The Stripper escrita por Annye, Raah Lima


Capítulo 8
Capítulo 7 – Mãe


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada. Resolvi dormir na casa da minha tia, e agora acompanhada do Honofre - meu notebook.
Então, aproveitem o capitulo. :)
Boa Leitura.



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Capítulo 7 – Mãe

P.O.V Rosalie

Eu estava em Santa Monica. Aos sábados era costume eu e as meninas irmos a Venice Beach – para exibir nossos corpos. Mas hoje, eu queria apenas pensar, sozinha.

Eu tinha conversado com as meninas ontem, e todas pareceram entender bem meu ponto de vista.

Assim que Bella, Jess e Allie foram embora eu fiquei na duvida se contava o lance do stripper para Law ou não. Ela era minha amiga de infância, mas ela sempre apoiou tanto meu namoro com Royce… No fim, como a covarde que sou não consegui contar pra ela, e ela também não questionou minha decisão louca de mudar a data do casamento.

Acho que eu teria que conviver com aquele segredo eternamente. Quer dizer, eu não sou idiota o suficiente pra achar que Royce vai ser perfeito pra sempre; uma hora ou outra ele vai cometer algum erro, e quando isso acontecer, eu já terei me vingado.

“Até parece Rosalie, você mal consegue enganar a si mesma”, pensei. Eu me sentia péssima.

Não estava em meus planos ser amada, eu me contentava em ser apenas feliz. Eu não tinha perspectivas para um casamento duradouro, apenas queria que desse certo, e seria ótimo enquanto durasse. No entanto, depois de minha conversa com Royce, até isso mudou.

– Flashback –

- Royce, precisamos conversar. – Eu disse seriamente, depois de um tempo sentada de frente pra ele no escritório, e ele com a cara metida em papeis.

- Hã… Pode dizer linda. – Ele disse, mas ainda sem olhar pra mim.

- Royce… Eu… Eu não sei mais se quero me casar. – Disse de uma vez. Ele olhou pra mim com os olhos arregalados, e foi logo falando.

- Mais-mais-mais por quê???  - Nunca tinha o visto gaguejar na vida, ele realmente estava sentido com essa decisão…

- Royce, é muito complicado. – Eu não era corajosa o suficiente pra contar que tinha chifrado ele. Se já não bastasse eu mesma me odiando, não ia aguentar ele me desprezando.

- Não. Não tem nada complicado de mais Rose. – Ele disse me olhando nos olhos, e logo depois saiu de trás da mesa e parou em minha frente, se ajoelhando. – Me diz o que tem de errado que eu acerto Rose. Qualquer coisa por minha flor. Por favor, não vamos cancelar esse casamento. Eu preciso de você. – Ai, como eu digo que não quero depois disso? É impossível, por mais que eu não goste dele, ele não tem culpa de meu erro. Se não fosse o que aconteceu em minha despedida eu casaria com ele normalmente, logo, não era justo puni-lo por algo que EU fiz errado.

- Royce; - eu disse pegando nas mãos dele, com ele ajoelhado no chão e eu sentada na cadeira. – Eu… Não quero mais um casamento como antes. Eu cheguei à conclusão que... Que nós não devíamos casar na igreja. – Eu disse. Seria muita safadeza de minha parte jurar fidelidade eterna pra ele, imagine dentro de uma igreja. Não, estava fora de cogitação. Eu também não queria mais um pastor, um juiz de paz estava bom. Nada de colocar Deus, ou qualquer coisa divina no meio da palhaçada que eu ia fazer.

- Tudo bem Rose, o que você quiser. Pode ser como você quiser. Só preciso estar casado com você. – E ele sorriu.

– Flashback –

Eu estava perdida. Perdida em mim mesma. Nunca pareceu certo casar com Royce; eu não o amava, mas depois de anos juntos e todo o apoio de minha família e amigos eu aceitava a ideia de me casar muito bem. Agora porem, esse pensamento parecia ridículo, primeiro porque eu percebia que meu namoro tinha sido… chato? Acho que essa é a palavra; e depois, porque eu não conseguia tirar o maldito stripper da minha cabeça.

Ah, que droga! Eu sei que é errado, mas enquanto estávamos sóbrios ele foi incrível. Lembro que apenas conversávamos sobre tudo, e eu me divertia tanto. Ele era engraçado.

Se fosse uma situação diferente, eu podia considerar a ideia de sair com ele…

- Olha o quem eu encontrei por aqui. – Disse uma mulher sorrindo, enquanto eu encarava o mar, me tirando então de meus devaneios. Quando eu vi quem era não pude evitar e sorri também.

- Tia! – E eu a abracei. – Eu estranhei sua presença no dia da festa, mas achei que a senhora estava só de passagem. Está morando na Califórnia?

- Estou morando em Beverly Hills menina. É um condomínio, algumas quadras da casa de Lily. – Minha mãe era irmã do tio Carlisle (que é casado com tia Esme), mas nossa família se mudou quando eu e Jazz ainda éramos crianças. A minha família por parte de mãe tinha posses e empresas em Nova York, então tio Carl ficou lá para administrar as coisas, enquanto minha mãe veio para cá com meu pai.

- Ah, que ótimo, finalmente a família está unida de novo. Quando o tio Carl e o cabeça de ovo vêm? – Perguntei enquanto eu estava abraçada à tia Esme e caminhávamos na areia.

- Hum… Carlisle anda ocupado. – Ela disse isso e apenas abaixou a cabeça. – E você mocinha? – Ela disse recuperando o tom alegre. – O que achou da sua despedida? Eu pensei que a sua festa não ia ser… como você disse?... Ah: “Não vai ter strippers. Talvez uma baixaria com lingeries e acessórios. Mais só.” – Disse minha tia, parafraseando o que eu disse, inclusive com minha voz. Eu fiquei com muita vergonha, e ela deu um sorriso torto seguido de uma pequena gargalhada ao constatar minha vergonha. – Está tudo bem querida; mas e ai, aproveitando as ultimas semanas solteira?

- Er… Tive uns contratempos… Sexta-feira à noite, terá um jantar, e bom, você está convidada.

- O que aconteceu querida? – Ela percebeu minha hesitação na hora de falar do jantar.

- É uma longa historia, tem tempo? – Eu olhei pra ela que apenas assentiu.

______________________________________________________

Esme e eu estávamos sentadas numa mesa de um barzinho, que ficava longe do mar. Eu contei para ela o que aconteceu, numa versão editada, é claro, (eu não contei que tinha transado com um stripper, apenas contei que tinha conversado com alguém que me interessei e que agora estava confusa em relação ao casamento).

- Querida, o que Lilian falou pra você, sobre isso?

- Não tia, mamãe não sabe de nada, e nem deve saber. Ela e papai gostam muitíssimo de Royce, e estão adorando a ideia de me ver casada. Eu não queria desaponta-los…

- E como você pretende explicar essa mudança Rosalie?  Não falo de datas, mas de costumes. Tenho certeza que Lily iria preferir mil vezes a filha dela casando numa igreja, e fazendo das coisas o mais ostentosas que pudesse. E todos que te conhecem, sabem que desde pequena seu sonho era casar com um lindo vestido branco, no meio de uma multidão, que ia te admirar até a entrada da igreja…

- E não se esqueça das pombas, do cavalo branco com a carruagem e das pétalas de rosas brancas voando sobre a multidão. – E nós rimos do meu sonho de casamento perfeito, que eu tinha desde os oito anos. – Ah, bons tempos. Eu falava que o noivo ia ser o cabeçudo, e ele começava a chorar e correr, falando que não ia casar comigo. – Eu ri ainda mais, mas tia Esme deu apenas um sorriso sem graça.

- Tia, o que está acontecendo? Aconteceu algo com o E…

- Nossa família acabou Rose. – Disse tia Esme abaixando a cabeça. – Seu primo saiu de casa há mais de um ano depois de brigar com Carlisle. Eu estava esperando ele voltar, mas ele não voltou. Depois de uma semana com ele longe, eu falei pra Carlisle para colocarmos a policia atrás dele, mas ele disse que não faríamos, pois ele devia aprender a se virar sozinho. Eu não aguentei muito tempo, e fui viajar pela Europa. Tinha esperança que ele estivesse por lá. Mas não o achei. Quando eu voltei pra casa eu não suportava mais seu tio, e então… A papelada do divorcio sai mês que vem. – Ela me falava, e eu fiquei boquiaberta. – Me desculpe te falar tudo, e desse jeito. Mas eu precisava falar com alguém… - Ela disse abaixando a cabeça para esconder algumas lágrimas.

- Imagine tia. Eu estou do seu lado. E obrigada por estar do meu. – Eu sorri e seguei na mão dela. – Bem, e porque Los Angeles? Você tem o mundo para rodar. – Tia Esme era de família rica, e ainda tinha o dinheiro que meu tio provavelmente daria a ela. Ela poderia viajar o mundo inteiro até cansar, então porque vir logo pra cá?

- Inicialmente eu iria apenas vir na semana do seu casamento. Mas a sua amiga me ligou para despedida… Bom, eu fiquei confusa, mas se minha sobrinha favorita me queria na sua despedida de solteira…

- Sou sua única sobrinha tia. – Eu disse zombeteira pra ela.

- Independente, é minha favorita. E Jasper é meu sobrinho favorito. – E nós rimos, espantando de vez a tristeza nos olhos de minha tia. – Enfim, eu estava em um hotel, e eu fui para sua festa, e… Deixa você vai me achar louca. – Ela disse e riu.

- Tarde de mais, eu não acho à senhora louca, eu já tive todas as suspeitas disso confirmadas. – Rimos de novo.

- Certo, eu vou contar:

– Flashback –

(Esme)

Depois de falar com Rose, fui para uma mesa, bem próxima ao bar.

Despedida de solteira… Não tive uma. Os tempos eram outros, e eu ficava feliz que agora mulheres também tivessem uma.

Eu gostava de festas, fazia esquecer-me de tudo um pouco, mas eu confesso que não podia parar de pensar: “Como teria sido meu casamento se eu tivesse tido uma despedida?”.

A resposta era simples: tudo igual. Eu e Carlisle tínhamos nos perdido em algum ponto, mas eu duvidava que fosse no inicio de nossa vida juntos.

Era tudo muito perfeito: casamos com uma linda cerimonia, onde todos se emocionaram, Carlisle se estabeleceu na firma de seu pai, eu terminei minha faculdade e tivemos um lindo filho. Éramos a família perfeita. Tudo para darmos certo. Então porque deu errado?

Eu neguei com a cabeça tentando afastar o pensamento, e peguei uma bebida que uma garçonete estava levando quando passou por mim.

Bebi com uma careta. Era forte. Acho que o fígado das mulheres também andou melhorando com o tempo…

- É aqui rapazes! Vamos apagar o fogo de todas essas garotas hoje… - E começou uma barulheira no palco. Acho que Rose estava enganada, com certeza tinha sim strippers ali. Eu sorri, e lembrei-me de quando no meu tempo minhas amigas falavam sobre ir num clube de strippers para mulheres. Não que eu seja tão velha, mas nos anos 80 as mulheres tinham que penar para achar homens dispostos a mostrar o bumbum sarado. Hoje, tudo se resolvia com um telefonema…

Resolvi sair logo da festa, aquilo era diversão para as menininhas e não para uma mãe de família que nem eu. Mãe de família.

Essas palavras ainda doíam, porque pareciam que não eram mais reais; não para mim. Deixei de ser mãe quando meu bebê saiu de casa, e deixei de ter família quando eu saí de casa…

Como eu queria mudar tudo isso…

Então eu me levantei, dei uma ultima olhada e quase desmaiei.

Meu filho, com uma roupa de bombeiro andando estava bem na minha frente.

- E-e-edw…

- Mãe? Ah, eu sabia que eu não devia ter vindo! Já começaram a aparecer às velhas. – Ele disse com uma careta. Logo depois ele riu e me abraçou. – Mãezinha o que você está fazendo aqui hein? Ah mãe, me diz que a senhora não fica frequentando esses clubes não. Que horror! Minha mãe é daquelas velhas que fazem swing. – Ele dizia começando a chorar.

- Olha, me chama de velha de novo que eu te estouro. Filhinho! – Eu disse abraçando ele. – Bebê, por onde você estava? Você…

- Mãe! – Disse ele me repreendendo – Aqui é meu local de trabalho. – E ele começou a rir. Estando abraçada a ele é que eu pude perceber que ele cheirava bebida. Era só o que me faltava…

- Edward, o que está acontecendo aqui? – Eu disse olhando preocupada pra o meu bebê.

- Manhê… Eu… Já sou grandinho tá? E eu estou trabalhando tá? E não tenta fazer nada tá? E eu tenho que ir tá? – E ele gargalhou, e enquanto eu o encarava perplexa ele pegou a bandeja cheia que uma garçonete que passava e virou três taças de uma vez. Eu tinha que fazer alguma coisa.

- Filho, a gente precisa conv…- Ele me interrompeu.

- Já sei mãe. Já sei… Mas não no meu local de trabalho. – E ele riu de novo, mas logo depois fez cara de quem estava pensando. – Hum… Sábado. É sábado em Santa Monica. Agora, eu tenho que fazer meu trabalho. – Ele terminou de beber todas as taças que estavam na bandeja e saiu andando.

Eu não tinha entendido absolutamente nada – fora que meu filhinho, que era advogado estava se prostituindo pra ganhar a vida. Céus…

Sábado em Santa Monica. Eu estaria lá, e reviraria aquela praia atrás dele. E eu esperava que dessa vez ele estivesse sóbrio, e de preferencia, usando roupas descentes.

– Flashback –

- Então a senhora acha que ele foi para minha despedida de solteira?

- Eu sei… Estou louca não é? Mas na hora, eu jurei que era ele, sabe? Eu pude conversar com ele, e ela parecia bem diferente, mesmo pra mim, mas eu tinha a plena certeza que era ele… Eu não sei explicar.

- Tia, eu não lembro se o vi, e bem, faz um enorme tempo que eu não o vejo. Mas se a senhora quiser, eu posso te ajudar a acha-lo. É bom que eu me distraio um pouco do lance do casamento…

- Serio Rose? – Ela disse com os olhos brilhando.

- Claro tia. – E então começamos a andar pela praia a procura dele. De barraca em barraca, quiosque em quiosque, loja em loja. E o pior de tudo era o fato de não termos ideia de que horas ele estaria ali – se é que estaria. Então começamos a pensar no plano B: lugares que poderíamos encontra-lo. Hoje mesmo tentaria falar com a empresa de strippers que supostamente ele trabalhava. Eu ia achar meu priminho e daria uma surra nele por magoar a titia.

P.O.V. Edward

Meu primeiro sábado de folga. Nunca três dias de trabalho pareceram tão longos. E pensar que a única culpada era a “Srta. Swan”…

Mas hoje nada de Bella. Eu tinha que me concentrar no meu outro trabalho.

Emm tinha um pequeno quiosque na praia de Santa Monica. Era pequeno e cercado de outros quiosques maiores, por isso não era grande coisa. Na verdade, esse quiosque só dava algum lucro mesmo em temporadas de verão e nos fins de semana que estávamos com sorte. Mas seria ingratidão dizer que esse quiosque era uma merda, já que por causa dele que eu encontrei Emmett há mais um ano, e por causa dele, que a gente já tinha saído de muita furada (apesar de só entrarmos em frias, por causa das pessoas que conhecemos nesse quiosque).

Apesar disso, não havia santo que fizesse Emm vender esse quiosque. Ele ganhou isso em um jogo pôquer, e disse que se uma vez a sorte já bateu pra ele ganhar isso aqui, ela ia bater de novo.

Hoje especialmente, ele disse que só ia vir me ajudar mais tarde, porque tinha ido resolver algumas coisas para melhorar essa espelunca. Ele tinha tido uma ideia, e em geral elas davam errado, mas nesse ano que eu passei com ele eu aprendi que meu trabalho era limpar as merdas que ele fazia, dar uma bronca e fazer a criatura seguir em frente. E era basicamente isso que eu fazia hoje, já que estava abrindo o quiosque sozinho e colocando os papeis que Emm tinha imprimido no balcão.

Ele tinha tido mais uma “ideia genial”, eu tinha até medo de perguntar qual foi, mas dessa vez não é que era boa mesmo?

Ele queria montar um tipo de galeria ao ar livre, e os papéis chamavam artistas que quisessem mostrar suas obras para o publico. Ele queria montar uma exposição com obras que fossem ligadas a Califórnia, assim ele poderia atrair tanto turistas, como moradores.

No começo eu achei a ideia ruim e cliché. Mas andando pela praia, eu constatei que realmente havia TUDO no calçadão – lojas de roupas, brinquedos, música, quiosques, bares, até um karaokê e é claro, o enorme parque de diversões. Mas não havia nada ligado à arte. Até que o tonto era bem esperto quando queria…

 - Moço, me dá duas águas, por favor? – Disse uma loira que parou na minha barraca. Eu estava distraído e nem reparei, mas ela também não parecia reparar, pois estava lendo um dos panfletos que estavam no balcão.

- Com gás? – perguntei pra ela, indo trabalhar.

- E geladas. – Peguei as garrafas, e quando voltei reparei na loira. Ela era tão familiar…

- Aqui. – Eu disse dando as garrafas para ela, enquanto ela me dava uma nota de cinquenta dólares. Abri a caixa registradora, torcendo para ter troco. – Hum… Você é artista? – Perguntei a ela, quando devolvi o troco. Eu queria que ela me olhasse, tinha certeza que a conhecia, mas de onde?

- Na verdade, sou. Aonde que vocês vão montar a exposição? – Ela disse me encarando. Deixe-me ver… AH, É CLARO! A loira das fotos de Bella… Quem mais fora as amigas da “Srta. Swan” pagariam com cinquenta dólares duas aguas no quiosque mais pobre da praia?

- Hum… Eu realmente não sei. Foi ideia do dono, então, ele que está vendo isso. Mas eu tenho certeza que se você ligar pra o numero que está no panfleto, vai conseguir todas as informações. – Eu disse com um sorriso presunçoso. Não era o tipo certo de atendimento, mas era incrível tratar uma amiga da Bella Swan mau…

- Eu te conheço de algum lugar? – Ela disse de uma vez, como se tivesse ignorando meu comentário. Eu ia responder quando eu ouvi uma voz, uma voz que me deixou paralisado.

- Rose querida, eu acho que ainda não fomos por aquele lado. – Ela veio em minha direção, (quer dizer, na direção de “Rose”. Rose? Será que essa Rose seria a Rose que eu estava pensando? E ainda ser a amiga da Bella? Não, seria muita coincidência…) e parou no balcão olhando para Rose. E eu logo me abaixei nele pra me esconder. – Ué, querida o que está esperando? – Eu a ouvia conversando.

- Er… Um atendente. Ele deve ter ido pra outro lugar. Vamos logo que eu quero achar o cabeça de ovo do Edwa…

Eu não podia acreditar, mas era ela. Minha mãe estava bem ali.

P.O.V. Bella

Estava despertando aos poucos no meu antigo quarto. Não tinha como não rir olhando pra ele. Ele não parecia absolutamente nada comigo – nem na adolescência, nem agora e nem nunca. Era rosa, e tinha tanto frufru que parecia que foi escolhido pela Penélope Charmosa, a Daphne do Scooby Doo e a Paris Hilton.

Era uma linda manhã de sábado, férias, casa dos meus pais – onde eu não tinha que lembrar de pagar nenhuma conta, nem de encher a despensa, nem de abrir a porta pra diarista. – o que mais eu poderia querer?

- ISABEEEEEEEEEEEELA – Ah claro, um portão que fosse a prova de Alice. Olhei o despertador que ficava em cima do criado mudo, do lado da minha cama. OITO DA MANHÃ??? Essa menina quer morrer?!

- Filha, abre logo essa porta! – Era só o que me faltava, minha mãe ainda estava no complô.

- Já vai, já vai. – Disse, desistindo do meu plano de matar Allie e esconder o corpo e me levantando. Enquanto eu ia calmamente ao meu closet e pegava uma roupa, Allie gritou de novo:

- Isabella, eu juro que se você não abrir essa porta você vai se arrepender. – A ignorei totalmente, e falei com minha mãe:

- Mãe, é melhor vocês duas irem tomar café, porque eu acabei de levantar e estou um caco. Então vê se dá um suquinho de maracujá pra acalmar Alice, e assim que eu terminar de fazer minha higiene matinal eu desço. - Disse presunçosa.

- Er… É porque sei pai tá em casa e… - Mamãe começou a falar.

- Eu estou com uma sacola cheia de testes de gravidez. – Completou Allie. Eu acho que nem o The Flash teria aberto a porta, puxado as duas para dentro do meu quarto e fechado à porta com chave tão rápido.

- Nossa, você não brincou quando disse que estava um caco hein… Torça pra seu marido sempre acordar depois de você. – Allie falou assim que eu virei olhando pra elas enquanto estava apoiada na porta.

- Cala a boca Alice. Cala a boca, cala a boca, C-A-L-A-A-B-O-C-A. – Eu disse andando em direção a ela. – Posso saber que tipo de drogas você anda usando, hein? E pra que isso? – Eu disse apontando para uma sacola grande de farmácia, que dava pra ver que estava cheia de caixinhas de testes de gravidez (de marcas diferentes, ainda). Tinha no mínimo uns quinze ali dentro. Era só o que me faltava…

- Eu não ando usando nada. Não mais… E se você ainda não conhece, esses são testes de gravidez. Agora, vai lavar esse rosto, escovar esses dentes e aproveita seu primeiro xixi nos copinhos que tem dentro dessas caixas. – Ela falou colocando a sacola na minha mão.

- Alice, eu não vou fazer xixi em copinho nenhum. Eu não estou gravida. – Afirmei já nervosa.

- Ah, Bella como você sabe? Para de frescura e vai logo.

- Alice. Ah, Alice. Mary Alice Brandon. Senta aqui que a titia vai te explicar uma coisa. – Disse pegando na mão dela e sentando na minha cama. Assim que ela se sentou eu gritei olhando pra ela. – BEBÊS NÃO VÊM DA CEGONHA E NEM DA ALFACE! Você precisa de sexo, e depois de TEMPO. Não adianta eu fazer um teste, três dias depois de ter transado porque não vai ter nada. NADA. Entendeu agora? – Eu disse o final revirando os olhos.

- Olha aqui Isabella Swan… - Ela disse séria, e para minha surpresa, ela de repente se abaixou ficando de joelhos na minha frente. – Faz, por favor, por favorzinho… Eu estou tão curiosa com o resultado. Fora que eu nem sei como funciona esses testes, porque eu sou moça direita e nunca precisei fazer. – revirei os olhos de novo. Me acorda de manhã com uma ideia esdruxula e ainda insinua que eu não sou moça direita. Confesso que dava até dó de ver a carinha fofa que ela fazia, mas eu não hesitei.

- Allie, já disse que não adianta, e se você tem tanta vontade, porque você não faz essa merda? – Mas ela continuava com aquela carinha de dar dó. Então eu apelei. – Mãããe…Mãe? – E quando eu olhei ela tinha caído no sono na minha cama mesmo. Por isso que não tinha dito nada ainda. – Mãe! – Eu disse chacoalhando ela, até ela acordar.

- Hã? Que? Ah tá. Faz logo esse teste Bella, que eu estou com sono e a Alice não vai deixar ninguém dessa casa em paz enquanto você não fizer isso. – Ela disse bocejando. E se levantando devagar.

- Argh. Tá! – Eu disse e ela se levantou sorrindo. Eu peguei uma caixinha que estava em cima da sacola e fui logo perguntando. – O que você pretende fazer com isso? – Apontei para as outras caixinhas.

- Ah, eu não sabia qual era melhor, e tinha uma margem de erro de um a três por cento. Então resolvi trazer três das cinco melhores marcas (segundo cinco vendedoras diferentes).

- Olha, então já que eu vou fazer essa palhaçada, você me acompanha. – Eu disse pra Allie. – E você também. – Puxei minha mãe, e Allie me seguiu para o banheiro.

Cada uma de nós fez cada um dos cinco testes. E depois fomos esperarmos no quarto.

Depois de todo o auê, eu finalmente pude me trocar, e fazer minha higiene – mas bem longe dos potinhos, já que segundo Alice eu poderia trapacear. Era uma louca mesmo. Eu tinha a mais plena certeza que esse teste não daria nada. Quer dizer, três dias? Só se… Comecei a contar rapidamente. Minha ultima menstruação foi dia…

- Deu o tempo! – Disse Allie indo correndo para o banheiro. Ela estava muito ansiosa. Será que…?

Ela veio carregando três testes. Eu tinha achado etiquetas e canetas em uma gaveta que eu guardava as coisas de escola, então os testes estavam marcados com nossos nomes. A cara de Allie era estranha, como se estivesse… desconcertada.

- Er… Hum… hã… É…

- Pra de enrolar Allie! O que deu nesses testes? – eu perguntei impaciente. Era só o que me faltava.

- Deu positivo…

- O QUE??? – Eu disse e me joguei na cama. – Não pode ser. Ai meu Deus. Este deve estar errado, Alice! – Eu levantei em um pulo e fui atrás dos outros testes no banheiro.

- Calma Bella! Eu disse que tinha dado positivo, e não que o seu tinha dado positivo. – Então eu peguei os testes e li os nomes e fui atrás das caixas, pra ter certeza do que significava.

- Como assim Alice? – Minha mãe perguntou.

E eu entendi o que ela tinha falado quando eu li a etiqueta dos dois testes positivos. “Renée”.


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Notas finais do capítulo

Surpresa! Alguém achava que a tia Renée podia ficar grávida? Daqui pra frente, mais e mais surpresas. E no próximo vai rolar Belward. *---*
Bom, pra quem não leu o aviso passado, feliz ano novo.
Deixem reviews pra eu ficar feliz, sim? Quem sabe eu não adiante o próximo? (xD Sim, sou chantagista. #Muah).
Ah, e muito obrigada para as fofas que deixaram reviews no meu aviso. Já é mara saber que vocês leem essa pocilga que eu escrevo, saber que vocês me apoiam aqui é incrível. Valeu MESMO.
P.S.: Gente, tava precisando de uma beta. Alguém se habilita?
Beijos, até o próximo capítulo.