A Guardiã Do Livro Oculto escrita por Lana


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal!
Então gente, era pra eu ter postado antes, mas como o Nyah! entava com problemas não foi possível...
Espero sinceramente que gostem! Nesse capítulo terá muita ação!!!!
Divirtam-se e deixem reviews...
Beijo :)



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Capítulo 19

Pov Nico

Olhei o corredor. Não havia ninguém ali graças aos deuses. Eu e meus amigos saímos da cabine 38 apressados, em função do monstro que pode estar nos procurando. Atravessamos o longo corredor do quarto vagão em direção à sua saída. Alí, esperaríamos o melhor momento para pular e não nos machucarmos muito.

Eu achei meio louca essa ideia da Annabeth, mas era a única coisa que podia ser feita. Eles devem estar em um número muito superior ao nosso aqui no trem, então seria impossível que nós seis vencêssemos.

Paige caminhava ao lado de Grover. Ela estava agitada e com uma expressão levemente culpada. Acho que deve ser por ter sido ela que deixou a pista para que o lado negro da força nos encontrasse mais rápido. Ideia totalmente equivocada de minha prima, até porque sabemos que a presilha não caiu porque ela quis, na verdade, foi uma mera fatalidade.

Percy e Annabeth iam na frente, com uma dose extra de preocupação pesando sobre os ombros. Talvez seja porque eles se sentiam responsáveis pelas irmãs, e as mesmas corriam muito perigo à todo instante, pois é delas que eles estão atrás. O motivo? Muito simples: Para destruir os deuses e tomar a posse do Olimpo, as tais “Forças Ocultas” lideradas por alguém misterioso precisam de um artefato preciosíssimo que contém os pontos fortes e fracos dos poderes ocultos dos Olimpianos. Esse livro é protegido por uma deusa e por um portal mágico que só pode ser aberto por duas armas criadas especificamente para isso – as espadas gêmeas. Há pouco tempo Atena e Poseidon concederam essas espadas às suas filhas recém chegadas ao Acampamento meio-sangue. Portanto, eles só conseguirão o livro se pegarem as garotas, pois as espadas só “funcionam” quando manejadas pelas suas reais detentoras.

Julie estava ao meu lado, como sempre, muda. Eu me sinto desconfortável perto dela depois da minha declaração forçada. Forçada sim, porque se não fosse pela filha linguaruda de Poseidon, o segredo continuaria escondido até agora. De certa forma, eu estou mais aliviado por ter confessado o que sinto. Aquilo estava me sufocando, e por mais que eu saiba que ela não goste de mim, pelo menos eu me consolo com o fato de ter tentado. Pensando bem, nem foi algo tão ruim assim o que a guardiã da espada Aquarius fez...só que não posso dizer isso a ela, ou senão a mesma vai se achar a tal. Mas ainda assim ela é uma boa amiga.

De vez em quando eu percebia que a garota me lançava olhares confusos, porem tímidos. Duas ou três vezes meu olhar se cruzou com o dela, e em todas elas, Julie desviou rapidamente. Pude ver que estava corada, assim com eu devo estar também. Acho que está constrangida por saber que gosto dela, mas de uma coisa eu tenho certeza: não está mais constrangida do que eu, pois isso é praticamente impossível.

Meus pensamentos foram dispersados quando ouvi um barulho atrás de mim. Tínhamos acabado de entrar no último cômodo do vagão, que era um tipo de “sala de estar”. Virei rapidamente receoso para saber o que quer que tenha feito esse ruído, e fiquei extremamente triste ao ver um cara grande e gordo com um rosto pavoroso vindo em minha direção. Empurrei Julie com certo cuidado para afastá-la da luta que se formaria e saquei minha espada de ferro estígio. O lestrigão avançou raivoso pra cima de mim com uma espécie de lança na mão, que estava inclinada para acertar meu peito. Levantei a espada para interceptar a lança e senti alguém se aproximando atrás de mim.

O monstro tentou me passar uma rasteira e me atingir com a ponta oposta da lança, mas foi impedido por que alguém pulou em suas costas, o atrapalhando. Quando olhei para cima vi Julie com sua espada enlaçando o pescoço do monstro, mas ele a impedia de dar o golpe final segurando esmagadoramente o seu braço. Pude ver dor através dos olhos dela e aquilo fez um ódio enorme crescer dentro de mim. Peguei minha espada e fiz um corte grande na perna direita do monstro, o que fez ele voltar sua atenção para mim. O lestrigão derrubou Julie no chão – isso fez o trem sacudir fortemente, com seu estivesse escorregado momentaneamente fora dos trilhos – e avançou em mim.

Começamos a lutar lança contra espada, e pelo fato da arma do meu oponente ser maior do que a minha, eu não conseguia alcançá-lo. Vi de relance que Julie tentava se levantar do chão mas não conseguia, e isso me fez pensar que ela fraturou algum osso. Rolei de lado e aproveitei que o monstro se surpreendeu com meu movimento e murmurei sem som para a garota que tentasse ferir a outra perna no lestrigão, pelas costas.

Julie, com lágimas escorrendo pelos olhos, meneou positivamente a cabeça. O monstro continuava me atacando e eu desviando como podia. Ela fez um esforço e empunhou Áquila na mão esquerda e mirou na panturrilha do monstro. Em uma fração de segundo Julie fincou sua espada na perna dele, que fraquejou e abaixou-se sobre meu corpo, e eu, sem pensar duas vezes, cravei minha espada em seu peito, na direção do coração. O monstro agonizou por um instante antes de explodir em um monte de pó.

Aproximei-me da garota e abaixei para socorrê-la. Vi que seu joelho estava torto e procurei um cantil de néctar em minha mochila, que estava em algum canto da saleta em que estávamos. Olhei para o lado e foi então que percebi que haviam mais dois lestrigões no local, que lutavam com Percy, Paige, Annabeth e Grover. Como eu e Julie, eles também estavam tendo dificuldades.

- Vá ajuda-los. Eu posso esperar mais um pouco.

Julianne falou com um resquício de voz. Eu não queria deixa-la ali, sentindo dor, mas os outros precisam de mim também. Fitei seus olhos cinza marejados, mas que me incentivavam a fazer o que ela estava pedindo.

- Eu não vou demorar.

Foi a minha resposta. Peguei minha espada novamente e avancei sobre o lestrigão mais perto de mim. Percy, Annabeth e eu desferíamos golpes simultâneos sobre ele que conseguia defender com certa facilidade. Com contracorrente, o cabeça de alga conseguiu atingir um olho do monstro, atrapalhando parcialmente a sua visão, já que ainda tinha o olho direito. Annabeth colocou rapidamente o boné dos Yankees e desapareceu. Logo em seguida, o monstro urrou de dor e nos deu às costas. Grande erro. Percy e eu nos entreolhamos e quase que ao mesmo tempo desferímos um golpe de cada lado do monstro. Ele, já bastante machucado, ajoelhou-se e um segundo depois uma nova ferida abriu-se em seu abdômen, certamente feita por Annie. Em pouco tempo, ela já tinha se desintegrado.

Annabeth se virou para nós dois.

- Percy, ajude sua irmã e Grover; e Nico, tire Julie daqui. Viaje pelas sombras.

- Para onde devo ir Annie?

Ela dirigiu-se até a porta e a abriu. Olhou por um tempo para fora. Analisou o local e depois disse:

- A cerca de duzentos metros há o início de uma floresta fechada, do lado direito do trem. Espere-nos na entrada. E dê ambrosia a ela.

- Então tá. Mas e vocês?

- Já estamos indo. É o tempo de acabarmos com aquele último monstro.

Annabeth correu para ajudar os outros. Ao que parece, esse lestrigão era mais forte do que os outros, pois eles não conseguiam vencê-lo. De vez em quando este tentava manipular o fogo, mas era impedido por Percy, que tinha atraído água de algum lugar próximo, por isso que o chão já estava todo molhado.

 Fui até Julie e a peguei no colo. Percebi que ela ficou surpresa com meu ato, mas agora não era hora de sentir vergonha. Apenas sussurrei em seu ouvido:

 - Vou tirar você daqui. Logo eles já vão também.

Ela apenas assentiu e fechou os olhos. Em um instante, já não estávamos mais ali.

Pov Grover

Caramba! Onde esse bicho aprendeu lutar assim? Se ele não quisesse nos matar eu até me arriscaria a pedir umas aulas... Eu e Paige estávamos com dificuldade tremendas em nos livrar desse lestrigão, visto que os outros já tinham acabado co o deles. Para piorar um pouco as coisas, parece que dos três esse era o único que já tinha desenvolvido seu dom de controlar e emitir fogo Graças aos deuses Percy apareceu para nos ajudar, e ele sendo filho de Poseidon e já experiente com lutas conseguiu apagar o fogo dele – literalmente.

De relance, consegui ver que Nico e Julie saíram do trem. Agora temos que dar um jeito de sair também. Annie colocou seu boné que a torna invisível para nos ajudar. Ainda bem que agora temos eles porque, venhamos e convenhamos, um sátiro e uma meio-sangue inexperiente não iam conseguir derrotar um lestrigão habilidoso sozinhos...

Annabeth estava conseguindo confundir o monstro, pois desferia golpes e alternava sua posição. Tinhamos que aproveitar a chance e acabar com ele, mas mesmo em quatro isso estava muito difícil. Todas as feridas que fazíamos nele cicatrizavam rapidamente, como se ele fosse invulnerável como Percy. Isso é muito bizarro! Impossível um monstro carregar a maldição de Aquiles... Em um dado momento, ouvimos Annie gritar a nós.

- Paige e Grover! Pulem do trem agora!

Paige respondeu no mesmo tom alto e estridente:

- Não vamos deixá-los aqui Annie! Isso está fora de cogitação!

Mas Annabeth, autoritária, respondeu:

- Paige não discute e faz o que eu estou mandando. Eu tenho um plano.

Porém, a garota de Poseidon não se deu por vencida:

- Não Annie, isso é loucura! Se em quatro já está difícil, imagine em dois... você acha mesmo que vou deixar minha cunhadinha e meu maninho serem mortos por esse “rascunho do mapa do inferno?” Não mesmo. Nós vamos ficar e ponto.

- Paige vá logo! – Percy interveio na discussão.

Ela já ia começar a discutir novamente, mas eu não deixei. Agarrei a mão dela e abri a porta. Num súbito, saí do vagão puxando Paige e fechando momentaneamente os olhos, rezei:

- Seja o que os deuses quiserem! – e pulamos do trem.

Pov Annabeth

Nós não conseguiríamos vencê-lo. Por que? Esse lestrigão tem uma espécie de magia negra lançada sobre si, algo parecido com a maldição de Aquiles. A nossa saída é tentar fugir dele e por isso que eu exigi que Paige e Grover saíssem do trem.

Percy continuava lutando espada contra espada com ele enquanto e o atacava sorrateiramente. Todos os golpes que desferíamos eram em vão, porque ele nem ao menos parecia se cansar. Quando tive oportunidade, cravei profundamente minha adaga no meio das costas do monstro, que rugiu de dor. Puxei a adaga novamente e corri ao lado de Percy e peguei sua mão e gritei:

- Vamos, antes que a ferida cicatrize e ele vem atrás de nós.

Percy assentiu e eu tirei o boné. Abrimos a porta numa rapidez extrema e ele me abraçou para que eu não me machucasse tanto na queda. Sem nem pensar, fechei os olhos e nos lançamos contra um barranco coberto de mata alta e descemos rolando por ele. Isso doeu muito! Parecia que estávamos rolando em cima de um monte de cacos de vidro, e eu já podia sentir minha pele se rompendo e o sangue escorrendo por meu corpo.

Quando abri os olhos novamente, vi que o monstro saíra pra fora do trem e estava preparando-se pra pular também. Percy pressionou meu corpo contra o dele, deixando claro que também tinha visto. Droga! Estamos lascados! Nos machucamos muito pulando do trem para ainda não nos livrarmos do monstro... Era isso que eu pensava quando uma chuvarada de flechas passou raspando sobre nossas cabeças. Elas atingiram em cheio o monstro em todos os pontos do seu corpo longilíneo, reduzindo-o em uma nuvem de poeira dourada.

Abri instantaneamente um sorriso largo. Alguém tinha nos salvado! Me virei para meu namorado, que suspirou aliviado. Ainda mantendo o sorriso, eu disse alegremente a ele:

- Percy! Só pode ser ela...


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Notas finais do capítulo

Então, quem será? Tá muito fácil...
Por favor postem reviews! Lembrem-se que quanto mais reviews tiver, mais rápido os capítulos serão publicados!
Indiquem a fic para seus amigos,ok!
Bejokinhaaas