In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 33
Capítulo 33: Geh


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, esse capitulo é o final da primeira fase.
Agora, darei uma pausa na fic, e voltarei com ela daqui um tempo.
Esse final (de fase) eu dedico a todas vocês, leitoras muito presentes e que sempre vem comentar aqui!
Obrigadão pelo apoio pessoal!
E vamos continuar!
Boa leitura! o/'



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“Wir ham nichts falsch gemacht
Die ganze Zeit gedacht
So könnt´ es weiter geh´n
Alles andere werden wir sehen”

 

(Trechos da música Geh)

 

Nunca imaginei que iria ao meu próprio enterro. Quantas pessoas será que já fizeram isso? Eu via as pessoas que eu mais amava sofrerem por mim, chorarem, lamentarem. Foi tudo tão rápido... Para não me notarem, eu estava com uma peruca loira que a Fernanda me fez usar, óculos escuros e roupa preta.

Todos acompanhavam o meu caixão. Bill estava lá, ele estava chorando meio abraçado pelo Tom, que parecia segurar o choro. Babis estava agarrada ao Gustav, apesar de tudo ela estava quase chorando, mas parecia se segurar. Georg estava ao lado de Vanessa, em silêncio, Fernanda e Mary estavam lá também. Às vezes as duas olhavam para ver onde eu estava e se eu permanecia quieta, pois elas tinham medo que eu me revelasse, mas eu não faria aquilo, pelo menos não agora. Minha mãe estava abraçada ao meu avô, que não se segurou e chorou.

Vendo os que eu mais amava sofrerem por mim, eu senti uma vontade enorme de ir até eles e me revelar, mostrar que eu estava viva e bem, mas eu não podia. Eu percebi vários desconhecidos, todos vestidos de preto, talvez fossem as máfias.

Após o meu enterro, todos foram embora e eu fiquei de frente para a minha lápide, o mesmo que no dia anterior havia sido enterrado meu pai.

- Papai, o que será de mim daqui pra frente? – perguntei olhando o nome dele.

Eu sabia que a resposta jamais viria, mas eu me senti melhor ao perguntar aquilo. Dei as costas e segui para o Mustang preto da Fernanda, onde ela e as outras me esperavam.

Pedi para que elas me levassem para o mesmo hotel onde os Tokio Hotel estavam hospedados, amanhã eles iriam embora, voltariam para a Alemanha. Eu não ia me revelar para eles, queria apenas ficar o mais próximo possível deles, do Bill. Fernanda acabou concordando, mas disse que era para eu tomar cuidado.

Eu fiquei num quarto próximo à cobertura, pedi também um dia para eu começar o treinamento e voltar aos estudos, que seria nas dependências da CIA. Eu fiquei olhando o sol se por pela janela do meu quarto no hotel, e quando ficou completamente escuro, eu senti vontade de subir para a cobertura, observar as estrelas.

Aquela noite estava incrivelmente estrelada, apesar de estarmos na cidade, podíamos ver bem o céu do alto. Encostei-me no pequeno murinho que tinha lá, e fiquei observando a noite, pensando em tudo que estava me acontecendo e também na possibilidade de eu procurar o Bill.

Meus pensamentos foram interrompidos quando a porta da cobertura se abriu e passos vieram. Eu me escondi rapidamente atrás de uns tubos de ar. Os passos se aproximaram e pararam próximos de onde eu estava, senti uma fragrância masculina invadir as minhas narinas, o perfume do Bill. Dei um jeito de olhá-lo, ele estava com a maquiagem toda borrada e meio abatido. Observei-o subir com um pouco de dificuldade no murinho, que apesar de tudo era um pouco grosso, mas não muito alto. Ele ia pular!

Eu não pensei duas vezes, sai de onde eu estava escondida. Estava pouco me importando com a Fernanda, com a CIA... Mas eu não ia deixar ele fazer o que planejava.

- Não pule. – falei em alemão, mudando um pouco a voz.

Ele virou-se para olhar-me, uma garota de estatura mediana, com cabelos loiros, roupas normais, olhos azuis e voltou a olhar para frente.

- Por que está fazendo isso? – perguntei.

- Porque não tenho mais motivos para estar aqui, ela se foi. – ele respondeu com a voz chorosa, me surpreendendo.

- E as suas fãs? Sua banda? Seu irmão? Você está sendo egoísta! – exclamei.

- Eu não estou sendo egoísta, eu só quero vê-la novamente. – ele revidou, parecia estar começando a se irritar.

- Ótimo, se quer tanto vê-la, desça daí. Eu não tenho a noite toda. – afirmei sendo um pouco grossa e voltando a minha voz normal.

Ele se virou para me encarar novamente, dessa vez saindo de cima do muro e se aproximando de mim.

- Você tem a mesma voz que a dela. – Bill afirmou vindo na minha direção.

- Sim, eu sei. – concordei com ele, sorrindo sem graça.

- A mesma estatura. – ele continuou falando e se aproximando mais ainda.

- É.

- Os mesmos olhos extremamente azuis. – e acrescentou finalmente tocando o meu rosto.

Eu fechei os olhos de prazer, ao sentir os dedos longos dele tocarem o meu rosto. Não falei nada, apenas tornei a abrir os olhos e puxei a peruca loira, deixando-a cair no chão, revelando os meus cabelos pretos.

- É você! – ele exclamou chorando e me abraçando.

- Sim, sou eu. – falei abraçando-o e sentindo melhor o cheiro dele.

- Eu pensei... Pensei que você estivesse morta. – ele afirmou tocando o meu rosto e rindo em meio ao choro.

- E eu estou morta Bill. – afirmei.

- Quer dizer que eu pulei e estou no céu? – ele perguntou confuso, olhando à minha volta, mas sem me soltar.

- Não Bill, você está vivo ainda e eu também estou, só que ninguém sabe... Eu queria ter te contado, mas... – eu comecei.

- Shhh... – ele colocou o polegar nos meus lábios, me impedindo de continuar – Não importa, o que importa é que você está aqui e viva. – e falou apertando a minha cintura.

-Bill, me promete uma coisa? Promete que nunca irá tentar contra a sua vida novamente? – pedi olhando para ele.

- Eu prometo, mas com uma condição. – ele afirmou.

- Qual? – perguntei curiosa.

- Essa. – foi o que ele falou antes de me beijar.

Bill me beijou de uma forma que eu nunca fui beijada. Ao mesmo tempo com pressa, com carinho... Ele me abraçou fortemente pela cintura, enquanto eu o abraçava pelo pescoço. Beijamos-nos por tanto tempo, que eu cheguei a ficar sem ar. Ele continuou a me beijar, me fazendo andar para trás, até que eu cheguei a bater na parede e ele me prensou na parede. Ele me beijou com vontade e eu sentia as mãos dele passearem pelo meu corpo. Ele se afastou de mim e me esperou os olhos para dizer:

- Eu quero você.

Eu pisquei várias e várias vezes olhando para ele. Bill falou de um jeito tão necessário, tão sério que eu não ousei negar. Eu sabia que era errado o que eu ia fazer, mas eu o desejava da mesma forma... E aquela seria a minha última noite com ele. Queria passá-la com o homem que eu amo.

Eu sorri para ele, e ele desfez a pose de seriedade.

- Vamos para o seu quarto. – falei.

Bill deu o sorriso mais lindo do mundo, me fazendo tremer até, ele pegou a minha mão e me puxou para o quarto dele.

 

“Bill,

 

Quando você estiver lendo essa carta, eu já estarei longe. Não adianta me procurar.

Eu sinto muito por não poder ficar mais tempo, mas eu tive que partir.

Essa noite foi a melhor de todas, mas eu me sinto mal por tê-la, de algum modo me aproveitado disso. Nunca irei me esquecer dos momentos que eu passei com você.

Eu te amo, tanto que você nem tem idéia de quanto. Mas é necessário que eu parta. Eu espero que você fique bem, e que não tente fazer nenhuma besteira.

Eu não queria que fosse assim...

Não conte para ninguém que eu continuo aqui.

Um dia nos veremos de novo, não duvide. Eu sempre estarei de olho em você.

 

Eu te amo, e nunca irei me esquecer de você.

 

Manuela.”

 

“Geh, lass uns hinter dir und mir
Versuch nicht zu verstehen
Warum es nicht mehr geht
Geh, versuch uns beide zu verlier´n
Für uns wird´s erst weitergehen
Wenn wir uns nicht mehr sehen”

 


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Notas finais do capítulo

:'(
Final da primeira fase! o/'
As coisas foram bem rápidas, eu sei... Mas eu achei que ficaria melhor assim.
Espero que tenham gostado!

E ela se foi... Mas o que virá agora?
Daqui a alguns dias eu venho com o trailer da segunda fase e amanhã com a fic nova!
Não percam!
Reviews?

Beijux, e inté mais ver!

E mais uma coisa, a segunda fase eu irei continuar aqui mesmo. :D'