De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 34
Diário de bordo, parte 3.


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooi pessoal!
Como passaram o carnaval? [tirando o barraco aqui em SP, rasgaram os papeis da apuração do desfile e tudo, D: beeem tenso]
Este capitulo é narrado pela Rachel Elizabeth Dare.



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Π Rachel Elizabeth Dare – Diário de bordo, parte 3: continuamos a acordar nossos amigos.

Estávamos desesperados para acordar todos sem assustá-los, pois não sabíamos que conseqüências isso traria. Depois daquele sonho horrível, Luke não soltava mais a minha mão, e nós estávamos parados no quarto da direita.

Thalia tentou abrir a porta, mas estava trancada. Luke atravessou a parede e conseguiu abri-la pra nós.

Nós entramos e vimos Suzannah encolhida com os braços em volta das pernas, como se tentasse se esconder, e Jesse segurava o cobertor com tanta força que seus dedos estavam ficando brancos e pálidos com o esforço. Eles gritavam e falavam coisas que para nós não faziam sentido.

– NÃO! EU QUERO SAIR DAQUI! ESSE LUGAR DE NOVO NÃO! EU TENHO QUE ABRIR A PORTA?

– ONDE ESTÁ A LUZ QUE VOCÊ TANTO FALA? MOSTRE-ME E ACABE LOGO COM ISSO!

Eles começaram a empalidecer, como Thalia e eu ficamos. Eles estavam morrendo precisávamos agir, e rápido.

– Jesse, Suzannah, vocês estão me ouvindo, está bem? Se concentrem apenas na minha voz – eu disse, em um tom tranqüilizante, apesar de ainda estar apavorada. – Não entrem em nenhuma porta do corredor, vocês estão me entendendo? Sigam para o lugar mais longe das portas, fechem os olhos e se concentrem em minha voz. Vocês estão ouvindo? Tudo vai ficar bem.

– NÃO! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! ISSO NÃO É JUSTO! VOLTE PRA MIM! – eles gritavam enquanto eu falava, quando terminei de pronunciar a ultima frase [Tudo vai ficar bem] eles se acalmaram e os olhos começaram a se abrir.

Eles se olharam.

– Jesse,... Jesse é você mesmo?

– Ah, mi hermosa! Você voltou pra mim.

Eles se abraçaram e Suze começou a chorar. Jesse tentava acalmá-la, mas também tinha uma expressão de medo e abalo no rosto. Ele se virou pra nós e disse:

– Obrigado por nos salvar. Eu estava tendo um pesadelo terrível e no final... Nombre de los Dioses!

– Nós também tivemos pesadelos. Luke conseguiu nos acordar e temos que fazer isso com os outros senão eles,... Eles podem...

– Eu entendi! Também tive um sonho horrível:

“Eu estava em Carmel, sentada no sofá com David, Jake e Brad, de repente, eu pisquei e estava na mesma casa, no mesmo lugar, mas... Não me parecia igual. Na verdade, não era, era a casa de hospedagem do Sr. e da Sra. O’Neil. Em vez de uma televisão, um radio antigo estava disposto em um armário de madeira, com um sofá com almofadas de retalhos de tecidos. Em vez de uma blusa, jeans e all-star eu estava usando um vestido de época com um sapato muito desconfortável.

Não estava mais no século XXI.

– Boa tarde, senhorita Suzannah! – alguém disse cordialmente, enquanto abria a porta. Esse alguém era Jesse, que também usava roupas de época.

– Bom dia, senhor de Silva. – eu respondi, de forma natural. Como se já tivesse acostumada a chamá-lo de senhor de Silva e tratá-lo como uma pessoal superior, não como meu namorado. Mas eu não tinha controle sobre aquela cena bizarra, então ela continuou: – Como vão os preparativos para seu casamento com Maria? Ela deve estar tão feliz por isso!

Ele deu um belo sorriso e disse:

– Estão ótimos! Eu vou me casar hoje à tarde e estou tão animado! Espero que possa comparecer! Você estará lá, não é mesmo, Srta, Simon?

– Claro! Serei a primeira a dar parabéns aos noivos!

O meu namorado iria se casar, e eu estava dando parabéns! Nunca mais poderia ouvi-lo me chamar de mi hermosa e nem sentir os braços dele em volta de mim. E eu estava dando os parabéns!

– Que bom que você entendeu que eu tenho promessas a cumprir ao meu pai. Eu vou me casar com Maria e você deverá me deixar. Volte para o seu presente e me esqueça. Vai ser melhor pra você. E pra mim também. Esqueça que eu existo, assim como farei com você.

– NÃO! NÃO ME DEIXE!

Eu gritei, mas já estava sendo levada para o futuro.

No cemitério do Junipeiro Serra.

Onde na lapide a minha frente estava escrito, com letras de forma desgastadas e sujas, mas ainda legíveis: Jesse de Silva: um ótimo filho, amigo, marido e pai.

Ótimo filho, amigo, marido e pai.

Amigo, marido e pai.

Marido e pai. Pai. Eu nunca soube que ele queria ser pai. Nunca.

Porque ele nunca tinha se casado!!!

Aquela altura do campeonato eu já estava desistindo de Jesse. De tentar ficar com ele. De tudo.

– Ai ai, a vida foi muito injusta com você não foi pequena Simon? – alguém me chamou e eu vi uma pessoa encapuzada deitada na grama tomando sol. E eu não conseguia ver o rosto. – Bem, tem uma maneira de você encontrar seu amado, se você quiser, eu posso te dizer qual é...

– O que eu tenho que fazer?

– Morrer. É claro.

Eu engasguei. Como assim? De que adiantaria morrer? Como eu encontraria Jesse desse jeito, morta?

– Pense querida, pense. Se você morrer, vai encontrar ele do outro lado! Olha ai na lápide! Ele também está morto! Que burra você! Vá para o corredor e abra a porta.

Quando menos esperei, lá estava eu, no meio do nevoeiro. Eu dava passos exaustivos que pareciam sugar minha energia. Então, quando eu estava quase tocando em uma porta, eu senti uma dor muito forte no meu braço. Era uma flecha. Vinda do outro lado do corredor. Eu me virei e encontrei Bianca segurando um arco.

– Argh! Ótimo, Bianca! O que está pensando?

– Você não pode passar da porta, é um caminho sem volta! Você está sendo enganada! Se concentre! Ache a voz dos seus amigos e volte para Jesse. O Jesse real, a sua alma gêmea ou como queira chamar! Tenha sorte irmã!

Então eu fechei os olhos para afugentar a dor, e quando os abri, estava de volta à realidade.”

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Hermosa, eu nunca te deixaria, daria minha vida pra ver seu coração batendo, tudo que eu tenho e que quero é pra ter ver feliz! Por isso eu sou SEU namorado. Eu te amo. Você não se lembra?

– Ah, Jesse! Eu também te amo. – e eles deram um rápido beijo.

– Uau! Seu sonho foi emocionante! Quer dizer, com todo o respeito, viu Suzannah? – Luke disse e nos concordamos. Dessa vez Cronos havia sido sutil com a mensagem de: Morram imbecis! – Como foi seu pesadelo Jesse?

– Argh! Não gosto nem de pensar, mas vou contar como foi:

“Quando adormeci, de repente estava no quarto de Suzannah. Mas eu me sentia diferente. Eu não era mais o Jesse que vocês conhecem. Eu estava morto. Voltei ao passado, no dia em que havia visto Suzannah, mi hermosa, pela primeira vez. Ela abriu a porta, entrando com a mãe, suas botas de combate, jeans, jaqueta de couro, mas ainda assim ficando deslumbrante.

Seus olhos, ah aqueles verdes olhos! Mal podia esperar pra eles se fixarem diretamente em mim. Mas algo mudou. Seu olhar atravessou o meu ser. Passou por mim. Mas ela ainda andava em minha direção, certo? Ela andava para cada vez mais perto de mim.

Eu estendi a minha mão direita e ela fez algo que eu nunca esperava. Passou reto por ela.

Na verdade, ela atravessou a minha mão e andou diretamente pra janela.

Algo estava errado.

Suzannah não podia mais ver fantasmas.

Era uma simples mortal.

– E então Ivy? O que achou do seu novo quarto? Você quer ajudar com as malas? Logo logo vamos almoçar, então se prepare.

– Eu amei o quarto, mãe! Pode deixar, eu consigo me virar com as malas até o almoço! – ela começou a pentear os cabelos com uma escova.

Ivy? Certamente alguma coisa estava muito errada.

– Ah, Suzannah, o que aconteceu com você, hermosa? – eu sussurrei e ela gritou e deixou a escovar cair no chão.

– QUEM ESTÁ AI? POR QUE EU NÃO POSSO TE VER? SAI DAQUI AGORA!

Ela ainda podia me ouvir! Eu a chamei:

– Suzannah, sou eu Jesse!

– Eu não conheço nenhum Jesse! E meu nome não é Suzannah! Saia daqui agora! Nunca existiu nenhuma Suzannah, pobre Jesse! Se ela existe, provavelmente está morta! E vá embora daqui!

Então a imagem se desfez, me levando junto com a névoa ao corredor que eu tanto temia. E Suzannah estava abrindo uma porta. A porta da morte.

Eu corri atrás dela. Como se nada mais importasse. Uma voz no fundo de minha mente me dizia: “Isso Jesse, abra a porta, vá trás dela e não volte mais ao mundo mortal. Seja feliz nos Eliseos! Vá!”

E quando fui abrir a porta, respirei fundo e quando abri os olhos de volta, Suzannah estava deitada ao meu lado. E eu nunca mais a deixaria por nada.”

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– Precisamos acordar os outros, porque eles podem morrer, como estava acontecendo com a gente. – eu disse séria.

Todos assentiram e fomos ao quarto de Nico e Calipso. Eles conseguiram acordar sozinhos. Quando eu perguntei como eles acordaram, Nico disse que os fantasmas o avisaram, e logo que ele se levantou acordou Calipso. Os dois não haviam sonhado com nada, pois ficaram a noite inteira conversando.

– Foi Bianca não foi? – Suzannah perguntou a Nico, que assentiu com a cabeça.

– Como você sabia?

– Foi ela que me salvou. Eu estava abrindo a porta para morrer. Ela apareceu e disse pra achar a voz dos meus amigos. Ela me salvou.

Nico assentiu e foi acordar Grover, que balia e dizia algo sobre Júniper não ter mais ar pra respirar. Jesse e Suzannah foram junto com ele. Calipso, Thalia, Luke e eu seguimos rapidamente para o quarto de Percy e Annabeth. Eles gritavam e então com toda a calma do mundo conseguimos acordar Annabeth.

Ela se levantou chorando e chamou por Percy que demorou a acordar. Ele foi ficando branco e sem pulsação. Mas não acordava. Quando seu coração estava quase parando, ele tossiu e respirou fundo.

– Annabeth? Você está aqui! Não me deixou?

– Não, e você também não me deixou. E eu nunca vou te deixar, cabeça-de-alga.

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Depois que todos estavam arrumados, de banho tomado. Resolvemos sair logo do hotel e terminar de vez essa missão, que nos deixava de cabeça pra baixo.

– Sem discussão, vamos logo ao mundo inferior acabar com isso, e aposto que Phobos e Deimos estão rindo de nossa cara agora mesmo.

Nico disse, chamando Sra O’Leary, que havia ficado do lado de fora do hotel, onde havia grama e água fresca pra ela todos os dias. Thalia se interveio e disse, alterando a voz para um grito:

– NÃO! PRECISAMOS ACHAR O PAUL! EU JÁ O PROCUREI EM TODOS OS LUGARES E ELE NÃO ESTÁ EM NENHUM!

Ninguém sabia o que dizer. Era a primeira perda, ou desaparecimento dessa missão. Todos nós estávamos abalados. Luke chegou perto dela e disse:

– Thalia, nós vamos encontrá-lo. Os deuses e outros estão tramando contra nós. Mas...

Ele não queria continuar. Ela o pressionou:

– Mas o que, Luke?

– Você já parou pra pensar... Que ele, bem, que Paul podia estar do lado dos malvados o tempo todo e só estivesse jogando contra nós?

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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Bom [ou não]? Merecemos reviews quem sabe até uma recomendação?
Enfim, até o próximo capitulo!



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