Para Sempre Sua escrita por HelenaStarry


Capítulo 5
Uma nova amizade


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Aqui é a Mel (Melissa Luz). Eu to postando esse capitulo porque fui eu quem escreveu ele, então estou cruzando os dedos para que gostem! Se bem que eu escrevi mais da metade do capitulo anterior e a maioria do povo gostou, ma detalhes aparte! Eu estava ansiosa pra psotar, e teria postado antes, mas não deu. Então desculpa a demora,ok? O capitulo está razoavelmente grande, e eu gostei dele, espero que tambem gostem!
Boa leitura!



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Capitulo 5

Uma Nova Amizade

Scorpius

Porcaria de detenção! Porcaria de detenções!! Minha primeira semana e já ganho 2, repito DUAS, detenções! Maldita professora de transfiguração! Maldita bibliotecária! O bom, ou melhor, o menos pior era que cumpriria as duas juntas e na biblioteca. O ruim era que teria de fazer as detenções com o projeto de herói. Mereço? E ainda tínhamos que fazer aquela m**** de poção juntos! Diz Merlin, o que foi que eu fiz?

Depois daquele delicioso jantar, cheguei a biblioteca e logo vi a professora Graff e o Potter, me esperando.  Aproximei-me e entreguei, contrariado, minha varinha à Graff, depois ela mandou que eu e o Potter organizássemos todos os livros em cima de todas as mesas da biblioteca, e vou te contar, eram umas  trocentas mesas! Logo que nos dirigimos à mesa mais próxima, a professora se foi e eu me perguntei se ninguém nos vigiaria. Aquele dia passou em total silencio. Cada um totalmente imerso em seus próprios pensamentos. Não estou reclamando, pois se abrisse a boca seria para xingá-lo.

O dia seguinte não demorou a chegar e nós retornamos àquele mundo de livros. Tive a impressão de que havia mais livros do que ontem, mas não disse nada com medo de piorar meu estado. O silêncio desta vez não foi algo normal, muito menos confortável. Aquele silêncio também não era constrangedor, mas era, de alguma forma, incômodo.  Não sei dizer por que, mas preferia estar xingando-o do que não abrir a boca nem para dizer um “ai”. Vi o idiota a minha frente abrir e fechar a boca diversas vezes, procurando o que falar, mas sem obter nenhum sucesso na busca. Internamente, uma parte de mim dizia para puxar assunto com ele e tentar ser sociável, mas a outra mantinha o bom senso e me dizia para manter o silêncio, mas qual das duas era a certa, eu não sei dizer. Resolvi por fim não fazer nada, no entanto, não foi o que aconteceu.

-Então, qual é o núcleo da sua varinha?

-Não tem pergunta mais idiota pra fazer, Potter?

-Na verdade, não.

-Então fique quieto.

-Não quero.

-Então pare de me encher.

-Você é o único aqui com quem posso conversar.

-Claro, sou o único aqui além de você.

-Não agüento mais ficar em silêncio.

-Então fale sozinho.

Não sei por que, nem como, mas ele não disse mais nem uma palavra e voltamos àquele silencio com o qual já estava quase acostumado. Pena que durou pouco, ou talvez nem tão pena assim.

-Olha só!

-O que é agora Potter?

-O livro monstruoso dos monstros.

-Só o usaremos no 3° ano.

-Sei disso, mas sempre tive curiosidade em relação a este livro.

-Por quê?

-Porque ele tá vivo, literalmente.

-É como dizer que as palavras saem das paginas.

-Ou que a historia parece real.

-Exato. Não vai esperar pelo 3° ano para lê-lo, não é mesmo?

-Mas é claro que não! Puxei o gosto da minha tia Hermione pela leitura.

-Eu puxei o da minha mãe.

-Ela gosta de ler?

-Não, de escrever.   –Depois disso, voltamos ao silêncio habitual. Este não era desconfortável. Não, este parecia o silêncio normal de dois amigos que não tem mais o que falar. A diferença era que não éramos amigos.

-Então, você gosta de escrever? – ele novamente cortou o silêncio.

-Muito.

-Quer trabalhar no Profeta?

-Talvez. Ainda não decidi o que farei da vida, afinal, só estou em meu primeiro ano em Hogwarts.

-Tem razão, mas eu já sei o que farei depois de me formar.

-O que?

-Serei um auror tão bom quanto meu pai.

-Não acha que já tem coisas de mais de seu pai em você?

-Gosto de ser parecido com ele.

-Eu não gostaria se estivesse em seu lugar.

-Por que não?

-Porque você é filho do grande Harry Potter.

-E daí?

-E daí que seu pai derrotou o maior bruxo das trevas de todos os tempos já conhecidos pelo homem. E fez coisas incríveis pelo mundo bruxo. Não exigem demais de você?

-Só esperam que eu seja tão bom quanto ele.

-E se você não for?

-Não sei. Apenas não serei.

-Não acha que ele ficará decepcionado?

-Ele me amará de qualquer forma.

-Mas ainda acho que ele sentira uma pontinha de decepção lá dentro.

-E você?

-Que tem eu?

-Seu pai não ficará decepcionado se não se tornar um comensal da morte como ele?

Não respondi, não critiquei, não retruquei, não disse nada, apenas virei às costas e fui até a próxima mesa com livros deixando-o para trás. Sei que meu pai fez coisas horríveis, igualmente o meu avô, mas ele mudara e eu não era como ele. Isso sim o decepcionava, eu não tinha nada em comum com meu pai, além dos cabelos loiros platinados, quase chegando ao branco, os olhos já eram de minha mãe, azuis como o céu na primavera. Os lábios, realmente não sei a quem puxei, e o corpo não estava definido para dizer que era como o de meu pai, mas também não era magro e ondulado como o de minha mãe. O jeito já era bem misturado. Eu era tão explosivo, orgulhoso e mandão quanto meu pai, mas era carinhoso, inocente e humilde como minha mãe. Era exigente com o que me dizia respeito, responsável com o que era minha obrigatoriedade, defensor dos que me amavam, protetor de quem amava, eu só comia panquecas se tivesse melado, nunca misturaria doce com salgado, sempre penteava o cabelo pro mesmo lado. Tudo isso minha mãe também fazia e meu pai não. Mas não havia motivo para me chamar de comensal ou dizer que meu pai já fora um, o que sim é verdade, mas pra que lembrar disso?

-Malfoy? –  Virei-me e vi Potter, não disse nada, apenas voltei ao trabalho, então ele continuou – Desculpa.

Para o mundo que eu quero descer! Alvo Severo Potter , POTTER pediu desculpas? A um Malfoy? Alôôô, Profetaaa?! O mundo virou de cabeça pra baixo?!

-O que?

-Me desculpe pelo que disse.

-Por que está pedindo desculpas a mim?

-Porque o que disse foi errado.

-Mas porque está pedindo desculpas à mim? –Forcei o “mim”

-Porque foi a você que disse o que disse.

-Potter você é muito lerdo! –Mal acabei a frase e a coisa passou saltitando lentamente ao nosso lado. Eu fiquei encarando-a incrédulo, e o Potter começou a rir no momento que a coisa saiu do meu campo de visão.

-Qual é a graça, Potter? –Terminei a frase rindo. Cara, a risada dele era contagiante! E a coisa ter passado por nós sorrindo e saltitando como uma garotinha que acabou de ganha a boneca que mais queria no natal ajudou bastante para que o meu lado comédia superasse o lado grosso e eu liberasse a minha tão reservada risada.

Quando nos acalmamos, o que não demorou muito, eu dei a volta na mesa e voltei ao trabalho ainda sorrindo com a imagem na minha mente.

-Perguntei por que estava pedindo desculpas a um Malfoy... Como eu. Você é um Potter, eu te trato como lixo, você me trata como lixo.

-Eu sei, mas você ainda é uma pessoa, meu pai me ensinou que se você faz algo errado tem que pedir desculpas, especialmente pra pessoas.

-Mas nos tratamos como lixo, raciocina comigo. Quem é você pra me tratar como lixo? Quem sou eu pra te tratar como lixo? Nós não somos ninguém! Nenhum de nós tem esse direito, mas continuamos a nos tratar assim!

-Nunca tinha pensado nisso.

-Mas eu já, ontem, quando estávamos naquele silêncio todo, mas continuamos nos insultado!E ainda temos que fazer essa porcaria de poção!

-Que acha de uma trégua?

-Até fazermos a poção?

-Pode ser.

-Sem brigas?

-É.

-Sem insultos?

-É.

-Até terminarmos a poção?

-Até entregarmos a poção – concordou ele sonelemente.

-Fechado.

Passaram-se três dias desde aquela noite. Potter e eu não discutimos mais, e isso é bom.  Três noites naquela biblioteca com um ex-inimigo organizando aquelas porcarias de livros não foi tão mal no fim das contas. Hoje era sábado de manhã, e eu estava indo até o banheiro da Murta-Que-Geme com o Alvo, é eu não chamava mais ele de Potter, para prepararmos a poção.

Cheguei e ele já estava lá, com tudo pronto, só me esperando.

-Pronto pra botar a mão na massa?

-Pronto.

E começamos. Como arrumamos aquele ingrediente? Pedi e meu pai me mandou por minha coruja. Fácil, pratico e rápido. Como não pensei nisso antes?

Quando terminamos a poção era quase noite.

-Fizemos um bom trabalho Malfoy.

-Concordo Potter. –Pra ele, eu ainda chamava-o de Potter -Tiraremos nota máxima!

-Concordo.

-Para de concordar comigo,ta ficando chato.

-Con... Ops! Desculpa.

-Nada, só para com isso.

-É, ta mesmo ficando chato.

-O que acha que aconteceu com a coisa?

-Sei lá.  De repente os professores conseguiram pegá-la.

-Duvido, aquilo é muito rápido.

-Descobriram o que era aquela praga?

-Não que eu saiba. Olha, ta quase na hora do jantar, acho que vou tomar um banho.

-É, eu também to precisando de um. A gente se vê na detenção.

-Claro. Fica com a poção, ta?

-Ta bom. –Ele pegou o caldeirão e eu peguei o resto. Ele foi pra torre dele e eu pra minha. Depois do jantar, voltamos a nos encontrar, naquela detenção lastimável.

-Boa noite Malfoy.

-Boa noite Potter.

-Boa noite senhores. –Disse a professora, murmuramos um “boa noite” nada animado e eu tive vontade de falar “quando essa tortura acabar vai ser sim uma boa noite!”, mas me contive. Passamos a noite conversando coisas banais e trabalhando ate que (novamente) a coisa passa por nos saltitando que nem maluca! Disparamo-nos a rir!

-É, ainda não pegaram a coisa. –Consegui dizer quando me recuperei do ataque de risos que tivemos

A noite passou-se cheia de risadas. É, por mais incrível que pareça estávamos nos dando bem. Quando chegou segunda feira, chegou também o dia de entregar a poção. Eu e Potter nos sentamos lado a lado para apresentar nossa poção ao professor Slughorn. Ele estava passando com uma prancheta de mesa e mesa para ver as poções.

-Hum, a dupla que não daria certo, não é mesmo? –Disse ele quando chegou a nossa mesa - Vejamos o que conseguimos.  –Ele se aproximou, cheirou a poção, e eu tinha um sorriso orgulhoso na cara, bebeu uma gota da poção e depois constatou: -Perfeita. Nota máxima! –Potter e eu comemoramos batendo as mãos – Parece que vocês levam jeito pra coisa, e não são tão ruins juntos afinal.

Agradecemos. Ele saiu para olhar as outras poções e eu e Potter ficamos ali.

-Então, agora acabou o acordo.

-Podemos voltar a brigar. – Simplificou ele

-É.

-Vai em frente. Xingue-me!

-Não te xingarei mais.

-Por que não? O trato acabou. O acordo foi que não poderíamos nos xingar ate hoje, quando entregássemos a poção.

-Eu sei, mas percebi que você não é tão ruim assim... Alvo.

-Você também não é de tudo ruim, mas nos odiamos? Somos de famílias que se odeiam!

-Agora temos que continuar com a briga de nossos pais?

-Não, mas...

-Se não quer ser meu amigo, que seja! Também não serei seu!

-Mas... Eu quero. –Ele respondeu num fio de voz

-O que?

-Eu quero ser seu amigo, Scorpius. Você é um cara legal, e tem razão, a briga dos nossos pais não precisa ser a nossa. Não é porque você é um Malfoy que é idiota.

-Não é porque você é um Potter que tem que ser um convencido sem noção.

-Nossa! Valeu,hein! –Dei uma risada leve com seu sarcasmo

-Então... Amigos?

-Amigos.

É, parece que agora sou amigo de um Potter. Mereço?!

Ele acabou de apertar a mão do Malfoy. Está rindo com ele. O que havia dado de Alvo? Era exatamente isso que Rose queria saber. Havia tirado a nota máxima com sua parceira na poção e agora observava seu primo preferido rir e conversar com Scorpius Malfoy como se os dois fossem melhores amigos de infância. Por que ele estava fazendo isso? Era um Malfoy! UM MAL-FOY! Como ele podia? Como conseguia trair a família inteira assim? O que a ruiva não sabia, não era apenas as respostas para essas perguntas, mas também se o que sentia era raiva, ou ciúme. Talvez raiva por estar com ciúme. Quem sabe? A questão era que se era ciúme, com certeza não de Alvo Severo com Malfoy, e sim o contrário.

A ruiva não sabia dizer ao certo o que deu nela, mas assim que a turma foi liberada ela saiu em disparada! Não ligou pros chamados de Alvo ou de sua amiga Carla, apenas saiu correndo atrás de seu primo. Seu outro primo, o que não era traidor, Thiago.

Por fim, depois de tanto correr pelos corredores lotados de gente ela encontrou-o conversando com uns amigos.

-Thiago! Thiago! –Ela chamou-o, mas o moreno só percebeu quando viu a prima se aproximar.

-E aí, Rose, como é que ta? Gostando de Hogwarts?

-Mais ou menos.

-Por que mais ou... –A menina não deixou ele terminar

-Apenas me escute! –Ele assentiu – Alvo ficou amiguinho do Malfoy agora.

-O QUE?!  Como assim meu irmão ficou amigo do Malfoy?

-O professor os colocou juntos no trabalho e hoje os dois estavam conversando e rindo como velhos amigos.

-Isso não pode ser possível.

-Isso não pode ser possível! Alvo como pode?!

-Eu posso,ta?

-Não, não pode!  -Thiago estava estressado. Ele se alterou e Alvo não gostava quando o irmão ficava assim

-Você não manda nas minhas amizades, Thiago! –O menino já estava de saco cheio do irmão controlando cada passo que ele dava

-Mas mando em você! Como pode ficar amigo de UM MALFOY?! Ele é um cretino!

-Já conversou com ele pra saber?

-Não preciso!

-Papai fala sobre o Draco e não sobre o Scorpius! Você sabe qual é a diferença, maninho? –Alvo, agora, estava usando algo que nunca pensou em usar com seu irmão: O sarcasmo nato da família Potter!

-Não fale assim comigo!

-Não, pra mim chega! Estou cansado de você achando que pode mandar em mim! Que pode controlar cada passo que dou! Cada amigo que faço! Pra mim chega Thiago! –O moreno mais novo deu as costas e saiu para o quarto, entretanto a briga não havia acabado

-Você sabe que vai decepcionar o papai, não é? –Gritou (por causa da distancia) Thiago que já não sabia mais o que falar para convencer o irmão a se distanciar do “mau caminho”. Alvo parou, mas não virou-se para o irmão mais velho

-Estou falando sério, Alvo Severo. Ele vai ficar muito decepcionado com você, não só ele como toda a nossa família e isso incluem a mim, a Lily, a Rose. Vai querer mesmo fazer isso?

-Ele disse que não havia problema em eu entrar para a Sonserina, então não haverá problema em eu ficar amigo de Scorpius Malfoy.

-Sonha maninho, sonha. –Foi aí que Thiago virou-se e saiu do Salão Comunal deixando o irmão sozinho em meio aquele lugar Grifinório.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Ficou legal? Me contem! Ou melhor, nos contem! Comentem! É isso que motiva as autoras aqui! kkk Te mais gente! Ate a proxima, beijinhoss,
Mel.



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