Edward POV

Não conseguia parar de olhar, para a garota que se encontrava sentada na mesa à minha frente. Ela ainda me parecia irreal.

Quando eu a havia tocado, o meu corpo encheu-se de arrepios e choques, algo que nunca antes me havia acontecido.

Tinha que descobrir o nome daquela minha musa.

Ok. Realmente não estou muito bem, nem a conheço e já a estou a chamar de “minha”?! Edward acalma-te.

Prestei 0 de atenção à aula. A garota não deixava os meus pensamentos.

Passadas as 2 horas, finalmente acabou, e saí à espera dela.

- Hum… desculpa, aquilo de à bocado… eu sou muito trapalhona… - Nem precisei de meter conversa mal ela saiu da sala, pois ela encarregou-se de o fazer. Estava a pedir-me desculpas?! Tinha sido um prazer “salvá-la”.

- Ei, não há problema. Temos de nos ajudar uns aos outros. – Disse sorrindo para ela, que corou. Simplesmente adorável. – Sou Edward Cullen.

- Isabella Swan, mas prefiro que me chamem de Bella. – Declarou dando-me um aperto de mão. Com esse gesto, mais uma vez, o meu corpo reagiu de imediato ao dela. E reparei que lhe acontecia exactamente o mesmo. Bella, combina mesmo com a minha musa.

 Isto está a ficar estranho, muito estranho mesmo.

- Hum… vou à biblioteca, queres vir? – Perguntei-lhe. Eu realmente precisava de começar a ler um livro novo e esta era uma boa oportunidade de a convidar a vir comigo.

- Oh sim, estava a precisar de lá ir também. – Sorriu e fomos para a biblioteca.

A partir deste maravilhoso dia, toda a minha vida mudou, para melhor, claro. Eu e Bella tínhamos praticamente os mesmos gostos, mas personalidades diferentes.

Os dias passaram e já não passávamos sem nos ver, quer na Universidade, quer nos nossos apartamentos. Sim, nós já íamos a casa um do outro. Partilhávamos DVD’s, CD’s, livros, etc.

Éramos melhores amigos.

Mas claro que eu não queria ser só amigo.

 Eu não sei como isto foi acontecer, mas eu já a amava. Foi tudo muito rápido, mas ao mesmo tempo, todos os meus sentimentos são mais que verdadeiros.

Ela era perfeita. Não conseguia arranjar palavras para a descrever. Eu vivia por ela, fazia tudo por ela. Pois, ela é o motivo de eu estar vivo.

Mais tarde, chegou o dia em que nos declarámos. E assim, comecei a ser o homem mais feliz do mundo, pois sabia que o amor da minha existência correspondia aos meus sentimentos.

Os anos passaram, formámo-nos e casámos. O dia mais feliz da minha vida foi o dia do meu Casamento. Agora sim, tinha a certeza que era para o resto das nossas vidas.

Bella. Bella. Bella. Bella. Bella. Bella.

O nome da minha musa, reinava os meus pensamentos a toda a hora.

Éramos tão, mas tão felizes… até ao maldito dia em que levaram Bella de mim.

Simplesmente estava vazio, só vivia por causa da minha família e amigos. Mas eu parecia mais um defunto que outra coisa. Comia, dormia, fazia as necessidades, dormia. Era minha rotina.

A dor era tão grande ao olhar em volta da nossa casa, que um dia fora o nosso lar de amor, e agora estava vazia, morta e praticamente destruída, devido aos meus surtos de desespero… Bella sempre trazia a alegria à casa, com as suas flores e decorações, assim como o seu lindo canto…

Ao acordar, sempre a enchia de beijos tal como ela gostava, e trazia o pequeno-almoço à cama.

O nosso casamento, nunca, mas mesmo nunca, virou rotina. Era impossível, pois todos os dias nós sabíamos que tínhamos um ao outro para apoiar e estar ali para nós, a amar-nos.

E todos os dias, eram diferentes…o amor reinava a nossa vida…

Eu estou simplesmente perdido neste mundo. Mas o que será de mim?

Ela não está aqui ao meu lado! O que é que eu vou fazer para conseguir viver?!

É que as pessoas não entendem… ela era tudo para mim. Nunca digo isto da boca para fora, eu a amo.

Amar não é palavra suficiente. E duvido que alguém venha inventar a correcta.

A pior parte, eram as lembranças… fotografias, vídeos… era triste, muito triste de se ver. Além de que eu só sonhava com ela, e sempre que acordava era uma completa desilusão ao olhar para o lado e ver os lençóis vazios e frios.

Perdi o amor à vida, a vontade de viver desapareceu.

Eu nunca mais seria o mesmo.