De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 39
Encontramos a primeira porta, a primeira etapa.


Notas iniciais do capítulo

Oooooi gente! E ai, ansiosos para saber o que vai acontecer no final dessa fic? [Aposto que sim, porque eu estou!] Well, sem mais enrolação e mas historia. Aproveitem!



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π Jesse de Silva – Encontramos a primeira porta, a primeira etapa.

Enquanto Nico conversava com Tânatos, tentando convencê-lo a nos ajudar, eu segurava a mão de Suzannah, sentindo que algo não estava certo.

E aquela sensação tinha começado desde que chegamos nesse corredor, o corredor que quase me separou da vida 3 vezes. Quando o amante de Maria, a mulher com quem meu pai queria que eu me casasse, me asfixiou, foi a primeira vez que tive uma chance de vir pra cá, mas eu recusei, ficando preso na casa onde morri durante muito tempo, até Suzannah me encontrar. A segunda vez foi quando o espírito de Maria me mandou pra cá, usando o pequeno irmão de Paul, Jack, me despachar para o Hades.

E a terceira vez foi quando me desloquei quando ainda era um mortal normal. Não tenho certeza de que foi real esse ultimo caso. Quando toquei o meu corpo no hospital, me despedindo de Suzannah, fui puxado para cá involuntariamente.

Minha cabeça doía e eu conseguia ouvir somente uma voz: Jesse, volte para Suzannah, você não pode morrer agora, tem uma missão importante a cumprir, em breve você será reconhecido pelos deuses como um grande herói. Só acorde.

E então fui puxado de volta a Carmel, mais precisamente ao hospital. Senti que minha respiração estava acelerada e eu tinha peso, foi quando reparei que o corpo deitado à cama estava preso a mim. E eu tinha voltado a viver.

Mas nunca comentei com ninguém, nem mesmo com mi hermosa sobre a voz falando para eu acordar, que agora eu tinha certeza de pertencer a Tânatos. Eu podia sentir que havia alguma coisa me ligando a esse deus tão sombrio e eu estava disposto a descobrir o que era.

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– Muito bem, vocês estão prontos? – Percy perguntou, tentando demonstrar confiança, sem muito sucesso. – Tânatos disse que em cada lugar do Hades há uma porta. Na Ilha Dos Abençoados, nos Campos De Asfodelos e nos Campos De Punição.

– Ok, vamos nessa, quanto mais cedo começarmos, mais rápido sairemos daqui. – disse Grover, entre balidos e resmungos.

Nós andamos em meio a uma massa de fantasmas que vagavam em uma fila desorganizada para o julgamento: a salvação ou a punição eterna. Um cachorro gigante de três cabeças – cujo nome eu descobri ser Cérbero – começou a rosnar quando nos viu, mais logo nos ignorou quando percebeu que entre nós estavam dois filhos de Hades.

Tudo naquele lugar parecia tristemente acinzentado, como se todos perdessem a vontade de ver as cores de novo, a cada passo que eu dava me sentia mais triste e esquecido, a única coisa que me fazia lembrar o porquê eu estava naquele lugar era o calor que a mão de Suzannah transmitia. Foi quando alguma coisa começou a mudar. O ar estava mais leve e parecia ter uma brisa leve, as cores pareciam voltar para o ambiente e até mesmo o som: música. Eu conseguia ouvir uma musica tocando.

Então paramos de andar.

– É aqui. Aqui está a primeira porta. Eu consigo sentir. Você não sente, Jesse? – Suzannah me perguntou. Eu balancei a cabeça de modo afirmativo. “É como se meu lugar fosse exatamente aquele”, eu pensei.

“Vocês veem fantasmas porque já estiveram na Terra das sombras. O território de Hades, deus dos mortos e do Mundo Inferior. E estão de volta vivos na Terra porque reencarnaram. Tentando alcançar a Ilha dos Abençoados, a terra de descanso para quem realmente foi bom.” Nico dissera no primeiro dia em que estivemos no Acampamento. Agora parecia fazer realmente sentido. Essa conexão que sentíamos não era mera coincidência, mas nós já devíamos estar acostumados e saber que coincidências quase não existem. Era pra esse lugar que eu iria se morresse e eu podia apostar que Suzannah e Paul também pensavam o mesmo.

Nós três começamos a andar involuntariamente, sentindo o lugar nos chamando. Foi quando eu pisei em algo e meus tênis ficaram pesados. Água. O que era realmente peculiar, porque estávamos abaixo da terra.

A Ilha dos Abençoados era realmente uma ilha e não uma metáfora.

– Sim, é aqui. – Paul disse.

– Tudo bem, nós vamos de barco. Caronte me deve alguns favores e eu realmente quero que ele cumpra agora. – Nico disse, mas antes de fazer alguma coisa Suzannah pegou seu braço e disse:

– Não, isso é uma coisa que nós temos que fazer sozinhos.

– NÃO! Eu já perdi uma irmã e não quero perder outra! Eu não vou deixar você me deixar aqui esperando enquanto você vai lá e tenta sobreviver. – ele estava muito nervoso e Calipso colocou a mão em seu ombro.

– Suzannah, como você sabe?

– Eu não tenho certeza, só... Só sinto. Sabe, este era o lugar pra onde eu deveria ter ido... Mas eu resolvi voltar pra Terra. E eu não me arrependo de ter feito isso, porque nunca teria vivido esta vida e conhecido vocês. Não salvaria Jesse e não salvaria o mundo também.

– Já sei o que podemos fazer. – Paul disse. – Nós, os mediadores, vamos para a Ilha e vocês, semideuses, vão para os Campos de Asfodelos. Encontramo-nos então nos Campos de Punição, se não aparecermos ou vocês não aparecerem em duas horas, seguiremos em frente.

– Paul, Paul, não... – Thalia começou a falar, mas foi interrompida por Annabeth.

– É uma boa ideia. Então estamos combinados.

Não nos despedimos. Havia certo entendimento entre nós: voltaríamos a nos ver em breve. Dividimo-nos e seguimos nossos caminhos.

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– Isso me parece estranho. Sinto como se já estivesse aqui e como se isso fosse um lugar completamente diferente ao mesmo tempo. – disse Paul, depois que nos deslocamos.

– Como vamos achar o caminho para a porta? – perguntei, sem saber em que direção seguir.

Suzannah não respondeu a minha pergunta. Seguiu andando, virando esquinas e passando por espectros que pareciam quase felizes. Ela parou em um lugar quase deserto do lugar: uma rua com um grande casarão com o estilo grego bem no centro. A casa era linda com pilares sustentando o teto.

– Como você...

– Eu não sei... Mas espero que seja o lugar certo.

– Vamos descobrir.

Começamos a andar, mas um garoto-fantasma apareceu em nossa frente, bloqueando a passagem. Ele era alto com os cabelos pretos e parecia espantado.

– VOCES NÃO PODEM ENTRAR AI! SÃO MORTAIS! E VIVOS AINDA POR CIMA!

– Somos mortais e vivos, e daí? Por que não podemos entrar ai? – eu perguntei, aderindo a gíria que Suzannah adorava usar.

Ele respirou, viu que não queríamos brigar e se sentou no chão. Fizemos o mesmo e ele começou a falar.

– Há muito tempo, acreditava-se que mortais comuns tinham sido abençoados com o poder da Visão. Eles podiam ver através da Névoa. Mas alguns eram especiais: tinham o poder de viajar no tempo, ver fantasmas e se deslocar pelo mundo dos vivos e mortos. E aquela casa – ele disse apontando para o portão – era o local onde eles poderiam finalmente descansar em paz.

Nós estávamos sem fala. Então os deuses sabiam da existência de algum de nós.

– Mas por que não podemos entrar lá nem para fazer uma visita? – Suzannah perguntou.

– Porque aquela casa está amaldiçoada pelos deuses. Viajar no tempo é uma benção que só Cronos, o titã dos titãs, pode conceder a alguém. O sangue de um deslocador é ancestral, é poderoso, mais até do que o sangue dos próprios semideuses. Eles não sabem do poder que tem nas mãos. São perigosos.

– Então podemos entrar lá dentro. – Paul disse.

– Você não me ouviu? Nenhum mortal pode entrar lá dentro.

– Sim, eu te ouvi. Nós te ouvimos. Mas o que eu quero dizer é que não somos meros mortais. Nós somos os deslocadores. Temos o poder de viajar no tempo, de se deslocar pelo mundo dos mortos e ver fantasmas. – Paul disse.

O garoto arregalou os olhos.

– DI IMMORTALES! A profecia que ouvimos... É real...

– Você é um semideus? – Suzannah perguntou.

Ele assentiu com a cabeça.

– Sim, sou filho de Apolo. Podem me chamar de Lee.

– Acampamento Meio-Sangue? – quando perguntamos ele abriu um sorriso largo.

– Há mais campistas aqui?

– Sim! Muitos morreram na batalha contra Cronos.

– Os avise que os deslocadores existem e estão junto com semideuses em uma missão. Se você perceber que algo aconteceu com a gente, pode procurar por Percy Jackson?

– Percy está aqui? Aaaah, mas é claro que eu aviso, mas espero que nada aconteça a vocês. Silena vai enlouquecer quando souber que ele está por aqui! Até mais! – e assim ele se foi, correndo na direção em que viemos.

Olhamos novamente para a casa. Havia somente um portão grande e largo feito de bronze, onde nós conseguíamos ver o jardim, com plantas estranhas que nunca tinha visto na terra. Um muro de tijolos cinza impedia melhor visão.

Cheguei mais perto da casa e toquei no portão.

Nada de mágico aconteceu como as portas se abrirem magicamente ou algo mais esplêndido.

Foi então...

– Jesse, olhe a parede! – Suzannah gritou. Eu dei dois passos para trás e vi algo brilhar.

A parede começou a vibrar e de repente palavras gregas se formavam.

As letras formavam um anuncio especialmente para nós.

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Notas finais do capítulo

Bem, como o outro capitulo havia sido curtinho, esse foi maior. Comentem e recomendem ^^.
Até o proximo capítulo da reta final de De Volta A Terra Das Sombras!



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