Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 3
Capítulo 2.


Notas iniciais do capítulo

Gente, não postei sexta passada pq o Nyah estava em manutenção. A fic continua sendo postada apenas nas sextas até que eu conclua a fic "Amor Real"... Depois, talvez, eu poste aqui duas vezes por semana, ok?
Boa leitura...



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CAPÍTULO 2.

“O PRIMEIRO PASSO PARA CONSEGUIRMOS O QUE QUEREMOS NA VIDA É DECIDIRMOS O QUE QUEREMOS.” – Ben Stein

PDV Edward Cullen

Minha vida estava estabelecida, toda esquematizada... mas não de uma forma que me desse alegria e prazer.

Eu tinha pais, irmãos e cunhadas excelentes. Eu tinha um emprego ótimo. Morava em Seattle e o mercado de trabalho era dos Cullen. Nós tínhamos uma empresa grande e eu era um ótimo empresário.

Além disso, eu tinha uma noiva, Tanya Denali. Ela era uma mulher muito bonita, mas eu havia me arrependido de propor-lhe um noivado. Eu não era feliz ao seu lado, mas também não tinha coragem de largá-la.

Eu tinha meu próprio apartamento na cidade, perto da minha família, mas um apartamento exclusivamente meu. Tanya já tentara várias vezes mudar-se pra cá, mas eu sempre a enrolava e dizia que deixaríamos essa conversa para outra hora.

Eu já não agüentava mais estar com ela, como poderia permitir que se mudasse para meu apartamento? Seria uma completa loucura!

Emmett e Jasper se divertiam rindo da minha cara. Emmett era meu irmão mais velho, casado com Rosalie Hale. Era um ‘pé-no-saco’ como se diz. Vivia me sacaneando por causa da Tanya e dizendo que eu a largaria assim que achasse uma mulher decente e que me fizesse ‘cair de quatro’. Emmett tinha muitas dessas loucuras na cabeça e as expressava de vez em quando.

Jasper era meu cunhado, estava casado com minha irmã Alice. Ele e Alice se completavam. Há anos atrás, ela namorou um cara chamado Alec e jurava que ele era o homem da vida dela. Depois de quase dois anos de namoro, ela o pegou no maior amasso com uma prostituta no apartamento que eles dividiam há dois meses.

Não preciso mencionar o choque da minha irmã com a cena que viu. Ela entrou em depressão, parou de trabalhar, não comia direito, não fazia nada além de chorar. Depois de uns três meses assim, ela resolveu viajar para Paris e foi lá que conheceu Jasper.

Por pura coincidência, Jasper também era de Seattle e depois que se conheceram melhor começaram a namorar. Hoje estão casados e são, de fato, feitos um para o outro. Minha irmã não poderia ter achado alguém melhor pra ela.

Jasper se juntava a Emmett num complô para rir da minha desgraça, era sempre assim. No fim eu ria junto com eles porque minha situação era de rir mesmo, caso contrário eu estaria chorando.

Eu não queria mais estar com Tanya, mas não tinha coragem de fazer isso. Vários motivos me impediam. Estávamos juntos há um bom tempo; seus pais eram amigos dos meus pais; meus pais gostavam dela... Enfim, o medo de mudar minha situação era o maior impedimento para abandoná-la.

...

– Cullen, hoje a gente vai sair. – James disse-me.

James era um dos advogados que trabalhavam na nossa empresa e um grande amigo meu. Suas idéias eram sempre as mais loucas possíveis, mas ele era uma boa pessoa.

– Eu não vou sair. – eu respondi – Hoje é sexta e estou a fim de ir pro meu apartamento, tomar um bom banho e cair na cama.

– Nem pensar! Jovem desse jeito e com cabeça de velho, você não tem jeito mesmo, Cullen! – ele revirou os olhos – A gente vai sair, sim.

– Onde está pensando em ir?

– Bom, queria chamar teu irmão e teu cunhado, mas os dois são casados e isso não seria nada bom pra minha reputação com as mulheres Cullen.

– Tem razão, Alice e Rosalie te matariam. – eu ri – O que me faz lembrar que eu também sou compromissado e não posso sair com você.

– Cullen, não negue um convite meu! – ele disse irritado, esse era James – Tanya é tua noiva, mas eu não tô nem aí pra esse horroroso e pequeno detalhe. A gente vai sair, tomar alguma coisa num bar muito legal e depois, quem sabe, a gente se diverte com alguma mulher por lá.

– Que lugar é esse? – estreitei meus olhos.

– A casa da Carmen. – ele sorriu malicioso – Já estive lá várias vezes, é um lugar perfeito. Só tem mulher bonita e, o que é melhor, tudo no mais absoluto sigilo. Aliás, tem uma mulher lá que combina com você. Cara, ela é ótima! Deixo ela pra você essa noite.

– Você não presta, James.

– Eu nem disse que prestava mesmo. – ele deu de ombros e piscou – Vai pra casa tomar um banho pra ficar gostosão. Eu te encontro na casa da Carmen em uma hora. E nem pense em não aparecer!

– Me passa o endereço, seu miserável.

Eu revirei os olhos, mas era esperto o suficiente pra confiar em James. Além disso, uma noite de diversão não mataria ninguém. Tanya nem estava na cidade, estava viajando com os pais. Eu não ficaria sozinho. Estava mais a fim de ir pra casa e dormir, mas uma diversãozinha não faria mal algum.

...

Uma hora depois eu estava pronto e em frente ao lugar que James indicara. Para minha total surpresa, o lugar era pequeno e simples por fora, não denunciava nada. Porém, havia um portão de ferro alto e um homem parado ali.

Ele perguntou-me quem eu era e assim que dei meu nome completo, ele abriu o portão para que eu entrasse com o carro e ainda disse que James já estava lá dentro.

Se a fachada frontal do lugar era simples, por dentro era outra história. Havia um imenso estacionamento com muitos carros importados e alguns deles blindados. Um manobrista parou ao lado do meu carro e abriu a porta para que eu descesse. Entreguei-lhe a chave, avisando-o para tomar cuidado com meu Volvo.

A porta que dava acesso ao interior do imenso casarão estava há alguns passos de mim. Respirando fundo adentrei o local e deparei-me com um ambiente muito sofisticado. As paredes da sala principal eram em tons de marfim, alguns quadros pendurados por elas. Havia um lustre imenso suspenso no teto que descia até a metade da altura total do espaço. Havia uma mesa com uma moça, a qual concluí ser a recepcionista. Atrás dela, uma porta de madeira trabalhada com uma pequena placa indicando que ali era o local onde ficavam os chapéus e casacos dos que ali estavam.

– Boa noite, senhor. – ela disse atenciosamente – É a primeira vez que está na casa de Carmen, estou certa?

– Sim.

– Poderia dizer seu nome, por favor?

– Cullen. Edward Cullen.

– Seja bem vindo, senhor Cullen. – ela sorriu amistosamente – Gostaria de guardar seu casaco aqui?

– Não, obrigado. Eu mesmo o seguro.

– Como queira. – ela sorriu – Seu amigo, James Scott já está lá dentro no bar. Quer que o chame ou o senhor prefere entrar e encontrá-lo?

– Acho melhor entrar.

– Fique a vontade, então. – ela saiu de trás do balcão e foi rebolando até a imensa porta de vidro que dava acesso ao bar, abriu a porta e indicou o interior do local – Divirta-se, senhor Cullen.

– Obrigado.

Agradeci e entrei no bar. Meus olhos correram o local e nunca antes eu vi aquilo. O lugar estava abarrotado de homens e mulheres. Um pequeno cheiro de cigarro pairava no ar; porém, o cheiro mais forte provinha dos vários perfumes. Conheci alguns rostos que já vi na televisão, outros de alguns políticos, muitos empresários e médicos e alguns amigos também.

Até que minha visão se deteve em alguém acenando para mim. James. Ele acenava para que eu fosse até ele e assim o fiz.

– Cara, achei que você tinha desistido. – ele disse – Já estava me preparando para te cortar fora as bolas na segunda-feira lá na empresa.

– Cala a boca, James. – tentei ser sério, mas foi difícil, acabei rindo com ele.

Havia uma mulher sentada em suas pernas, ela tocou o ombro dele e riu junto conosco. A observei vagarosamente. Era bonita. Pele levemente bronzeada, olhos escuros ocultos por uma maquiagem forte e um óculos delicado. Usava um vestido roxo, decotado e longo. James mantinha uma das mãos possessivamente sobre a coxa dela e ela mantinha um braço em torno do pescoço dele.

– Gosta do que vê? – ele perguntou me tirando da minha observação crítica.

– É muito bonita. – eu sorri para a jovem – Sou Edward Cullen, muito prazer.

– O prazer é todo meu, gracinha. – ela disse e sorriu maliciosamente.

Sentei-me num dos bancos e pedi uma bebida para mim. James deu um beijo na mulher e depois sussurrou algo no ouvido dela. A mulher se pôs de pé e saiu.

– O que houve? – perguntei.

– Ela vai chamar uma pessoa para te distrair um pouco.

– Ela é a mulher que você disse que me ‘emprestaria’ essa noite?

– Não; essa ali é Angélica. Ela foi chamar Anabelle.

– Anabelle? Nome bonito. – comentei e bebi mais um gole do drink.

– Não é só o nome que é bonito, você vai ver. – ele piscou um olho e se concentrou na bebida dele.

Em menos de cinco minutos, a tal Angélica voltava acompanhada de uma mulher tão jovem quanto ela, mas infinitamente mais bonita. Tinha os cabelos presos num penteado alto e castanho-avermelhados, os olhos castanhos, marrons e lembravam a chocolate. Vestia um vestido na altura dos joelhos na cor azul claro, esvoaçante e que deslizava por seu corpo a cada passo que ela dava. Não havia nada exposto pelo vestido, porém, quando ela parou para conversar com outro homem e virou-se de costas para nós, percebi que era extremamente decotado; o corte começava desde a nuca e se estendia até abaixo de sua cintura, quase nas nádegas, deixando suas costas lisas expostas a quem quisesse olhar.

Depois de sorrir e conversar com o homem, ela seguiu caminhando com Angélica em nossa direção. As duas se aproximaram de nós; a mulher desconhecida sorriu para mim e tocou a mão de James.

– Aqui estou. – disse a ele.

A tal mulher beijou-lhe no canto dos lábios levemente e acariciou o rosto dele. Fez isso com tanto carinho que senti uma pontada de inveja e um desejo absurdo por ser eu no lugar de James.

– É bom te ver esta noite, Anabelle. – James lhe disse – Já sabe que essa noite estou com Angélica?

– Sim, Carmen me avisou assim que você chegou. – ela riu levemente para ele e tocou os cabelos dele, fazendo um beicinho adorável – Cansou de mim, James?

– Como poderia, flor? – ele disse galanteador – Jamais esqueço as mulheres bonitas que conheço. Hoje ficarei com Angélica porque quero que você cuide de alguém pra mim.

James moveu a cabeça em minha direção e ela me observou. Tive a sensação de estar pelado diante do olhar observador e analítico dela sobre mim. Olhou-me dos pés a cabeça e sorriu quando encarou-me nos olhos.

– James? - falou com ele, mas olhava para mim.

– Diga, flor.

– Como se chama seu amigo? Preciso saber o nome dele para não chamá-lo de James também.

– Este é Edward.

– É um prazer conhecê-lo, Edward. – ela disse em meu ouvido e eu senti meu corpo ferver – Espero que tenha gostado da casa de Carmen, seria um prazer tê-lo aqui mais vezes.

– Ele virá, flor. – James disse rindo – Custou a vir, mas agora virá muitas vezes.

– Assim espero. – ela disse altivamente e tocou o queixo de James – A casa de Carmen necessita de homens bonitos e inteligentes como você.

Ela sabia ser sedutora. Dominava a arte com extrema maestria. Era bonita, falava corretamente, demonstrava classe e era sedutora sem ser vulgar. Ela era um verdadeiro perigo para qualquer homem que cruzasse seu caminho.

– Bom, já que os apresentei, vou ir para o quarto de Angélica. – James se colocou de pé e abraçou Angélica, sorriu para mim e tocou meu ombro – Divirta-se, Edward. Esqueça o mundo lá fora. Anabelle te fará ir até as estrelas hoje.

Ele beijou o rosto dela e partiu com Angélica. Bebi o resto do meu drink tentando dessa forma manter-me dono dos meus pensamentos e movimentos. Anabelle sorriu para mim de forma doce, mas sem deixar de ser maliciosa.

– Quer beber mais um pouco ou podemos subir e nos divertir como seu amigo e Angélica? – sua sobrancelha arqueou-se e quase tive uma parada cardíaca com isso.

– Podemos ir, eu acho.

Falei baixo e pensei que ela nem ouviria... Mas parece que além de bonita e sedutora, ela também tem a audição perfeita. Sorrindo de modo a mostrar todos os dentes perfeitos e brancos, ela pegou minha mão e puxou-me em direção às escadas.

Entramos em um imenso quarto branco com detalhes em azul. Uma enorme cama dominava o ambiente e uma porta branca que deveria ser o acesso ao banheiro.

Anabelle entrou e deu passagem para que eu entrasse. Assim que o fiz, ela fechou a porta e passou a chave. Encarou-me e sorriu maliciosamente.

– Não se preocupe, Edward. Estamos aqui sozinhos, nada de espectadores ou críticas. – ela soltou os cabelos e eles caíram moldando seu rosto branco e aparentemente macio – Somos adultos e buscamos diversão. Nada aqui está além do que buscamos. – ela deu de ombros – Esta noite sou sua, estou aqui para fazer o que você quiser.

Ao terminar de dizer isso, ela aproximou-se de mim e tocou meu rosto com uma das mãos. Sua mão era macia, parecia uma luva de cetim em contato com minha barba por fazer. Ela beijou o canto dos meus lábios e depois seguiu com pequenos beijos até minha orelha.

– Divirta-se. – sussurrou e mordeu o lóbulo da minha orelha – Essa noite sou tua, faça o que tiver vontade.

Por Deus! Ela queria me matar?! Me fazer gozar sem nem tocá-la?! Eu agarrei-a entre meus braços e toquei seus cabelos, encarando-a nos olhos.

– Anabelle...

Sussurrei seu nome e colei meus lábios em seu pescoço desfrutando do perfume dela. Que se dane o amanhã, Tanya, minha família... James ofereceu diversão, isso é que era amigo! Eu jamais negaria tamanha diversão com essa mulher em meus braços! Eu levaria muitas horas para sair daqui!


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Notas finais do capítulo

Mérito da capa é da "Jessykinha" minha amiga querida que sempre cria os links p/ que eu possa postar as fotos que montei. *-* Obrigada pela ajuda, amiga. ;)
Espero que tenham gostado. Vejo vcs nos reviews...
Bjs, bye.