Capitulo 1 – Lembranças do passado.

“Estávamos em uma casa de madeira no meio da floresta, tínhamos acabado de chegar ali, eu ainda não entendia o porque de nós sairmos da nossa antiga casa quentinha para essa casa mofada, mas mesmo assim eu estava feliz, minha família estava toda junta, diferente do que geralmente acontecia.

A minha mãe estava na cozinha preparando alguma coisa para mim, eu estava com muita fome e não tinha comido na viagem inteira, ela fazia um mingau para mim mexendo ele com o ar como se um mini furacão saísse da mão dela.

Ela me deu um pratinho e uma colherzinha.

- Come tudo senão eu não te dou sobremesa – disse ela abaixada.

E ela foi preparar o almoço do meu irmão e do meu pai, eu não os via há muito tempo, quando alguma coisa aconteceu e os pais tiveram que fugir, cada um com um filho.

- O que vai ter para comer mamãe? – perguntou meu irmão.

- Não sei ainda vou ver o que o seu pai comprou. – disse ela abrindo a geladeira. – Vamos ter risoto hoje.

Ela preparou o risoto e eles comeram.

Depois do almoço a minha mãe me pegou no colo e me colocou no berço para eu dormir um pouco.

Passamos uma semana naquela casa sem que nada de importante acontecesse, mas como sempre nossa sorte não era muito boa.

Estávamos em casa, eu e meu irmão brincávamos com legos e com carrinhos, o meu pai lia um livro e a mãe via uma novela. Quando de repente os dois se levantaram.

- Não pode ser. – disse o meu pai.

- Como eles nos encontraram? – perguntou minha mãe.

Eles correram até nós e nos pegaram para fugir.

A porta da casa se abriu com um estrondo e caiu no chão, através dela e de algumas janelas entraram uns caras armados vestidos como militares e apontaram as armas para nós.

Depois de um tempo um cara entra com uma roupa de oficial do exercito e olha para agente.

- Melhor não reagir podemos ferir esses filhotes de cruz credo que vocês estão carregando.

- Nunca vamos entregar eles para vocês. – respondeu minha mãe.

- Se eles não vierem com agente agora eles serão caçados por nós mais tarde, e por gente da laia deles também.

- Não pode ser, vocês pegaram...

- Sim pegamos alguns dos seus amigos e ficamos com os filhos deles. – disse ele sorrindo.

O meu pai parecia que ia para cima dele, mas ele olha para meu irmão que estava em seus braços e para.

- O que vai acontecer com eles se vocês os levarem? – perguntou meu pai.

- Eles vão ser treinados para caçar a laia de vocês.

- Eu nunca vou deixar que levem eles. – gritou minha mãe.

Ela lançou uma ventania pelas mãos, todos do exercito ficou desequilibrado, mas eles não ficaram assim por muito tempo logo atiraram. Vendo perigo o meu pai criou uma parede de gelo ao nosso redor nos protegendo dos tiros.

Lançaram uma granada na parede que se quebrou, pelo jeito eles estavam preparados para tudo.

Então a briga começou, de um lado os meus pais lançavam água e ar contra eles e eles tiros, dardos tranqüilizantes contra meus pais. A luta foi devastadora destruiu grande parte da casa, eu e meu irmão estávamos no meio protegidos por uma redoma de água e ar.

Mesmo sendo mais fortes os números e as armas ganharam, meus pais foram atingidos por alguns tiros de raspão e no final dardos tranqüilizantes os fizeram cair no chão e não poder mais usar seus poderes.

- Eu disse que não adiantava reagir.

A redoma que nos protegia foi desfeita, o oficial veio em nossa direção, para me proteger meu irmão se colocou na minha frente.

- Ora, ora, queres proteger seu irmão?

O meu irmão fez uma cara de bravo para intimidar o cara, coisa que não deu certo. Ele foi na frente do meu irmão e deu um tapa com a parte de trás da mão, meu irmão caiu no chão.

Eu comecei a tremer de medo.

- Pequenino não precisa ter medo de mim eu não sou o bicho-papão – disse ele rindo da própria risada.

Eu fui até onde o meu irmão estava e tentei fazer ele levantar, mas ele estava muito tonto pelo tapa.

Um soldado chegou atrás de mim e tentou me pegar no colo, mas eu segurei a mão do meu irmão muito forte, o soldado tentou soltar ela.

Eu não queria me afastar do ultimo membro da minha família ainda consciente, mas ele era muito forte.

Quando ele conseguiu soltar nossas mãos algo dentro de mim despertou, uma aura surgiu ao meu redor. Como se fosse por ressonância uma aura envolveu meu irmão, fazendo ele se levantar.

O soldado que me segurava foi lançado longe.

Uma explosão aconteceu...”

Acordei, tive aquele mesmo sonho de sempre, isso significava que eles iam me encontrar em breve, tinha que encontrar minha família, algo grande iria ocorrer dessa vez.