Always escrita por Jane Maddison


Capítulo 19
Gritos


Notas iniciais do capítulo

Awwwn, espero que gostem *---*'



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– Sede? - Mellody perguntou confusa - Eu estava com sede? - Tom gargalhou se distanciando

– Não se esqueça, Mel. Amanhã, 22:30, sala precisa. Tenha uma boa noite!


Tom desapareceu pelo corredor, deixando Mellody atordoada. Ela voltou para seu dormitório e resolveu se deitar um pouco. As masmorras era um lugar bem frio e úmido, e aquilo estava a arrepiando.

O dia seguinte passou rapidamente. Era sábado e não tinham aulas. Mellody passou quase o dia inteiro na sala de Dumbledore, junto de Hermione e Harry, discutindo sobre Rachel. Dumbledore não achou-a perigosa, então não pôde fazer nada. Mas Mellody sabia que Rachel era perigosa, muito perigosa por sinal, porém não podia contar à ninguém sobre seu envolvimento com as Artes das Trevas.

Quando o relógio marcou 22:00, Mellody entrou no banho gelado. Precisava se acalmar um pouco. Desde às 20:00, ela sentia seu coração martelando em seu peito.


Mellody’s Pov:


Assim que saí do banho, comecei a me arrumar. Meu pensamento estava distante. Eu estava com um pouco de medo, devo admitir, afinal, sou uma sonserina e não uma grifinória. Assim que terminei, esperei dar o horário e fui para a Sala Precisa. Não encontrei nenhum tipo de problema no caminho, infelizmente. Seria ótimo se o zelador me encontrasse, assim ele me tirava de lá e eu não precisava comparecer à reunião. Mas eu tinha que ir. Eu pressionei Tom para me deixar entrar e agora, eu tinha que arcar com as consequências.

No corredor da Sala Precisa, vi um garoto encostado na parde. Me aproximei um pouco mais e percebi que era Abraxas.


– Oi - Sussurrei. Ele pulou de susto e deu um fraco sorriso

– Dá tempo de fugir... - Ele disse, desviando o olhar

– Eu não vou fugir. Podemos entrar?


Abraxas assentiu com a cabeça, um pouco hesitante. Ele abriu a grande porta de madeira - que quando cheguei não estava lá! - e deu espaço para eu entrar, entrando logo em seguida. A sala estava praticamente quase toda escura, exceto por algumas velas acesas, espalhadas por todos os lugares. Havia aproximadamente umas doze pessoas ali, todas usando capuzes pretos que cobriam todo seus corpos.


– Está adiantada. - Tom disse em voz alta, se aproximando com um sorriso satisfeito.


Ele me estendeu um capuz e o coloquei. Percebi que Abraxas havia colocado um também. Olhei pelas pessoas e não vi Rachel. Será que Tom havia matado ela? Minha esperança subiu uns mil metros de altura, mas despencou totalmente assim que a porta fez um grande barulho e uma Rachel totalmente ofegante entrou.


– E você, está atrasada! - Tom rosnou, jogando-lhe um capuz - Acredito que tenha uma boa desculpa. - Todos começaram a rir

– Estava esperando a Avadak no Salão Comunal, milorde - Rachel disse, um pouco assustada

– Mellody já está aqui. Ao contrário de você, ela chegou adiantada!

– E-Eu não sabia... - Rachel sussurrou, de cabeça baixa

– Então, além de se atrasar, tenta colocar a culpa em minha noiva? - Tom gritou se aproximando ferozmente de Rachel. Eu não sabia dizer se o barulho que eu ouvia era de meu coração ou de Rachel, porque se o meu estava naquele estado, imagine o da garota.

– Não, milorde. Eu não estou colocando a culpa nela, e-eu.. eu...

– Cale-se! - Ele gritou - Mellody, venha até aqui, por favor.


Acho que não preciso dizer que tomei o maior susto quando ele me chamou, certo? Caminhei ao lado de Tom, um pouco confusa.


– Lembra do que eu lhe disse ontem à noite? - Tom perguntou, sem me olhar. Comecei à pensar em tudo o que ele me disse ontem, e bom, era muita coisa, mas Tom não precisava saber disso.

– Sim.

– Chegou sua chance. Rachel estava convicta de que você não seria capaz de torturar alguém, então prove à ela que você é capaz sim.

– Ahn... E-Eu não entendi.


Ouvi a gargalhada das pessoas atrás. Através dos olhos de Tom, percebi que se eu fizesse algo de errado, ele iria me matar. E a pior coisa que eu fiz naquele momento, foi começar a rir. Todos me encararam confusos, achando que eu era louca ou algo do tipo. A cena do Tom me fuzilando com o olhar tinha sido realmente engraçada.


– D-Desculpe, milorde. - Pronunciei a última palavra fazendo uma careta logo em seguida. Era estranho chamá-lo de milorde

– Não, Mellody. Você não precisa me chamar de milorde. Você não é como todos os outros - Ele sorriu fraco - Voltando ao assunto, pode torturá-la à vontade.

– Quem, ela? - Apontei para Rachel, que reprimia o choro

– Exatamente. Era isso que você queria, não era? - Assenti com a cabeça. Tom ficou atrás de mim, acariciando meu braço.


Apontei minha varinha para Rachel e respirei fundo.


– Não se esqueça, minha pequena. Para a maldição realmente funcionar, você precisa querer causar dor. - Tom sussurrou no meu ouvido. Aquilo não seria a coisa mais difícil do mundo. Tudo o que eu queria era torturar ela, por ter ficado tão próxima de Tom, por desejá-lo.

– Crucio!

Quando eu percebi, Rachel já estava encolhida no chão, gritando e pedindo para parar. Era uma sensação completamente deliciosa. Parecia que eu havia entrado dentro de uma bolha, eu não via, nem ouvia nada ao meu redor. Os gritos de Rachel faziam eco em minha cabeça, o que me incentivava a continuar.


– Mellody, chega.


Tom abaixou minha varinha, o que me fez voltar a realidade. Rachel ainda estava encolhida no chão, soluçando fortemente.


– Por hoje é só. Alguém tem mais alguma dúvida que Mellody não possa ser capaz de cumprir mais alguma coisa? - Tom perguntou levemente irritado.

– N-Não, milorde. - Responderam em coro

– Podem sair - Ele disse.


Os barulhos de passos era alto, pareciam correr para sair da sala. Tom se jogou num sofá que havia no canto e me puxou para seu colo. Me aninhei em seus braços.


– Você foi muito bem hoje, Mel. Achei que não iria conseguir - Ele disse friamente, porém com um sorriso no rosto

– Ual! Que apoio sobre mim, heim. Me sinto honrada desse jeito - Falei, irônica. Ele riu sem humor

– Não me culpe. Você parecia estar com medo quando chegou, Mel. Foi um tanto quanto hilário sua cara, estava pálida.


Bufei, respirando fundo. Ele acariciou minha cintura e puxou meu rosto com sua mão, para olhá-lo.


– Está com raiva de mim? - Perguntou, fazendo um beicinho fofo. Agora me diz, como posso ficar com raiva dele?!

– Não, Tom. Só... Só estou cansada

– Vamos, então. Amanhã teremos que acordar cedo e... - O interrompi

– Acordar cedo? Num domingo? - Perguntei - Para quê?

– O passeio à Hogsmeade. Não vai me dizer que esqueceu? - Ele perguntou, rindo

– É amanhã?

– Sim e você vai comigo. Agora vamos, você precisa dormir.


Ele se levantou e me puxou pela cintura. A verdade é que eu não estava com nem um pingo de sono, só estava fazendo aquilo para irritar Tom. Coloquei minha cabeça em seu ombro e fui me “arrastando”.


– Ah, Mel, faça um esforço - Ele pediu

– Não dá, Tom. Estou com muito sono - Menti.


Ele bufou e com um impulso, me pegou no colo. Deitei minha cabeça em seu peito e inspirei fundo. O perfume inebriante dele me atingiu em cheio. É, eu estava no paraíso.




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Notas finais do capítulo

Quem gostou do que aconteceu com a Rachel? EU EU EU o/
Mereço reviews? *---*'



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