In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 2
Capítulo 2: Reden


Notas iniciais do capítulo

Uii, esse capitulo ficou meio difícil de ser escrito, espero que gostem dele. Não se esqueçam das reviews, hein ;)
Boa Leitura! ;)



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Hallo

du stehst in meiner tür

es ist sonst niemand hier

ausser dir und mir

 

(Trechos da música Reden)

 

Quando entramos no desembarque, entendi porque a minha mãe se afastou dos garotos. A imprensa nos aguardava. Ela deu um tchauzinho para eles e flashes rolaram. E continuou a me puxar para fora do aeroporto, nossas coisas já haviam sido levadas pelos seguranças do meu avô. Entramos num moderno carro preto e saímos pelas ruas de Berlim. Já estava começando a me acostumar com o tempo frio, parecia até estar gostando, já que estava quentinha e minhas roupas. Eu estava encantada, apesar de ter estado aqui já umas dez vezes. A cidade era linda, eu observava cada coisa que passava por nós. Começamos a nos afastar do centro, entrando num bairro nobre, o que eu percebi na mesma hora que aquele era o bairro que se tinha a ‘humilde casa’ do meu avô. As coisas pareciam continuar as mesmas, algumas reformas, mudança de cores... Mas eu me lembrava nitidamente da última vez que estivera aqui, há seis meses atrás.

Entramos numa das mansões, a inconfundível mansão Poürshe, continuava a mesma, apesar de algumas reformas. Olhei pela janela do carro para a porta, uma van preta com quatro garotos encostados nela e a figura do meu avô nos esperavam, sem contar um outro carro que eu vi estar cheio de malas, as nossas malas e mais algumas que eu não conhecia. Eu tentei diversas vezes tirar de minha mãe o que estava acontecendo, porem ela negava me dizer qualquer coisa. Sempre mudava de assunto, chegou até falar para mim que ia chover... É, talvez chovesse mesmo...

Quando o carro parou, desci rapidamente correndo para abraçar o meu adorado avô.

- Manuela, minha pequena, como você cresceu! – ele falou animadamente para mim, bagunçando todo o meu cabelo enquanto ria.

Meu avô, Paul Poürshe, era um pouco mais alto que eu, tinha os cabelos loiros da minha mãe, e os nossos mesmo olhos azuis. Não era nem gordo, nem magro, como sempre estava em boa forma. Ele era o rico dono da Universal, aqui da Alemanha.

- E o senhor continua um gato como sempre. – eu falei piscando para ele animadamente.

- Claro né? Tenho que manter a minha pose de galã. – ele riu e piscou, arrancando risadas minhas e dos garotos.

Logo depois minha mãe veio abraça-lo, chorando emocionada como sempre fazia quando reencontrava o pai. Mas a pergunta que não me queria calar era: O que Tokio Hotel fazia em minha casa? Quando meu avô e minha mãe separaram-se, eu fui logo começando.

- Agora eu quero uma explicação... – eu comecei. Meu avô como não era nada burro, já tinha idéia do que era.

- Nem precisa continuar, minha pequena. – ele falou – A convite meu, esses belos rapazes – e piscou para os garotos – ficaram aqui, na nossa humilde casinha, durante umas semanas... Eles ganharam suas merecidas férias ao lado do chefinho, na qual não serão incomodados por nenhum paparazzo xereta. E sem contar que temos essa propriedade enorme... Acho meio difícil vocês ficarem entediados aqui, e também, irão aproveitar da companhia dessas duas belas damas, mas é claro, sem abusar. Vou estar de olho em vocês.

Quando meu avô terminou de falar eu não sabia que cara fazer, optei pela “Você não pode estar falando serio!”. E essa tirou mais risadas do meu animado avô.

- Mas vamos lá, bem vindos a minha humilde casinha. – ele falou divertido para os garotos, pedindo para adentrarem. Essa sua fala arrancou mais risadas deles. Eu não ri, apenas continuava com a mesma cara de que não estava acreditando em nada.

Marlene, a antiga governanta, mostrou os quartos de cada um, a mansão era enorme, cada um teria o seu quarto, o que agradou muito eles. Deixou por último o meu e o de minha mãe. Meu avô tinha saído resolver um problema... Eles tinham perdido a banda Tokio Hotel nos EUA, isso fez meu avô gargalhar depois de falar ‘preocupadamente’ ao telefone com um dos funcionários da Universal.

- Bem, o quarto de vocês é o mesmo do ano passado, mas com algumas reformas. Seu quarto, Manuela, é ao lado do quarto de sua mãe. E o seu, Helena, é de frente para o do Sr. Poürshe. – Marlene explicou-nos.

Ela abriu a porta do meu quarto, e eu adentrei nele. Já havia usado aquele quarto sim, só que, como ela disse, ele havia sido reformado.

A parede de frente para a porta de entrada era vermelha, e o resto das paredes do quarto era cinza, quase que brancas. No primeiro ambiente era tipo uma sala de música junto com um escritório. Tinha o meu piano, o mesmo piano que ficava lá embaixo na sala de música, meu avô devia ter pedido para trazê-lo para cima, ao lado do piano tinha uma caixa amplificadora com uma guitarra preta e roxa em cima, a minha guitarra que viera dias antes para cá junto com outras coisas e ao lado tinha um microfone... Meu avô ainda insistia com que eu cantasse! Na outra parede tinha um som maravilhoso, e bastante potente, pelo que eu percebi e uma porção de CDs numa estante, junto com alguns livros. Ao lado da estante uma mesinha com um computador, que havia um espaço para eu escrever, e na parede que havia uma porta para o quarto de dormir tinha um sofá de dois lugares. Eu passei pela porta e admirei o meu novo quarto, uma cama de casal, um criado mudo e um rack com uma bela TV de plasma. E por último havia duas porta, uma que dava para o closet e outra que dava para o meu banheiro.

Conclui que aquele quarto era perfeito, perfeito para mim.

 

-

 

Umas horas depois, como a minha mãe havia previsto, começara a chover. Uma tempestade das bravas. E como eu não era muito fã de tempestades, talvez eu sentisse um pouco de medo, sentei-me diante do meu piano e comecei a tocar a primeira música que veio a minha cabeça. Spring Nicht, depois comecei a tocar a 1000 Meere. Eu fiquei um pouco calma... Sim, era relaxante tocar. A música fluía calmamente e eu tocava bem até. Parei de tocar apenas quando eu me senti observada, virei-me rapidamente para o lado da porta e vi um Bill sorridente me observando tocar.

- Eu posso entrar? – ele perguntou olhando-me. Percebi que ele ainda estava na porta, porem ela estava meio fechada.

- Ah, pode... É claro. – eu falei rapidamente.

Ele entrou no meu quarto, fechando a porta atrás de si. Ouvi o barulho de trovões e me encolhi um pouco no banco do piano.

- Não gosta muito de tempestades? – ele perguntou-me sentando ao meu lado, de frente para o piano.

- Não... Não gosto muito dos trovões. – eu respondi sem olhá-lo. Ah, ele deve estar me achando uma idiota. Imagina só, uma garota de 16 anos com medo dos trovões? Patético.

- Hum, e você costuma sempre tocar piano para não prestar atenção nesses barulhos? – ele perguntou-me.

- É, as vezes, quando se tem um piano por perto. – eu respondi meio envergonhada.

- Interessante. Sempre toca as nossas músicas no piano? – ele estava me ouvindo tocar desde quando eu comecei?

- É, eu consigo algumas... Sei Spring Nicht, 1000 Meere, Durch den Monsun, Rette Mich, e um pouco da Heiling. E só. – eu respondi olhando-o.

- Legal. – ele afirmou olhando meu quarto.

Percebi que seus olhos pararam em cima do meu amplificador, na minha guitarra.

- É sua? – Bill perguntou, levantando-se e se aproximando da guitarra.

- Uhun, uma das minhas preciosidades. – respondi me levantando também e seguindo-o para perto da guitarra.

- Uau, tem até nosso símbolo. – ele comentou olhando bobamente para a guitarra.

- Sim, sim. Ganhei do meu avô.

Bill virou-se para mim e me encarou com olhos pidões.

- Podia tocar? – ele pediu.

- Ah, é claro que sim. – eu falei pegando a guitarra.

- Não, não. – ele falou me impedindo de pegar a guitarra. Senti uma corrente elétrica, ele segurou as minhas mãos sem me deixar pegar a guitarra – Quero que você continue tocando o piano.

Por um momento eu fiquei sem reação, mas logo acenei sim com a cabeça e voltei a sentar-me no banco.

Voltei a tocar 1000 Meere, e ele tornou a sentar-se ao meu lado e ficou observando-me tocar. Quando terminei a música, ele bateu palmas entusiasmado, dizendo que eu sabia tocar muito bem.

- Obrigada Bill. – eu agradeci sorrindo – Mas não é nada comparado ao que você sabe cantar.

- Ei, você canta também? – ele perguntou reparando no microfone.

- Não, não. – respondi rapidamente – Sou péssima cantora, é meu avô que insiste para que eu cante.

- Queria ouvi-la cantar um dia... – ele falou.

Eu ia revidar, dizendo que não cantava nada bem, e que ele ia odiar, mas uma batida na porta nos distraiu.

- Bill? Você está aí? – era o Tom.

- Estou Tom, já estou indo. – Bill falou levantando-se rapidamente – Até mais tarde Manuela. – ele falou para mim, e saiu pela porta, abrindo-a e fechando-a logo em seguida.

Fiquei parada por um tempo sem acreditar no que havia acontecido. Já era demais para eu acreditar que Tokio Hotel ficaria um tempo na minha casa, agora era mais ainda acreditar que eu conversei com o Bill, e que ele ficou me observando tocar piano. Isso tudo que estava acontecendo comigo era tão inacreditável.

Enquanto continuava a tempestade, eu não estava nem um pouco gostando de ficar sozinha naquele quarto silencioso, já que eu havia desistido de tocar, e fiquei sentada, meio deitada, no sofá de dois lugares que tinha lá, pensando em tudo o que estava me acontecendo. Uns dez minutos depois que Bill tinha saído do meu quarto, tornaram a bater na porta, eu levantei-me e abri-a, era Sabine, uma das arrumadeiras da casa.

- Manuela, os garotos estão lá embaixo no salão de jogos, chamaram-na para jogar guitar hero com eles. – ela falou.

- Eles estão me chamando? – eu perguntei sem acreditar.

- Estão sim, o vocalista insistiu para eu convence-la a descer para jogar com eles. – ela confirmou.

- Ah, okay. Eu só vou dar um jeito nesse cabelo e já desço.

- Certo, eu os avisarei.

- Obrigada Sabine. – eu agradeci.

- Não foi nada senhorita. – ela falou formalmente.

- Ahm, o que eu falei sobre o ‘senhorita’? – eu perguntei, corrigindo-a.

- Não foi nada, Manuela. – ela se corrigiu sorrindo para mim.

- Agora sim, eu já desço. – e fechei a porta.

Entrei no meu closet, peguei uma escova e parei na frente do espelho, ajeitando o meu cabelo. Depois coloquei novamente o meu all star e sai do meu quarto, descendo as escadas indo em direção ao salão de jogos, o qual eu conhecia muito bem por ter passado várias horas jogando nele quando eu vinha pra cá.

 

(...)

die ganze welt ruft an

alle zerren am ir

ich will mit kiner ausser dir

(...)

 


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Notas finais do capítulo

Hello! Mais um capitulo aqui. Me empolguei com a história... ;) Amei as reviews, obrigadão pessoal! Agora me digam o que acharam desse capitulo, deixem reviews, please! ;**