Acho que na vida, todo mundo realmente sofre ao menos uma vez por amor. Não é algo simples ou fácil... É doloroso.

Justin Bieber? Ele se tornou o meu maior herói. Sabe, me lembro de alguns anos trás, quando meus pais começavam a discutir e meu pai praticamente espancava minha mãe sem se importar comigo... Ele não sabia como tudo aquilo me afetava. Ninguém sabia. Era ruim, triste... Me deixava pra baixo. E eu tinha que agüentar tudo sozinha. Sem ninguém.

Então, todas as vezes que eu via meu pai atacar minha mãe na parede, todas as vezes que eu via aquelas lágrimas cair de seus olhos, eu chorava junto. Eu corria pro meu quarto. Já pensei tantas vezes em me matar, em morrer de vez. Era difícil, era triste. Minha vida nunca foi perfeita. Minha vida inteira tive que agüentar brigas em casa, policias em volta dela, os vizinhos comentando e meus colegas de escola fazendo piadinhas sobre isso. Psicólogos? Fui a muitos. Mas, nada podia apagar essas tristes lembranças da minha memória. Nada.

Houve um tempo, que Justin me fez acreditar de novo. Me fez sorrir e ter orgulho de mim mesma. Ele me deixou feliz. O conheci em 2009, se não me engano. Foi quando comecei a pesquisar sobre sua vida. Sua historia parecia não ser muito diferente da minha. Seus pais também eram separados e ele vivia com sua mãe, igualmente a mim. Ele era especial. A cada conquista dele, era também uma conquista minha. Nunca pude vê-lo de perto, nunca pude me encontrar com ele pessoalmente, mas, comecei a acreditar que era possível amar alguém, independente da distancia.

Ele não me trouxe somente sorrisos bobos, orgulho... Ele me deu amigas. Comecei a conversar com algumas fãs dele, eu me abria a elas, elas me davam conselhos e viraram aos poucos, minhas melhoras amigas. Quando havia problemas em casa, eu corria pro meu mundo. Ouvia minha musica, ia pro meu computador, conversava com as minhas amigas e via fotos do garoto que me fazia sorrir.

Ah, ele não sabe como me fez sorrir. Ele não sabe tantas vezes que eu sorri só de pensar ou ouvir seu nome. Quando ele sorria, eu sorria. Quando ele chorava, eu chorava junto. Quando ele conquistava mais alguma coisa, era como se eu conquistasse algo também. E eu desejava para que sempre fosse assim.

Ele fazia aquelas brincadeiras bobas que me faziam rir, tinha aquele jeito brincalhão e um sorriso maravilhoso. A sua voz me acalmava e eu sonhava em abraçá-lo. Eu queria ao menos que ele soubesse disso.

Pena que sonhei alto demais. Boatos começaram a surgir, ele começou a crescer, a mudar. Não liguei de ele cortar o cabelo ou de começar a cantar algumas musicas de rap. Eu até gostava disso. E não importava o quanto ele ou sua voz mudasse, minha admiração e meu amor por ele não iriam mudar. Nunca.

Mas, ele começou a namorar. Ele estava mais atraente, mais alto, mais maduro... Ele tinha que namorar. E eu tentava colocar isso na minha cabeça. Mas, me machucava. E foi ai que eu percebi, que eu gostava dele bem mais do que eu deveria gostar. Eu estava apaixonada por ele, pelo garoto errado.  Eu via fotos, eu via seu jeito mudar... Quando ele estava com ela, ele parecia outra pessoa. Não parecia mais meu Justin. Eu ainda o amava, sempre amarei.

Enquanto ele estava sorrindo por aí, curtindo com a sua namorada... Eu derramava lagrimas, desejando que aquilo acabasse. Eu queria que ele ficasse feliz... Mas, porque eu não conseguia ficar feliz com isso? Porque eu sofria tanto com aquilo? Não era só ciúme... Eu não odiava sua namorada. Eu só queria estar no lugar dela.

Eu não conseguia esquecê-lo. Não conseguia tirar da minha cabeça que deveria ser eu ao seu lado e não ela. Todo o meu sofrimento de antes, parecia voltar, dessa vez mais forte ainda. Eu ouvia as pessoas dizendo “isso vai passar, é só uma fase adolescente”, “é bobeira”, “que idiota você chorar por alguém que não sabe que você existe”; eu agüentava todas as criticas. Eu sofria em silencio. Nunca passava. Nada mudava. Eu não suportava vê-lo com outra. Parece bobeira pra qualquer um, mas, por tanto tempo, ele me fez esquecer os problemas e agora... Ele se tornou um dos problemas. Por sua causa, e por outras, resolvi tomar algumas decisões das quais não me orgulho muito.

Sou Nina Audrey, tenho 15 anos. Essa é a minha boba historia de amor.

Por favor, só não me ache tola por amá-lo tanto.