Vida De Monstro - Livro Um - O Começo escrita por Mateus Kamui


Capítulo 7
VII - Amy


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora no post, tava sem o menor tempo pra isso, mas prometo q ate o fim do ano ja posto outro cap. e ano q vem agilizo nos capitulos



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VII – Amy

Era bem cedo quando me acordei por culpa de um sonho ruim, um horrível pesadelo, nele eu estava vestida com uma túnica preta dentro e um floresta e então William aparecia e eu acabava machucando ele e o vendo morrer lentamente na minha frente enquanto espíritos negros me impediam de chegar ate ele por mais que eu quisesse como se eles controlassem minhas ações e então ele morria ali na minha frente e por mais que eu lutasse não podia ficar perto dele, o único lado bom do sonho era que em um momento eu tinha beijado William, mas a sensação foi horrível, seus lábios estavam gélidos como um iglu e parecia que ia congelar ali.

Foi de longe um dos piores sonhos que eu já tive e como se não bastasse antes desse sonho eu tive outro, eu estava em um campo aberto coberto de corpos de seres que eu identifiquei sendo lobisomens e vampiros e no topo de uma colina lutavam um vampiro e um lobisomem, eu ate apreciaria o grandioso combate se não fosse pelo que ocorreu depois, um monstro com asas de morcego, pêlos, garras e dentes enormes apareceu e enfrentou os monstros, mas antes do combate se desenrolar eu fui para na tal floresta vestida de preto.

Eu tinha que parar de ler livros sobre itens mágicos e guerras entre monstros e humanos, deviam ter sido os livros que li noite passada que me fizeram ter esses estranhos sonhos, só podia, lendo aquelas coisas sobre mortes e desgraças eu só podia pensar nisso e no fim das contas eu não consegui desvendar nada sobre a minha própria arma, aquela adaga negra.

Eu não estava com a adaga por perto para comparar com algum dos desenhos dos livros, mas nem precisava, nenhuma mencionava adagas místicas com auras negras, mas depois dos sonhos me veio uma idéia, ler sobre aquelas sombras do meu sonho, podia ser só um sonho, mas havia lido em um livro que sonhos eram as portas para a realidade e podiam revelar coisas futuras e passadas alem de coisas que estão acontecendo nesse momento em outro local do mundo, mas resolvi mudar de idéia olhando para o relógio, já era de manhã cedo então resolvi sair da biblioteca e voltar depois do almoço.

Saí do colégio, o sol nascia aos poucos deixando o céu com uma mistura meio cinza-alaranjado, mas não tive tempo para apreciar a belíssima cena, eu tinha chegado ao meu dormitório bem rápido e fui direto para o meu quarto, nenhuma das garotas estava acordada e tão cedo não estariam, então andei calmamente e adentrei o quarto em silencio para não acordar ninguém, as meninas me matariam se eu atrapalhasse seu sono de beleza diário.

Eu me deitei na cama e quase caí no sono novamente, mas forcei minhas pálpebras a ficarem abertas e fui direto para o banheiro, passei um bom tempo debaixo do chuveiro, era tão boa a sensação da água escorrendo pelo meu corpo, parecia que tudo escorria me deixando mais leve e solta do que o normal e depois de bons, longos e relaxantes minutos eu saí e me vesti para ir ao colégio, mas antes abri a cortina, não havia nada do outro lado alem do quarto de William que continuava com as janelas fechadas, eu não vou mentir, me senti bem triste ao ver as cortinas fechadas, eu queria ver o meu Will depois de ter aqueles sonhos estranhos e ver ele me consolando e dizendo que me amava e depois me pedindo em namoro e alguns anos depois ele pedindo em casamento então nós dois nos casaríamos do jeito que sempre sonhei e é bom não citar pois poderia gastar horas aqui falando de cada mínimo detalhe, ai depois nos teríamos a lua de mel perfeita e depois de poucos anos eu teria os nossos futuros filhos e filhas, mesmo preferindo meninas e ai formaríamos uma família grande e feliz e morreríamos sempre nos amando como sempre sonhei, certo ta na hora de parar com os sonhos de casamento, você primeiro precisa conquistá-lo antes, algo que não seria difícil, não tinha como ele não cair de amores pela futura mãe dos seus demoninhos, ai vem o ponto que me faz parecer receosa com relação ao nosso amor, as pessoas nunca aceitariam o nosso amor, ninguém aceitaria um demônio se casar com uma humana, ninguém, mas espere um pouco, desde quando eu me importo com o que os outros dizem, o que importa é que eu o amo e pronto, se os outros não aceitarem problema dos outros, eu que vou me casar e ter filhos com ele, humanos ou não, é a minha historia de amor e não dos outros e ai de quem ousar atrapalhar, eu ouso enfrentar qualquer um por ele e nosso amor usando de unhas e dentes e adagas mágicas que soltam auras negra sinistras se for preciso.

Mas agora não é hora de surtos, é hora do colégio, vou guardar os surtos para mais tarde, me arrumei e saí do dormitório, algumas garotas já estavam acordadas e conversavam nos corredores sobre a revista capricho, ou sobre o galã daquele tal filme e o vestido de tal atriz, eu ate gostaria de conversar um pouco com elas sobre isso como faço no intervalo, mas sou uma caçadora e tenho que agir como tal, não posso me dar ao luxo de certas conversinhas paralelas no meio de um mistério super importante que pode decidir o destino do universo, eu tenho que me concentrar por hora em salvar o mundo e a civilização antes de tudo e nada, digo e repito nada, vai tirar o meu foco:

-Ei Amy vem cá achei uma foto nova do Ian Somerhalder mostrando o tanquinho dele! – gritou uma das minhas amigas e eu dei meia volta correndo na direção dela acompanhada de outras varias garotas

-Cadê mulher? Vamos mostra logo – falei agarrando ela pelo seu pijama e a arrastei para o quarto dela para me mostrar a imagem

Ta que eu tenho que resolver um mistério que pode salvar ou destruir o planeta e toda a civilização, mas gente é uma foto do Iam Somerhalder mostrando aquele corpo magnífico dele, depois do meu Will o Iam era o meu maior amor e me casaria com ele caso meu amor demoníaco, literalmente demoníaco porque amo um demônio, não desse certo, que idéia era essa mulher? Mas era obvio que meu casamento ia dar certo, pensamentos negativos só atraem coisas ruins eu tinha que me lembrar disso.

Depois de ver a tal foto, e que foto cá entre nós, aquele cara realmente devia ser um vampiro porque ele era lindo demais para um humano, mas não é isso o que importa é que depois da foto eu fui para a aula, finalmente havia conseguido chegar cedo, poucas pessoas estavam ali, três garotos nerds discutindo sobre qual havia sido o melhor filme de super heróis do ano, X-men primeira classe obvio, mas não ia me meter na conversa, não ainda, alem deles também estava William, ele estava sentado no seu canto fitando a janela como se esperasse algo, ou alguém, ele estava todo sombrio e solitário como na grande maioria das vezes, mas aquele jeito dele só o tornava mais bonito, ele vestia uma jaqueta de couro, uma calça jeans preta, um sapato preto e usava um óculos escuro que impedia de se ver seus olhos totalmente, sempre de preto com exceção da blusa do colégio, mas preto combinava assustadoramente com ele, era como se aquela cor tivesse sido feita para ele, ta que preto não era uma cor, era a ausência de cor, mas isso não importa, a única coisa que importava era ele.

Coloquei minhas coisas na carteira do lado dos nerds falantes e fui ate William, ele continuava olhando para a janela então em aproximei dele silenciosamente tentando assustá-lo, cheguei bem perto, bem perto mesmo, já dava para sentir aquele calor característico dele que ele soltava quase naturalmente e então falei:

-Oi William – se ele se assustou não demonstrou

-Ola Amy – ele se virou na minha direção de retirou seus óculos

Eu não entendia a mania dele de usar aqueles óculos, ta que combinava com aquele rosto perfeito, mas mesmo assim, os olhos negros dele eram lindos demais para ficarem cobertos, tão lindos quanto sombrios, se eu não gostasse tanto dele ate poderia ter medo daquele olhar, era tão, como dizer, morto, frio e cruel, como se ele não tivesse alma e nem coração, ta que demônios não tem alma, somente humanos têm, mas mesmo assim era frio demais principalmente quando eles ficavam vermelhos, só vi poucas vezes aquilo, mas foi o suficiente para me fazer temer aquele olhar:

-Como você esta? Parece que não dormiu muito hoje – ele falou provavelmente percebendo minhas olheiras que tentei esconder tão bem com maquiagem, ficar acordada ate tarde lendo e acordando cedo havia me dado leves olheiras

-Bem, só um pouco cansada pela leitura ate tarde da noite – não tinha nada para esconder dele, não dele

-Lendo na biblioteca? – me assustei com o fato dele saber daquilo, mas ele era esperto, provavelmente havia juntado as peças, a biblioteca do colégio era a melhor fonte de pesquisa sobre monstros conhecida nos reinos humanos

-Sim, estava tentado descobrir qualquer coisa sobre a adaga, qualquer coisa, mas não achei nada, nem mesmo uma única pista

-Entendo – ele pareceu decepcionado com a minha frase, provavelmente ele também iria à biblioteca mais tarde, nos dois somos tão perfeitos um para o outro que ate pensamos igual – também fiz minhas pesquisas como percebeu antes, mas não achei nada, é como se essa coisa nem tivesse existido, mas se essa coisa é tão poderosa quanto penso que é deve existir ao menos um documento ou pista sobre ela – William coçava o queixo como se buscasse alguma idéia para ajudar na pesquisa

-Mas como esta a sua vida? – perguntei

-Como assim?

-Não sei, alguma novidade, alguma coisa nova que tenha feito, um hobby, ou quem sabe ate um novo amor – falei a ultima parte quase me engasgando com minhas próprias palavras, meu medo da resposta não ser a que eu queria ouvir era enorme, vai que ele me traia com alguma demôniazinha de quinta por ai, eu queria saber das possíveis amantes que ele podia ter quando nos casássemos 

-Nada demais, ainda não ingressei em nenhum clube do colégio, e nem pretendo, quando a algum hobby tirando leitura e escutar musica ano tenho mais nenhum outro

Ele havia pulado minha ultima pergunta, não sabia se era de propósito ou não, claro que era de propósito idiota, por que mais ele não falaria, vai que ele estava gostando de outra pessoa e não tinha a coragem de falar na minha cara, mas eu prefiro uma pessoa sincera que me faça sofrer do que um mentiroso que minta para tentar em fazer feliz, eu tinha que saber a resposta, me agradando ou não:

-E amores? – falei acho que ate um pouco mais ignorante e bruta do que pensava

-Nenhum – ele falou com uma voz estranha como se não fosse aquela palavra que ele quisesse dizer e percebi seu rosto ficando um pouco mais rosado, que fofo meu deus, ele já era lindo, mas com aquela feição que ele estava fazendo e a nova cor que seu rosto assumira ele só estava mais belo ainda, não belo não era uma palavra boa o suficiente para descrevê-lo, chegava ate a ser uma ofensa para aquele rosto – e quanto a você? – ele falou me encarando com aqueles olhos e eu tinha certeza de que agora era eu que estava corada porque sentia meu rosto esquentar

-N-Na ve-verdade e-eu go-gosto de a-alguem – falei, meu deus estava gaguejando igual a uma idiota, perto daquele garoto eu perdia as palavras e quando elas saiam eram apenas idiotices, droga porque eu tinha que ser assim – mas sabe não sei se ele gosta de mim

Conseguindo para de falar gaguejando eu olhei nos olhos de William, seus olhos pareciam exalar uma tristeza enorme, como se minha resposta tivesse doido:

-Entendo – ele falou abaixando a cabeça como se tivesse sido derrotado ou algo do gênero, o rosa de seu rosto deu lugar a um tom pálido sinistro – eu também gosto e alguém – ele falou com dificuldade e me olhou nos olhos – mas não sei se ela gostaria de algo como eu sabe – senti minha pulsação aumentar e meu rosto ficar ainda mais vermelho, meu deus eu deveria parecer uma pimenta agora – um demônio, que tipo de garota ficaria com um demônio?

Eu seu imbecil tive vontade de falar pulando em cima do pescoço dele e o beijando, mas a dor que senti foi maior:

-Então você gosta de alguém? – eu estava me segurando para não chorar na frente do William, pelo menos não na frente dele

-É, quem sabe, pode ser – William parecia ter pedido a fala e tentava construir uma frase, mas nada concreto saía – mas sabe nos não temos a mesma raça e isso podia prejudicá-la no futuro e eu não quero que ela se machuque, pelo menos não por minha causa

Os olhos dele me fitaram de um jeito que me deixou desarmada, eu não conseguia me mexer olhando naqueles olhos, não no fundo eu não queria era me mexer mesmo, queria só ficar lá olhando para ele e para aqueles olhos que haviam me deixado daquele jeito e então para meu susto ele se levantou da carteira e andou ate mim, ficamos ta próximos que nossas roupas se tocavam e o calor dele me dominou da mesma forma que seus olhos, então ele ergue o braço e tocou meu rosto, um toque quente e sensível, eu me sentia como uma criancinha nos braços da mãe, era tão bom, tão cheio de...amor.

Sim aquele toque, aqueles olhos, aquele calor, tudo aquilo estava cheio de um amor incondicional, então William tirou a mão do meu rosto e me fitou:

-Então Amy, você acha que independentemente da minha raça e da dela e dos nossos deveres perante nossas raças nos dois poderíamos ficar juntos?

Eu não tirava os meus olhos do dele, minha vontade era de dizer que sim, que poderiam, que ela poderia ficar com ele, que EU poderia ficar com o MEU William, mas eu nem precisei dizer, meu olhar já havia dado a respostas e William percebeu isso e sem perceber nossos rostos já se aproximavam, eu já podia sentir o lábio dele tocando no meu quando aconteceu.

O maldito barulho da sirene do colégio tocou significando o começo da aula, mas não era possível, eu mal tinha chegado, nem tinha conversado tanto assim e quase ninguém tinha chegado ainda, então me virei para olhar para a sala, todos os alunos já tinham chegado e olhavam para mim e para William que estava com o rosto pálido, mas de surpresa igual a mim, alem de todo mundo, digo e repito todo mundo da sala também estava o professor e vários alunos de outras salas nos olhando com celulares em mãos e só então percebi a mancada que tinha dado, eu quase beijei um cara em frente as mais de sessenta pessoas com celulares em mãos que podiam facilmente bater um foto e botar na internet no mesmo segundo e algo me dizia que eles colocaram, droga eu tinha acabado de fazer o maior mico da minha vida, não aquilo nem era um mico, era um gorila e dos bem grandes parecia o King Kong.

Meu rosto então corou fortemente e eu saí de sala empurrando todos na minha frente, algumas pessoas tentaram me segurar, quem sabe minhas amigas ou mais gente tentando bater mais fotos, mas eu não me importei e empurrei do mesmo jeito, corri sem parar ate chegar ao banheiro feminino e me olhei no espelho, meu rosto lembrava uma pimenta vermelha, meu deus como eu pude quase beijar alguém no meio de uma sala lotada de gente, e ainda por cima um demônio, ta que eu não me importava se ele era demônio ou não, mas com certeza quando o diretor e meu irmão vissem eles se importariam, do jeito que meu irmão é ele correria atrás de qualquer um para matá-lo pior um demônio, mas mesmo assim a pior parte seria se meu pai visse, eu não quero nem imaginar o que meu pai faria se descobrisse que eu QUASE beijei o William, quase, eu tinha chegado tão perto, tão perto daquela boca tão perfeita como eu pude ser atrapalhada por uma maldita sirene de colégio.

Aos poucos minhas amigas entraram no banheiro, elas não falaram nada por um tempo então Julia, uma amiga minha loira de olhos azuis e bem alta, devia ter uns um e oitenta brincando me olhou suspirou e falou:

-Mulher você ta namorando e nem me conta?!!!!!!

Ela falou tão alto que acho que ate as pessoas na china escutaram, meus ouvidos doeram por alguns segundos e então eu me toquei do que ela disse, namorando, eu e o William namorando? Meu deus eu tenho certeza que eu corei na hora, corar é pouco eu devo ter ficada mais vermelha do que em todos os momentos de vermelhidão da minha vida juntos e parecia que as meninas tinham percebido isso porque me olharam com caras de riso controlado:

-Então é serio? – perguntou Claudia outra amiga minha, ela era ruiva de olhos castanhos – você ta mesmo namorando com aquele cara? Meu deus sempre soube que você tinha um gosto um pouco exótico

-Como assim exótico?

-A sei lá amiga, ele é tão diferente, todo na dele e todo de preto, todo sinistrão, parece ate um emo ás vezes, mas cá entre nos ele ate bonitinho 

Como assim bonitinho sua piranha, ele era a coisa mais linda desse mundo, não de todo o universo, não de toda a historia, e outra como assim sinistro, ele era perfeito e o estilo só combinava com ele e o deixava ainda mais bonito, ta que as vezes, só as vezes, ele podia ate assustar, mas e daí, ele era perfeito e só não avancei na Claudia por ela já ser uma amiga minha a muito tempo:

-E daí se eu tiver namorando com o “sinistrão” eim? Sou eu ou você?

Pensei na mancada que disse e tentei consertar, eu não ia brigar com uma das minhas melhores e mais velhas amigas por um namoro que nem aconteceu de verdade, ainda, mas então todas as meninas me olharam com caras de susto e então falaram ao mesmo tempo em que chegou a me assustar:

-Então você realmente ta namorando com ele!!!!!!!!!!! – se eu achava que o primeiro grito dava para ser ouvido da china esse dava para ser ouvido da galáxia de Andrômeda

As meninas me agarraram e começaram a fazer perguntas como “quando começaram”, “como foi o primeiro beijo de vocês” entre outras que não é bom citar tanto pela idiotice quanto pelo conteúdo proibido para menores de vinte anos, eu não consegui responder uma única pergunta antes que elas fizessem mais cinco, meu deus da onde vinha tanta imaginação pra perguntas, meus ouvidos já doíam então gritei:

-Gente eu não to namorando com o William, só foi uma maneira de falar – bem estúpido na verdade

-A ta – todas falaram de cabeça baixa e juntas de novo

-Mas então o por que da cena lá na sala? – falou Jennifer, ela era meio baixa, devia ter uns um e sessenta, tinha os cabelos negros e os olhos azuis

Eu gelei e senti meu rosto esquentar indicando que estava corando de novo, meu deus essas malditas não deixavam passar nada:

-Bem, é que, bem, você sabe foi mais ou menos, bem – meu deus eu to travando na hora de falar, droga, elas não só perceberam como estão me olhando intrigadas, isso não é bom sinal, nem um poço bom - então vocês viram a foto do Iam SomerHalder mostrando o tanquinho?

-Cadê? – todas as meninas perguntaram tentado rouba meu celular

-Meninas – gritou Kátia, ela era um pouco alta e meio gordinha, mas ai de quem falasse isso na cara dela, tinha os cabelos castanhos e olhos castanhos – foco no namorado da Amy

-Ele não é eu namorado droga!

-Aham – as meninas falaram juntas novamente e me encarando com aquela típica cara “você fingi que é verdade e eu finjo que acredito”

-Então como estão os planos para o casamento? – perguntou Claudia

-Perfeitos, deixa eu te mostrar – falei agarrando ela pelo braço e quase saindo do banheiro ate me tocar do que disse – droga ao cubo

-Há há te pegamos winchester – falou Claudia – então já falou pra ele o que sente ou não? – sente meu corpo tremer, essa maldita como ela sabe tanto

-Eu tava quase lá quando o sinal bateu – falei

-Você tava era quase fazendo outra coisa antes do sinal bater e não se declarar pro eminho em questão

Droga Claudia por que você era tão foda assim? Se continuasse assim elas iam descobrir tudo que não deviam, os planos de casamento, os planos de depois do casamento entre outros planos e ainda pior, podiam descobrir meu diário, meu deus por favor tudo menos o diário, tem coisas ali que ate deus duvida, meu pai eterno tudo menos isso e que meu pai não descubra sobre o QUASE beijo.

Eu me sentia encurralada agora, literalmente, as meninas me cercaram por todos os lados e Claudia e Julia ficaram na porta para impedir a minha passagem, elas lentamente se aproximaram de mim, meu deus é hoje que descobrem meus piores podres, não eu não vou desistir tão fácil, não ate me desculpar com o William pela minha enorme besteira, então esperei elas se aproximarem um pouco mais e gritei:

-Ai meu deus um barata!

As meninas olharam assustadas para o chão e mesmo não havendo barata alguma ali elas gritaram escandalosamente e correram para fora do banheiro as pressas na direção de uma das tiazinhas da limpeza para matar a tal barata, eu aproveitei os gritos e sai de fininho rumo a sala, eu já havia perdido quase toda a aula e queria ao menos chegar antes do outro professor para poder anotar o que estivesse escritor na lousa.

Eu cheguei em sala faltando cinco minutos para o fim e por sorte as meninas ainda estavam vibradas na suposta barata e só voltariam para sala ate matarem a barata imaginaria e se não achassem nenhuma elas iam achar, o professor e todos os alunos me olharam estranho e depois começaram a cochichar, droga eu me senti horrível agora e só queria sumir dali, mas meu orgulho de nerd não me permitiria perder mais tempo de aula e conteúdos que seriam preciosismos na minha vida, ou não, mas não interessa.

Eu fui para o meu o canto e antes dei uma rápida olhada em William, ele não tirava os olhos da janela e usava seus fones de ouvido, sua feição estava estranha, uma mistura de timidez, vergonha e o que mais, parecia, como dizer, decepção? Mas por que o William estaria decepcionado? Será que ele estava com raiva por não termos nos beijado? A Amy não seja estúpida, como um cara perfeito como ele, demônio ou não, ia gostar de alguém como eu? Ele agora pensa que eu só sou uma aproveitadora estúpida, ele deve estar me odiando do fundo do coração dele, mas por que mesmo assim eu não tiro da cabeça que ele estava se sentindo decepcionado?

Eu tirei a idéia da cabeça e comecei a escrever o que o professor tinha posto no quadro, faltava uns dois minutos e assim que o outro professor chegasse ele apagaria tudo sem nem perguntar, comecei a copiar com o máximo da minha velocidade, mas obviamente preservando a beleza da minha letra porque ninguém merece ter apontamentos do colégio com letra feia, fica tão mais chato e difícil de estudar, eu estava na metade quando o sinal tocou, maldito sinal, e o professor saiu, alguns segundos depois o outro chegou, colocou as coisas em um canto e pegou o apagador e começou a apagar tudo, por sorte eu acabei quando ele já tinha apagado boa parte do quadro.

A aula se seguiu boa e graças ao professor ter acabado a explicação bem rápido eu pude ver o conteúdo da aula anterior, no meio da aula foi que as meninas voltaram para sala, elas entraram na sala com caras de satisfeitas como se realmente tivessem achado a tal barata, elas passaram do meu lado e Claudia bateu no meu ombro e se sentou atrás de mim:

-Que barata difícil de achar, só fomos achá-la perto do dormitório masculino da lua

Eu provavelmente nunca falei, mas os dormitórios dos monstros são conhecidos como os dormitórios da lua enquanto a parte humana é a parte do sol, a desculpa foi meramente que os monstros eram de outros países e não seria bom colocá-los com pessoas do nosso pais por enquanto e os humanos engoliram fácil a desculpa já que todos os humanos dali eram do nosso pais e os poucos que eram estrangeiros eram muito ricos e mesmo estudando no dormitório do sol referiram manter suas identidades em segredo ajudando a manter a desculpa, então eles não desconfiam que ali existam monstros, só acham que ali é um local para estrangeiros nacionalistas e também acham que esse era o motivo de eles não quererem se misturar por hora com eles, ta que era meio verdade isso.

A aula se passou bem rápido e então veio o intervalo, por sorte as meninas não tocaram no assunto do QUASE beijo, ficaram apenas falando da longa jornada em busca de matar a barata, mas em compensação eu também não vi nem falei com o William e bem no fundo eu não queria falar com ele, eu estava me sentindo péssima pelo que QUASE fiz, mesmo sendo uma coisa boa, se não tivesse sido vista por umas cem pessoas ao vivo e as sei lá quantas da internet.

No intervalo Drake passou por mim junto de sua gangue de vampiros e controlou um riso quando olhou pra mim, ele provavelmente tinha visto o vídeo na internet, droga que vontade de voar nesse menino e enfiar minha adaga bem no peito dele só pra ver o que aconteceria, mas me controlei e voltei para sala, as outras aulas se passaram bem rápido e nenhum comentário sobre o incidente, pelo menos não na minha cara.

Depois do toque para o fim da aula eu saí de sala e fui para a biblioteca, alguns poucos alunos estavam lá lendo alguns livros do colégio e alguns outros lendo revistas cientificas provavelmente para trabalhos, eu então andei ate o corredor particular dos monstros para pegar alguns livros para ver se desvendo algo sobre essa minha adaga e adivinha quem eu vi lá? O William, ele estava lendo alguns livros sobre itens mágicos, então ele se virou e me viu, eu gelei, ele estava andando na minha direção, meu deus é hoje que eu tenho um ataque do coração.


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Notas finais do capítulo

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