Como Se Fosse A Primeira Vez escrita por Isabellapattz


Capítulo 26
Sofrendo - Á espera de Um milagre !


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas por ficar tanto tempo sem atualizar, mas é que eu estava mesmo sem nenhuma inspiração. Como eu disse antes, o capítulo anterior não estava nos meus planos e com isso eu tive que repensar a Fic inteira, mas agora estou no caminho certo. Espero que gostem do capítulo e o próximo eu prometo que saíra mais rápido. Bjks e boa leitura!



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POV EDWARD


Demorei alguns segundos pra entender que a Bella estava tomada de pânico.
Ela parecia tão mais tranqüila com esse jantar que vê-la daquela maneira foi um choque pra mim.

Enquanto dirigia em direção a casa dos meus pais eu consegui distrai-lá e acalmá-la bastante, mas no momento em que ela desceu do volvo todo o meu esforço foi inútil. Eu realmente não a reconheci, parecia que algum tipo de força a impulsionava pra fora. Ela olhou em volta com um misto de dor e horror, olhou pra mim e depois saiu correndo com os olhos transbordando de lágrimas. Não sabia ao certo o que fazer, a não ser que devia ir atrás dela. Bella correu pela rua deserta como se tentando ficar o mais longe possível da casa dos meus pais. Fui atrás chamando-a, mas ela não parecia me ouvir.
Quando chegamos na saída do condomínio eu gritei o máximo que pude e estava quase a alcançando quando senti que vinha um carro em alta velocidade pelo nosso lado direito.

Eu não pensei duas vezes. Me impulsionei com toda força pra frente, a fim de tirar Bella do caminho, mas quando pensei que conseguiria tirá-la do meio da rua...

Bella parou e olhou na direção do farol do carro, e no instante em que eles iluminaram seu rosto parecia que ela estava nas nuvens, a expressão de dor e pânico totalmente apagada das suas feições, ela estava serena.

E apenas segundos depois o carro se chocou contra seu corpo pequeno. Eu a vi ser lançada para o alto e cair uns 3 metros à diante. Minha garganta já estava rouca de tanto que eu gritei. Parei a corrida abruptamente e olhei sem reação para o corpo inerte caído no chão um pouco à frente. Senti quase todos o meus sentidos serem apagados. Não ouvia, não sentia, não falava, não respirava e minha mente estava em branco. Só conseguia ver o corpo da mulher que eu amava estirado no chão.

Senti as lágrimas descerem pelo meu rosto e minhas pernas. Porque logo a minha Bella? Me arrastei até ela e implorei que ficasse comigo. Mas ela se entregou à inconsciência me deixando ali, parado, perdido, tentando encontrar forças no fundo da minha mente pra levantar e pedir por ajuda, mas sem forças o suficiente para sair de perto dela.

Senti uma mão no meu ombro e me deparei com um homem barbudo, de meia idade, mas com os olhos lacrimosos e sinceros.

– Eu sinto muito, muito mesmo. Não queria que isso acontecesse, mas a menina apareceu do nada..- Ele puxou os cabelos e olhou ao redor, como se tivesse imaginando de onde a Bella tinha saído. – Eu sinto muito. Já liguei pra ambulância. Eles estão a caminho, vou arcar com tudo que a menina precisar. Eu prometo. – Eu não pensei que era injusto descontar a dor de uma fatalidade no pobre homem, não pensei que o erro tinha sido da Bella por sair correndo em direção a rua, não pensei que poderia ir parar na cadeia. Eu apenas levantei e com todo raiva que estava sentindo no momento me lancei contra o homem com as mãos na sua garganta. Queria apenas aliviar a dor.
O homem foi pego desprevenido e na hora ficou sem reação diante da minha fúria. Eu queria acabar com ele por atropelar a razão da minha vida.

– Edward, pare já com isso. – Ouvi a voz atrás de mim e soube que era o meu pai, no minuto seguinte suas mãos fortes agarraram meus pulsos soltando minhas mãos do pescoço do homem e andando comigo para longe.

– Me larga pai, ele machucou a Bella. A minha Bella, pai. – Disse entre soluços cortados. – Eu vou acabar com você. Pode esperar. Eu vou fazer o mesmo com você. Seu miserável. Você machucou a Bella, eu vou te matar. – Gritei a todos pulmões para o homem que ainda estava atônito pelo meu súbito ataque de fúria. Nem eu mesmo conhecia esse meu lado assassino.

– Vamos meu filho. Você tem que se acalmar, como vai cuidar da sua namorada desse jeito? Ela precisa de você, pense nela. – Meu pai ficou dizendo palavras de incentivo no meu ouvido e toda a raiva evaporou com a mesma rapidez com que apareceu. A realidade me abateu como um soco e imaginar que eu poderia perder Bella para sempre fez com que eu me jogasse nos braços do meu pai e chorasse como uma criança. Eu não ligava para o que as pessoas reunidas em volta pensariam, só queria que todo esse pesadelo passasse e eu pudesse levar a Bella até a porta do seu hotel como sempre fazíamos, trocássemos uns beijos e depois eu partiria feliz por deixá-la em segurança.

Em algum lugar no meio da névoa de dor que eu estava sentindo pude escutar o barulho da sirene da Ambulância. O socorro para o meu amor estava à caminho.

_____POV - 3° Pessoa______


Alice entrou apressada no Hospital sentindo seu coração martelar contra o peito. Quando passou pela sala de espera viu que tinha sido a primeira visita a chegar e sentiu um alívio momentâneo por ter chegado tão cedo.
Olhou no relógio e viu que ainda eram 6:25 da manhã. Edward devia estar a caminho também. Ele mais do que todo mundo esperava por essa ligação.

Quando Bella deu entrada no Virginia Mason Medical Center in Seattle com hemorragia interna e em estado grave por traumatismo craniano todos pensaram que ela iria morrer. Edward ficou inconsolável e não conseguia se manter em pé por mais de 10 minutos, ele passou as duas últimas semanas a base de calmantes. Todos os amigos de Bella foram visitá-la diariamente. Apesar dela não ter pais e nem parentes ela não passou um dia sequer sozinha no hospital. Foram as duas semanas mais tristes para todos os amigos. Alice ia quase todos dias –Ela também fazia faculdade, apesar de ser impossível saber como ela conseguia estudar, trabalhar e badalar ao mesmo tempo– depois do expediente pra visitá-la acompanhada do Jacob. Eles dois tinham mantido a amizade durante a reforma do apartamento da Bella e agora eram quase inseparáveis.

Bella estava em coma induzido para ajudar na sua recuperação interna, mas os médicos falavam que não tinha como uma pessoa passar por um traumatismo craniano grave e não ter nenhuma seqüela, isso era muito raro. E que ela mesma sairia do coma quando a sua mente estivesse preparada pra isso. Os médicos diziam que todos deviam ter fé, era a única coisa que salvaria Bella. E foi com essa fé que na primeira semana que Bella passou internada Alice foi até a igreja que ela gostava de freqüentar e conversou com o padre. Alice contou sobre o acidente e a forma inexplicável – nem mesmo Edward conseguia dizer o que foi que deu nela pra sair correndo pelas ruas daquele jeito. – como ele aconteceu. O padre Jeremiah foi comigo até o hospital, rezou pela Bella e antes de sair deixou um crucifixo na mão dela. Mas nem as orações do padre foram o suficiente para ela acordar.

Com o passar dos dias Alice focou no final da reforma do Apê da amiga. Ela já estava começando a perder as esperanças também e não queria viver a base de calmantes como o Edward então chamou Jacob e o Paul e passaram o tempo livre terminando as obras. Agora o apartamento estava lindo e o que mais Alice queria era que a amiga acordasse e pudesse ver o quão perfeito e aconchegante eles deixaram o lugar.

E Alice sentia que esse momento estava pra acontecer.

Nos últimos três dias ela vinha tendo sonhos estranhos com a Bella. Nas duas vezes era o mesmo sonho e durava a noite inteira, se repetindo toda hora.

~Alice caminhava em um jardim florido, mas em volta dela havia muita neblina, mesmo com o sol intenso e o dia claro ela sentia frio e a neblina a seus pés a deixava incomodada. Conforme Alice seguia pelo jardim bem cuidado e com todos os tipos de flores ela via Bella deitada no gramado com a roupa do Hospital. Quando chegava perto e se agachava ao lado da amiga, Bella abria os olhos e olhava pra ela sem expressão nenhuma. Era como se não a conhecesse, mas também não sentia medo nem repulsa, nada e assim a neblina as envolvia e Alice acordava.

Mas na última noite quando Alice se abaixou ao lado de Bella sentiu um sinal de reconhecimento passar pelo rosto da amiga. Bella tocou levemente a mão dela.

– Alice? – A voz rouca e baixa de Bella dava a impressão de que ela estava há muito tempo sem falar e por isso teve que se esforçar. Alice segurou a mão dela e sorriu em meio as lágrimas, era como se Bella tivesse voltado depois de muito tempo desaparecida.


A neblina as envolveu e Alice acordou, assustada e suada. Ela ficou deitada na cama olhando para o escuro que estava o seu quarto e refletindo sobre o sonho. Alice sentia que o sonho não era algo aleatório, tinha alguma coisa haver com a recuperação de Bella. E agora que a amiga a tinha reconhecido no sonho ela sabia que era algo bom, mas ainda não conseguia tirar a sensação de incomodo e frio que a neblina causava. Era como se a felicidade não fosse ser completa. Suspirando Alice decidiu que não conseguiria mais dormir. Saiu em direção ao banheiro, mas no caminho ouviu seu celular tocando. Ela não imaginava quem poderia estar ligando às 5 da manhã então deduziu automaticamente que eram notícias do Hospital.

Quando Bella deu entrada no Virgina Mason Medical Center pediram o endereço e telefones do familiar mais próximo dela, como Bella não tinha familiares Alice e Edward deram seus endereços e telefones. Se qualquer coisa acontecesse, qualquer coisa mesmo, tanto boa quanto ruim, deveriam ligar para os dois imediatamente. Nas duas semanas seguintes eles não receberam nenhuma ligação do Hospital e de alguma forma isso era meio que bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque significava que Bella ainda estava viva, mesmo na situação em que se encontrava. E ruim porque ela continuava perdida em algum lugar dentro da própria mente.

– Alô. – Alice atendeu com o coração acelerado.
– Desculpa incomodar a essa hora, mas é do Hospital Virginia Mason, gostaria de Falar com Alice Brandon.
– Sou eu.
– É sobre a paciente do quarto 110, Isabella Marie Swan. A senhora disse que poderíamos ligar a qualquer hora..
– Sim sim, eu disse. Pode, por favor, ir direto ao assunto? – Perguntou aflita.
– Ah, sim claro. Bom, o médico responsável pelo caso da Isabella pediu que eu ligasse para os amigos dela e avisasse que a paciente apresentou mudanças no quadro clínico, mas que ele ainda não sabe se é uma coisa boa ou ruim. ‘Então é melhor vocês estarem aqui para se despedir caso seja a última vez que Isabella mude. Isso era o que a recepcionista queria dizer no final, mas sabia que seria grosseiro e anti ético. Então apenas deu o recado que o médico pediu e depois desligou logo começando a discar o número do namorado da paciente, Edward.

Assim que Alice desligou o celular ela correu para o banho a fim de se arrumar. Com o barulho que ela estava fazendo, a sua avó, que tinha o sono muito leve acordou e enquanto se arrumava Alice contou o que estava acontecendo.

E assim Alice estava entrando na recepção do Virginia Mason afobada e depois correndo até o quarto de Bella. Quando entrou sentiu o coração martelando dolorosamente no peito. O médico da Bella, Dr Stefan, estava ao lado da cama dela com a mão no seu pulso e olhando fixamente para o seu rosto, como se estivesse esperando que ela mexesse algum músculo do rosto ou até mesmo as pálpebras. Alice entrou devagar e parou do outro lado da cama. Olhou ansiosamente para o Dr que respondeu a pergunta silenciosa dela.

– Bom, a mais de uma hora que Isabella está com os batimentos cardíacos bem mais acelerados e algumas partes do corpo voltando a ativa, fiz uns exames rapidamente e ao que tudo indica, acho que sua amiga pode acordar a qualquer momento, dentro de 2 a 3 dias. – Ele disse com um sorriso no rosto e Alice não conseguiu não sorrir de volta. – Bem, mas tenho que preveni-la que Isabella pode ter seqüelas graves por causa do trauma no cérebro. Mesmo que os exames mostrem que a cabeça dela esteja aparentemente normal não podemos dizer com certeza que tipo de seqüelas ela pode sofrer. No momento eu aconselho a conversar com ela, faça com que Isabella a escute, diga coisas que possam soar familiares a ela, isso pode ajudá-la a acordar.

– Tudo bem doutor.
– Agora eu preciso ir ver outro paciente. Bom dia Alice.
– Bom dia Dr Ray. – Quando o médico saiu do quarto Alice puxou a cadeira para perto da cama da amiga e estava começando a se preparar pra conversar com ela sobre tudo que ela estava perdendo nessas 2 últimas semanas quando Edward chegou afobado, suado e com semblante cansado. Ele passava a maior parte do tempo livre –quando não estava na faculdade –com Bella no hospital e na única noite em que ele e mais ninguém estava lá com ela aconteceu alguma coisa importante. Alice pensou que com certeza, todos eram azarados e deviam manter distância de Bella até que ela melhorasse.

– Alice, o que houve com a Bella? Ela piorou? – Ele disse passando direto pela Alice e indo direto para o lado de Bella, a tomando pelo pulso e tocando sua testa. Alice suspirou e começou a contar exatamente o que o médico havia lhe dito, vendo os olhos do Edward brilharem, mesmo nas partes ruins da história.

Mesmo sem saber os dois pensaram ao mesmo tempo que os próximos dias seriam os mais longos e angustiantes das suas vidas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada as meninas que ainda não me abandonaram, apesar do caminho longo percorrido até aqui. Bjs e nos vemos no próximo cap.