Os Filhos Do Lorde escrita por Jane Maddison


Capítulo 1
Desafiando o papai.


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fic com filhos de Voldemort. Espero que gostem!



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O vento frio se chocava contra a suja janela de vidro, produzindo um barulho assustador. Do lado de fora, a chuva se intensificava. Bellatrix se sentou na grande cama de casal, esperando pelo seu Lorde. Ele estava atrasado, pela primeira vez em sua vida.

O barulho da porta sendo aberta, assustou Bellatrix que deu um pequeno pulo de susto.


– Oh, Milorde. E-Eu... - Ele a interrompeu

– Vamos acabar logo com isso, Bellatrix. E eu espero, espero mesmo, que venha um homem! - Ele bufou.


Bellatrix assentiu com a cabeça, hesitante. Ela olhou para a janela rapidamente, e viu a chuva forte batendo na janela.


10 anos depois...


– Kathelyn Riddle! - A garotinha ouviu o grito histérico de sua mãe, Bellatrix.


Ela desceu as escadas correndo, e se deparou com várias pessoas na sala de estar junto com sua mãe. Passou os olhos por cada rosto, tentando memorizá-los, mas não conseguira.


– Sim, Bellatrix? - Disse, cintilante.

– Quero-lhe apresentar algumas pessoas. Lucius Malfoy, Narcisa e seu filho, Draco Malfoy. Ele tem a mesma idade que você, então estarão juntos em Hogwarts. Os outros... Bom, não é preciso apresentar-lhes.

– Ah, sim. Prazer em conhecer todos vocês - A garotinha sorriu abertamente.

– Ela não te chama de mãe? - Narcisa perguntou

– Chamava. Eu mandei-a parar. Oras, não sou tão velha para ser chamada de mãe! Agora Kathelyn, vá chamar seu irmão por favor. - Bellatrix pediu.


A garotinha subiu as escadas correndo, balançando seus lindos cachos castanhos. Ela bateu duas vezes na porta do quarto do irmão, e ele abriu prontamente. Estava brincando com sua nova varinha. Os dois já haviam recebido a carta de Hogwarts, e comprado seus materiais.


– Bellatrix está chamando-o. - Kate disse.


Thomas assentiu, descendo as escadas com a irmã do lado. Kathelyn percebeu que havia mais um convidado que não estava lá antes. Ele era totalmente pálido, olhos vermelhos como fendas, um corpo alto e mãos com dedos grandes. Tinha um sorriso sarcástico no rosto.


– Me chamou, Bellatrix? - O garoto perguntou.

– Sim, Thomas. Eu...

– Thomas? VOCÊ COLOCOU O NOME DO GAROTO DE THOMAS? - O homem pálido gritou. Seus olhos vermelhos brilhavam de raiva

– Sim, Milorde. Eu achei que combinaria com ele, e...

– THOMAS? SUPONHO QUE VOCÊ DEVA SABER QUEM ERA THOMAS RIDDLE, CERTO? - Ele gritou novamente. Thomas abraçou a irmã, que tremia de medo. Voldemort olhou os dois irmãos, e se acalmou. - Sinto muito por ter assustado vocês, crianças. Bom, é apenas um nome, não é? - Ele respirou fundo - Bom, qual é o seu nome completo, Thomas?

– Ahn... Thomas Sea Lestrange Riddle, senhor.

– Sea? - Voldemort perguntou irônico - Sea? - Ele repetiu a pergunta.

– Os olhos dele me lembraram o mar, Milorde. - Bellatrix respondeu, de cabeça baixa.

– Tudo bem, tudo bem. E você garotinha, qual é o seu nome? Estou até com medo de ouvir as baboseiras que a mãe de vocês deva ter colocado! - Ele rosnou raivoso

– Meu nome é Kathelyn Ocean Lestrange Riddle, senhor. - A garota sorriu fraco.


Voldemort fechou os olhos em desprezo. Ocean? Isso lá é nome que se dá a uma criança?! Ele estava com uma enorme vontade de matar Bellatrix Riddle. Seus herdeiros com nomes tão... tão... Tão ridículos!

Maldito dia fora o que ele aquele que falou pela última vez com Lestrange.


Flash-Back.


Bellatrix bateu na porta do mestre, com hesitação. Ela já estava com seis meses de gestação, e sua barriga estava maior do que nunca! Ela estava odiando a gravidez. Nunca havia sentido algo tão doloroso, enjoativo e desprezível como sentia com aquela gestação. Só estava fazendo aquilo por causa de seu Lorde.


– Entre, Bellatrix.


Ela abriu a porta, vendo seu Lorde mexendo em uma das prateleira de livros. Sentou-se numa poltrona, e colocou a mão na barriga, desejando que aquela dor parasse.


– Está tudo bem com meu herdeiro? - Perguntou Voldemort, sem olhá-la.

– Sim, Milorde. Ele está mais agitado que nunca. - Disse, sorrindo fraco. Havia descoberto que eram gêmeos, um casal de gêmeos. Sabia que Voldemort a mataria quando descobrisse, mas precisava contar-lhe. - O senhor já pensou em algum nome?

– Preciso pensar? - Perguntou ele, irônico. - Não, não preciso! Escolha você, Bellatrix. Só não se esqueça de meu sobrenome, por favor.

– Claro, Milorde. E... E se forem dois? - Ela perguntou, hesitante. Voldemort a olhou, com os olhos brilhantes.

– Dois? Dois garotos?

– Na verdade, um casal. - Sussurrou.

– Um casal?! O que eu farei com uma garota inútil e tola como você, Bellatrix?! - Gritou. - Bom, sei muito bem o que farei. Agora, se não se importa, pode sair da minha sala? - Pediu, respirando fundo.


Flash-Back Off.


Ele devia ter escolhido os nomes, ele mesmo. Kathelyn e Thomas era até nomes aceitáveis, mas Kathelyn Ocean e Thomas Sea?! Aí era demais!


– Está tudo planejado, Bellatrix? Sobre Hogwarts.

– Sim, Milorde. Essas duas criancinhas bobinhas já receberam a cartinha de Hogwarts, e já tem seus materiais. - Bellatrix sorriu, orgulhosa.

– Já treinou o garoto? - Voldemort perguntou, observando o menino.

– Na verdade, senhor, ainda não, mestre. Perdi muito tempo testando as habilidades da pirralhinha. Ela apareceu dizendo que já conhecia muito feitiços e bom, ela conhece mesmo! - Bellatrix olhou para Kathelyn.

– Vamos ver então se minha filinha consegue me surpreender.


Voldemort balançou levemente sua varinha, e todos os móveis da grande sala desapareceram. Todos se acomodaram em um canto, sem atrapalhar. Kathelyn parou no centro da sala, estendendo a varinha escura para o “pai”. Ele fez o mesmo. Ele balançou a cabeça, incentivando-a.


Expelliarmus! - A garota gritou, apontando para a varinha do pai. Ele desviou a varinha do feitiço com facilidade.

– Estupefaça - Voldemort lançou

– Protego! - A garota gritou no mesmo instante, fazendo o feitiço que Voldemort lançou, voltar para ele, atirando-o longe.


Todos os convidados soltaram um ‘’ooh’‘ assustados. Eles pensavam que Voldemort mataria aquela garota naquele mesmo instante.

Voldemort se levantou, e apontou a varinha para a garota. Ele olhava para ela com raiva.


– Então, como uma pirralha que nem você ousa fazer algo assim comigo? - Ele esbravejou. Bellatrix entrou na frente da filha

– Mestre, me desculpe interromper, mas ela estava se protegendo.

– Você tem razão, Bellatrix. Agora, saía da frente! - A mulher obedeceu, parando ao lado de Thomas. - Você conhece as Maldições Imperdoáveis, pequenina? - Voldemort perguntando, observando a reação da menina. Ela ficou pálida, mas assentiu com a cabeça. - Ótimo, então use a Maldição Cruciatus em mim. - Pediu.

– Desculpe senhor, mas não posso. - Ela disse com os olhos arregalados

– Vamos! Use, se não usarei em você! - Ele gritou, apontando a varinha para o chão.


Kathelyn respirou fundo, e estendeu a varinha. Fechou os olhos rapidamente, e os abriu na mesma hora. Ela sabia que para usar o feitiço corretamente, não bastava apenas dizer as palavras. Precisava querer sentir prazer ao torturar a vítima. Então, pensou em todas as coisas que aquele homem à sua frente poderia ter feito com sua mãe. Mesmo não tendo sido uma boa mãe, era sua mãe. A raiva não demorou ao chegar. Com um grito, disse ‘’Crucio!’‘ e o pai se contorceu de dor. Ele soltou um grito, e caiu de joelhos no chão. Kathelyn se sentia grande naquele momento. Estava torturando o Lorde das Trevas! E ele simplesmente não podia fazer nada para atacá-la.

O prazer da tortura estava tomando conta de Kathelyn. Sua mão apertou a varinha com mais força, e pelo que pareceu, isso fez com que a dor aumentasse mais em Voldemort. Ele tentava dizer algo, mas não conseguia.

Bellatrix assistia a cena sem saber o que fazer. Não sabia se parava Kathelyn, ou se seu Lorde desejasse aquilo. Ela apertou Thomas num forte abraço. O garoto estava totalmente assustado com aquilo tudo. Bellatrix olhou ao redor, e viu todos os Comensais da Morte presentes observarem sua filha com admiração. Ela usava a maldição à mais de cinco minutos, sem pausa. Para uma garota de dez anos, seria impossível.


– Tudo bem, queridinha. Acho que já está bom! - Bellatrix abaixou a varinha da garotinha, interrompendo o feitiço e voltou ao seu lugar.


Voldemort sussurrou alguma coisa, e com muita dificuldade, se levantou. Seus olhos ainda estavam fechados, provavelmente, sentia as fagulhas da dor. Esperou tudo passar, para se pronunciar. Ele abriu os olhos, e encarou Kathelyn.


– Muito bom, muito bom! - Ele disse, com a voz embargada. Pigarreou - Sabe, eu nunca havia sentido a dor da maldição. Só havia usado nas outras pessoas - Os comensais gargalharam - É realmente uma dor horrível! Mas a senhorita parece ter gostado da sensação, não é? - Perguntou, observando o brilho no olhar da menininha. Ela não respondeu, apenas encarou o chão. - Não sinta-se envergonhada, Kathelyn. Você tem o sangue de Salazar Slytherin nas veias, você e seu irmão, claro. Precisam ser, acima de tudo, superior e não devem demonstrar fraqueza de maneira nenhuma! - Deu uma ordem - Só assim honrarão seus antepassados.


Depois do longo discurso de Voldemort, Bellatrix mandou os dois irmãos subirem para seus respectivos quartos. No andar de baixo, Bellatrix murmurava um pedido de desculpas pela dor que a filha havia lhe causado. Voldemort bufou, irritado. Sentia sua cabeça martelar, e aquilo o deixava com mais mal-humor.






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Notas finais do capítulo

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