Eu me chamo Mellany Moore, tenho 13 anos e moro em um orfanato no interior de Michigan. Perdi meus pais em um misterioso acidente de avião, no qual eu sai apenas com um corte no centro da mão direita. Enquanto estávamos em meio aos destroços do avião (Que por acaso não explodiu.) eu estava presa no cinto de segurança de minha poltrona tentando sair, enquanto via meus amigos e meus familiares agonizando de dor e pedindo socorro.

Em menos de um mês eu fui parar no famoso orfanato “Michigan Horrin”, foi estranho entrar em um orfanato e ver todas aquelas pessoas infelizes me encarando, elas fofocavam algo que eu não podia escutar, mas eu tinha a impressão que não era uma conversa muito amigável. Eu pensava naquele momento em meus pais, e em meus amigos que morreram, entre eles estavam Caroline (Minha melhor amiga), Josh (Meu primo) e meus pais (Cristiane e Michael).

- Aqui esta o seu quarto! - Exclamou a moça que me levara até meu novo dormitório.

O quarto até que era bonitinho, era alaranjado, com cortinas brancas de seda, as janelas tinham formato de lua cheia, o chão era acinzentado e quebradiço, tinha dois guarda-roupas pequenos e uma cama com um lençol verde. Botei minha mala em cima da cama e respirei fundo, essa era minha nova casa, pelo menos até me adotarem. Minutos depois entrou um menino em meu quarto, era loiro, olhos castanhos, ele estava escovando os dentes, entrou e tomou um susto, eu sorri, ele correu para o banheiro novamente e voltou sem pasta de dente em meio aos dentes.

- Senhora West, quem é ela? - Pergunto o menino se aproximando de mim.

- Ah, boa tarde Mr. Bieber, esta é Mellany, Mellany Moore. - Ela falou me apresentando.

- Prazer! - Falei estendendo a mão.

- Prazer - Ele apertou minha mão.

- Bom, agora que já se conheceram, acho que pode mostrar o orfanato para a senhorita Moore, não é Justin? - Ela falou

- Claro, vou apenas me vestir direito para ficar apresentável. - Falou ele indo pegar suas roupas no armário que ficava do lado da cama dele.

- Obrigada, mas se não quiser tudo bem... - Falei.

- Capaz, vai ser um prazer lhe mostrar o orfanato.

- Senhora West, eu... - Falei procurando-a, mais ela já tinha saído do quarto.

Eu sentei na borda da cama, e comecei a desfazer minhas malas, as abri e fui botando tudo em seu devido lugar, tirei a foto de meus pais e botei em cima de um criado-mudo.

- São seus pais? - Falou ele pondo a camiseta preta.

- São, eu sinto muitas saudades... - Falei, meus olhos começaram a se encher de lágrimas.

- Eles morreram? Eu sinto muito! - Falou ele pondo a mão em meu ombro.

- É, morreram em um acidente de avião, no qual somente eu sai viva. - Eu disse limpando as lágrimas.

- NOSSA! Golpe de sorte, você se machucou muito?

- Muito pelo contrário, eu apenas sai com um corte no centro da mão direita, aqui! - Falei mostrando a cicatriz.

- Wow! Nossa! Bom, chega de coisas tristes, vem, quero lhe mostrar o orfanato.

- Claro!

Seguimos, nós descemos as escadarias e fomos em direção ao refeitório, havia mais ou menos 120 cadeiras envolta de uma porção de mesas. Os banheiros eram limpos, bem pelo contrário de como eu os imaginava, a quadra de recreação era repleta de bolas, bambolês, cestas de basquete e brinquedos gigantes, as salas de aula eram bem legais, havia mapas gigantes, carteiras brancas e cadeiras brancas, a única coisa da qual me deu arrepios foi os corredores, eram largos e pareciam que não teriam fim, imagine passar por aquilo durante a noite, sem saber o que lhe aguarda no fim do corredor escuro, MEEEDOO!! Paramos em frente à biblioteca, era repleta de mesas também, estantes de quase 5 metros de comprimento, todas lotadinhas de livro de diversos autores e leituras. Voltamos então a nosso dormitório, onde eu iria passar o restante de minha vida infernal.