Nerds também amam

 

Capitulo 10

 

Entre graças e desgraças, a vida continua!

 

[Aoi’s POV]

 

 

-Uru? Você ta bem mesmo? – perguntei-lhe virando-o para mim e então vi seus olhos com lágrimas. – Por que você ta chorando Uru?

 

-Eu já disse que eu to bem Yuu! – soltou-se de mim e passou as mãos no belo rosto. – Me leva pra casa, por favor?!

 

O que o Yutaka foi fazer? Mas que droga! Será que ele não podia ter ficado quietinho no lugar dele, sem fazer nada? Agora eu estou aqui com o Kouyou desse jeito... Sabia que esse encontro ia dar merda...

 

-Kou?

 

-Hm.

 

Ele não se virou para me olhar, mas eu o abracei, ali na rua mesmo, queria que ele pudesse se sentir melhor. Abracei-o bem forte e depois de alguns instantes ele me abraçou de volta me apertando ainda mais forte do que eu o estava.

 

-Eu só queria ter um encontro normal uma vez na vida... – falou com rosto em meu pescoço e molhando minha blusa com as lagrimas deixavam seus olhos. – Pelo menos uma vez...

 

-Calma Kou, não fica assim. Foi só um acidente. Vai falar que você não gostou da noite que passamos juntos? – falei lhe acariciando os cabelos loiros.

 

-Gostei... – levantou-se e limpou o rosto com as mãos. – Gostei muito. Não conversava com alguém assim faz décadas. – deu um risinho.

 

-Então, pode não ter sido o encontro perfeito, com o cara perfeito, mas o importante foi que você se divertiu! – sorri-lhe.

 

-Me diverti muito! Não sabia que você era tão interessante assim. – pausou – Nosso ônibus chegou!

 

-Aaah, sim!

 

Entramos no ônibus e seguimos até sua casa. Conversamos mais um pouco e logo estávamos em nosso destino. Descemos, ele procurou as chaves no bolso da calça e abriu o portão.

 

-Eu vou te levar até a porta da sua casa! – falei e ele arqueou uma das sobrancelhas.

 

-Okay... Mas, por quê?

 

-Eu te peguei na porta da sua casa quando eu vim te buscar, então tenho que te deixar na porta de sua casa para que fique em segurança. – sorri-lhe.

 

-Ah, obrigada.

 

Abriu o portão e andamos lentamente pelo caminho que nos levava a porta da frente de sua casa, passando por um grande jardim florido. Sua casa era realmente muito bonita.

 

-Bom, obrigado pela noite ‘quase perfeita’. – riu.

 

-Não há de que Kou-chan!

 

-Você me chamou de Kou-chan! *----------------------* Apenas minha mãe me chamava Kou-chan... – abaixou um pouco a cabeça – Mas enfim, obrigado!

 

-...

 

Não pude falar nada pois ele me abraçou fortemente mais uma vez. Abracei-lhe também, permitindo inebriar-me pelo doce cheiro de sua pele. Ficamos ali, abraçados em frente à porta de sua casa durante algum tempo que eu não sei calcular ao certo.

 

-Então... Boa noite Aoi-kun. – falou, desfazendo o abraço.

 

-Boa noite Kou-chan!

 

O vi abrir a porta e entrar. Passei mais uma vez pelo belo jardim e admirei um poucos as flores. Atravessei o portão e fui para o ponto pegar um ônibus para me levar pra casa. Mesmo com o acidente na lanchonete, pra mim a noite foi perfeita.

 

xXx

 

-Sabe Uru, eu queria te falar isso no dia do nosso encontro... Mas... Eu te amo!...

 

-Filho! Você ta treinando o beijo o espelho?! (o_õ)

 

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! O SENHOR QUER ME MATAR! (ò_ó) – foi a única coisa que consegui falar quando vi meu pai no meu quarto.

 

-Poxa, desculpa ter te assustado!... Mas então, você tava treinando o beijo no espelho nee!?

 

-E-eu? N-não... Eu...

 

-Calma filho, isso normal! Quando eu tinha a sua idade, eu também treinava o beijo, mas não no espelho, eu treinava com a minha mão, eu acho que é mais fácil sabe. Ou então você pode treinar com uma laranja. Quando você der seu primeiro beijo você vai ver como é bom poder sentir a língua da outra pessoa invadindo sua boca, sentir as salivas se trocando, aquela coisa louca e...

 

-PAI! Okay, obrigado pelas dicas, você pode sair agora? (O_O)

 

-Ta bom meu filho, mas é só pra você saber que é normal esse tipo de coisa ta bom!

 

-Okay, você pode sair do meu quarto agora? (O_O)

 

-Tudo bem. Desça pra tomar seu café, está bem?! – sorriu-me.

 

-Desço em alguns minutos. – e ele saiu.

 

Agora é concreto, vou começar a trancar a porta do meu quarto. Mas droga! Por que ele tinha quer ter me visto fazendo isso? Só estava treinando pra dizer pro Uru que eu gosto dele... Mesmo com aquele incidente, ontem foi o dia mais perfeito da minha vida, ganha até mesmo do dia em que eu fui numa feira de ciências e vi um como é o DNA humano de perto. Cara... Acho que estou realmente gostando do Kouyou mas... Ele é um garoto... E eu também... E se meus pais descobrirem que eu estou amando um garoto? O que minha avó diria? E as pessoas do colégio? E... AAAAAAAAAAAAH! Merda de celular do capeta! Vai assustar a mãe!

 

-Moshi moshi?

 

-Eer, Aoi-chan? É o Ruki, ta tudo bem ai?

 

-Ruki-chan, ta tudo sim!

 

-Bom, é que ontem nee, tipoo...

 

-Relaxa chibi, não tem problema não.

 

-Você ta com raiva do Kai-chan? – quando ele disse isso pude ouvir alguém chorando do lado dele.

 

-O Kai ta ai?

 

-Ta sim, quer falar com ele?

 

-Por favor. – ouvi-o falar “Toma, ele quer falar contigo!” e logo ouvi Yutaka falar.

 

-Aoi-chan? Você ta com raiva de mim? (TT_TT)

 

-Bom dia Kai, eu to bem sim e você? Bem... Eu não estou com raiva de você Kai.

 

-JURA! *---------------* Nhaaai Aoi-chan, você é tão legal, tava mow triste pensando que você tava com raiva de mim!

 

-Que nada Kai-chan, mas você tem que pedir desculpas pro Uru.

 

-Uru? Quem é Uru?

 

-Kai, do que a gente ta falando?

 

-Do seu encontro com o Takashima-san! =]

 

-Então que vem a ser Uru?

 

-Vou saber!

 

-(¬_¬)’’ – se eu fosse um personagem de anime eu iria me afogar na gota gigantesca ao lado da minha cabeça. – O TAKASHIMA! O apelido dele é Uruha!

 

-Aaaaah ta! Entendi! Hehe.

 

-Baka. Mas enfim, você tem que pedir desculpas pra ele, okay?

 

-Okay!

 

-Agora deixa eu falar com o chibi ai. – ele se despediu e passou o telefone para Takanori. – Chibi, quem era aquele com quem você tava conversando ontem?

 

-Bom, eu conversei com tanta gente, poderia ser mais claro?

 

-O cara com uma faixa escrota no nariz!

 

-NÃO É ESCROTO! É... sexy, okayz...

 

-Se aquilo é sexy, imagine o que é escroto... Mas quem era ele?

 

-É o Akira-kun *--------------------* Ele é tão legal! A gente podia marcar de sair todo mundo nee!

 

-Um dia, quem sabe! =] Bom, eu vou tomar meu café da manhã.

 

-Ta bom Aoi-chan! Até amanhã, beijinho!

 

-Isso foi muito gay... Mas enfim... Até Taka-chan! Fala tchau pro Kai ai! – e desligamos.

 

Desci para tomar café e como todos os domingos, meu pai estava me obrigando a ir passear com a minha avó no parque, não ela não seja legal, mas... Ela fica me apresentando pra todos os amigos/namorados velhotes dela e eu tenho que ficar ouvindo toda aquela conversa tosca de velhos e... Aaaah, eu quero ficar em casa!... Opa, meu celular.

 

-Moshi moshi?

 

-Aoi-kun? É o Uruha!

 

-U-uru! – engasguei-me com o suco.

 

-Você ta bem?

 

-T-to, to sim, eu acho... E você? Ta bem Uru?

 

-To bem sim! Sabe, eu, estava pesando, quer ir a algum lugar hoje? Sei lá, no cinema talvez?

 

-Claro Uru! Vamos sim! Nha, só um minuto, é rapidinho! – coloquei a mão no telefone para que ele não pudesse ouvir – Mamãe, posso chamar um amigo para almoçar aqui?

 

-Pode sim querido! – minha mãe disse.

 

-Uru, você gostaria almoçar aqui em casa hoje antes de irmos ao cinema? 

 

~Continua...