Irmãs De Sangue escrita por Lita Black


Capítulo 2
Capítulo 1 - Hora Das Bruxas




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–Não acredito! Lata velha! -o meu pai estava realmente possesso. Ri-me internamente. Não fazia mal nenhum adiar o encontro com a bruxa má durante umas horinhas. -Renesmee! Pensei que tinhas visto se o motor estava a funcionar!

–E estava excelente quando o vi. Aguentava à vontade o caminho. -mentira! O meu pai pediu-me para arranjar o motor e eu ainda fiz pior. Digamos que eu não quero encarar os meus próximos três meses infernais tão depressa.

–Não acredito. Estamos entre o nada e o nada. A próxima bomba de gasolina deve estar a quilómetros. -eu às vezes devia pensar melhor nas consequências. O meu pai estava realmente desesperado.

–Eu posso tentar arranjar o motor mas preciso de ferramentas. -o Ed ofereceu-se com aquele olhar reprovador para o meu lado. Eu odiava quando ele fazia aquilo, fazia-me sentir tão… Culpada!

–E se tentássemos apanhar o autocarro? -sugeri, rezando para que o autocarro fosse dar bem longe do sítio onde as nariz empinado vivem.

–Bela ideia Renesmee! Vês alguma paragem a um raio de 100 quilómetros?

–Haha! -ri sem vontade. -Vocês querem lá chegar, arranjem uma maneira!



–Não acredito que uma velha que nem nos conhece, tenha nos dado boleia! -exclamei irritada. Às vezes eu perguntava a Deus… O que é que eu fiz para merecer tanta desgraça!?

–Senhora bastante simpática! E já agora Nessie é idosa. Temos que ser mais educados. -o Ed tinha um sorriso de puro sarcasmo. Ele adorava quando os meus planos saíam ao lado. E neste caso foi bem ao lado.

–Vamos! A Renée deve estar preocupada. Já demorámos o suficiente. -o meu pai disse, começando a andar pelas ruas movimentadas de Los Angeles.

Andámos durante um bom bocado, fazendo-me ficar cada vez mais nervosa e irritada. Eu não queria conviver com a minha mãe ou a minha irmãzinha fútil. Eu estava perfeitamente feliz na minha casa, junto com a minha família e os… os… Pronto! Admito! Só tenho dois amigos e nem sequer me consegui despedir da minha amiga Claire.

–Ainda falta muito Charlie? -Edward perguntou, visivelmente cansado.

–Não. Quarenta e sete… Quarenta e oito… Quarenta e nove… Cinquenta! Chegámos. -olhei para o lado, vendo o enorme portão da enorme quinta, que tinha uma enorme casa. Era tudo enorme! E tudo me estava um ENORME nojo.

–Uau… A tua mãe vive bem.

–A Renée conseguiu herdar os negócios do pai, teve sorte. Nunca fez nada na vida. -porque é que esta informação não me surpreendeu? Bufei sem paciência nenhuma para o que vinha a seguir. Extremamente difícil de imaginar…

O meu pai tocou à campainha e logo uma voz grave de homem, respondeu.

–Quem é? -perguntou.

–Charlie Swan, acompanhada pela filha de Renée e Edward Cullen. -o meu pai respondeu, dando-me um olhar encorajador. Sorri forçadamente.

A porta abriu lentamente e nós começamos andar para dentro da enorme mansão, carregados com as malas.

–Realmente a tua mãe não vive mesmo nada mal! -Edward exclamou, visivelmente encantado com o lugar. Qual é que acham que foi a minha reacção? Cara de vómito! Eu quero sair daqui o mais depressa possível! AJUDEM-ME!!!!!!!

–Renesmee! -uma voz suave exclamou, correndo na minha direcção. A minha mãe abraçou-me, abraço esse que eu não retribuí. Ela entendeu e logo parou.

–Querida… Estás tão crescida! E tão bonita! Quer dizer… Uma maquilhagem e umas roupas mais bonitas iram fazer milagres mas… Estás bonita! -será que eu serei presa se matar a minha mãe? Eu ainda sou menor…

–Eu acho que a nossa filha está perfeita! -o meu pai interveio em meu socorro e eu só queria abraçá-lo e beijá-lo de tanta felicidade pelo seu socorro.

–Eu também acho que a Nessie está uma mulher maravilhosa. -Ed disse, sorrindo discretamente. A minha “mãe” sorriu-lhe de volta.

–Venham. Entrem. Temos tudo preparado para vocês. -ela colocou o seu braço sobre os meus ombros mas eu afastei-a rudemente. Pude ver o seu olhar decepcionado sobre mim. Mas quem é que ela é para vir com falinhas mansas!????? E não me venham dizer que ela é a minha mãe!!!!

O meu pai veio para o meu lado e, com aquele seu olhar maravilhoso, deu-me coragem e paciência para ir em frente.

Suspirei pesadamente e segui a minha mãe, como os restantes.

–Eu tenho a certeza que vocês amaram passar algum tempo comigo e com a Isabella. Vamos tentar ser uma família mais unida e mais guerreira. E é claro que as meninas têm que conviver. -eu ouvia aquelas palavras a saírem da boca dela mas a única coisa que eu pensava era “Quando é que ela se cala?”.

–Tens razão Renée. Realmente temos que voltar a unir a velha família. -o meu pai parecia tão contrariado com isto tudo como eu. Eu tinha que sair a alguém nesta família de loucos!

Entrámos na casa e o primeiro pensamento que me veio à cabeça foi “Vão ser uns três meses complicados!”.

A decoração parecia de realeza. A puxar para os tons de castanho e dourado, o hall de entrada era um verdadeiro luxo. Possuía umas escadas enormes brancas na ponta e uma mesa com flores no meio do hall. Havia duas passagens, uma identifiquei logo como a sala e a outra era provavelmente a sala de jantar.

–O que é que acham?- a minha mãe perguntou, virando-se para nós com um sorriso convidativo. Eu simplesmente bufei de impaciência.

–Está… Espantoso Renée… -o meu pai murmurou, extremamente surpreendido. Boa! Agora o meu pai vai cair pelos encantos da bruxa má! Eu mereço!!!!!

–É realmente muito bonita e acolhedora.- foi a vez do Ed manifestar o seu agrado e a sua faca nas minhas costas. Realmente às vezes pergunto porque raio é que o escolhi para meu melhor amigo? Quando realmente preciso dele, ele não me ajuda em porra de nada!

–O que é que achas Renesmee?-a bruxa má perguntou esperançosa. Hora de arrancar a esperança pela raiz!

–Está banal. -dei de ombros e vi novamente o olhar desapontado dela.

–Oh… Bem, vou pedir para irem chamar a Isabella. –proferiu estas palavras rapidamente e saiu de rompante.

–Não conseguias ser um pouco mais simpática Nessie? -Ed perguntou num tom reprovador.

–Queres saber uma coisa? Não, não conseguia ser um pouco mais simpática. -respondi, sem paciência alguma.

–Eu pedi para que tentasses filha.

–Eu não consigo! -murmurei baixinho, ouvindo os passos da bruxa má vindo nesta direcção.

–A Isabella já vai descer!

Hora de conhecer a bruxa má júnior…



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