Era incrível como cada movimento seu me hipnotizava, incrível como eu não conseguia ficar tanto tempo longe dele, não mais. Cada palavra me fazia sentir culpa onde não tinha, era como se eu fosse a errada de toda a história.

_ Já está desculpado Justin – falei levantando-me e ajeitando a blusa

_ Sério – perguntou sorridente

_ É, sério.

_ Posso te dar um abraço?

_ Não – sorri de leve o deixando confuso – até mais!

_ Até amanhã? – perguntou

_ Não sei – falei saindo da casa e fechando a porta.

Senti uma lágrima escorrer por meu rosto, entrei no carro apressada.

_ Como foi? – meu pai perguntou

_ Ouvi tudo o que eu não estava interessada em ouvir – falei pondo o cinto e encarando a janela enquanto ele virava a rua.

­_ Quer falar sobre? – falou e eu neguei com a cabeça – Posso marcar o voo para a madrugada?

_ Pode. O mais rápido possível.

...

_ Tchau filha, vou sentir sua falta – Scooter falou me abraçando.

_ Pai! Que besteira, você vai me ver daqui a algumas semanas.

_ Tá, se precisar de alguma coisa só ligar, e não esquece que lá tem o Ryan, Chris e Chaz – falou apertando ainda mais o abraço

_ Eu. Estou. Sem respirar – falei e ele me soltou

_ Foram 16 anos longe de você e quando te vejo o Justin estraga as coisas – falou olhando para o chão

_ Não é culpa dele, mesmo assim, eu não vou voltar para o Brasil sem avisar.

- Ultima chamada para o voo 205 rumo a Stratford, Canadá –

_ Tchau pai – lhe dei um beijo na bochecha

_ Tchau filha, eu te amo – ele falou, por um momento vi lágrimas em seus olhos, mas deve ser só imaginação.

Soltei um beijo no ar junto com um aceno e entrei no portão de embarque.

...

_ Gatinha – o Ryan estava no aeroporto junto com seu pai Martin – que saudades.

_ Nossa, não foi nem uma semana – falei rindo

_ Não posso sentir saudades? Esse é meu pai Martin – ele falou

_ Oi senhor Butler, como vai? – perguntei

_ Vou bem, mas me chame só de Martin – falou sorrindo

_ Ok

_ Olha, lá em casa é apenas eu e meu pai, mas tem a governanta que cuida de tudo – o Ryan falou

_ Ok

_ Vamos nos divertir muito – falou me abraçando de lado

_ Ryan! – o Martin falou

_ Que foi pai? – ele falou rindo

_ Por favor, o Scooter é meu amigo!

_ Ah pai, nada a ver, a Ashley é só minha amiga gatinha de cabelos vermelhos.

_ Hm, se liga Ryan – o Martin falou rindo, eu ri totalmente sem graça.

_ Quer ir no salão comigo? – perguntou ao Ryan

_ Quero não, mas vou – falou rindo – vou pintar meu cabelo de azul – completou fazendo um gesto e riu.

_ Acho que está ótimo assim – sorri – mas pode deixar, eu vou só mesmo – sorri.

_ É brincadeira, eu vou com você – sorriu

Entramos em um carro prata e fomos até a casa dos Butler’s.

Deixei minha mala no quarto de hóspedes.

_ Ryan, eu já vou – falei descendo as escadas.

_ Eu vou, alguém precisa dirigir – falou levantando-se e rodando a chave do carro no dedo.

Fomos até o melhor salão que tinha na cidade – como o Ryan disse -.

_ Você vai pintar de vermelho novamente?

_ Eu estava pensando em mudar, tipo, deixar ele da cor natural com uma mecha vermelha, que tal?! – o olhei

_ Sério que você vai deixar o vermelho? Acho que ficaria ótimo cabelo preto principalmente porque você tem o cabelo ondulado nas pontas.

_ Vai dar uma volta Ryan, eu te ligo quando acabar – falei sorrindo e indo até a cadeira que o cabeleireiro indicou.

Duas horas depois liguei para o Ryan, eu estava quase dormindo na cadeira e além do mais o Ryan combinou com o cara de não me deixar ver o cabelo antes dele.

_ Hm, cadê? Cara, está linda – o Ryan falou me olhando

_ Sério? Deixa eu ver – levantei-me e me virei para o espelho

Meu cabelo estava realmente bonito, estava em um preto um pouco puxado para o vermelho e apenas uma mecha vermelha do lado esquerdo e nas pontas apenas umas mechas puxadas para o vermelho, ficou ótimo.

_ Nossa, adorei – sorri de orelha a orelha.

_ Acho que você ficaria linda loira – o homem palpitou

_ Não, acho que não combina com meu estilo – falei fazendo uma careta

_ No dia que a gatinha pintar o cabelo de loiro eu passo dois dias com uma mecha azul no meu cabelo.

_ Vou anotar Ryan – falei rindo

Paguei e voltamos para casa, já estava na hora do jantar.

_ Pai, hoje é sexta... e... temos uma visita...

_ Tá Ryan, pode ir – o Martin falou rindo, acho que eu era a única perdida no assunto já que até a governanta riu

_ Topa Ash?

_ O que? – falei bebendo um gole de meu refrigerante

_ Uma baladinha hoje, é legal.

_ Pode ser – dei de ombros.

_ De 22horas vamos está te esperando

Justin –

Eu sentia que havia estragado tudo, principalmente depois daquele dia que ela até recusou meu abraço. Nunca mais a vi, o Scooter não falava no nome dela e sempre que saíamos, ela não estava.

Conti por três longas semanas perguntar onde ela estava, mas com certeza receberia os piores olhares de minha mãe e Scooter. Mas eu não estava aguentando mais, a turnê começou.

A Selena não desgrudava de mim, ela cantava em quase todos os meus shows, e se não cantava estava lá com aquele sorriso enjoado de sempre. Ela excluiu tudo que tinha relação com a Ashley da minha vida – exceto Scooter, claro.

A turnê acabou, só teria mais um show extra amanhã, e como o combinado eu e a Selena nos separamos.

_ Selena, nosso acordo foi Durante a turnê, então, tchau!

_ Mas Justin...

_ Mas nada, você já passou até de mim nos mais famosos do momento, já venceu diversas disputas e já ganhou milhões com isso. Já deu!

_ Ok, e você vai implorar para aquela idiota voltar para você? Ótimo Justin, e saiba que qualquer coisa é culpa sua – ela falou e sorriu saindo do quarto.

Ashley –

Nesse mês que passou foi bem divertido, vi o Ryan comentar com o Charles que o Justin e Selena estava namorando, me senti mal, mas mesmo assim ignorei.

O Scooter me implorou que eu fosse com os garotos (Ryan, Chris e Chaz) para NY onde teria o ultimo show e jantar em comemoração ao final da segunda parte da turnê.

Eu fui, mas fiquei no hotel durante o show, já que o jantar seria em um salão fechado para a equipe do Justin.

Cheguei ontem, e fiquei em um quarto só para mim, deixei minha mala em um canto.