Tudo estava indo bem para as nossas heroínas, estavam passando sem dificuldades pelos mais variados locais e derrotando as tropas malignas de Cazeaje em equipe, tudo na perfeita harmonia: Elesis brigando com a Arme, Lire tentando amenizar as discussões das duas, Elesis atacando algum inimigo sem pensar duas vezes, Elesis escondendo o cajado da Arme, Arme petrificando Elesis... Essa harmonia é quebrada ao chegarem á um lugar com um nome um tanto bonito: Vale do Juramento.

– Ai que lindo! Vale do Juramento! – Lire comenta ao chegar ao lugar.

– É lindo mesmo Lire! – Arme afirma o comentário da Loira, contemplando o belo vale desértico com algumas dunas e vales feitos pela natureza. – Como a natureza consegue fazer um trabalho tão bem feito e belo não é Lire?

– Belo? Bem feito?! HÁHAHA! Façam-me rir! Esse lugar não tem NADA pra chamar a atenção! – Elesis fala, cuspindo no chão, continua: - Vocês são duas problemáticas! Isso aqui é o deserto mais idiota e tedioso que eu já vi! Aposto que nem monstro habita esse breu! – Fala, andando á frente das duas meninas.

– Problemática? Olha quem fala! – Arme grita, correndo atrás da ruiva junto com a Lire.

– Vocês duas podem parar de gritar?! Estou sentindo a energia maligna da Cazeaje por perto... – A Loira fala correndo atrás de Arme e Elesis.

– Sério?! Finalmente! Não aguentava mais ficar mais um dia sem enfrentar um monstro! – Grita de felicidade, correndo mais rápido ainda. Logo encontra um aglomerado de monstros e corre para lá com a espada em mãos. – OLÁ MONSTROS! CONHEÇAM A~ - É interrompida pelo cair dos monstros, revelando um garoto de cabelos azul-escuro bem longos e olhos azul-celeste. – QUÊEEEEE?! – Grita de frustação, chamando a atenção do garoto.

– Algum problema senhorita? – Pergunta, chegando perto da ruiva, o que foi um erro, pois a mesma acerta um soco bem dado na cara do coitado. – Quê?! – Indaga, massageando o rosto.

– POR QUÊ ACABOU COM OS MONSTROS SEU ESTRAGA PRAZERES?!~ - Ia continuar á falar poucas e boas para o jovem diante de si até que um monstro se aproxima deles, um monstro um tanto curioso: uma gosma dourada com cartola. – HÁHAHA! Derroto essa coisa dormindo! – Fala, atacando a gosma, só que ela desvia e acerta uma investida na ruiva. Novamente ela tenta atacar, agora com vários golpes, só que a gosma dá uma de Matrix e desvia de todos os golpes. – QUÊEEEEEE?! – Indaga enquanto o garoto ria da cena um tanto hilária.

– Hei, você tem que estudar os movimentos do seu adversário... – Ele fala, sacando uma arma chamada gládio. Logo começa á dar golpes na gosma, convicto que iria acertar, só que a gosma desvia lendo um livro (?). Resolve, então, encantar o gládio com o poder das trevas, desferindo inúmeros golpes na gosma, só que a mesma desvia novamente. – Quê?! – Indaga enquanto a ruiva se matava de rir.

A gosma olha para os dois com uma cara de “Agora é a minha vez” e dá uma investida contra eles, quase derrubando-os vale abaixo.

– Gosma bonitinha... – O garoto fala enquanto se afastava de pouco em pouco para trás até chegar na borda do vale.

– Er... – A gosma fuzila os dois com os olhos cheios de uma energia medonha, mesmo para um bichinho hilário e fofinho.

– Er... – O azulado fica olhando da gosma para o vale e do vale para a ruiva até o inofensivo bichinho lançar um ataque brutal perto deles, fazendo um pedaço da borda do vale cair junto aos dois espadachins. – AAAAAAAAAAHHHHH! SOU MUITO NOVO PRA MORREEEEEEEEEEEEEEEEEEER! – Grita enquanto cai junto á ruiva.

Capoft!

Os dois caem em uma espécie de ninho, que era bem estranho ter logo naquele lugar, mas, veio á calhar.

– Ainda está viva, garota? – O garoto pergunta, cutucando a ruiva.

Elesis levanta, dando um soco no azulado e fala: - To sim seu babaca. Onde estamos? – Pergunta enquanto o pobre coitado massageia o rosto novamente.

– Sei lá, no vale do Vale do Juramento? – Se pergunta enquanto um monstro ameaçador chega perto dos dois. – Ou não?...

A ruiva procura a espada, só que lembra que havia largado ela lá no topo do vale. – B-Babaca... – Ela cutuca o azulado, olhando para o monstro.

– Nós também poderíamos ter passado por algum lendário portal dimensional... O que tem chances... – Comenta para si mesmo, não percebendo Elesis cutucando-o.

– Babaca... – Continua cutucando o garoto, só que sem sucesso.

– Ou essa poderia ser uma área inabitada por seres humanos... – Continua imerso nos pensamentos até a ruiva dar um bom murro na cara do coitado. – Ei! Por que~ - Percebe o enorme monstro, uma harpia um tanto exótica com penas negras, o quádruplo do tamanho da harpia rainha e garras enormes... – Err... – Procura o gládio e encontra uma empunhadura, logo a pega ficando em posição de ataque. – Em guarda! – Grita só que se toca que estava o tempo todo segurando um galho. – Droga. Trégua? – Pergunta, sorrindo só que a harpia simplesmente dá um golpe com as garras nele, que bate contra uma formação rochosa do lugar e fica inconsciente.

– Que tal nós tomarmos um chá? – Elesis pergunta, tentando driblar a harpia. – Ou que tal um bom refrigerante com biscoitos? – Oferece novamente, olhando para a cara de poucos amigos da harpia. – É... To vendo que você não gosta de biscoitos... – Fala pensativa. – Que tal uma carne fresca? – Agora sim mudou a cara da harpia, que a olhava com interesse, só que o que se passava pela cabeça da harpia não era um exótico chá com bolachas e carne, e sim, petisco de Elesis ao molho vermelho. Logo a ruivinha percebe as intensões da harpia e começa á pensar em um jeito de escapar daquele destino cruel, só que sem nenhum armamento seria um tanto difícil. Como se fosse mágica, uma espada cinza com detalhes em roxo e punhal branco surge nas mãos da Elesis. – O quê?! Ah! Se for sacanagem sua, Arme, eu mato você! – Grita para o céu, e, logo em seguida dá um corte na vertical, destruindo por completo a harpia. –QUÊEEEEEEEEE?! – Indaga, quando vê o estrago que a espada causou. – Legal, agora eu quero sair daqui! – Fala para a espada, e, como que instantaneamente, o cenário muda: uma densa floresta típica das regiões próximas á Canaban, com muitas plantas de cores cítricas e flores em tons pastéis. – Você é uma espada estranha... – Elesis comenta, olhando para a espada, que logo se torna um humano. – QUÊEEEEEEEEEEEEEEEEEE?! – Indaga, olhando para a antiga “espada”.

– Que foi garota? – O azulado inocentemente pergunta, olhando pra Elesis com cara de “o que houve com essa guria?!”.

– V-V-Você não era uma espada?! – Indaga, olhando para o garoto.

– Não que eu me lembre... – Fica pensativo até sentir um gosto ruim na boca. – Eca, que coisa é essa?! – Indaga enquanto cospe sangue de harpia.

– Sangue de harpia... – A ruiva fala, pensando sobre qual parte humana que havia segurado quando o azulado era uma espada.

– Vamos andando, talvez as suas amigas estejam em Canaban, e, para nossa felicidade devemos estar á umas duas milhas de distância. – Fala, andando á frente.

– Tá... – A ruiva anda um pouco atrás enquanto pensa sobre a estranha experiência que teve.