The best shit escrita por LadyChase


Capítulo 22
Ele descobre o quanto é bom odiá-la


Notas iniciais do capítulo

é eu demorei um pouco.Pra variar, mas olha só, não morri.Aqui um capitulo enorme e belo para vocês



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Bianca já tinha desistido de procurar, tinha se contentado em se deitar no meio das folhas e observar Piper andar de um lado pro outro, quase gritando por causa de Jason ainda não ter aparecido. E o fato dele estar com Emma não era melhor.

Mas Bianca e Thalia estavam mais preocupadas com Annabeth. Claro, Bia também estava preocupada com Will, mas a tranquilizava o fato de Jason estar com Emma e Rachel com eles, Will estava salvo das vadias por hora.

[...]

Pov Bianca

–JASON SEU FILHO DA PUTA! – ouvi Piper berrar alto, levantei a cabeça para ver Piper quase matando Jason, que estava completamente sujo e com vários arranhões pelo corpo, Emma andava atrás dele com os olhos arregalados e encolhida.

–Piper, como uma namorada exemplar e boazinha que você deveria ser, “Jason seu filho da puta” não seriam as palavras que eu esperava ouvir de você depois deu ter ficado perdido no meio do mato horas longe de você...

Piper arregalou os olhos e quase caiu para trás.

–Namorada?

Jason apenas sorriu.

[...]

Pov Piper

Pera.

Paro tudo.

Ok. Tudo bem. Continue.

Não. Espera.

Para de novo.

Que?

Eu ouvi direito?

Serio isso?

Ele me chamou de namorada?

Jason sorriu maroto para mim. Meu coração vacilou. Eu nunca nem sequer usei a palavra “maroto” antes.

Mas acho que agora eu poderia falar putz grila que seria perfeitamente razoável.

Eu o encarei.

–Piper que foi, tem merda na minha cara?

–Talvez na sua cabeça.

–Piper Mclean, quer namorar comigo?

–Não.

O sorriso sumiu do rosto de Jason.

–...?

–Não precisa pedir filho da puta. – disse abraçando seu pescoço. – é claro que sim! E antes que ele pudesse me beijar, um Percy e uma Annabeth apareceram do nada, vermelhos, Annabeth tinha cara de que ia chorar a qualquer momento. Ou talvez fosse raiva.

O que era bem mais provável vindo dela.

Essa loira lazarenta chegando nessas horas.

–O que foi Annie?

–Nada, a gente precisa sair daqui.

Não me diga Chase.

–Temos que achar os outros.

Então magicamente, o resto do grupo apareceu, todos juntos. Ou talvez tenha se passado mais alguns muitos minutos...

Quem se fode certo?

–Ah graças a deus encontramos vocês! Estamos andando em círculos há horas! – disse Leo.

Bianca correu para abraçar Will.

–Ow, o casal do ano. Mas será que da pra namorar depois e encontrar o acampamento?

–Eu sei por onde a gente tem que ir. – disse Annabeth sentada em uma pedra extremamente suja.

Certo. Sente na merda por que resolveu que está depressiva e aponte o caminho de deus.

É assim mesmo que se faz fera.

Observação, Te amo Annabeth.

Qual é. 1,62, 50 quilos e cara de índio. Sarcasmo é minha única arma.

E mesmo com isso eu não conseguia deixar de encarar Annabeth.

Pela primeira vez ela parecia forçar parecer durona.

–Onde?

–Pro leste, foi de lá que a gente saiu, e foi de lá que andamos.

–Ok. Então vamos andar de novo.

Parabéns pela informação Annabeth. Ajudou muito horas depois.

Nos levantamos, andando todos juntos agora, tomando cuidado para não nos separarmos de novo.

E quando conseguimos chegar ao acampamento, fomos recebidos tanto por olhares de alivio tanto por confusos.

O jogo já tinha acabado a mais de três horas, e não encontramos bandeira nenhuma.

Por que claro, nossa sorte é algo maravilhoso.

Eu andava de mãos dadas com Jason, meu namorado.

É tão bom falar isso, soa tão legal vindo da minha e da boca dele. EEh desencalhei, samba novinha.

[...]

Era o ultimo dia no acampamento. Depois teríamos uma semana inteira livre em Nova York.

Que já tínhamos planejado, íamos ficar um dia na casa de Percy. N

Na verdade foi Luke que se convidou, depois todos foram atrás. Menos Annabeth, nem sair do chalé ela saia direito, ela não queria ir.

Essa menina me preocupa as vezes.

–Vamos Annie, vai ser legal, o Jason disse que a casa do Percy é enorme.

–Jason nunca foi na casa do Percy, Piper.

–Eu confio nele ta legal? Vamos.

–Percy também não quer que eu vá.

–Claro que quer.

–Não quer não.

–Annabeth, se ele não quisesse ele não ficaria rondando nosso chalé noite e dia. Ta na cara que ele quer falar com você.

[...]

Narrador:

E Annabeth sabia bem o que era. Percy estava atrás dela pra dizer que tudo aquilo que aconteceu foi um erro idiota, e que não valeu a pena pra ele. Annabeth não estava pronta para ouvir isso, por mais que odiasse admitir, tinha gostado do acidente.

O motorista estava chegando perto da colina meio-sangue para buscar Annabeth.

Ela deu um rápido abraço em todos, até os meninos. E só deu um aceno com a cabeça discreto para Percy. Se se preparou para entrar dentro do carro, que graças a deus não era exagerado, talvez sua mãe tenha colocado juízo na cabeça e mandando um carro normal para os padrões de todo o mundo.

–Hei, Annabeth. – Percy segurou seu pulso, ele tinha que fazer isso antes que se arrependesse e não tomasse mais coragem. – ahn... a galera toda vai no sábado lá em casa, - Annabeth se perguntou que tipo de pessoa falava galera - meus pais vão viajar o mês inteiro, e eu não consegui falar com você...

–Olha. Sejamos diretos. Vai na casa dele ou não? - perguntou Luke sentado em sua mala, com Thalia ao seu lado lendo um HQ do Iron Man. A loira reconheceu como sendo uma de suas HQs, mas resolveu não comentar, ela e Thalia estavam acostumadas a roubar as coisas da outra.

Annabeth sorriu sarcástica para Luke e entrou dentro do carro, indo em direção a Nova York.

–Eu sabia que ela não ia aceitar. – disse Percy se virando para suas malas e esperando por sua mãe.

–Vindo de Annabeth, isso é um sim. Espere, vai que ela vai. – disse Thalia, vendo o pai de Bianca se aproximar ao longe.

–Vamos Bia, Piper.

–Não está se esquecendo de nada? – perguntou Luke.

Thalia franziu o cenho.

–Ah é. Leo, não se esqueça de lavar atrás das orelhas.

–Eu tava falando de mim.

–É Luke, você também precisa lavar atrás das orelhas.

Luke riu e agarrou Thalia pela cintura a beijando.

–Ah sim, era disso que eu tinha me esquecido.

Piper revirou os olhos e jogou a mala dentro do carro, já encontrando lá dentro sem se despedir de Jason.

–Vamos logo Thalia! – berrou Piper do carro.

O senhor Hades saiu do carro.

–Vou falar com o diretor do acampamento primeiro meninas.

Piper bufou dentro do carro e fechou as janelas escuras do carro.

–Jason, é a sua garota, implorando atenção. – disse Luke.

Jason abriu a porta do carro e se sentou ao lado de Piper.

Ela o ignorou, colocando os fones de ouvido.

–Tchau Piper. – simplesmente disse.

–Adeus Jason.

–Você é tão marrenta.

–É da minha natureza.

–É por essas razões que sou seu namorado, e não posso deixar você ir embora sem te dar isso. – disse ele roubando um beijo rápido, mais profundo da garota e saindo do carro sem que Piper pudesse ao menos falar.

O senhor Hades voltou para o carro, e encarou uma Bianca sonhadora uma Thalia zumbi e uma Piper evitando sorrir com qualquer memoria que ele não entendia.

[...]

Annabeth se pegou pensando nele pela nona vez naquele minuto, com raiva encostou a cabeça no vidro do carro e se esforçou para se concentrar nas mansões passando por ela numa velocidade razoável. Casas tão grandes quanto a dela, piscinas e crianças ricas brincando nos jardins em um verão vasto e caloroso no condomínio. Que bom que ainda haviam crianças que saiam pra brincar fora de suas mansões e não ficavam todo o dia na internet. Annabeth já foi esse tipo de criança.

O motorista parou de frente ao portão de uma mansão de uma rua sem saída, era com certeza uma das maiores casas do condomínio, com portões de ferro impressionantemente altos, e um jardim parecido com uma floresta bem cuidada se erguendo de frente. A construção mais parecida com um castelo vitoriano.

Os portões folheados e com letras curvadas “Chase” no topo se abriram e eles seguiram pelo caminho de pedras importadas de um pais da Asia que Annabeth sequer se importou de decorar. O carro continuou andando por alguns minutos até parar de frente ao “castelo”. Um lago se estendia a frente, mostrando o reflexo perfeito da grandiosa construção atrás deles.

Annabeth observou tudo isso. Ela podia odiar o dinheiro que lhe fora garantido, mas como negar a beleza da casa?

Suspiros.

A mansão Chase podia ser muitas belas coisas, mas não era um lar. Não era há muito tempo.

O motorista abriu a porta para que ela saísse, ela respirou o aroma dos pinheiros e grama cortada em tanto tempo. Era um cheiro bom e familiar, pena que com ele não vinham boas memorias, por trás do lindo castelo existia um covil de bruxas.

Seguiu pelas escadas com o motorista atrás, carregando as malas, a empregada abriu a porta e ela seguiu reto pela casa a dentro.

–Bem vinda Senhorita Chase, espero que tenha aproveitado as férias.

–Bom dia Margo.

Tapete persa, obras raras, e um grande retrato da família em cima da lareira.

Nada tinha mudado, nem sequer o lugar que os vasos de planta eram colocados. Tudo exatamente como da ultima vez.

Não procurou por seus pais, só subiu as escadas ruidosamente e seguiu pelo corredor até seu quarto.

Arrumado. Nada do eu ela tinha deixado pelo chão antes de sair estava lá, tudo perfeitamente arrumado com as grandes portas de carvalho branco abertas para ela, em sua enorme sacada de pedra de frente para o jardim de inverno atrás da mansão. A melhor vista da casa. Mas Annabeth não admirou a vista, só bateu as portas tapando o sol da manhã e se jogou em sua cama se cobrindo com os lençóis de linho.

Ela estava conseguindo manter sua mente presa nos detalhes pequeno da casa, olhando para as casa da rua quando vinha de carro. Mas agora que só tinha o teto para observar, não podia deixar de penar nele.

Era difícil parar de pensar quando você está sendo usada... mas...

Mas o que? Tudo está mais claro do que deveria! Ele se fingiu de amigo, não gosta dela de verdade, deve até achá-la uma idiota fácil.

Mas ela colocou sem perceber a mão pelo pescoço descoberto.

Ela tentava refazer o caminho que ele fizera com os dedos finos e gélidos.

E pensar que seus lábios estavam ali, sua língua...

Ela fechou os olhos e mordeu o lábio inferior, talvez de frustração ou de desejo.
Ela tinha nojo de pensar sobre isso.

–Annabeth? – a voz de Atena soou contra a porta. Annabeth realmente considerou abrir a porta e ver o rosto da mãe depois de tanto tempo longe.

Mas provavelmente, iriam brigar de novo, por qualquer motivo. Annabeth não estava com a cabeça pronta pra isso.

Ela se sentou rapidamente sobre o edredom branco de linho e jogou o tênis contra a porta.

–Me deixe em paz!

Ouviu Atena suspirar, logo depois veio o som do seu salto descendo as escadas. E sua mãe não lhe perturbou pelo resto do dia.

Thalia passou na sua casa no dia seguinte. O porteiro do condomínio já estava acostumado com ela e seu nem tão velho carro, demorou um pouco para que os portões se abrissem pra ela, depois de tantos anos de amizade ainda era uma completa loucura visitar o castelo Chase e toda sua grandeza.

Thalia sabia que não podia se juntar tanto dinheiro assim em uma só vida, a não ser que você seja Nolan Ross ou o criador do facebook. Mas às vezes ela pensava que os Chase eram mais ricos que isso, fruto de uma incansável família de ingleses (ela acreditava que nobres) que se mudou cedo para a América e construiu seu império em Nova York, a família Chase era uma antiga família que provavelmente tinha metade do mundo e segredos corrompidos saindo pelos poros de todos os seus herdeiros. As mansões nasciam do lado dos Chase, todos queriam morar perto ou até fazer parte daquela família, o castelo estava lá antes do condômino, ela ouviu um empregado falar.

Mas quem se importava com isso, o dinheiro de Annabeth nunca fez nenhuma diferença pra ela, nem da primeira vez que foi ali quando era criança.

Os empregados cumprimentaram ela feliz quando entrou na casa, Thalia subiu as escadas correndo até o quarto de Annabeth, seus longos cabelos loiros era a única parte dela que a punk conseguia ver por baixo das cobertas.

A amiga entrou em baixo dos cobertores de Annabeth, e a encarou enquanto ela escondia o nariz gelado em baixo das cobertas.

A mansão dos Chase era impressionantemente fria e gelada. Todas as estações eram assim, Thalia percebeu a bagunça de Annabeth, ela não deixara a empregada entrar pra arrumar tudo, as roupas que chegara do acampamento estavam jogadas em uma cadeira com um estofamento que era mais caro e mais confortável que o travesseiro de plumas novo de Thalia.

O abajur estava ligado a horas, ela nem sequer tinha colocado pijama, usava jeans velhos e confortáveis, meias e uma blusa de mangas cinza de algodão com botões abertos até o peito, revelando uma blusa branca de renda, a blusa de frio tinha mangas barras tão compridas que tampavam metade da mão de Annabeth, seu cabelo não parecia tão terrível, mas não fora penteado.

Thalia foi uma boa amiga, carinhosa, pela primeira vez em muito tempo, e abraçou a melhor amiga por baixo das cobertas e fez cafuné em seus cabelos compridos e loiros.

–Que merda aconteceu Annie?

–Nada.

–Você precisa sair desse quarto, que tal a piscina?

–Não.

–Você tem uma piscina olímpica lá em baixo só para você, seus pais saíram de casa, o mínimo que uma garota revoltada faria era dar uma festa. Mas não, você está vegetando nesse quarto.

–Me deixe em paz.

–Annabeth, você precisa entender que o verão acabou...

–Não é por causa do verão...

–Não é? Que pena, por que eu ia te contar que ganhamos mais um mês de férias por nossa escola está interditada por que um engraçadinho explodiu praticamente tudo.

–O que? – a loira tirou a cabeça de baixo do cobertor e encarou Thalia.

–Foi isso que você ouviu. Meu pai recebeu um telefonema hoje de manhã, pelo visto meus desejos se realizaram. Até acendi uma vela pros anjos agradecendo por terem me ouvido e escutado minhas preces. Algum idiota que ficou pro curso de verão usou algumas misturas estranhas e botou fogo no laboratório.

–Isso é... bom.

–Hei, vem cá. – disse Thalia puxando Annabeth pro seu colo, voltando a fuçar nos seu cabelos. – eu sou sua melhor amiga, não se esqueça disso só por que eu sou uma revoltada. Eu te amo Annie, você é minha putinha.

–Thalia é que...

–Cala boca, vamos ficar o dia todo aqui juntas, vou ficar aqui com você, já que seus pais vão passar a noite fora também. Seu pai já me deu permissão. Trouxe uma sacola cheia de sorvete de flocos, seu preferido. Vamos assistir filmes da disney e de terror até você cagar tanto de medo que vai pedir pra ver disney de novo, temos pipocas, cupcakes e chocolate quente. Sério que vai recusar?

–Thalia. De vez em quando você é um gênio. E seu namorado?

–Mandei ele pastar pra passar o dia como você. Então se você recusar serei obrigada a te matar.

–Pastar? Estão se tratando iguais agora?

–Annabeth Florence* Chase, vai se fuder. Por isso eu te odeio tanto. Mas isso foi um sim a minha proposta?

–É obvio.

–Então vamos colocar filmes de terror pra você ficar com medo de estar em um, por que é sempre a loira burra que morre primeiro.

–Pelo menos a loira burra é peituda.

Thalia a olhou feio.

–Só por que eu sou desprovida de seios maiores que o seu você não tem o direito de zoar com a minha cara. Pelo menos você não é a Bianca, bem a Bia é... –Thalia gesticulou com as mãos para demostrar o tamanho dos seis de Bianca.

–Você é nojenta.

–Sim. Por isso você vai casar comigo.

–Amantes pra sempre?

–Você está me renegando sua vadia? Achou alguém melhor? - disse Thalia pulando em cima de Annabeth lhe fazendo cocegas.

–Sai de cima de mim!

–Nunca, você sofrerá por estar traindo Thalia Grace.

[...]

Na sexta feira, Percy estava na sala de sua casa assistindo T.V.

–Perseu Jackson, você está doente filho? – perguntou Sally, mãe de Percy, o pai do garoto, Poseidon, já estava no carro esperando a esposa, que reclamava com o filho sobre suas atitudes, segurando uma mala na mão esquerda.

–To bem mãe.

–Tudo bem, Grover ligou, disse que vem pra essa sua “festinha” com os amigos. Não quero que chame mais ninguém, só eles, nada de festas Perseu!

–Mãe, até parece que você não confia em mim.

–E não confio. Não seria a primeira vez que você faria uma festa, na Carolina do Norte você fazia praticamente uma por semana. Nada de fazer nessa casa Percy! Você nasceu aqui. E ah, nós temos câmeras de segurança do lado externo, saberei se tiver gente saindo ou entrando, entendeu?

Percy bufou.

–Obrigada pelo voto de confiança.

Sally suspirou e abraçou Percy.

–Tchau filho. Juízo. Te amo

–Também te amo mãe.

E Sally saiu da casa levando suas malas.

Percy mudou de canal, procurando alguma coisa que o interessasse.

Ele não tinha convidado muitas pessoas, alias, não tinha convidado ninguém. Luke se convidou, então entrou Thalia, ai entrou todo o resto.

Bem, os que viriam era Grover, Luke, Jason, Leo, depois de muita insistência Will, Thalia, Bianca Piper e... Ahn... Talvez Annabeth.

Percy discou um numero já conhecido no celular.

–Alô?

–Grover, é o Percy.

–fala Percy!

–Da pra você vir aqui hoje?

–Ta carente Percy?

–Vá se ferrar otário.

–Mas não era só amanhã?

–Vem hoje e cala a boca.

–Ta, já to indo...

–É pra dormir aqui ouviu seu delinquente.

–Não precisa de agressividade mocinha.

–Vem logo!

–Já disse que já to indo! – Grover desliga o celular.

Percy desliga o celular e se volta para a T.V.

Grover chega uma hora depois.

Ele era um garoto magricela, ruivo. Teve um sério problema com acne no inicio da adolescência, que sumiu depois que ele cresceu. Grover já estava no primeiro ano da faculdade, era um ano mais velho que Percy.

–Qual é Percy? – disse Grover já entrando, sem nem mesmo bater na porta.

Eles se conheciam desde pequenos.

Grover se mudou para Nova York um ano antes de Percy, ambos eram da Carolina do norte.

–Eu fiquei com uma menina no acampamento. – disse ele enquanto se jogava no sofá com um pote de pipocas e latas de cocas entre ele e Grover, assistiam um filme qualquer na TV.

–Só uma? Estou assustado.

–Cala boca, tem a Rachel, mas ela não conta.

–Cara eu odeio a sua ex namorada. Ela é uma vadia.

–Grover...

–Sério. Ela só me viu uma vez, uma vez, e já veio com um papo de puta falando “Percy é meu namorado agora, vai dar atenção pra mim, você devia arranjar novos amigos, duvido que você tenha outros, então nos deixe em paz”. Percy pelo amor de deus. Como se eu fosse fugir com você para nos casarmos. Aquela biscate é louca.

–Podemos voltar pra outra conversa?

–Claro, a mina era bonita pra você ter ficado com ela o verão inteiro?

–Eu fiquei com ela só uma vez. E não quero chamar isso de “ficar”. Foi diferente, sabe?

–Por que? Você estuprou ela pra ser tão diferente?

–Ela me odeia.

–Você já pegou meninas assim.

–Não Grover, ela não se fazia de difícil. Ela realmente me odeia e...

–E...?

–Rolou.

–Você é patético. Conte direito o que aconteceu.

E sem parecer constrangedor de mais, Percy contou a Grover tudo o que aconteceu naquele dia, e naquele verão.

–Seu grande filho da puta!

–Que foi?

–Você está gostando dela.

–Claro que não.

–Eu te conheço. Você ta gostando dela, gostando de alguém pela primeira vez.

–Eu gostava da Rachel.

–Ela não é sequer humana, não conta.

–Olha Grover, eu não amo aquela menina, não seja idiota.

–Eu disse que você estava gostando dela, não disse nada sobre amor, você que tocou no assunto.

–Olha, eu te chamei pra me ajudar amanhã, não pra falar coisas idiotas.

–Ah sim, amanhã. A garota vem?

–Acho que não, a não ser que a louca da Thalia traga ela pelos cabelos.

–Quem?

–Olha, eu explico direito quem vem amanhã depois. Você vai gostar deles. São todos idiotas, como você.

–Como você também, nos daremos bem. Um bando de idiotas bebendo feito retardados. Não me olhe com essa cara, seu cachorro. Vai ter bebida sim, só por que você é um animal bonzinho que não bebê não significa que todos os adolescente do mundo também ão. Olha cara, to cansado, voltei da viagem de verão dos meus pais, vo indo tomar banho e guardar minhas coisas no seu quarto beleza?

–Ok.

Percy ficou sentado com o resto da pipoca encarando a TV.

Grover era um idiota.

Amar Annabeth.

Sério?

Que coisa mais absurda.

Mas...

Ela foi a coisa mais estranha que aconteceu no verão de Percy, aquela marrenta desgraçada, que sempre tinha força o suficiente para bater nele, ele a odiava.

Odiava quando ela sorria por algo bobo, quando ela olhava além, como se não visse nada e tudo ao mesmo tempo.

Odiava o som o riso dela, odiava como estranhamente o vento fazia os cabelos dela voarem de forma que ela ficava irritada.

Odiava a razão de ter beijando-a.
E odiava sentir falta do beijo.

Sentiu falta de sentir aquele corpo tão menor que o dele o tocar.

Ele sempre achou que a melhor sensação do mundo era quando aquele monte de meninas assanhadas o agarravam de forma desejosa e um tanto nojenta.

Mas ao sentir as mãos delicadas dela no seu rosto, ele sentiu calor, ele a sentiu tão perto...

E não conseguia ter um pensamento fofo com isso, ele sentia o desejo de possuir o corpo dela, de sentir mais além daquele beijo.

Mas por que aquela sensação de que ter só seu corpo nunca seria o suficiente? Que o que ele realmente queria era algo batendo do lado esquerdo do peito?

Ele sabia que as coisas estavam indo tremendamente erradas, quando ele olhava pra ela e nada mais fazia sentido.

Ele odiava o fato de não a odiar tanto assim.

E lá em cima, Grover tinha intensões ocultas.

Ele não era idiota de não perceber o que estava acontecendo com o amigo.

Aquela menina mexeu realmente com Percy, e se ela fosse uma pessoa boa, ele apoiaria totalmente.

Não queria outra Rachel na vida do melhor amigo.

Tentando formar um plano pro dia seguinte, se ela aparecesse e fosse uma boa pessoa, ele se lembrou do que viu no celular a caminho da casa de Percy.

Ele viu o tempo para o dia seguinte, já que seria uma festa na piscina.

Ia chover mais tarde.

Ele podia tirar proveito disso.


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Notas finais do capítulo

*Florence: Eu inventei o segundo nome da Annabeth, é um nome diferente, mas logo vocês vão começar a entender pequenas coisas sobre Annabeth



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