Ω Percy Jackson – Apresentando o Acampamento aos Mediadores. (Parte 2)

Mostramos tudo o que os mediadores tinham direito.

As quadras e a arena de esgrima. Eles ficaram vendo as pessoas jogando vôlei, uma coisa supernormal para quem mora na praia, e atirando flechas nos alvos, o que não era tão normal assim, já que os filhos de Apolo tinham uma mira impecável.

Do outro lado da arena onde os filhos e Ares e Atena lutavam com espadas.

O anfiteatro, as forjas e o deposito de materiais: Filhos de Afrodite, dançando e se olhando no espelho a cada 30 segundos, filhos de Hefesto selecionando o bronze celestial.

Filhos de Deméter e Dionísio estavam no campo de morangos. As frutas estavam enlouquecidas como sempre. O cheiro de uvas e outros frutos banhavam o local. Os semideuses regavam as plantas, enquanto o céu escurecia: ia começar a chover.

– Hm, desculpa a pergunta, mas... Por que eles estão regando as plantas se logo logo vai começar a chover? – perguntou Paul quanto olhava para Thalia. Ela se virou, olhou em seus olhos e disse:

– Aqui não chove. Aliás, só chove se você quiser. As nuvens simplesmente dão a volta pelas barreiras mágicas e seguem seu caminho. – e deu de ombros enquanto Paul olhava abismado.

– É assim mesmo no começo, eu me lembro quando cheguei aqui: achava que minha mãe tinha morrido e meu pai não queria saber de mim. Ainda por cima aqui, Acampamento Meio-Sangue, não chove e tem ninfas e sátiros andando por todo lugar. – respondi.

– E como você se acostumou? – Jesse me perguntou.

– Ainda não me acostumei. Nós sempre descobrimos algo novo, como eu digo, sem ação sem luta. – eu respondi e todos concordaram. Estávamos indo ao estábulo então Suzannah um grito abafado. Nós nos viramos e Jesse perguntou:

– Está tudo bem, hermosa? – isso deveria ser espanhol. Eu não sou muito bom com línguas estrangeiras, já era difícil aprender inglês quanto mais o espanhol. Mas o que ele disse devia ser muito bonito ou fofo pois fez Annabeth, Rachel e, por incrível que pareça, Thalia suspirar.

Tá legal, alguém me ensina a fazer isso pra Annie não ficar mais brava comigo. Haha! Brincadeirinha! A Annie não resiste ao meu sorriso lindo e charmoso. Estava pensando o que significava aquela palavra e então Suzannah respirou e disse:

– Os cavalos estão voando! Ai, que fofo! E bizarro. Aquilo são pégasos?

– Sim, nós temos treinamento de montaria todos os dias. Acho que podemos ensinar a vocês... – Nico disse. – Se quiserem.

– Tá brincando? É claro que sim. Na minha fazenda eu montava todo o dia. Será que é a mesma coisa que montar em cavalos? – Jesse falou e perguntou ao mesmo tempo.

– Praticamente. – Luke respondeu. Ele estava quieto no canto dele e não estava se mostrando para todos falando que conhecia tudo nesse lugar. Ele observava Rachel de longe, que sorria para ele. Um fantasma e uma vidente. Isso não daria muito certo, mas temos que ver o que o destino nos reserva.

– Legal. – Paul disse.

Mostramos a parede de escalada, que solta fogo e balança. Eles riram com a idéia de subir lá em cima e Grover disse que era fácil. Claro pra quem tem cascos e não pés escalar uma parede com lava é moleza.

Andamos mais um pouco e mostramos o lago de canoagem e o rio que cortava a floresta. Mais ao fundo da floresta, mostramos falando que a montanha se chamava Punho de Zeus e era lá onde ficava nosso ponto para Caça a Bandeira.

– Caça a bandeira? O que é isso? Pique-bandeira na floresta? – perguntou Paul, que fitava Thalia como se ela fosse a única coisa que importava.

– É mais ou menos isso, só que nós usamos espadas e escudos e podemos usar nossos poderes extras. Matar não é permitido. – Annabeth disse.

– Mas... você nunca mataram ninguém não é? – Suzannah perguntou.

– Não, mas fizemos um bom estrago. – Rachel disse. Ela por incrível que pareça adquiriu enorme habilidade na esgrima. Os dois grupos que competiam disputavam para ver quem iria ficar com Dare no time. Mas ela sempre era mais esperta e “via” quem ia ganhar.

– Bem, ali fica a praia e do lado dos chalés, o refeitório. Amanhã depois do café temos uma folga, porque vai ser o dia de Caça a Bandeira. Nós vamos para o lago de canoagem.

– Tudo bem. Estaremos lá – eles disseram e quando já estavam indo embora perguntaram:

– Hey! Onde nós vamos dormir?

– Suas coisas estão na Casa Grande, como vocês não tem chalés, podem escolher qualquer quarto que estiver livre. Menos a suíte. Ela é minha. – disse Rachel com um olhar assassino. Desde o primeiro dia que chegou aqui ela amou aquela suíte.

Ninguém mais entra lá sem permissão. Ela até pendurou um aviso na porta: “Chalé da titia Rachel. Entrada somente com autorização, se você não tiver, dê meia volta e suma!”.

– Vamos, eu mostro os quartos para vocês. – ela disse enquanto corria. Nós nos despedimos e os mediadores andaram calmamente em direção na dela, absorvendo todas as informações adquiridas. Luke também nos deu tchau e foi junto com eles.

– Vamos lá gente. Amanhã temos um longo dia pela frente. – Eu disse para todos. – Os mediadores até parecem irmãos do Nico. – brinquei tentando acalmar os nervos.

– Eu não gosto nada da idéia de ir para o Mundo Inferior com pessoas que vem fantasmas. Você já pensou que elas podem morrer? Eles vão ter que fechar as “Portas do Mal”. Ninguém sabe o que vai acontecer. Nem Rachel. – Grover disse. Ele ficou traumatizado depois da primeira vez que foi a Casa de Hades.

– Relaxa. Vocês estão comigo. Ou vocês acham que eu sou o que? Um amador? – Nico disse e Annabeth observou:

– Não, um idiota. E, além disso, você passa o dia dormindo! Qual é! Amanhã, se você não aparecer no lago no horário marcado o Percy vai levar a água do lago para dentro de seu chalé!

– Haha! Eu posso passar o dia dormindo, mas eu sei quando vou perder uma boa farra. Vou aparecer por lá. Beijos meninas, até amanhã garotos. – e então entrou em seu chalé preto.

Thalia entrou no chalé 1 de Zeus. Grover foi pra floresta encontrar os outros sátiros, e, por fim, ficamos somente eu e Annie. Andamos até a porta do chalé de Atena. Ela suspirou e disse:

– Percy, eu estou com medo. Eles são muito legais. E Suze é minha amiga! Eu não vou me perdoar se algo acontecer com eles! Você já pensou. Nós estamos mentindo para eles falando que tudo vai dar certo. Nunca viram e enfrentaram uma missão de perto. – eu a abracei e disse que tudo ia ficar bem.

– Como você sabe Percy?

– Por que nós vamos fazer isso junto. Mediadores e Semideuses lutando lado a lado. Não é o que diz a profecia? Heróis lutando firmemente pra depois ficar tudo bem? Então, é isso que vai acontecer. – ela assentiu e nos beijamos. Tudo a minha volta pareceu parar, então uma irmã de Annie disse que já era tarde e as harpias viriam nos engolir.

Demos um beijo rápido e fui em direção ao meu chalé. Entrei nele peguei um dracma de ouro, liguei o vaporizador de ar - é horrível ficar com o tempo seco, por isso encomendei um pela internet. Recitei as para como havia aprendido a alguns anos atrás: Ó Íris, deusa do arco-íris. Aceite minha oferenda. Mostre-me Sally Jackson.

Joguei o dracma no meio do vapor e ele sumiu. Logo, a imagem de minha mãe surgiu em meio à névoa. Quando meu viu disse:

– Percy, saudades de você! Como andam as coisas ai no acampamento?

– Mãe, eu vou sair em uma missão. – vi sua cara de preocupação e então disse: – Não precisa se assustar. A profecia nos diz que vai dar tudo certo e, ah, também tem uma novidade: há algumas pessoas como você mãe, que vêem através da Névoa, que podem ver e falar com fantasmas, se chamam mediadores. Eles vão nos ajudar: Paul Slater, Jesse de Silva e Suzannah Simon.

– Suzannah? Suze Simon?! Ah, Percy, antes de vocês irem embora. Passem aqui em casa, todos vocês: olimpianos e mediadores. Por favor. Então, até quando vocês vierem aqui.

– Tchau mãe. Até. – me despedi e a mensagem tremeluziu e sumiu. Estava tão cansado que logo que sentei na cama, já estava babando.

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