-          Olá Anikka como vai? – meu Deus ele sabia o meu nome. Bill me deu um abraço quente e aconchegante. Meu Deus, Bill Kaulitz estava me abraçando.

-          O-o-oi Bill. Eu estou bem, e você? – disse quando ele me soltou e olhou em meus olhos.

-          Anikka tem algum problema em conhecer astros do Rock, ela sempre gagueja ao conhecê-los. Disse Tom, arrancando gargalhadas de Bill.

-          Bom Anikka, eu sou Bill, e é um prazer conhecer a garota que meu irmão tanto diz a respeito. – meu Deus, Tom falava de mim para Bill. Eu sorri por saber disso, e sorri para Bill também. Tom olhou para Bill com repreensão.

-          Ih Bill, acho que alguém não queria que eu soubesse disso. – Bill e eu rimos de Tom, que ficou sério.

Bill e eu conversamos, ele me contou sobre como é viajar ao redor do mundo fazendo turnês, e como é divertido quando Georg e Gustav estão com eles. Depois de muita conversa, Bill disse que precisava tomar um banho. Ficamos só Tom e eu.

-          Ele é encantador. – disse sorrindo.

-          Sim, eu também achava, até que ele aprendeu a falar, e se maquiar ai já era todo o encanto. – rimos.

-          Então, por que me trouxe aqui? – perguntei.

-          Para ser sincero eu não iria trazê-la aqui hoje, mas só o fiz por que Bill insistiu dizendo que precisava te conhecer.

-          Ah. E para onde vamos agora?

-          Vamos para onde eu planejava leva-la. Saímos dessa vez não precisávamos do carro de Tom. Fomos andando e conversando sobre tudo. Chegamos à praia, imaginei o porquê eles estavam morando ali, por que Bill estava viciado em praias desde as férias nas Bahamas.

-          Uau! Aqui é lindo. – disse olhando para o horizonte.

-          É sim, é um dos meus lugares favoritos em todo o mundo. – Tom olhou para o céu. – venha, a surpresa fica atrás das pedras.

Tom teve de me ajudar a passar pelas pedras. Quando chegamos eu não acreditava no que vi. Uma fogueira acessa e um violão.

Quando sai de casa confesso que não tinha certeza de que era aquilo mesmo que eu queria. Mas que bom que eu segui a minha intuição e aceitei sair com ele.

-          Posso tocar uma música pra você? – Tom perguntou, sua voz era macia.

-          Claro.

-          Eu ainda estou compondo.

-          Você? Você compõe também?

-          Sim, às vezes.

Ele começou com uma melodia calma e suave. Fechei os olhos para sentir o vento. Tom mais uma vez parecia poder ler os meus pensamentos. Eu sempre quis um dia poder estar num momento assim, fosse com amigos, ou com alguém mais especial. Abri os olhos quando ouvi uma voz cantar uma linda música.

-          Please don’t drift away from me.

 Please don’t drift away from me.

 A thousand oceans wide.

-          Não está pronta, na verdade está longe de estar pronta. – Tom riu com vergonha.

-          Pra mim já está linda. – Tom e eu nos olhamos.

-          Obrigada por ter me trazido aqui. Eu adorei.

-          Não foi nada Anikka.

Surpresa.

Essa é a palavra que pode definir-me no momento. Eu nunca podia imaginar que Tom fosse tão romântico assim, como já disse anteriormente, a atitude que ele teve, eu esperava que viesse de Bill. Sempre quando imaginava Tom e uma garota saindo para um ‘encontro’, o local do mesmo seria talvez num motel. Mas nunca numa praia, tocando violão perto da fogueira, e muito menos ouvindo-o cantar para mim. Ele me surpreendeu, e eu estava feliz, por ele ter se mostrado realmente diferente do que a mídia dizia sobre ele. Tentei quebrar o silencio que estava entre nós:

-          O céu está tão lindo Tom, parece que está num tom mais claro.

-          Viu como eu já tomei conta dos seus pensamentos. – era verdade o que ele dizia, mas como sabia, e por que estava falando aquilo?

-          Você ouviu o que disse? – ele me perguntou rindo.

-          Eu disse que o céu está num tom... – entendi o porquê ele ria tanto, e também comecei a rir.

-          Dá para se fazer uns ótimos trocadilhos com o seu nome. – rimos ainda mais. Tom e eu ficamos em silêncio olhando as estrelas por um tempo. Já estava ficando tarde e pedi que ele me levasse embora. Tom concordou. Fomos para sua casa, despedi-me de Bill que mais uma vez me deu um abraço, só que desta vez mais apertado.

-          Nos vemos na próxima vez Anikka.

-          Nos vemos Bill. Foi um prazer conhece-lo, e tenho que admitir, eu amo suas músicas. – Bill deve ter me achado uma completa idiota, mas ele sorriu e agradeceu, me abraçando mais uma vez. Bill sussurrou algo em ouvido como ‘Beije ele hoje’ eu sorri por não ter certeza se era isso mesmo que eu tinha escutado.

Tom e eu voltamos para minha casa. Descemos do carro, e ele insistiu em me acompanhar até a entrada.

- Obrigada por tudo Tom, eu realmente adorei.

- Não foi nada. Tom disse sorrindo. – ficamos quietos. Quietos demais. Minha mente gritava para que eu beijasse Tom, mas meu corpo nada fazia.

- Bom, se me der licença eu vou entrar. – disse sorrindo para ele.

- Tudo bem.