei meu braço dele e me encolhi na cadeira.

Seus olhos rapidamente buscaram meu rosto. Ele deu um suspiro e sorriu fracamente. Não ousei quebrar o contato visual. Justin me olhava com intensidade, curiosidade e até compaixão. Eu tentava decifrar seus pensamentos e tudo o que tinha por trás daqueles lindos olhos cor-de-mel.

Ele se inclinou, colocando as mãos sobre a mesa.

- Porque se machuca? Qual a razão dos cortes? – ele perguntou em um sussurro.

- Por favor, não me julgue. – pedi, com medo.

- Não vou julgar. – ele riu fraco. –Apenas quero entender.

Eu o olhei por um tempo.

- Na verdade, acho que é incompreensível. Ninguém entende. Só sabem julgar e julgar... – suspirei, deixando uma lagrima cair.

Abaixei a cabeça.

- Ei. – Justin pressionou o dedo polegar sobre meu queixo e ergueu meu rosto, fazendo olhá-lo. – Eles não sabem o que você passa. Eu quero te ajudar. – vi ele dar um sorriso sincero e único.

- Eu já vi meu mundo desmoronar milhões de vezes. Vi a morte de perto, porque eu escolhi a morte. Eu queria morrer, mas, não consegui. – suspirei, limpando uma lagrima antes de continuar. – Meu pai é um covarde. Digo, se eu contasse tudo que já passei por culpa dele... Acho que eu começaria a chorar um rio aqui. – funguei. – E tem você, que me faz... – parei de falar e mordi o lábio inferior.

Se eu continuasse, as minhas palavras se levariam á eu também me corto por sua causa. E eu não queria que Justin soubesse disso. Não queria que ele soubesse que era um dos meus problemas

- Eu? O que tem eu? – ele pareceu desentendido.

Decidi contar tudo.

Bom, quase tudo.

Emiti alguns detalhes, mas, respirei fundo e comecei a falar.

- Jus, não me ache uma louca depois disso, mas... – fechei os olhos por alguns minutos e respirei fundo. – Você costumava ser meu herói. Eu sofria bullying, tinha que agüentar meus pais brigando e... Você, sua musica, sempre foi um tipo de refugio pra mim. Mas, olha... Não brigue comigo depois disso e nem me ache uma louca apaixonada... Você começou a sair com Selena, e começou a mudar, tomar atitudes diferentes e todas aquelas fotos, tudo que você fazia, todas as vezes que saía com ela... Eu me sentia machucada.  E isso me fez sofrer mais. Me machuquei por dentro e por fora. – abaixei a cabeça ao terminar de falar.

Me sentia envergonhada.

E eu nunca havia me sentido envergonhada antes com uma coisa dessas.

Digo, eu me cortava para aliviar a dor e não me importava nem um pouco com que os outros achassem. Na verdade, me cortar era mais um motivo de piada pra eles. Pra todos. Eu era um completo fracasso e me diziam isso o tempo todo. Que eu acabaria sozinha, eu e meus cortes. Ou que algum dia eu viraria uma psicopata, se é que eu já não era isso.

Ouvi palavras horríveis. E aprendi que todas aquelas palavras que em diziam, doíam muito mais do que meus cortes. Muito mais.

Um silencio desconfortável tomou conta. E eu achei que Justin levantaria em segundos gritando comigo e dizendo o quanto sou louca.

Mas, ele não fez isso.

Ele foi diferente. Pra todas as pessoas que eu contei, me julgaram sem pudor algum... Mas, ele não. Ele agiu totalmente diferente.

- Calma, princesa. – ele me puxou pelo braço, me fazendo levantar. Vi ele me puxar delicadamente para sentar no seu colo, e mesmo hesitante, foi o que eu fiz. – Senta aqui e não chora. Eu vou te ajudar a partir de agora. Principalmente se eu for um dos motivos pra isso. Eu vou ficar do seu lado e vou fazer você esquecer todos esses problemas. – ele beijou meu ombro e enlaçou os braços ao redor da minha cintura, me abraçando confortavelmente.

- Desculpa,  Jus. Desculpa por eu não ser a fã fofa e perfeita que você tanto queria conhecer. – murmurei, deitando a cabeça no seu ombro.

- Você não é fofa e perfeita, mas, com certeza é uma das fãs que eu queria tanto conhecer. E não só conhecer. Quero cuidar e proteger de você também. – senti sua voz rouca e deliciosa murmurar perto do meu ouvido. Sua voz era musica, era deliciosa.

- Você com certeza não existe. – ri

Ouvi ele rir junto a mim.

Eu me arrepiei por inteiro. Ele era incrível. Totalmente.

- Vou te levar em um lugar especial, pequena.

- Especial? – ri

- E completamente inesquecível. – ele sussurrou e beijou delicadamente minha nuca.

Estremeci. E desejei guardar aquele momento para sempre.

Eu estava em seus braços, sentindo seus lábios tocas minha pele. Há coisa melhor que isso?


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Notas finais do capítulo

Entao? O que acharam? Por favor, me digam.
Obrigada por todos os reviews do capitulo anterior... Vocês são incriveissssss!
Escrevi nesse, algo que eu queria que acontecesse comigo...Espero que gostem e se imaginem aí!
NHAC
ATÉ O PROXIMO CAPITULO!



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