Prestige escrita por mrsladyrauhl


Capítulo 3
03


Notas iniciais do capítulo

Oi babies, tenho andado desiludida sabem ? É que só recebo um ou dois reviews...Isso é triste.
Espero que gostem.
QUEM JA VIU O NOVO VIDEO CLIPE DO JUSTIN COM A MARIAH ? QUE PERFEIÇÃO *-*



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O meu despertador tocou e eu parei antes que ele acordasse as meninas, hoje é sábado.

Peguei na roupa que deixei pronta ontem á noite e fui para o banheiro tomar um banho, acabei de me arranjar e peguei minha mochila com tudo o que iria precisar para ir passar esses dois dias a casa. Eram nove horas da manhã certas quando abandonei o dormitório, não andava quase ninguém nos corredores. Saí caminhando em direção á paragem e esperei a van, estavam lá alguns alunos obviamente com cara de sono falando e ansiando chegar a casa depois de uma semana certamente infernal aqui. Afundei mais o gorro e coloquei os fones, logo a van chegou e eu entrei ocupando um lugar nos fundos. Saí três paragens á frente e fui comprar o bilhete faltavam dez minutos para chegar o metrô.

Entrei e fiquei num lugar perto de uma das portas, não parava de entrar gente e vi alguém com um gorro azul familiar entrando no meio da confusão. Tentei não pensar demais e baixei a cabeça,queria chorar e gritar por socorro mas sabia que isso era inútil agora…Isso iria chamar ainda mais sua atenção. Talvez ele não soubesse que eu também estava aqui e ao sair não me visse, tentei me recompor a disfarcei as minhas emoções mas com quinze anos e difícil fazer isso. A próxima paragem era a minha, que ficava bem no centro de Ducan, peguei nas minhas coisas e me coloquei na porta para ser a primeira a abandonar aquele “pesadelo”, as portas se abrirão e eu saí no meu passo mais acelarado indo para o banheiro. Conseguia ouvir as pessoas falando lá fora a estação estava cheia. Abri a água e lavei a cara em seguida olhei minha expressão de medo no rosto, várias pessoas entravam e nem o barulho abafava meus pensamentos.

Deixei passar cinco minutos e saí do banheiro, avistei a saída da estação ao longe:

-Porque tem tanta pressa Watson ?- Meu corpo gelou, nem conseguia pensar ao certo no que iria dizer, apenas insultos me vinham ao pensamento e eu não ia descer ao nível dele.

-Porque quero aproveitar o meu fim de semana em paz, bom dia.-a mão dele apertou meu braço me imobilizando, fiquei encarando o chão e disse:

-Por favor me solta você tá me magoando.- ele deu uma gargalhada curta e abafada.

-Deixa de ser durona  linda, você sabe que não precisa de cerimónia comigo.

-E você também sabe que nunca mais vai ter nada entre nós dois, me deixa em paz por favor.- ele apertou mais o meu braço e eu fechei os olhos num tom de súplica.- Por favor Brian, me deixa ir.

-Lia onde você se meteu ? Te procurei por todo o canto, vamos, meu pai tá nos esperando ali no fundo.- quem falou isso tinha uma voz que desde que eu a ouvi pela primeira vez não consegui a esqueçer, tinha um sorriso angelical que por nada deste mundo se apagava da minha mente. Fingia que eu não existia mas tinha acabado de me salvar,era ele, o Justin:

-Desculpe, eu acabei por me perder.- ele sorriu e fuzilou Brian com o olhar, pegou no meu outro braço mas aquele doente não me largava.

-Mas quem você pensa que é seu retardado ? Larga já ela, não tem seu paizinho te esperando, vai logo antes que ele te tenha que te levar no hospital.

-Nem ouse tocar nele Brian, como já disse nada mais vai acontecer entre nós,me deixe em paz por favor. – Justin se aproximou mais dele e cada vez mais a sua expressão de raiva aumenteva.- Eu sou o namorado dela e espero que esta seja a primeira e última vez que você coloque Lia numa situação tão triste e decadente como essa. Agora larga ela antes que as coisas mudem de figura.

Brian riu, me soltou a apertou as mãos durante uns segundos:

-Lia Lia, eu não vou desistir de você…Ele é só mais um garoto que vai fazer você acreditar na felicidade e depois vai te largar no meio do chão. Ele é só mais um menino galinha e eu Lia…Eu te amo e nunca desisti de seu amor, sempre te provei que não sou como os outros.- Brian olhou para Justin que se continha para não lhe dar uma valente coça e me puxava para perto dele.- E você menino, acabou agora essa brincadeira de criançinha.- Brian se preparava para dar um soco no Justin e eu me coloquei no meio dos dois, dizendo para ele não lhe tocar mas foi tarde de mais. O soco que era para Justin foi para mim, caí no chão com as dores e de repente o barulho foi desaparecendo aos poucos, a minha visão começou a desfocar e vi aquele psicopata fugindo pelo meio da confusão.

Senti qualquer coisa gelada pousando bem devagar na minha bochecha, me contorci de dores gemendo e abri os olhos bem devagar. Eu não sabia onde estava…Era um quarto de rapaz, a tv tava ligada passando um jogo de hockey no gelo.

-Ai ai ai, tá doendo muito.

-Tem calma, tá bem melhor agora.- a ver aqueles olhos cor de amêndoa os meus pensamentos começaram a fazer sentido. Esse é o quarto de Justin e ele me trouxe aqui para cuidar do meu machucado.

-Justin como eu vim parar aqui ? E que horas são ?

-Calma, você se lembra do que aconteceu na estação ?- eu acenti fazendo um esforço para não desatar a chorar ali na frente dele.- Então aquele Brian fugiu no meio da multidão e eu não podia te deixar assim para correr atrás dele por isso liguei para meu pai para nos vir buscar. – tentei me levantar mas o meu corpo tava cedendo, ele parecia que falava por obrigação quase nem sequer olhava para mim. Isso me magoava…Não só por fazer isso comigo mas por pensar que Brian ontem podia lhe machucar á minha custa e isso iria piorar tudo que Justin parece cada vez mais fugir de mim:

-Quer comer alguma coisa ? Você tá dormindo á algum tempo.

-Não precisa de se incomodar acredite que você fez muito por mim pelo simples fato de ter afugentado Brian.

-Você tem que comer ok ? Pode ficar aqui á vontade que eu já volto.- mais uma vez ele falou de um jeito frio e dessa vezele ficava pensando nas palavras. São três e meia da tarde, tinha um monte de chamadas perdidas da minha mãe e quando chegasse a casa iria ouvir das boas. Apesar de ser contra a minha vontade liguei para casa e inventei que não ouve ônibus até á estação e que não ia sair do colégio no meio da chuva torrencial. Ela entendeu apesar de pela voz não ter ficado nada satisfeita. Justin entrou no quarto com uma bandeja, ele trouxe chá para mim e sanduíches para os dois, pousou a bandeja e se sentou ao meu lado mudando os canais, decidi quebrar o gelo:

-Não gosta de chá ?

-Não nunca foi o meu forte.- dei um gole na xícara quente de chá pensando que ele não iria nem responder mas depois de uns breves segundos ao olhar a tv, talvez a identificar um programa ele me olhou sorrindo de canto.- Mas minha mãe diz que o chá alegra e cura todo o tipo de doença…Ou quase todas.- Nessa última parte ele falou olhando o teto, pensando. Não deixei de rir, ele fitou os meus olhos sorrindo. Aqueles lábios pareciam cada vez gritar mais alto por mim, eram perfeitos. Eles os humedeceu  fazendo com que eu os desejasse ainda mais:

-Obrigado por tudo,não tem jeito nenhum de agradecer o que você fez por mim durante essas horas. Nós nos conhecemos á uma semana e você percebeu o que tava acontecendo no meio da estação e tratou de enfrentar Brian, um grande obrigado de coração por tudo Justin.

-Não precisa de agradecer…O que eu fiz qualquer um faria mas agora se afaste de sarilhos, eu não gostei nada da cara daquele garoto e confesso tô arrependido de não lhe ter feito umas mudanças bruscas.

-Calma Justin…Agora acho que as coisas se vão recompor.- eu disse isso, mentindo, e colocando uma mão no ombro dele. Ele olhou minha mão, não percebi se aquilo era bom ou mão mas com maioria das suas atitudes julguei que fosse mau e logo a tirei.

-Eu tenho que ir, abusei muito de você hoje. Mais uma vez obrigado por tudo, segunda nos vemos ?

-Fica…Mais um pouco. Você ainda sente dores, tem que tomar algum remédio e além do mais passar uma pomada na bochecha.

-Eu já não sinto dores.- tentei lhe dar um sorriso convincente e me levantei. Ele fez o mesmo vindo na minha direção. Não conseguia acreditar em tudo aquilo, convenci-o que não tinha mais dores e que iria embora de táxi.

Lhe dei um abraço antes de vir embora e posso dizer que me senti a pessoa mais feliz apenas por isso, apenas por sentir o meu corpo junto ao dele e o pressionar contra mim. A dor de cabeça ia aumentando cada vez mais e algumas imagens passavam na minha cabeça, agora lembro de toda a viagem da estação até a casa do Justin, agora lembro de tudo. Paguei ao taxista e entrei no meu prédio apertei o botão do elevador e subi, quando entrei em casa essa parecia tar vazia até vir minha avó tremendo ter comigo:

-Quem é você ? O que faz aqui ?- ela tava muito assustada e logo minha mãe veio ter com ela pedir que ela se acalmasse dizendo que era eu. Me mandou para o meu quarto e eu só pensei “fudeu”. Pousei a mochila em cima da cama e fui me encarar ao espelho do banheiro.

 Essa marca vai virar um hematoma não tarda nada e eu tenho que inventar uma boa desculpa para não contar a verdade á minha mãe, não lhe quero dar mais preocupações. Ouvi ela a falar com a minha avó no quarto ao lado e depois passos na direção do meu:

-Então me conta essa história toda menina.

-Mãe você nem imagina o que choveu essa manhã, eu iria apanhar uma gripe se saísse no meu daquele temporal.

-Ei o que é isso na sua cara ? Quem te machucou ?- ela segurou o queixou e passou as pontas dos dedos de leve, foi o mínimo para me doer bastante.

-Levei com a porta do banheiro na cara hoje de manhã mas fui na enfermaria e tá tudo ok.- ela fez cara feia olhando e me arrastou até ao banheiro.- Sério mesmo ? Qualquer coisa não se encaixa nessa história Lia.- ela falou passando uma pomada qualquer e colando um penso rápido por cima.- Ué que motivos teria eu para mentir ? Acredite eu levei com a porta na cara, foi um acidente.- Ok eu acredito em você. Preciso que vá fazer umas comprinhas, a lista ta pousada no balcão.

Saíu sem falar mais nada, sem dar hipótese de recusar. Tomei um banho rápido e me vesti, apanhei o cabelo num coque, peguei o celular e saí.

Enquanto descia no elevador peguei no celular pra enviar uma mensagem á Francini. Para minha surpresa tinha uma mensagem. E se fosse Brian ? Tentei não ser tão negativa, respirei fundo e abri a mensagem cheia de medo “Oi hoje não quis fazer muitas perguntas mas a verdade é que tenho um monte delas…Amanhã tá livre para me aturar ? Justin”

Nem queria acreditar, pensei que fosse um sonho ou algo do género. Amanhã eu ia sair com ele, com o Justin. Tentei  controlar a minha respiração e finalmente saí do elevador, tentei pensar numa resposta mas só saíam coisas bobas, sentei no sofá da portaria do prédio e começei a digitar “Terei todo o gosto de responder a todas as suas perguntas  e será um prazer te aturar amanhã” quando a mensagem foi enviada liguei logo para a Débora, chamou chamou chamou chamou chamou…..E finalmente atendeu:

-Tava vendo que não Débora, pode descer para vir comigo no mercado ? É bem rapidinho.

-Eu tava dormindo Lia, por favor o mercado é do outro lado da rua você não se perde. Eu posso ficar te vendo pela janela ok ?

-Aaaaaaaah num seja assim Déb, por favor eu tenho tanta coisa pra te contar. Preciso de você minha best.

-Ok Ok tô saindo de casa, um minuto e tô na sua frente.

-Linda.- ela quase desligou na minha cara, não tinha nenhuma mensagem nova. Também ainda nem cinco minutos passaram por isso fiquei calma e tentei colocar as ideias no sítio. Logo Déb chegou:

-Que carinha de sonho que a minha menina tem.- falei lhe apertando as bochechas, ela ficou de olhos fechados e fazendo uma expressão de dor.

-Credo o que aconteceu com a sua cara ?

-Você nem vai acreditar, parece cena de filme mesmo.

-Me conta por favor, quero saber tudo.

-Como ficou combinado este fim de semana eu vinha a casa. Apanhei o ônibus para a estação e depois o metro, quando tava lá vi alguém com um gorro azul familiar entrar e tentei ignorar isso mas desde o primeiro momento tive a certeza que era o Brian. Quando cheguei fugi para o banheiro na tentativa de que no meio da confusão ele me perdesse, fiquei lá por uns cinco minutos e quando saí ele falou para mim. Me perguntou onde eu ía e ficou agarrando meu braço para que eu não fugisse. Quando eu não tinha coragem para pedir ajuda apareceu um anjo chamado Justin…

-Pera aquele Justin do seu colégio, aquele que você tem uma quedinha ou algo assim ?

-Sim esse mesmo. O Justin inventou uma história mega rápida dizendo que me tinha procurado por todo o lado e que seu pai já tava lá fora nos esperando mas o babaca do Brian ficou tirando satifações dele e quando dei por mim o Justin já segurava o meu outro braço e ameaçava o Brian dizendo que era meu namorado. Ele descarregou toda a sua raiva num soco que inicialmente era para o Justin mas eu me coloquei na frente na tentativa de acabar com toda aquela palhaçada e bem…aqui tô eu. Quer dizer a história ainda não acabou porque depois eu perdi os sentidos e o Justin me levou para sua casa e cmeio que cuidou de mim, fez chá e tudo.- sorri lembrando de cada pormenor que aconteceu lá, Déb notou minha felicidade e começou fazendo perguntas típicas dela.- Você foi no quarto dele ? Como era ? Era assim todo desarrumado ou era limpo ?

-Não era desarrumado mas também não me pergunte muita coisa que eu nem prestei atenção.- não que tivesse com cabeça para isso, quer dizer eu tava no quarto dele não com outros motivos. Pegamos o último artigo da lista e fomos pagar as coisas.

Débora ficou me ajudando a arrumar as coisas enquanto contava os seus desgostos amorosos com o Luc.- Tipo ele namorava aquela vadia na minha frente, acho que isso foi a pior coisa que ele me podia ter feito.- Esqueça isso Débora, você é linda e não faltam por aí rapazes lindos. Ele já te provou que não é digno do seu amor, pára com isso déb.

Ela sabia que ela não merecia mas não conseguia lutar por aquele desejo. A história da déb era meio que parecida com a minha:

-Mas você amanhã vai sair com ele isso é muito bom…Eu eu vou ficar aqui solteira para sempre, que ódio.

-Ei nós vamos sair como dois amigos normais nada mais, eu vou-lhe contar a história do Brian e vamos nos divertir certamente.

-Sei…E se ficar um clima e vocês se beijarem ? Claro que os amigos quando saíem fazem isso. Ah tá na cara Lia, ele podia falar com você sobre isso na escola.

-Débora você é uma boba…Só mistura as coisas.

Débora ficou para jantar mas logo teve que ir para casa, eu fui para o meu quarto e liguei o notebook, vesti o pijama e fiquei navegando um pouco pelas redes sociais.

Quando me cansei fui me deitar. Tinha saudades do cheiro doce dele perto de mim, puxei mais as cobertas mas nada…Nada era igual ao quarto dele.


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Notas finais do capítulo

LEITORAS FANTASMAS ? PODEM APARECER ?
REVIEWS ?



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