Pov Percy

As palavras dela, fizeram meu estomago revirar.

Eu tive vontade de...

De...

Por que eu a odeio tanto? Que merda de sentimento é esse que me faz querer explodir?

Eu nunca odiei uma pessoa tanto assim, eu nunca senti isso antes.

Eu tenho vontade de sair gritando por ai, com todos.

O tempo todo, e quando brigamos, eu esqueço todos os momentos que foram legais. Eu só quero explodir.

O que a de errado comigo?

O que a de errado com nós?

Que mesmo eu tentando, eu sempre acabo por mandar minha mente pra ela...

Ela esta em tudo, ela aparece em todo lugar.

E quando eu começo a esquecer, boom, ela está lá de novo!

Eu não consigo me controlar, tudo o que eu queria fazer é perder o controle.

Todos pareciam ter seu final feliz.

Menos eu, Luke, mesmo não sendo oficial, era namorado de Thalia, Piper e Jason são tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes que até chega a assustar, Bia e Will... Prefiro não comentar, a relação dos dois me da medo.

–Percy o que você esta fazendo? – perguntou Luke entrando pela porta do chalé;

–Fazendo macumba, por que eu sou um gay que comeu cogumelo radioativo.

–Você nunca se cansa de tirar com a cara dos outros?

–Não. Mas de vez enquanto fica enjoativo. Perde a graça. Não sei mais piadas e nem sei ser engraçado.

–Que viadagem Jackson. Coisinha de emo.

–você que deveria estar depressivo, com a namorada que você tem...

–Você não tem muita moral para falar da Thalia.

–Ih, encanou no namorado, estou curioso pra sua próxima encarnação, Batman? Super Homem? Barney?

–Agora perdeu a graça Percy.

–É eu sei, me deixa caralho! Eu to tentando ser engraçado!

–Não ta conseguindo.

–É, imaginei que diria isso.

Will entrou no quarto, com uma cara sonhadora. Quando um amigo seu está apaixonado, você consegue suportar, agora, quando 90% do chalé está namorando o mesmo grupo de garotas e estão perdidamente apaixonados por elas, a coisa vira uma grande bola de porra seca.

Meia hora depois, todos estavam conversando sobre uma coisa chamada namoradas.

–Eu nunca tive uma namorada seria. - comentei, quando Leo disse que nunca tinha tido nenhuma namorada.

–E a Rachel Percy?

–Ela não conta, com ela nunca foi...

–Amor. – completou Will.

Fiz careta, amor não é uma palavra que eu goste muito.

–É, mas isso não vem ao caso.

–Eu já tive uma namorada seria antes da Piper, a Reyna... - ele pareceu prestes a dizer mais alguma coisa, mas o interrompi.

–Não venha você falar de ex namorada. Odeio o papo de ex namorada. É um saco ouvir “eu a amava, mas ela era a garota errada”. Eu já conheço essa Jason. – disse a ele.

–Sabe, eu sou meio Harry Potter. – disse Will. Me segurei pra não rir da burrada que ele ia dizer – me orgulho muito de ter uma coisa que Voldemort não tem. – Will ia dizendo isso todo vitorioso, com o peito cheio.

–Nariz? – perguntou Leo franzindo o cenho, acabado com a gloria de Will.

–Eu ia dizer amor.

–Ninguem se importa Will. Paro de farofa.

–Eu acredito em outra teoria, que amor é como vodka, quando maior a dose, maior a dor de cabeça. – disse.

–Nossa Percy, profundidade é um talento.

–Que são para poucos, meu caro.

–Pena que você se enquadra na categoria “maioria”.

–Nossa Will, isso soou realmente idiota.

–Eu não sei tirar! Da um tempo!

(...)

Todos já estavam dormindo, todos menos eu.

Eu não sabia mais o que estava acontecendo comigo.

É como se meu coração fosse saltar pra fora a cada momento.

Que merda é essa?

(...)

Quando acordei pela manhã, sorri ao abrir os olhos.

Realmente era o dia mais bonito do verão na minha opinião.

E o único que ainda estava dormindo era Leo, a não ser por nós dois o chalé estava sozinho.

Sai do meu chalé com roupas mais leves, só uma bermuda branca, uma camiseta azul e chinelos mesmo.

Quando passei pelo pátio, já pude ver Luke com seu maldito skate e Thalia logo embaixo olhando pro “namorado”.

Eu torcia com todas as minhas forças para não trombar com Will e Bianca, eles realmente me dão medo. Por que tudo o que eles fazem envolve a palavra “físico”.

É. Não é muito legal.

Pensei em ir à praia, mais a coisa insuportável da Rachel estaria lá, e ela gosta de exibir “seu bichinho” de estimação para as amigas.

O lago de canoagem me tranquilizava, gostava de ficar perto da água, infelizmente desisti quando vi Annabeth deitada no cais com o celular na mão mandando torpedos.

Pela primeira vez ela não estava tão... punk, pela primeira vez, tudo bem foi a segundo – a primeira foi quando nos conhecemos.... mas isso não vem ao caso – ela usava short jeans e a camiseta do acampamento, que era laranja. Ela sempre usava aquelas roupas pesadas que não combinavam com o verão, é a primeira vez que a vejo se vestindo como uma garota normal.

Os chinelos estavam jogadas em um canto, e o cabelo cacheado estava bem bagunçado.

Preferi não me meter em encrenca hoje, então segui meu caminho.

Olhe me entenda, ser próximo ou falar com Annabeth só pode significar uma coisa;

Que no final você se fode.

Pov Annabeth - No dia seguinte

o Sr. D nos mandou (ou seja, ele gritou com o megafone), que todos se reunissem no gramado para o começo de uma atividade. Eu já estava esperando merda.

–Vamos formar os grupos de uma forma diferente. - Sr. D olhava para a prancheta vermelha, igual a de todos os outros monitores do acampamento, estavam todos muito ocupados acabando de preparar a atividade.

–Claro, ele tem que complicar nossas miseráveis vidas de mortais bêbados com ressaca do cacete. – disse Piper.

No final, os grupos foram escolhidos por ordem de chalé, o chalé 11 e o 3 dos meninos, e o nosso chalé com o chalé 15 das meninas. O chalé 11 e 3 teve que ser dividido entre todas as outras equipes, então Rachel Elizabeth Dare e sua discípula Emma acabaram ficando no nosso grupo.

É. Eu fiquei no grupo de Rachel Puta Dare.

O menino que ficou com a gente do chalé 11 é Jack Mason, um menino que eu nunca tinha ouvido falar na vida.

Tentei não me incomodar de Rachel estar no meu grupo, estava mais brava pelo falo do chalé de Percy Jackson inteirinho estar no nosso grupo. Seria uma bela de uma confusão.

–Vou dar um mapa para cada grupo. E vocês terão que dar a volta completa no bosque sem trapaças, e pra garantir, terão que encontrar as 4 bandeiras, casa grupo vai ter uma cor, que estará no mapa. Nada de pegar as bandeiras dos outros grupos! Muito bem pirralhos infernais, podem ir.

Thalia pegou o mapa.

–Eu fico com isso.

–Ahn... Tem certeza? – perguntei insegura.

–Tenho.

–Mas...

–O que você tem contra mim ser a capitã?

–Desde que nós fomos passar as férias na casa da sua avó, e você disse que íamos fazer uma trilha e fomos parar no Canadá.

–Não exagere.

Juntamos todos nós, bem em uma entrada no bosque.

Rachel estava soltando gritinhos a cada 5 segundos, com medo de estragar o cabelo.

–Vadia enjoada. – disse Bia.

Thalia saiu na frente, com o mapa.

Na hora que estávamos entrando, tinha uma placa de aviso.

Aviso neste bosque há cobras venenosas.

–Isso é para tranquilizar. – disse Luke.

Se você for picado por uma siga as intruções (...)

(...)

Não dê pinga,querosene ou álcool para quem foi picado.

–Claro, o cara acabou de ser picado por uma cobra e eu vou dar pinga pra ele. – disse Percy.

–Seria a primeira coisa que Bianca pediria. – disse Thalia.

–Vai se ferrar.

–Sabia que tem gente que chupa o veneno da cobra? – disse Jack. Eu ainda não fazia ideia de quem era esse cara.

–E se o veneno for no... – começou Percy. Mas foi incapaz de completar sua própria frase com sua mente pervertida e que vê duplo sentido em tudo.

–Percy, cala a boca antes que eu te deixe estéril. – disse.

–Vai fazer como Annabeth? Chupando? – disse Luke.

Nunca corri tanta pra matar uma pessoa, só sei que acertei meu sapato na cabeça do desgraçado.

Todos nos seguiram, e vamos dar uma de Thalia: grande erro. ENORME erro.

Pra deixar claro, nossa cor era azul, e para nossa azar, encontramos 7 bandeiras, 1 verde 2 laranjas 2 pretas 1 roxa e 1 branca.

Sorte, é.

–Annabeth, por que você ta carregando essa droga de livro pra lá e pra cá? – perguntou Thalia se referindo ao meu livro de química que eu segurava na mão.

–Por que o Sr. D me atrapalhou bem na hora que eu estava lendo ele.

–Quimica? Você lê livros sobre química? – Percy praticamente gritou.

–Não me surpreende a sua reação, qual foi o ultimo livro que você leu? Os 3 porquinhos?

–Uhn, sem querer deixar ninguém traumatizado, mas aonde é que a gente ta? – perguntou Leo.

Olhei em volta, digamos que:

Quando eu sai correndo disposta a matar Luke Castellan, parece que corremos mais que o necessário, resultado: Todos nos seguiram.

–Fiquem calmos, eu tenho um mapa! – disse Thalia estendendo o mapa do bosque.

–Isso é tão tranquilizador.

Então Thalia resolveu dar uma de maluca (como se ela já não fosse) e virou a “mapiadora” ela levava o mapa pra lá e pra cá e nos empurrava pros lugares esquecidos por Deus. Conclusão: estamos perdidos.

–Não estamos perdidos! – teimou dizer Thalia pela milésima vez em menos de um minuto, Leo continuava a discutir com ela.

–Estamos perdidos.

–Não estamos. Eu tenho um mapa!

–E eu tenho um pouco mais de juízo que você.

–Ta me chamando de maluca?

Leo ficou em silencio com olhar de Thalia sobre ele.

–As pessoas me chamam de malvada e maluca, sabe. Talvez eu seja mesmo.

–Estamos perdidos. – continuou Leo.

Thalia olhava tão fixamente pro mapa que eu pensei que ela estava sendo zumbisada.

–Não estamos! Segundo o mapa nos devemos virar aqui! – disse ela, e... Dando de cara com uma arvore e quase quebrando o nariz. – ai! Quem colocou isso ai?

Suspirei ao ver o obvio enquanto Thalia levantava e continuava a olhar fixamente pro mapa.

–Sabe Thalia. – disse indo até ela, tentando não explodir. – se você continuar com o mapa de ponta cabeça acho que vamos continuar andando em círculos até nossas almas depravadas serem esquecidas por Hades. – disse virando o mapa.

–Ah! – disse Thalia, de repente, como se tudo fizesse sentido pra ela.

–Acabou! Estamos perdidos! Perdidos! – gritou Emma, a amiga de Rachel caindo e chorando no chão do bosque.

–Alguém por favor controle essa menina!

–Ah Deus! Eu não fiz nada de errado! Eu sempre fui uma boa garota!

–Cala a boca Emma, nós estamos no bosque do acampamento não no seilaondequistão.

Ficamos muito tempo andando, tentando encontrar o caminho de volta.

–Eu quero cheetos! – disse Luke. ,

Virei pra ele incrédula.

–Estamos perdidos, sem comida, sem água, sem o conforto de nossas camas macias e quentinhas, e você quer Cheetos? – perguntei.

–Eu gosto de Cheetos!

–Claro, como se nós fossemos encontrar um maquina de salgadinhos Cheetos no meio do nada!

Ouvimos um barulho, “Tisc”

Viramos todos ao mesmo tempo para encarar Percy Jackson com uma lata de refrigerante.

–Onde você encontrou essa porra?!

–Um cara ali me deu. – disse ele apontando pra um ponto extremamente distante.

–Onde?

–Lá pra lá, quando nos perdemos. O cara tava passando com umas latas ai ele me deu uma. Devia ser um dos monitores.

Piper teve que me segurar pra não pular encima da demência desse cara.

Ele sabia que estávamos perdidos e não fala nada. Ele viu a merda de um organizador e concluiu que tomar sua coca em paz era melhor do que perguntar onde nós estávamos. Agora eu tinha a leve impressão de que tínhamos saído da propriedade do acampamento.

O pior não foi isso, foi 7 minutos depois.

Quando Percy saiu dançando, pulando e cantando.

–Ele ta drogado? – perguntou Jack.

Rachel parecia gostar da coreografia improvisada dele.

O que me dava medo, por que Percy dançava igual a um macaco.

–Que medo.

–Me lembre de nunca dar café pra ele. – disse Luke.

–Percy, um gole desse maldito refrigerante já te deixa louco desse jeito? – perguntou Will.

–Olha cara, até Dolly de Abacaxi me deixa doidão. – disse ele não parando de dançar.

Ouvi outro barulho, de passos largos e pesados.

–O que foi isso?

Nós nos viramos a ponto de ver uma sombra se mexendo nas arvores.

Foi bem mágico, por que todo mundo saiu correndo ao mesmo tempo gritando e correndo.

–É o Osama! – gritava Percy, não tive tempo de chutá-lo por esse comentário estupido.

Vi que Rachel quase não corria, era arrastada por todo mundo.

Não sabíamos aonde estávamos indo, só sabia que aquele bicho dava medo.

Até que eu, Piper Leo e Will freiamos ao mesmo tempo (por que estávamos na frente) fazendo os que estavam atrás parar e os do fundão caírem de bunda.

Não tinha saída, eu via a sombra correndo, mas... Digamos que estávamos presos em uma trilha que dava direto pra uma parte escura do bosque, que nem dava pra andar de tantos galhos e folhas juntas. Como se formassem uma porta pra escuridão.

–E agora? – perguntou Will.

–Quem vai?

Ninguém falou.

–Ah vai você mesmo! – gritaram Thalia, Emma e Bia empurrando Percy dentro do buraco de folhas.

–Ta vivo ainda? – perguntei.

–To, mais é muito escuro aqui...

–Ah vá.

–O que falta aparecer, a múmia? – perguntou Thalia se preparando pra entrar lá dentro.

–Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!! – gritou Percy, saindo correndo de lá de dentro, gritando como uma bicha e dando um jeito de se enfiar dentro das pedras que estavam do lado empurrando todo mundo junto com ele.

Ele ficou esmurrando uma pedra gigantesca que bloqueava nossa saída.

–SAI CARALHO! SAI! POR QUE EU NÃO CONSIGO PULAR?! – ele berrava tentando escalar sem sucesso.

A maioria ao seu lado perguntando o que foi, Percy parecia pálido e ocupado tentando escalar um paredão de musgo e terra que não respondeu.

–Aposta que ele viu um morcego? – fiquei parada junto com Thalia, que estava parecendo petrificada olhando para um ponto na escuridão que Percy acabara de sair que eu não enxergava.

–Annie. As vezes, Percy tem razão. É UM URSO! – berrou ela correndo atrás de Percy.

Me lembro de ter feito algo idiota. Fiquei parada. E encarei o urso gigantesco sair da escuridão e...

–Que merda de Catatau. – e logo depois sai correndo chutando canelas e esmurrando resto pra tentar escalar o paredão também.

O que fez todo mundo se separar quando saímos do meio das pedras, todos gritando desesperados e um correndo pra cada lado.

Pov Bianca

Infelizmente, eu também dei a louca e sai correndo pra um dos lados quando saímos do meio das pedras.

Piper estava do meu lado.

Perdidos dos outros, que divertido.

Piper se levantou do tronco da arvore.

–Como tem um urso no ACAMPAMENTO? Isso é impossível.

–Tem uma reserva aqui perto não tem? Ele pode ter fugido, não era muito grande, parecia urso de zoologico. Sr.D vai ficar muito puto.

–Vamos procurar os outros.

Me virei, e comecei a gritar quando dei de cara com um ninho de morcegos.

–Ahhhhhhhhhhh! Corre Piper corre Piper!

E ela continuou parada tentando entender por que eu disparei.

Ela olhou pra frente e viu aquele bando de morcegos que acordaram com meus gritos vindo atrás de nós.

Ela arregalou os olhos e disparou atrás de mim.

–Corre Bia! Corre Bia!

Nós corremos até nossas pernas não poderem mais.

E trombamos com 3 pessoas, Luke Thalia e Rachel.

Nós trombamos com tanta força que eu senti o corpo inteiro de Rachel estralar perto das minhas costas.

–Ai... – reclamou Thalia.

Os Morcegos continuavam vindo, mas não dava pra sair correndo.

–Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! É o Apocalipse! Socorrooooooo!- gritava Rachel desesperada quando um morcego prendeu no cabelo dela.

Thalia parecia se divertir, por que até estendeu o braço e conseguiu apanhar um morcego.

–Ai que bonitinhoooo, acho que vou ficar com ele. Vai chamar Astoufo. – dizia Thalia, fazendo cócegas na barriga do morcego.

–Thalia isso atrai doenças...

Thalia apertou o morceguinho contra o peito.

–Não bebê, não fica triste, a tia Piper não quis dizer isso.

Olhei em volta com cara de “WTF?!” Thalia tinha pirado de vez.

–Uhn... Thalia você não pode ter um morcego...

–O pior é que você tem razão. Eu não gostaria de ser presa... Vá Astoufo! Vá para seus iguais! Seja livre! Vou sentir saudade do meu bebê – eles crescem tão rápido hoje em dia... – dizia Thalia amuada no ombro de Piper.

Olhei pra Luke incrédula.

Ele apenas deu de ombros e suspirou.

–O que eu poderia fazer?

–Você é uma anta escrota.

–Onde é que foram parar os outros?

–Não sei, mas vi o Jason correndo com a Emma.

Piper ficou carrancuda.

–Mato ele.

–E o resto?

–Nem sinal deles.

–Tudo bem, vamos procurá-los...

Eu e Piper seguimos pelo caminho da esquerda, enquanto o resto se separou.

Nenhum sinal de vida.

Pov Annabeth

Tentei não me matar pelo o que estava acontecendo.

É bem simples se você for ver, e nem um pouco agradável.

Com tantas pessoas nessa droga de grupo, com tanta gente para eu ficar quando todo mundo sai correndo, pra mim, lógico, sobrou a opção única e terrível de ser Percy Jackson. Infelizmente, corremos pro lado mais obvio, depois das pedras em um caminho mais aberto, diria que Percy foi esperto, mas optei em pensar que ele só estava em pânico. Depois que vi o urso me lembro de ter agarrado a camisa dele por ter escorregado no musgo, mas ele não parou de correr e me empurrou até... o nada.

–Quer por favor olhar pra minha cara? – pediu ele, enquanto caminhava.

–Não. Prefiro não fazer contato visual.

–Você fala como se eu fosse um E.T.

–E não está muito longe de ser.

–Calma Annabeth, eu não vou te morder. – e segundos depois ele solta um risinho e morde meu ombro.

Solto um berro a ponto de vê-lo rolando no chão de tanto rir

–Ah seu desgraçado! – berrei.

–Ih, ferrou. – Percy se levantou num tapa e saiu correndo floresta a dentro.

–Achou engraçado? Achou é? – perguntei, segundos depois que o apanhei pelos cabelos e o fiz se ajoelhar.

–Não... Annabeth, por favor me solta...

–Diz a verdade! – disse dando um murro na sua barriga.

–Okay... Só um pouquinho...

–Ah eu não acredito! – disse praticamente me jogando pra cima dele e socando cada parte de seu corpo que era visível.

–foi sem querer!

–Como se desse pra morder sem querer!

–Foi só uma brincadeira! Leva na esportiva!

–Comigo não é assim.

–Caramba menina! Me deixa em paz!

–Não!

–Bipolar!

–Conte-me uma novidade Jackson! – disse chutando seu estômago fazendo ele cair pra trás.

–Levanta logo. Idiota. Temos que procurar os outros.

–Você nunca vai arranjar um namorado desse jeito!

–Eu não preciso de namorado! Você pelo contrario, precisa da vaca ruiva até para amarrar seus sapatos.

–Rachel não amarra meus sapatos.

–Sua cara de safado e sua cara de “Oi Annabeth, eu sou culpado” te denunciaram.

–Você sempre tem resposta pra tudo?

–E você tem pergunta pra nada?

Ele balançou a cabeça incrédulo, como se não entendesse.

Suspirei.

–O.k. da a mão. – disse o ajudando a se levantar.

O problema, é que ele é bem mais forte que eu, é mais alto, e tinha apanhado, ou seja. Ele caiu pra trás com fraqueza.

Me empurrado junto com ele.

–Percy não! – berrei, já era tarde, tínhamos caído com tudo no chão, e foi inútil minha tentativa de colocar a mão no chão antes.

–Você ta bem? – perguntei.

–Não. – respondeu ele sufocado, embaixo dos meus seios.

Puta merda.

Tentei me levantar, sem sucesso, a minha blusa prendeu no zíper do casaco dele.

–Fala serio! – reclamei.

–É tão ruim assim ficar preso a mim?

–Pior.

–Calma então, eu dou um jeito nisso.

Ele começou a puxar o zíper com força, sem qualquer resultado.

–Ai cabeça de alga! Assim você vai rasgar a minha blusa.

–Se isso me livrar de você.

Bufei. Tudo bem, eu mereci isso.

–Não ouse rasgar a minha blusa cabeça de alga!

–Que foi?! É uma blusa comum!

–Tem valor sentimental, eu trouxe da Turquia.

–Quando você foi pra Turquia de novo você compra outra.

–Não seja estupido.

Percy arregalou os olhos, um ponto atrás do meu ombro.

–Annabeth... Não se mexa...

–Que foi agora Perseu?

–Não se mexa... Eu vou tirá-la dai... Agora. Só não grite... Por favor...

–Do que é que você está falando?

–Fique calma... é só uma arainhazinha...

–Você quer que eu acredite que tem uma aranha na minha blusa?

–Não to brincando, será que dar pra ficar parada?

–Percy, não seja mentiroso.

Ele estendia a mão pro meu ombro, mais eu dei um tapa na mão dele.

Ele bufou.

–Fica quieta!

–Fica você... Olha, não tem aranha nenhu... – virei a cabeça.

Que merda.

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!

–Quieta Annabeth! – reclamou Percy quando eu comecei a pular. A aranha não era pequena porra nenhuma! Era uma tarântula gigantesca! Mutante! Com o DNA modificado pra triplicar de tamanho!

–MATAAAAAAAAAAAAAAAA

–Só se você ficar parada!

–Eu to parada cacete! Mata esse bicho!

Percy pegou um graveto no meio das folhas secas, e jogou a aranha no chão, depois pisou em cima dela, várias vezes.

Eu só percebi que estávamos abraçados (lê-se eu estava com as pernas em sua cintura e meus braços o enforcavam) quando ele recuou sem graça.

É o pânico, só pode.

Meu rosto estava molhado de lagrimas...

–Eu pedi pra você não gritar. – reclamou.

–Até parece.

Ele bufou.

–Ahn... Perseu, ainda temos um problema... – apontei pra minha blusa que ainda estava presa no casaco dele. Mesmo depois deu ter pulado e esperneando, a blusa não saiu do lugar. Isso é impossível.

–Que saco! Não da pra rasgar logo a droga da sua blusa?

–ta maluco?! Eu vou ficar sem roupa. Seu tarado imbecil.

Percy bufou.

–Não estava nem pensando nisso Annabeth.

–Então a única opção, é rasgar a sua blusa. – disse pra ele.

–Que?! Ah nem ferrando, eu paguei caro nela ok?

–Eu também paguei na minha. – retruquei mal humor.

–Até parece.

–Ela tem valor sentimental.

–Você devia se apegar menos as coisas.

–É tem razão. Estou apegada e presa a você. Esse é o meu castigo.

–E como saímos dessa? – perguntou ele.

Comecei a forçar o zíper dele, que estava completamente emperrado na minha blusa.

–Aff, é serio isso? O que tem nesse zíper? Super cola?

–Deixa eu tentar. – ele pediu, continuando com a mesma coisa que eu estava fazendo.

–Não ta dando certo... – cantarolei sozinha.

–Quer parar de reclamar e tentar me ajudar?

–Tudo bem, incompetente.

Erros.

Muitos erros.

Com certeza.

Por que quando Percy puxou com tudo, cai com tudo por cima dele mais uma vez, nos socando contra uma arvore, doeu obviamente.

Quando isso aconteceu... Eu só pude sentir seus lábios se chocarem contra os meus. Excepcionalmente contra nossa vontade.

Foi apenas um segundo... Por que eu me separei quase que imediatamente. Mas foi o suficiente para meu corpo ficar completamente arrepiado, com ondas de calor passando por todo ele, minha pele formigava de um jeito irritante.

Eu estava vermelha sabia disso, e o maldito zíper... Estava quase se soltando. Graças a deus.

Eu pensei que fosse desmaiar de vergonha... Não foi um beijo de verdade, mas foi o contato mais próximo que já chegamos e chegaremos a ter um do outro.

Pov Bianca

–Meu deus, a Piper vai matar o Jason. – sussurrei para Thalia, se referindo ao fato de que quando todo mundo saiu correndo, Jason acabou ficando com a Emma.

Piper andava de um lado para o outro, os cabelos repicados balançando por seu rosto, ela mantinha a mão na cintura, estava de shorts, e sua perna estava toda arranhada por estar chutando pedra e galhos, a blusa roxa também estava na situação Mendiga.

–Quer se acalmar?

–Não. Eu não confio na Emma.

–Ou é no Jason que você não confia?

–Cala a boca Thalia. Quando se tem um cara lindo gostoso e cheiroso, a gente tem que se preocupar.

–O.k, eu não preciso de detalhes sobre o Jason ta bem?

–Ah tenha dó Bianca, o Will usa gel no cabelo pra ele ficar certinho, é nojento. E Thalia nem me venha falar desse traste que você chama de namorado.

–Ow! Valeu pela parte que me toca Piper!

–Fica quieto, não to falando com você Luke.

–E ela ainda ta de bom humor. – comentei.

Narrador:

Annabeth ainda estava morrendo de vergonha, e encolhida.

Se passaram apenas alguns segundos, ou talvez até minutos.

Ela só sabe que caminhou 5 passos para trás, ficando longe de Percy.

Ambos confusos com o que tinha acabado de acontecer, Percy sentiu o mesmo que Annabeth, talvez até mais forte.

A única diferença, é que Percy sabia “controlar” suas emoções e saber o que fazer depois. Já Annabeth, uma pessoa bipolar, não dava conta nem de abrir a boca para falar que era para fingir que nada aconteceu.

Ela tinha acabado de “beijar” a pessoa que ela mais odiava no mundo.

–A gente precisa encontrar os outros. – Annabeth olhou pra baixo, estava sem graça.

Mas no segundo seguinte já tinha voltado para sua pose de foda-se o mundo, ela não queria que ele pensasse que ela estava se sentindo estranha, quando ela obviamente estava.

Eles andavam em silencio constrangedor pelo bosque, sem saber ao certo para onde estavam indo. Annabeth colocou o cabelo atrás da orelha, e suspirou, e quando deu mais um passo a frente escorregou no musgo, maldito All Star, quantas vezes tinha escorregado até agora? Devia ter ouvido Thalia e ter colocado tênis ou botas de caminhada.

Percy tinha bons reflexos e a segurou antes que ela caísse, fazendo todo o cabelo de Annabeth cair sobre seu rosto, formando um tipo de cortina. Tudo parecia diferente agora. Cada toque dele fazia uma corrente elétrica a percorrer, ela sentia tudo formigar, e as coisas perderem totalmente o sentido. Annabeth odiou isso.

Percy se aproximou dela, enquanto ela se afastava aos poucos, mas seu corpo parecia querer se enterrar no chão, e esperar para ver o que Perseu Jackson faria, próximo de mais... Percy a observava de modo estranho...

É tão lindo o modo como o vento balança com o cabelo dela. Percy se pegou pensando. Ele estava tão confuso quanto ela... Por que ele estava fazendo isso? Por que ele gostava do jeito que os olhos dela iam ficando conforme ele ia se aproximando mais e mais?

–Percy... O que você está fazendo? – conseguiu perguntar.

–Terminando o que começamos. – disse, apenas um segundo de unir seus lábios aos dela.

[HUHUHUHUHUHUHUHUHUHUH ESTRAGANDO CLIMA, quem tiver nojinho de beijão se retire por que as coisas ficam um tequinho quentes, mas eu duvido que vocês se vão, na sinopse deixa bem claro o "nudez, sexo, drogas e Linguagem Imprópria" vocês foram avisados que isso não é nenhuma história pra crianças, mas chorem. Por que não tem nada (NADA) pesado nesse capitulo]

Annabeth ficou surpresa, até de mais, ele também, como se fosse mais que eles fazendo isso.

E impressionantemente mais estranho, foi Annabeth corresponder, envolvendo com certa insegurança o pescoço dele com uma força estranha, como se soubesse que era errado mais não queria soltá-lo, em um movimento reciproco, ele segura tão forte sua cintura que fazia a loirinha levantar alguns centímetros do chão.

O beijo era calmo, diferente de tudo o que o Percy já havia sentido, geralmente as meninas com que Percy ficava, eram vulgares e apressadas em cada gesto e movimento... Mas Annabeth não... mesmo por ter um gênio tão forte, a menina se revelou por ser gentil e com toda a calma do mundo. Calma que parecia se transformar sem desejo a cada minúscula partícula de tempo.

Percy sentia seu gosto, sentia como ela era... Completamente doce, mas não enjoativo, e sim viciante. Impossível de parar.

Annabeth nunca, mas nunca em sua vida toda jamais tinha sentido aquilo;

Percy era estranho... Não era como os outros garotos, que só pensavam em se aproveitar e ser atrevidos e repulsivos, ele era carinhoso, e quanto como ele era... Percy lembrava muito... Maresia.

Tudo nele, até o gosto de seus lábios faziam Annabeth lembrar do mar.

Foram segundos que mais parecia séculos que ele pressionou apenas pressionou os lábios da marrenta.

Ele interrompeu o beijo e olhou para aqueles olhos tempestuosos que tanto o deixavam irritado, mas com um desejo incontrolável de ter aquele ser nos braços.

Ela tentou recuperar aquela tal de consciência, indesejada naquele momento, mas ele estava tão decidido a ter mais dela que não deixou que ela se afastasse, ele lhe beijou carinhosamente o queixo.

A reação dela foi soltar toda sua respiração prendida de uma vez.

Tão perfeita. Por que não minha?

Ele olhou em seus olhos, mas ela os mantinha serrados.

–Abra os olhos... – ele sussurrou contra seus lábios carnudos e tentadores.

Ela estranhamente obedeceu.

Percy lhe mandou um olhar tanto pervertido quanto carinhoso, e afundou os lábios em seu pescoço, ele mesmo não esperava que a sensação fosse tão boa, sentir aquela pele macia e perfumada em seus lábios o deixavam completamente drogado.

Annabeth crespia os lábios, suprimindo um gemido quando ele chupava e lambia seu pescoço com veemência.

Ele lhe dava leves mordidas que subiam até o queixo, e depois voltava para seu pescoço.

Percy viu de relance Annabeth morder o lábio inferior, foi um ato tão fofo, talvez comum, mas não para Percy, foi a coisa mais sensual que ele já virá, ele se inundou em um desejo de fazê-la gemer, queria ela dizendo seu nome, queria ela inteira só pra ele.

Annabeth já estava achando tudo aquilo tortura, a cada mordida que ele depositava sem eu pescoço ela sentia um gemido constrangedor querer pular de seus lábios.

Ela lhe arranhou as costas, descarregando toda aquela tensão que sentia, ele subiu com o lábio mais uma vez até seu queixo, e chegou perto de seus lábios.

E com o polegar, entreabriu a boca da menina lentamente, seu dedo passeou de forma gentil pelos lábios rosados.

Até que Annabeth finalmente sentiu a língua do rapaz tocar em seus lábios, pedindo passagem, no qual ela cedeu quase que imediatamente, ansiosa por conhecer mais e provar mais do garoto. O choque entre os dois foi algo inebriante, e ela não se aguentou de soltar aquele gemido que ele queria ouvir...

–Percy...

Suas línguas dançavam na boca de ambos, como se fossem feitas umas para as outras, como se encaixassem perfeitamente, e quando ela mordia seus lábios de forma desejosa, ele pensou que explodiria, largou todo o carinho e o desejo o consumiu, ele literalmente chupava sua língua enquanto ela puxava a gola de sua camisa pra ele, enforcando.

Mas quem precisa de ar?

Percy segurou a cintura de Annabeth enquanto as mãos da garota bagunçavam o cabelo do garoto, os puxando com brutalidade.

Era impossível parar... O ar começou a vir com dificuldade, eles não queriam parar, não queriam mesmo...

E aquele beijo foi se quebrando tornando-se mordidas possessiva, até virarem novamente selinhos carinhosos.

Annabeth sacudiu a cabeça incrédula, quando ele ia lhe depositar outro beijo, e ela virou o rosto, acertando sua bochecha.

Percy a olhava nos olhos... Ele nunca fez isso antes.

E só perceberam que seus corpos ainda estavam juntos um do outro quando Annabeth recobrou a consciência de quem era Percy Jackson. E do que ele estava fazendo, ele era aquele garoto, e ainda por cima namorado de Rachel, ele era como os outros, não queria nada alem de se aproveitar do momento. E como se aproveitou...

Foi errado, completamente errado, mas Annabeth e Perseu aproveitaram até o último segundo o seu primeiro e ultimo beijo, que nunca mais aconteceria na vida de ambos, foi um erro, nada mais que isso, apenas isso, um erro do qual eles não se arrependiam.