Whos That Boy? escrita por Kaah_1


Capítulo 9
08.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
O capitulo não ficou tão bom, mas, espero que gostem.
ignorem os erros e boa leitura!



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(...)

Desci as escadas da minha casa lentamente, com muita preguiça.

Era sábado de manhã e na noite passada eu havia saído com as meninas da torcida pra uma festa idiota. Estava morrendo de sono e até mesmo depois de passar base em algumas marquinhas, lápis e delineador nos olhos, eu ainda continuava com uma cara horrível.

Fui me arrastando até a cozinha e pra piorar ainda mais meu dia, encontro meus pais sentados na mesa, tomando café da manhã como uma família feliz e normal.

Tinha algo errado ali. Não éramos nem um pouco normais e muito menos felizes.

– O que... O que é isso? – perguntei parando em frente à mesa e cruzando os braços.

– Café, querida! Sente-se com a gente! Temos novidades imperdíveis! – minha mãe disse animada, enquanto levantava o bule e enchia uma xícara de café.

Eu hesitei por um minuto, mas, em seguida me sentei em uma das cadeiras vagas.

Meu pai lia um jornal, enquanto minha mãe passava manteiga em algumas torradas.

Eu apenas puxei a xícara e tomei um gole, enquanto os observava.

– Fechamos um ótimo acordo, Chelsea. – meu pai disse pela primeira vez, enquanto colocava o jornal em cima da mesa.

– E o que isso tem a ver comigo? – falei rancorosa, enquanto tomava outro gole da xícara.

Aliás, eu estava com um pouco de ressaca e talvez um café fosse bom pra despertar um pouco.

– Ai, ai... Ta bom, senhorita egoísta! Compartilhe conosco nossa felicidade. – meu pai dizia, enquanto apontava pra mim mãe, que apenas assentia sorridente.

– Vamos ficar fora por cinco dias. Vamos a Florida, pra fechar negocio e mais algumas coisas. – minha mãe concluía, mordiscando sua torrada.

– E eu? Vou ficar aqui sozinha? – franzi a testa.

Que novidade. Eles só pensam em si mesmos.

– Ah, não! Claro que não! A Meredith ficará cuidando da casa. – ela apontou pra empregada, que estava do outro lado da cozinha, varrendo o chão.

– Que bela companhia. A empregada. – murmurei, revirando os olhos.

– Quando voltarmos terá um jantar com uma família imperdivelmente incrível. – minha mãe bateu no meu ombro.

– Aqui em casa? – perguntei.

– Aqui em casa! Outro negocio que não podemos perder. – meu pai confirmou e eu apenas o olhei bufando e tomei um gole de café.

– Por isso, querida... Quero que você esteja divina. Aproveite esses cinco dias e faça umas compras. – minha mãe passou a mão em meu rosto e eu apenas me afastei dela. – É bom que faça um regime também, filhinha. Você engordou bastante, não foi? – me olhou com reprovação. Talvez com nojo, até.

– E por onde andou ontem à noite? Chegamos e a senhorita não estava aqui. – meu pai puxou um copo de suco, tomando um gole.

– Eu saí. Festas. Amigas. Sou adolescente. – dei de ombros.

– Meu Deus! Não quero te ver grávida por aí, em querida? – minha mãe deu uma gargalhada enjoativa. – Não quero ter uma vadia como filha. Certo? – ela piscou os olhos, com um sorriso que me deu nojo.

– Claro, mãe. Não serei igual à senhora. – falei sem pensar e só depois quando a vi por a mão na boca, que percebi o que havia dito.

– Que coisa mais horrível! Roger, nossa filha acabou de me chamar de vadia! – ela disse parecendo incrédula e fingiu chorar.

– Como é? – meu pai me olhou de olhos esbugalhados.

Eu levantei com raiva e quase dei um berro. Eu odiava esse teatrinho dos meus pais. Sempre pensando em si mesmo.

– Porra, parem com esse teatrinho! Parem de se fingir preocupados e de fingir que somos uma família feliz e normal. – falei um pouco alto.

– Não fale nesse tom mocinha! – minha mãe ergueu seu dedo indicador.

– Até parece papai, que você não sabe que mamãe te trai sempre nessas viagens, você estando com ela ou não. – suspirei, e balancei a cabeça, tentando amenizar as coisas. – Não sei por que ainda estão juntos! Não se amam! E... Porque me tiveram como filha? Me tratam como um cachorro! – dessa vez, acho que eu estava gritando.

– Querida. Pare com isso. Vamos ter que levá-la para um psiquiatra de novo? – minha mãe se protestou, enquanto meu pai ainda a fitava com um pouco de raiva.

– Quer saber? Vocês são uns superficiais que não se importam com porra nenhuma! – gritei, enquanto saía daquela sala e praticamente corria até a porta. – VÃO SE FUDER! – gritei, e não fiquei pra ouvir a resposta.

Peguei meu celular e uma bolsinha pequena que estava por cima de uma pequena mesinha que ficava em frente à escada, e saí correndo por aquela porta.

Saí rugindo de casa. Os empregados que trabalhavam no jardim me deram oi, falaram comigo e eu nem ao menos olhei pra eles. Eu estava totalmente cansada de ser tratada como um nada. Meus pais nem ao menos ficavam em casa, nem ao menos falavam comigo e sempre que falavam era pra avisar que iam viajar por tantos dias e que tinham conseguido fechar negocio com sei lá quem. Eu quero é que eles vão pra puta que pariu! Eu não vejo a hora de ser independente e poder sair de casa.

Chequei as coisas que havia na minha bolsinha. Algumas maquiagens, meu celular, a chave da casa e vinte dólares. Ótimo, eu estava andando pelas ruas da cidade, sem quase dinheiro algum.

Olhei no relógio em meu pulso, vendo que já era praticamente uma hora da tarde. Meus pais são realmente loucos. Tomando café da manhã há essa hora? Nem era de manhã.

Enfim...

Até pensei em chamar um taxi, mas, eu nem ao menos sabia pra onde ir. Então, apenas andei até uma pracinha que tinha ali bem perto.

Tinha um cara vendendo sorvete ali e então, comprei uma casquinha de chocolate.

Em seguida me sentei sem animo em um banquinho e fiquei fitando o nada enquanto tomava meu sorvete.

Que porre de vida, Chelsea!

– Hey, malvadinha! – ouvi a voz tremendamente irritante e achei que estava em um pesadelo, mas, quando olhei ao lado, Stromberg estava sentando-se no banco com um sorriso sarcástico e idiota no rosto.

– Ótimo! Meu dia já ta uma maravilha... – revirei os olhos. – O que ta fazendo aqui? – o fitei.

– Ué, fui na sua casa, sua mãe disse que você tinha saído... – ele se ajeitou no banco e me fitou erguendo os ombros. – Daí eu vi você andando e te segui até aqui. – disse normalmente.

– Acha que pode ir seguindo as pessoas desse jeito? Ta achando o que? Só porque fizemos um trabalhinho juntos você não pode me aparecer à hora que quiser na minha casa! Você nem deve ao menos chegar perto da minha casa e nem passar pela... – parei de falar quando ele colocou o dedo indicador sobre meus lábios.

Eu revirei os olhos, enquanto empurrava sua mão com força.

– Seus pais são meio doidos. Perguntou se eu era o pai do seu filho... – ele fez careta. – Você ta grávida? – completou.

– Obvio que não! Que imbecil! – bufei, enquanto tomava um pouco do meu sorvete. – Mas, o que foi fazer na minha casa? – fiz cara de nojo, enquanto voltava a fitá-lo.

– Conversar. Fazer trabalhos. – ele disse em uma voz maliciosa, perto do meu ouvido.

– Que nojo. – dei uma cotovelada em seu peito e ele reclamou, resmungando um “Aí”.

– Bem que você gostou quando fizemos algumas coisas caírem lá dentro daquela salinha e quase... –

– Se você continuar eu vou jogar esse sorvete em você! Prepare-se pra ficar melado de sorvete de chocolate. – tentei dar um sorrisinho sínico e ele gargalhou.

– Então depois você vai ter que limpar. – ele disse, enquanto chegava perto da minha orelha e dava uma mordidinha na mesma. – Com a língua. – riu de um jeito tremendamente sexy no meu ouvido.

Vamos lá, Lestrange. Postura garota! Se faça de difícil.

Menino abusado! Arrrrrrrgh.

– Você é nojento! – gritei praticamente. – Perdi a vontade de tomar meu sorvete. – dei uma risadinha fraca.

– Você ainda vai correr pra mim pedindo por mais. – ele riu.

– Mais pelo que? – fiz careta, meio desentendida e ele continuava com aquele sorriso malicioso no rosto.

Apenas o ouvi rir, enquanto eu voltava minha atenção ao sorvete a minha frente.

Não queria falar com aquele idiota um minuto sequer.

Mas, infelizmente, pude sentir ele por o dedo em meu queixo, o puxando de leve, enquanto seu hálito batia em meu pescoço. Ele mordiscou o mesmo e trilhou alguns beijinhos por ali, enquanto eu fechava os olhos e suspirava tentando manter a calma.

–Stromberg... Eu... Suma daqui. – o empurrei com o cotovelo mais uma vez.

Bufei com raiva e dei um tapa no seu rosto. Ele passou a mão no mesmo, com cara de dor. Fiquei o fitando, enquanto ele fazia um biquinho de carinha manhosa.

– O que foi malvadinha? Acordou com o pé errado hoje? – passou o dedo polegar sobre minha bochecha.

Ele adorava me irritar. Impossível.

– Meu dia não começou bem, então, por favor... Para com isso antes que eu chame a carrocinha. – falei de testa franzida, enquanto o via puxar o sorvete da minha mão.

– Carrocinha? – falou rindo desentendido, enquanto tomava meu sorvete.

Eca.

– É. Você é um cachorro. E eu não quero mais essa merda. – empurrei o sorvete que antes tava na minha frente e ele foi para na grama do parque.

Eu apenas suspirei, enquanto já ia me levantando. Mas, antes Justin segurou meu pulso com um pouco de força, me fazendo ficar ali.

– Vai... Me conta. Problemas com a família? – passou a segurar uma de minhas mãos, onde fazia carinho nas costas da mesma.

– Pra que eu contaria alguma coisa pra você? – ri ironicamente.

– Não confia em mim? – se fingiu ofendido.

– Não. – falei um pouco rancorosa e ele suspirou ao meu lado.

Vai saber o que esse garoto pensava? Não podia saber o quanto eu era fraca e me sentia um nada em relação à família. Seria mais uma razão pra me criticar. Seria mais uma razão pra dizer que eu desconto todos os meus problemas nas pessoas a minha volta.

Meus pais eram mesmo uns putos que ligavam apenas para si mesmos, mas, eu jamais diria alguma palavra desse tipo ao Justin. A única pessoa em que eu confiava e contava as coisas abertamente, era Maddie. Ninguém mais.

Não sou do tipo de pessoa que confia nos outros com facilidade. Eu não confio em ninguém. Nem mesmo nos meus próprios pais.

– Porque você precisa pisar nos outros pra se sentir bem, Chel? – me perguntou, com a voz um pouco baixa.

Eu apenas fechei os olhos por um segundo e os abri novamente.

– E porque você é tão malditamente canalha? – o fitei, séria.

– Defina canalha. – pediu, rindo e se ajeitando no banco.

Encostei minha cabeça no seu ombro, o fitando do mesmo modo.

– Tarado, chato, bêbado, aproveitador, pegador, idiota, que usa garotas... –

– Para. Não precisa continuar! – ele acabou rindo. – Eu não uso garotas. – fez careta.

– Claro que usa. Não sei como elas têm a coragem de ficar com você, mas, tudo bem. – eu disse, me ajeitando, tirando a cabeça do seu ombro, enquanto ele ria. – Sério, essas meninas devem ser totalmente loucas, problemáticas e drogadas pra ficarem com você. – eu acabei rindo.

– Você ficou comigo. – ele deu um sorrisinho sacana, parecia se divertir com a situação.

Eu fiquei um pouco séria, arqueando as sobrancelhas. Pensando sobre aquilo.

Que bom. O que eu diria agora?

É. Eu era mesmo uma boa e problemática garota. Bem problemática.

– Mais uma prova de que só garotas anormais ficam contigo. – fiz careta e depois continuei pra tentar concertar. – E... Eu só estava começando o jogo. – mordi os lábios, enquanto aproximava meu rosto do dele.

– Que jogo? – percebi ele passar a ponta da língua pelos lábios enquanto parecia fitar o decote da minha blusa.

Revirei os olhos. Garotos.

– O meu jogo. Eu dito as regras. – pisquei.

– Hm... Parece... –

– Imperdível? Fique atento. O final é surpreendente. – falei, sem nem ao menos pensar do que poderia se tratar aquilo.

Eu ri fraco e aproximei, mordendo seu lábio e o puxando.

Eu até ia selar nossos lábios, mas, ouvi meu celular começar a tocar e vibrar dentro da bolsa.

Revirei os olhos, abrindo minha bolsa e pegando meu celular. Vi o nome “Maddie” na tela e tratei de atender. Aliás, era minha melhor amiga.

– Diga, coisa chata. – bufei, enquanto atendia.

Justin me fitava por inteiro, passando a língua nos lábios. Aquilo me fez revirar os olhos.

Aonde você esta? – Maddie perguntou do outro lado da linha.

– Em uma... Pracinha. Por quê? – perguntei, passando a mão no meu cabelo.

Esqueceu do meu aniversario? Não acredito, bitch! – ela pareceu gritar do outro lado.

Droga.

Revirei os olhos e mordi os lábios.

Que tipo de amiga eu sou?

– Não... Não. Claro que não esqueci. – ri tentando disfarçar. É, eu havia esquecido.

Sei. – disse irônica, e eu podia a ver revirar os olhos. – Então, que horas vai chegar aqui em casa na minha festinha? – perguntou.

Que bom, esqueci disso.

– Já estou a caminho. – eu dei uma risadinha e tirei o celular da orelha rápido, pra falar com o Justin. – Você ta de carro? – perguntei.

– To, por quê? – deu de ombros.

– Vamos à festinha da Maddie. – me levantei do banco e voltei a falar no celular. – To chegando, amiga. Beijos. – desliguei antes mesmo dela responder.

Puxei Justin pela mão, enquanto guardava meu celular.

Ele se levantava preguiçosamente.

– Juntos? – bocejou, enquanto apontava pra um lado e ia andando, provavelmente até seu carro.

– Não. Você vai me emprestar o carro e ficar aqui. – eu disse irônica e acho que ele levou a serio demais, porque me olhou meio raivoso. – Tenho outra escolha? Vamos logo! – o empurrei, nem tão leve.


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Notas finais do capítulo

Então?????? USHUAHS o proximo vai ser melhor, prometo ;) SE quiserem dar algumas sugestoes......fiquem a vontade.
Reviews? Recomendações? Mereço alguma coisa?
USAHSUAH
Obrigada, por tudo!
kisses nhac :3