Goin Down escrita por William Grey


Capítulo 1
Uma nova vida


Notas iniciais do capítulo

Está aqui meu primeiro romance.
Espero que gostem, que me desculpem se encontrarem erros, é só avisar nos reviews que corrijo.
E de qualquer forma deixem Reviews. É a única coisa que peço.
Boa Leitura! ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/163154/chapter/1

Toda aquela movimentação no aeroporto estava me entediando. Desde que desci do avião estava esperando a aproximadamente quinze minutos na sala de espera. Minha vontade era pegar as malas e voltar para o avião. Voltar para Nova York.

– Taylor?

Me virei assustada. Era minha tia, Heyley. Ela estava com um enorme sorriso. Percebi seu olhar atento para minha maquiagem: Sombra preta ao redor dos olhos e batom vermelho bem forte.

– Me desculpa a demora. A loja estava cheia de clientes para atender. - disse ela ainda me olhando confusa. - Você está linda. E esse cabelo longo? Perfeita.

– Obrigada. Podemos ir logo? Toda essa gente me olhando me incomoda.

– Claro.

Tia Heyley era minha única parente mais próxima. Desde a morte dos meus pais no último verão, estava decidido que eu teria que ficar com ela. Pelo menos até meus dezoito anos.

Caminhamos juntas por todo o aeroporto até o estacionamento. Permaneci em silêncio. Entramos no Volvo prata de Heyley e ela deu a partida. Não demorou muito e já estávamos na estrada pra casa.

– O que quer ouvir? - perguntou ela.

– Qualquer coisa, sendo rock. - minha atenção agora era da estrada.

– Acho que sei o que você vai gostar.

Ela pegou um cd sem desviar os olhos da estrada. Colocou o cd no som e apertou play. A primeira música eu logo reconheci: Playing God.

– Como sabe que gosto de Paramore?

– Acho que todos jovens gostam desta banda. - ela sorriu. - Taylor, sei que é difícil, mas quer conversar sobre o que aconteceu no último verão?

– Por que não diz A morte dos meus pais de uma vez?

– Tay, eu também fiquei abalada. Sua mãe e eu eramos muito amigas. Afinal ela era minha irmã. Mas eu eu sei o que isso te causou. Consigo ver por esta sua maquiagem sombria que está tentando esconder a dor, passar uma imagem de garota forte.

– Tia, pare. Eu já não gosto de ter que vir morar nesta cidade pequena, deixar para trás meus sonhos, amigos. Houstiville será como um pesadelo pra mim.

– Você irá se acostumar. E também no ano que vem você terá dezoito anos. Poderá decidir pra onde irá. Neste ano foque apenas em conseguir novos amigos. A vida continua Taylor.

– E você? Não se casou? - perguntei. Percebi que de alguma forma isso a entristeceu.

– Não, ninguém quer uma mulher gorda de trinta e seis anos.

– Depois eu achei que era eu a perturbada. - eu sorri. - Tia, você é linda, só precisa confiar mais em você.

– Talvez se eu fizesse um regime e...

– Quem ama não muda, te completa. Vai encontrar alguém que te ame assim, do jeito que você é.

Ela me lançou um leve sorriso.

– Estamos chegando. Vai adorar seu quarto!

– Não tendo nada rosa, eu me viro.

Ela ficou calada e tentou esconder um sorriso envergonhado.

– O que tem de rosa lá? - perguntei.

Olhei bem pra ela. Meu medo era ela dizer: Só as paredes.

– O tapete. - ela respondeu com um certo medo da minha resposta.

– Tudo bem, agente compra um novo.

Foi a primeira vez que rimos juntas. Gostei daquilo. Senti que ela realmente se esforçava pra fazer com que eu me sentisse bem ali.

Heyley estacionou o Volvo enfrente a uma casa rosa. A fachada da casa era toda delicada, e um jardim enorme, muito verde.

– Esqueci de dizer que a casa é rosa.

Heyley saiu sorrindo do carro antes que eu pudesse responder. Eu a segui em direção à porta da frente. Ela abriu e entramos numa enorme sala.

– Por que esta casa é tão grande para uma pessoa só? - perguntei espantada com o tamanho da sala.

– Eu não moro aqui sozinha. Fiz da casa um espécie de república. Daqui a pouco você conhecerá o pessoal. Mas venha, vamos até seu quarto.

Tia Heyley me puxou pela escada até o andar superior. Passamos por um corredor. A casa possuía pelo menos sete quartos no segundo andar. Era realmente uma república.

Heyley abriu uma porta.

– Este é seu quarto, como disse, só o tapete é rosa.

Entrei. O quarto ainda era maior que o da minha antiga casa. Havia um banheiro e uma porta, que deveria ser minha varanda particular. Eu sorri com esta ideia. A cama parecia bem confortável. Após tanto tempo de viajem também, até um sofá de pedra serviria.

O tapete rosa cobria grande parte do chão, e na parede havia uma prateleira repleta de ursos de pelúcia.

– Eles eram de sua mãe. Se não gostar eu tiro. - disse Heyley.

– Tudo bem. Gostei deles. Vou dar nome depois. Um será Jason.

– Você é estranha. - ela sorriu. - Vou te deixar descançar. Tome um banho e relaxe. Depois te chamo pro jantar.

Ela saiu. Eu coloquei minhas mochilas em um canto do quarto. Fui até a pequena varanda ou sacada, não sabia muito bem o que era aquilo. A vista era linda. Dava pra ver toda a rua. Principalmente a casa do vizinho da frente. Olhei bem pro quarto que ficava de frente pra minha varanda. Havia um garoto tocando uma guitarra.

Ele era tão lindo. Cabelos loiros escorrendo pelo rosto, olhos azuis profundos, se vestia como um verdadeiro rockeiro. O garoto se virou e olhou em direção a mim. Eu desfarcei, fingindo olhar o céu.

– Ai que atitude infantil. - eu disse para mim mesma. - Até parece que eu me apaixo... - eu não queria dizer aquilo. Não acreditava em amor a primeira vista.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da Taylor?
Aguardem o próximo capítulo.
E deixem Reviews... se acharem que mereço, escrevam uma recomendação.. Bjos