Golden Slytherin escrita por Scarla, Biaa_Liaa


Capítulo 13
Capítulo X – Surpresas de Coração e Mente


Notas iniciais do capítulo

Ta aí, postado rapidinho ;D espero que gostem!



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Capítulo X – Surpresas de Coração e Mente

   Rose e Stan continuaram conversando no salão comunal até que mais ou menos às oito horas todos os seus amigos desceram. Ao ver os dois jovens conversando animadamente em uma das poltronas verdes da sala, Scorpius tombou a cabeça para o lado, um pouco confuso. Não havia reparado que Stan e Rose tornaram-se próximos.

   _ Ah! _ Stella exclamou _ Ai estão vocês! Não vimos os dois lá e cima e ficamos achando que tinham sido sequestrados por algum fã alucinado que ouviu a Rose cantando no trem...

   _ Também imaginamos que estivessem fazendo outra coisa, mas vamos deixar só a história da Stella... A que se passava na minha cabeça era um pouco mais maliciosa. _ a voz de James dizia. Rose imaginou que ele estivesse sob efeito de um feitiço de desilusão para que não fosse visto no “covil das cobras”, quando apenas ouviu a voz do primo, sem vê-lo em lugar algum.

   A garota revirou os olhos e olhou sorrindo para Stan, que já a observava.

   _ A parte do fã seqüestrador maluco nem é tão absurda assim... _ o loiro disse _ Vocês não tiveram a honra de presenciar a música incrível que Rose acabou de cantar!

   _ Eu? _ a garota riu _ Vocês não viram o show que o Stan deu me acompanhando na música... Foi espetacular! _ ela disse olhando para o mais novo amigo com um olhar de admiração.

   O contato visual que os dois mantinham foi quebrado por Scorpius, que pigarreou desconfortável.

   _ Então... Desde quando você canta? _ Scorpius perguntou olhando para o companheiro loiro.

   _ Ele não canta. Não na frente de alguém além de mim... _ Stella disse, olhando inquisitiva e divertida para o irmão _ Estou impressionada, Stan! Devíamos ter te conhecido há mais tempo, Ro...

   Os amigos andaram até a saída da sala comunal e só quando já estavam livres do ambiente de Salazar Slytherin, James, Fred e Robert voltaram a ficar visíveis. O Potter carregava uma caixa de suco de abóbora e ia tomando-o a goladas, arrancando risadas dos amigos, que sabiam que aquilo duraria uma semana. Fred, ao lado de Lucia, perguntava-se o que o aguardava durante aquela semana. Não queria ficar viciado em suco, muito menos ter uma crise de meia idade. Perdeu-se em devaneios e nem percebeu virar o pescoço olhando para uma garota da Corvinal que passava. Demorou alguns segundos para perceber que seus amigos não o seguiam, mas quando o viu, parou.

   Os amigos o olhavam de forma surpresa. James e Robert com uma sobrancelha levantada e uma expressão divertida. Rose e Stella olharam incrédulas, não acreditando que ele colocaria o plano a perder por culpa de uma menina qualquer. Stan olhava a amiga loira de esguelha, esperando por uma reação da garota. Alvo e Scorpius tinham uma expressão indignada, como se quisessem cuidar de uma irmãzinha maltratada pelo namorado. Fred, então, percebeu o que tinha feito. Não sabia bem como reagir e tinha medo de olhar para a namorada falsa, mas teve que fazê-lo. Ela o fuzilava com os olhos e, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Lucia saiu andando em direção ao Salão Principal, sendo seguida pelas meninas.

   _ Vacilou, cara! _ Scorpius disse, decepcionado.

   _ É! Lucia é boa de mais pra ter que passar por isso! _ Alvo saiu andando com os amigos loiros em seu encalço.

   _ Preciso de explicações! _ Fred disse olhando com os olhos arregalados para os amigos _ Nosso namoro é de mentira! Por que ela teve aquela reação?

   _ Sei lá... _ James disse sarcástico _ Talvez porque se ela não agisse daquele jeito o tonto do meu irmão ia perceber que vocês não namoram de verdade?

   _ Credo! _ Robert comentou _ Você falou igual ao Scorpius.

   _ Convivência. _ James deu de ombros _ Espera um pouco para falar com ela, Lucia deve ter feito aquilo como encenação pro Alvo... Até que foi uma boa idéia... A impressão de que vocês estão passando por um momento difícil vai dar esperanças a ele, se isso estiver funcionando!

   _ É... Mas eu não queria passar essa impressão logo na primeira semana de relacionamento. _ Fred pensou alto _ O engraçado é que eu nem percebi que fiz aquilo... Foi tão... Natural!

   _ Com aquela garota, cara! _ James sorriu malicioso _ Olhar é natural até pra mulheres! Que arraso!

   _ É... Que arraso... _ Robert murmurou olhando para trás e vendo que a garota loira para quem Fred acabara de olhar estava virando o corredor, na direção oposta a que eles seguiram.

   Longbottom não pôde deixar de lembrar-se de um passado não recente, mas ainda assim, nada distante. Um passado em que ele, com aquela garota da Corvinal, sorriam e conversavam como dois velhos amigos, antes de tornarem-se dois belos amantes.

Virando o corredor...

   Kendall revirava os olhos. Fred Weasley conseguia ser quase tão idiota quanto Robert Longbottom. Olhara sem discrição alguma enquanto ela passava, mesmo estando ao lado de sua namorada. Namorada de três dias. TRÊS DIAS! Talvez ele fosse pior do que Rob, que pelo menos esperou algumas semanas antes larga-la depois de... Bem, não importava.

   Se não bastasse a situação, ela ainda teve que passar na frente de Robert. E ela não sabia o porquê de ainda pensar nele como Robert, não conseguia evitar. De qualquer maneira, ela o evitava ao máximo fazia um ano. Quando percebeu que ele estava naquele maldito corredor, já era tarde. Não teve tempo de se desviar, ainda mais porque ele a viu quando estava entrando no corredor. Deixá-lo perceber que ele ainda a afetava? Que ela ainda se importava? Sem chance!

   Continuou andando em direção à sala comunal de sua casa, respondeu a pergunta e correu para o seu dormitório no momento em que viu a passagem aberta. Ela havia esquecido o dever de Poções que já havia feito há uma semana em sua cama. Poderia facilmente dizer a Luna que esqueceu no quarto, mas gostava de mais da professora para decepcioná-la desse jeito. Tudo bem, talvez decepcioná-la tenha sido exagerado, mas o fato é que voltou para buscar o dever e encontrou Robert no caminho... Robert esse que, por sinal, era filho de Luna. É. A vida é muito confusa para que o ser humano tente entende-la e o destino é imprevisível de mais para ser evitado.

   Já a caminho do Salão Principal, Kendall corria, já que não havia tomado seu café da manhã. Tentava guardar os livros na bolsa e não olhava por onde ia. Chocou-se contra alguém, da mesma forma como aconteceu no ano anterior. Lembranças invadiram a garota, que teve medo de olhar para cima. O garoto, cujos pés eram só o que Kendall via, estendeu uma das mãos para ajudá-la a se levantar. Aquelas não eram, graças a Merlin, as mãos de Robert Longbottom.

   _ Hei! _ Luke disse _ Você está bem?

   _ Ah! Oi, Luke! _ a loira disse corando um pouco _ To bem sim... Sabe como é... Cair é tendência de desastrado!

   Luke sorriu de lado

   _ Cuidado por aí! Alguma hora você pode não dar a sorte de esbarram em um cara legal como eu! _ ele disse e saiu andando.

   Kendall virou o pescoço para vê-lo seguir. O garoto era lindo.

   _ Seca a baba aí... _ ele ouviu uma voz que não se dirigia a ela há tempos, mas que ainda era muito conhecida.

   _ Desculpa? Eu te conheço? _ Kendall perguntou a Robert, que estava parado ao lado dela, e saiu andando, sentando-se ao lado de Malice na mesa da Corvinal.

   _ O que Robert Longbottom queria com você? _ ela perguntou sorrindo maliciosa _ Ele é um dos caras mais gatos de Hogwarts!

   _ Nada... Ele não queria nada. _ Kendall murmurou olhando para a porta, onde Robert ainda estava parado e olhando para ela.

Lily e Hugo – Feitiços, primeiro horário.

   Eles não se falavam. Lily resolvera, depois da extrema falta de educação do primo e depois de vê-lo conversando com Lohan Thomas, que ignoraria Hugo por um tempo, para que o ruivo repensasse suas atuais atitudes. O problema é que ela não esperava que Hugo não fosse ligar para o fato de que eles não estavam se falando.

   Ela esperava que ele fosse atrás dela, que ele se desculpasse e que eles voltassem a se falar em pouco tempo, como sempre acontecia quando eles brigavam. Um procurava o outro. Porém o silêncio de Hugo a estava perturbando. Quando acordou e viu que Hugo a esperava na sala comunal como todos os dias, achou que ele estaria agindo menos estranho, mas ele não falou com ela quando a viu. Ele apenas a esperou alcançá-lo e, sem um sorriso ou uma palavra, seguiu em direção à porta da sala comunal de sua casa. Lily apenas caminhava ao seu lado, confusa com a reação do primo.

   O que afligia o garoto? Não devia ser a presença da prima, já que ele a esperara antes da aula, como sempre fazia. Também não deviam ser provas! Como pudera ainda estando na primeira semana de suas aulas? Lilian só sabia que o primo não estava bem, e tudo o que ela queria era reconfortá-lo e descobrir o que o incomodava, para que ela pudesse destruir o motivo que tornava o seu primo, o seu melhor amigo, o seu Hugo naquela pessoa fria, sem sorrisos, sem brincadeiras e sem o afeto que sempre destinara a todos.

   Antes do dia anterior, ainda no primeiro dia de aula, o ruivo agia normalmente. Lily sabia porque o vira abraçado a Rose, sussurrando algo que fez a garota sorrir, e Lilian soube, na hora, de que ele estava tomando seu papel como irmão companheiro que ele usava até mesmo com ela. Uma das características do ruivo que a fazia amá-lo e admirá-lo tanto era a sua prontidão para ajudar aqueles que lhe eram queridos.

   Lilian queria confrontá-lo. Arrancar, dele, a verdade sobre o que o fazia agir daquela maneira. Mas ela não tinha coragem alguma. Tinha coragem de assistir a filmes trouxas de terror, de entrar em lugares desconhecidos e enfrentar estranhos, mas o olhar vago e frio do primo tirava-lhe toda a coragem que a casa Grifinória encontrara nela.

   _ Turma, que tal praticarem um pouco do feitiço convocatório? _ o professor Ernesto Macmillan disse na frente da turma, provavelmente após uma longa explicação do que era, para que servia e como fazê-lo _ Peguem algum obejeto simples que tenham nas mochilas, algo que não se confundirá com os objetos de seus colegas.

   Lily voltou a sua atenção para a aula que ocorria mais a frente. Ela percebeu que perdera parte da matéria e que não tinha ideia do que fazer. Feitiço convocatório... Feitiço convocatório... Ela pensava em todos os feitiços que em sua vida, sendo sobrinha de Hermione Granger, prima de Rose Weasley e, principalmente, filha de Harry Potter, poderia ter ouvido e seria o tal que o professor desejava que ela realizasse.

   _ Accio medalhão! _ uma voz extremamente conhecida soou na sala pela primeira vez no dia, realizando perfeitamente o feitiço justo na primeira tentativa.

   _ Muito bem, Weasley! _ o professor Macmillan exclamou _ Dez pontos para a Grifinória!

   O ruivo nem mesmo sorriu. Apenas pegou seu medalhão e continuou realizando o feitiço. Se Lilian Luna Potter não conhecesse Hugo Weasley desde o dia de seu nascimento, acharia que era normal. Talvez o garoto não tivesse sorrido por sono, ou por não estar em um bom dia, quem sabe? Mas não! Lilian o conhecia desde sempre, talvez o conhecesse melhor do que ela mesma e ele a ela. Hugo detestava Feitiços. Sempre detestou. Só fazia a aula por muita insistência da prima, que concordara fazer Adivinhação com o garoto. Ele era péssimo na dicção dos encantamentos e era péssimo na realização deles. Era péssimo até mesmo na teoria. Parecia-se muito com Ronald Weasley nesse aspecto.

   _ Hugo? _ Lily sussurrou, chegando perto do primo, que a ignorou _ Hugo? _ ela insistiu e o ruivo virou-se para ela.

   _ O que quer, Lilian?

   A garota assustou-se com a rispidez empregada em sua voz, mas tratou de continuar, antes que lhe faltasse a coragem novamente.

   _ Você está bem?

   Hugo abriu um sorriso de lado, maldoso. Lily nunca havia visto o primo com aquela expressão ou algo parecido.

   _ Não podia estar melhor. _ dito isso, virou-se novamente para onde o medalhão repousava e voltou a praticar o feitiço, ignorando completamente a cara de desolação feita por Lilian. Ignorando até mesmo a falta da garota em todas as aulas que se seguiram até o horário do almoço.

Robert – Matando aula descaradamente pelos corredores do castelo.

   Robert se aproximava da sala de Feitiços, onde não teria aula, mas sabia que alguém que lhe interessava bastante teria, lá, o seu próximo horário. Quando já estava no corredor da sala, ouviu o sinal tocar e viu que, antes de todos, uma baixinha de cabeleira ruiva saiu correndo pela porta. Ele conhecia aquela baixinha.

Beauty queen of only 18

(Rainha da beleza com apenas dezoito)

She had some trouble with herself

(Ela teve alguns problemas com ela mesma)

He was always there to help her

(Ele sempre estava lá para ajudá-la)

She always belonged to someone else

(Ela sempre pertenceu à outra pessoa)

   Correu atrás dela, esquecendo que esperava encontrar Cassandra no caminho e que tinha a intenção de convidá-la para sair. Ele só queria ajudar a garotinha que saíra correndo. Aquela garotinha que ele viu nascer em seus curtos três anos de vida, aquela mesma garotinha que cresceu perto dele. Ele queria ajudar a irmãzinha de seu melhor amigo, que agora chorava pelos corredores.

I drove for miles and miles

(Eu viajei por milhas e milhas)

And wound up at your door

(E parei à sua porta)

I’ve had you so many times

(Eu tive você tantas vezes)

But somehow I want more

(Mas de algum modo eu quero mais)

   _ Lily! _ Rob chamou _ LILIAN! _ gritou, na esperança de que a ruiva ouvisse.

   A Potter parou onde estava e olhou para trás. Vendo que quem a chamava era Robert, o mesmo que havia batido no garoto que a fizera chorar no primeiro ano, chamando-a de cabelo de fogo, ela correu para abraçar o garoto, que estreitou os braços ao seu redor, sem nem mesmo perguntar o que a havia aborrecido ou assustar-se com a atitude da garota.

I don’t mind spending everyday

(Eu não me importo de passar todos os dias)

Out on your corner in the pouring rain

(Na sua esquina embaixo da chuva)

Look for the girl with the broken smile

(Procure a garota com o sorriso partido)

Ask her if she want to stay awhile

(Pergunte se ela quer ficar por perto)

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

   _ Shh! _ o garoto apenas tentava confortá-la com o mesmo som que a mãe sempre usara para confortá-lo _ Em quem eu preciso bater dessa vez?

 _ ele perguntou em um tom de humor.

   _ Ah, R-rob! _ ela choramingava gaguejando por causa dos soluços que a invadiam _ O-o Hu-u-go! E-ele t-t-ta muit-to estranho!

   _ Como assim estranho, querida? _ ele estava sendo carinhoso, coisa que não era esperada, não vinda de Robert Longbottom.

   _ Ele n-não fala mais c-comig-go, a-anda falando com Lohan T-thomas, c-coisa que ele t-tinha rep-pudio antes d-dessa seman-na!

Tap on my window

(Bata na minha janela)

Knock on my door

(Bata na minha porta)

I want to make you feel beautiful

(Eu quero fazê-la sentir-se bonita)

I know I tend to get so insecure

(Eu sei que eu tendo a ficar tão inseguro)

Doesn’t matter anymore

(Não importa mais)

   _ E só por isso, meu bem? _ Robert disse sorrindo um pouco _ Lily, Hugo pode parecer anos mais novo do que você por causa da personalidade dele, mas ele também cresceu! Ele também tem quinze anos!

   _ V-você não entende, Rob! _ a ruiva disse, agarrada ao amigo, sem preocupar-se se estava molhando e sujando de rímel preto a camisa branca do garoto _ Ele nunca foi assim! Ele nunca foi bom em feitiços, ele nunca foi frio comigo, ele nunca ficou tanto tempo sem falar comigo! Ele nunca conversaria racionalmente com um cara que terminou com a irmã dele porque ela não queria transar com ele! Esse não é o meu Hugo!

   _ O seu Hugo, Lils? _ Robert perguntou com uma sobrancelha erguida. Alguma coisa se revirou em seu estômago. Será que Lily estava apaixonada?

It’s not always rainbows and butterflies           

(Não são sempre arco-íris e borboletas)

It’s compromise that moves us along, yeah

(São as concessões que nos impulsionam)

My heart is full and my door’s always open

(Meu coração está cheio e minha porta sempre aberta)

You can come anytime you want

(Você vem sempre que você quiser)

   _ O meu primo, o meu melhor amigo! Sim, o meu Hugo! _ Lily disse _ Ele esteve sempre comigo, Rob! _ ela olhou para ele, ainda com os braços ao redor do tronco forte de Robert.

   Os olhos da garota, castanhos como chocolate, iguais aos de Gina Potter, estavam vermelhos e deles saiam trilhas de lágrimas, algumas com as gotas ainda presas ao rosto claro de Lily. Robert, sem saber o porquê, pegou-se acariciando as bochechas da garota, secando as lágrimas que ainda teimavam em escorrer. Seu polegar correu da face agora corada da garota, pelo maxilar da mesma, segurando-a pelo queixo e erguendo a cabeça da ruiva e inclinando a própria até que seus lábios estivessem muito próximos.

I don’t mind spending everyday

(Eu não me importo de passar todos os dias)

Out on your corner in the pouring rain

(Na sua esquina embaixo da chuva)

Look for the girl with the broken smile

(Procure a garota com o sorriso partido)

Ask her if she want to stay awhile

(Pergunte se ela quer ficar por perto)

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

   _ O que você está fazendo? _ Lilian sussurrou em pergunta, entorpecida de mais com o perfume de Robert.

   _ Eu não tenho ideia... _ ele sussurrou de volta, dividindo o olhar entre os olhos e os lábios da ruiva _ Mas eu não quero parar, você quer?

   Ela também alternava o olhar entre os lábios e olhos do garoto. Seu olhar prendeu-se na boca de Robert por um tempo maior e balançou a cabeça negativamente, respondendo a pergunta dele.

I know where you hide alone in your car

(Eu sei onde você se esconde sozinha em seu carro)

Know all of the things that make you who you are

(Eu sei todas as coisas que fazem você quem é)

I know that goodbye is nothing at all

(Eu sei que despedidas não são nada de mais)

Comes back and begs me to catch her every time she falls

(Ela volta e me implora para segurá-la toda vez que cair)

   Aproximando-se mais, os lábios dos dois se encontraram, começando um beijo calmo, que nenhum dos dois entendia realmente como estava acontecendo. Ela era a irmã mais nova de seu melhor amigo! E então ele se lembrou de uma história parecida. Harry e Gina Potter.

   Mas aquilo não era certo! Ela era três anos mais nova do que ele! Ela tinha só quatorze! Era apenas uma criança! Mas não... Ela não se parece em nada com uma criança! Ele chegou à conclusão e continuou beijando-a, sem perceber que prendia a respiração.

Tap on my window

(Bata na minha  janela)

Knock on my door

(Bata na minha porta)

I want to make you feel beautiful

(Eu quero fazê-la sentir-se bonita)

   As mãos pequenas de Lily estavam no cabelo de Robert, perto da nuca, onde ela acariciava os fios negros e arranhava, de leve, com suas unhas curtas. Uma das mãos do garoto ainda estava no queixo dela, a outra puxava sua cintura mais para ele, mas sem apertá-la de mais. Ela parecia tão frágil!

   E então ele lembrou-se que precisava respirar. Separou-se com jeito de Lily, mantendo seus olhos fechados por um tempo e respirando profundamente com um pequeno sorriso. Abriu os olhos e viu que Lily o encarava, um pouco confusa.

   ­_ Do que está rindo? _ ela perguntou.

   _ Foi bom. _ ele disse simplesmente, arrancando um sorriso de Lilian, que parou de sorrir um segundo depois.

   _ E agora?

I don’t mind spending everyday

(Eu não me importo de passar todos os dias)

Out on your corner in the pouring rain

(Na sua esquina embaixo da chuva)

Look for the girl with the broken smile

(Procure a garota com o sorriso partido)

Ask her if she want to stay awhile

(Pergunte se ela quer ficar por perto)

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

   Robert entendeu a pergunta. Ele não sabia exatamente a resposta. Tudo estava acontecendo rápido de mais! Ele sempre fez brincadeiras com Lily, mas nunca na intenção real de ter algum relacionamento daquele com ela. Até sugeriu que a levaria no baile de Halloween, e a levaria se ela realmente quisesse, mas para vê-la feliz, não por segundas intenções! Por Merlin! Ele ainda tinha que contar aquilo para James! Droga! James e Alvo!

   _ Agora a gente espera... _ ela o olhou confusa e ele prosseguiu _ A gente espera ver o que vai acontecer, a gente espera pra ver se seus irmãos não vão me matar, e a gente espera pra ver se Harry Potter não vai me caçar!

   Ela sorriu com leveza. Não que ela esperasse que ele a pedisse em namoro ou algo assim. Não! Ela nunca pensara nele dessa maneira! Talvez quando era mais nova, e ele fazia aquelas brincadeiras, dizendo que ela ia se casar com ele um dia... Paixão infantil. Ela não sabia bem o que havia acontecido. Ela só sabia que, pela primeira vez, não estava triste por causa de Hugo ou qualquer um.

   _ Você não tem aula agora? _ Robert perguntou ainda a abraçando.

   _ Tenho, eu só... _ então ela parou abruptamente. Como explicaria a Rob? _ Eu só...

   _ Só não quer ver Hugo? _ ele perguntou um pouco magoado e ela assentiu de cabeça baixa. Meio decepcionado, perguntou novamente ­_ E eu não quero ir pra aula... Quer ficar comigo por aí? Quer ficar perto de mim?

   Lily sorriu e assentiu. Juntos, foram para debaixo da cerejeira.

And she will be loved

(E ela será amada)

And she will be loved

(E ela será amada)

Sexto ano – Terceiro horário: Poções

   A sala de Poções não era muito cheia. Não eram muitas pessoas que conseguiam uma nota suficientemente alta em Poções nos NOM’s para frequentar as aulas de Luna Longbottom, antes Lovegood. A loira de olhos azuis podia ser aérea, mas fazia jus à casa a que pertencia, sua eterna Corvinal. Exigia de seus alunos a mesma nota que era exigida pelo professor Snape: Ótimo.

   A alegria da professora por seus filhos, afilhados e filhos de amigos terem conseguido as notas suficientes para cursarem Poções era imensa, mas não mudava seu comportamento com eles ou os beneficiava! Não! Os Zonzóbulos e Nargilés não permitiriam!

   Scorpius, Alvo, Lucia e Stella estavam sentados em uma das mesas de quatro lugares dispostas pela sala. Rose e Stan, extremamente grudados desde aquela manhã, estavam em uma mesa mais afastada, sentados com as lufanas Pash Amini e Tory Cavendar.

   _ Como eles podem estar tão amigos? _ Scorpius comentou enquanto preparava sua poção aromatizante _ Quero dizer, conheço Stan há menos de uma semana e ele já é um dos meus melhores amigos, mas ele divide o dormitório comigo, é como Stella, Rose e Lucia! Não faz sentido Stan e Rose!

   _ Ahn... Scorp... _ Stella chamou _ É como eu e você! Eu e Alvo! Eu e qualquer um de seus amigos, que agora são nossos amigos!

   _ Além do mais, eles acharam algo que têm em comum! _ Alvo disse _ A música os une!

   _ Credo, Al! _ Lucia disse rindo _ Parece comercial: entre para a escola de música Dó-Ré-Mi! A música unindo as pessoas!

   Scorpius ia falar alguma coisa, mas se distraiu com a visão de uma loira entrando na sala de Poções.

   _ Hei! Não foi para aquela corvina que Fred ficou olhando essa manhã? _ o loiro perguntou.

   _ Ela mesma! _ Alvo disse, fuzilando-a com os olhos _ Extrema falta de respeito, a dele! Ficar olhando desconhecidas enquanto a namorada está do lado!

   _ Onde quer chegar, Alvo? _ Lucia perguntou um pouco irritada com a situação.

   _ Ele não é pra você, Lu! Você é... Sei lá! _ Alvo disse meio confuso _ Você não merece alguém que sai por aí olhando para as garotas descaradamente!

   _ Alvo! Ele olhou para UMA garota que passou. UMA! _ ela disse, sem querer interpretar como ciúmes o que o amigo dizia _ E além do mais, eu não o culpo! Olhe para ela. _ Lucia apontou para Kendall, sentada na mesa da frente com Cassandra, Luke e Malice Brown _ Ela é loira, linda e inteligente! E além disso, olhar não tira pedaço!

   _ Você é loira, linda e inteligente, Lucia! Ele não precisa olhar pra Dakota Kendall nenhuma! _ Alvo disse ficando um pouco vermelho _ Além disso, olhar não tira pedaço, mas estraga relacionamentos!

   _ Pode deixar que do meu relacionamento cuido eu! _ a loira disse, não demonstrando estar feliz pelo elogio indireto do garoto.

   Stella, querendo quebrar o clima tenso que se instaurava, mesmo sabendo que Lucia estava feliz por dentro, resolveu falar enquanto mexia em sua poção.

   _ Como sabe o nome da loira?

   _ É neta da Madame Rosmerta. Trabalha no Três Vassouras. _ vendo que os amigos o olhavam confusos, esclareceu _ Gosto de saber o nome de quem está me servindo! E sim, eu presto atenção em quem é! Sou educado, oras!

   _ Acho que não estava prestando atenção em qualquer um... _ Scorpius disse, sorrindo maliciosamente e Alvo corou.

   A conversa continuou em clima mais leve naquela mesa. Mais atrás, onde Stan e Rose estavam, não havia silêncio algum. Ambos falavam da vida toda que passaram sem se conhecer.

   _ Nasci na Inglaterra, Londres, e nos mudamos para a Bulgária quando eu tinha onze, para estudar em Durmstrang. Acho que meus pais tinham medo de me julgarem pelo meu sobrenome... _ ele revirou os olhos _ Encontrou Draco Malfoy e descobriu que se Scorpius não tinha problemas com isso, eu também não teria, foi aí que ele tomou a decisão de me trocar de escola.

   _ Excelente decisão! _ Rose disse sorrindo.

   _ Mas me explica, como você e Scorpius ficaram amigos? Suas famílias não se odiavam? _ o loiro perguntou.

   _ Não entendi muito bem a história, mas parece que a mãe do tio Draco, Narcisa, salvou meu tio Harry ou alguma coisa do tipo, aí ele perdoou os Malfoy. Acho que depois que eles se redimiram, minha mãe não teve problema algum com isso... _ Rose sorriu de lado _ Foi o meu pai que pirou. Minha mãe me levava pra brincar na casa dos Potter e tio Draco levava Scorpius. Quando meu pai descobriu... Ele ficou uma fera! Mas acabou se acostumando!

   _ Tenho medo do seu pai... _ Stan disse sorrindo de lado e alternando seu olhar de sua poção para Rose, que sorria enquanto mexia em seu caldeirão _ Quando vou conhecê-lo?

   Rose olhou para ele com os olhos ligeiramente brilhantes e arregalados.

   _ Você quer conhecê-lo?

   _ Claro! _ Stan disse _ Todos os seus amigos o conhecem! Tenho esse direito também!

   _ Óbvio que tem! _ ela sorriu _ O que vai fazer no Natal?

   _ Suponho que ir para a sua casa! _ Stan disse sorrindo.

   Kendall sentava-se com Cassandra, Luke e Malice e concentrava-se mais do que o necessário em sua poção aromatizante. Teria a feito de olhos fechados, mas sua concentração havia ficado para trás, no corredor pelo qual passara a caminho de sua aula de Feitiços no segundo horário.

   Não que ela devesse se importar de ver Robert Longbottom se agarrando com uma garota. Não que ela devesse ter reparado que a garota era Lílian Potter, três anos mais nova do que ele. Não que ela devesse ter ficado com aquela cena na cabeça durante todo esse tempo... Mas ela tendia a fazer as coisas que não devia ou queria.

   _ Eu acho que eu nunca disse isso e nunca vou dizer isso de novo, mas quero ter logo a Aula de História da Magia de hoje... Acho que já tinham esse método de ensino combinado, porque meus pais nunca quiseram me contar nada sobre a guerra... _ Luke Jordan comentou enquanto adicionava flor de acônito à mistura.

   _ Eu achei que era porque eles não queriam se lembrar disso... _ Cass disse _ Mas faz sentido ter sido combinado, porque meus pais também não me contaram... Sabem o Cedrico Diggory da aula de ontem? _ os amigos assentiram _ Ex-namorado da minha mãe!

   _ Acho que todos têm uma história pra contar! _ Kendall disse _ Minha avó esteve sob maldição Imperius uma vez, algum Comensal a enfeitiçou pra ficar de olho no que acontecia em Hogsmead!

   _ A minha mãe foi mordida por um Lobisomem. _ Malice disse _ Fenrir Greyback, se não me engano... Ela tem seqüelas até hoje... Costuma passar mal em noites de lua cheia, mas não chegou a ser transformada.

   _ Deve ter sido horrível para nossos pais! _ Luke disse _ Quero dizer, conseguem se imaginar em meio a uma guerra? Meu pai perdeu um dos melhores amigos dele, eu não consigo me imaginar perdendo algum dos meus, ou lutando para salvar a minha vida ou qualquer coisa do tipo!

   _ Acho que foi para que nós não tivéssemos que passar por isso que nossos pais lutaram! _ Kendall disse, recebendo acenos com a cabeça e um sorriso de Luke.

Salão Principal – Horário de Almoço

   _ Eu simplesmente não agüento mais! _ James disse enquanto virava um suco de abóbora _ Ela está me sufocando!

   _ Jay, vocês estão casados há menos de uma semana! _ Fred disse revirando os olhos _ Você viu a Lucia entrando no Salão? Preciso falar com ela.

   _ Você está ignorando minha dor, Friederich Weasley II! _ James bufou _ A garota é pirada! Ela quer que a gente faça o relatório hoje! E ficou implicando com o meu suco! Falou que tanto açúcar ia me fazer mal, como se realmente estivesse preocupada!

   _ Ela também está enfeitiçada, James... _ Fred disse correndo os olhos pelo Salão, até que viu Lucia entrar _ Vou falar com ela, Jay.

   Antes que o amigo pudesse responder, o ruivo encaminhou-se para a loira, que olhava para ele com olhos magoados. Pôde ver o olhar de decepção de Alvo quando a garota aproximou-se do namorado. Ela colocou-se em frente a Fred de modo que ficasse de costas para Alvo.

   _ Você ta brava comigo? _ o ruivo perguntou e Lucia sorriu.

   _ Não de verdade! Mas se eu parecesse não ligar, não ia dar certo o plano! _ a garota respondeu e ele suspirou aliviado _ Agora finge que está me pedindo desculpas de um jeito bem Fred Weasley, ai eu te perdôo e acontece aquela cena bonita de filme!

   Fred deu um meio sorriso quase imperceptível e ajoelhou-se no chão, em frente a Lucia que o olhava chocada. Ele não sabia se era real ou fingimento. Com uma voz um pouco mais alta, disse:

   _ Lucia Longbottom, minha estrela, minha lua! _ ele arrancava suspiros das garotas. Aquele papel o renderia muitos benefícios, por sinal! _ Perdoe-me se sou tolo, se erro sem querer! Perdoe-me se a magoei sem desejar vê-la sofrer! Só lembro que perdoar é divino, e minha deusa é você! Perdoa esse homem que só você pode ter!

   Lucia estava perplexa! Devia descobrir de onde Fred Weasley tirara tantas palavras bonitas! Com certeza havia um livro! Impossível não haver! Obrigou-se a observar a cena com frieza.

    _ Friederich Weasley, levante-se desse chão agora! _ quando o garoto ergueu-se de cabeça baixa, ela abraçou-o com força, arrancando aplausos das pessoas que assistiam à cena _ Você é perfeito!

   _ Não, você é! _ ele disse olhando-a e sorrindo.

   Os dois beijaram-se então, coisa que ninguém havia visto até aquele momento.

      Voltaram todos para suas mesas, James logo saindo de suas reclamações ao percebera falta de um dos amigos.

   _ Rob matou todas as aulas hoje... _ ele comentou _ Será que tem alguém com ele?

   _ Óbvio! Ele disse que no segundo horário ia esperar a Thomas antes da aula de Feitiços dela e se resolver. _ Fred disse sorrindo maroto _ Se é que você me entende...

   _ Entendo, eu não entendo é porque ele está entrando no Salão Principal nesse momento abraçado com a minha irmã. _ James disse com olhos furiosos.

   Fred, que até então estava concentrado em sua comida, ergueu o olhar até a entrada do salão, onde um Robert estava entrando, abraçando um Lily que fazia de tudo para esconder-se em seu peito. Nervosa, talvez? Antes que pudesse fazer algo, James já se dirigia ao casal.

   _ O que significa isso? _ o Potter perguntou com ira contida.

   _ Bom... Então, Jay... _ Robert procurava palavras _ Eu não sei explicar.

   _ Robert Longbottom sem palavras. _ ele constatou entendendo o que aquilo significava. Virando-se de repente, James desferiu um soco no rosto do amigo, que caiu no chão e o olhou confuso _ Só uma prévia do que vai acontecer de voe sair um dedinho da linha. _ explicou e estendeu uma mão para ajudar Robert a se levantar _ Vem, vamos almoçar!

   Seguiram então os três para a mesa da Grifinória, com Robert ainda abraçando Lily pela cintura. Olhos azuis seguiam os dois, com um lapso de emoção que surgiu-lhe de repente. Era estranho sentir algo além de raiva. Era mais estranho ainda que o que sentia fosse tão desagradável, como um mostro dentro de si apertando seu coração.

   Não! Ele não podia sentir isso! Era errado, mas ele não sabia por que. Ele só sabia que aquela cena não devia incomodá-lo de maneira alguma. Voltou a se concentrar na comida a sua frente, mesmo não sentindo fome alguma. Foi assim pelos próximos trinta minutos, em que todos no salão trocavam conversas amistosas. Mas ele não. Não, ele continuava fitando o alimento sem tocá-lo.

    Quando o horário de almoço acabou e o alimento não ocupava mais a mesa, Draco Malfoy dirigiu-se ao palanque, dirigindo-se à sala.

   _Então, vamos começar com a nossa aula de História da Magia de hoje. Como eu disse no nosso último encontro, após o Torneio Tribruxo o Ministério da Magia negou a existência de Voldemort e passou a difamar Dumbledore e Harry Potter. Assim, tornava-se cada vez mais difícil reunir pessoas dispostas a colaborar e eliminar o bruxo das trevas, de forma que a Ordem da Fênix teve que se reorganizar. A Ordem era um grupo secreto criado durante a Primeira Guerra Bruxa, com o propósito de acabar com Voldemort e seus seguidores, e em 1995 a ativa, reunindo bruxos e bruxas para poderem decifrar os novos planos do Lorde das Trevas e antes que mais pessoas inocentes morressem.

   _ A Ordem ainda existe, não? _ Alvo perguntou aos sussurros para a prima ao seu lado.

   _ Sim, mas ninguém sabe, Alvo! _ ela disse _ Apavoraria todo mundo saber que a ordem criada para combater Voldemort ainda funciona. Como se estivessem esperando algo ruim... _ Rose finalizou e voltou-se novamente para Draco.

   ­_ Seus membros reuniam na Casa dos Black, que era protegida por um fiel do segredo, Dumbledore. Porém, nada foi contado à Harry Potter, que, naquele verão, foi atacado por Dementadores no bairro trouxa em que morava e, para se defender e defender seu primo, fez o uso de magia. Por ser menor, e pelo fato de o Ministério estar contra ele e tentando fingir que não havia uma guerra prestes a começar, Potter foi intimado a depor perante a Suprema Corte dos Bruxos.

   _ E nós estávamos discutindo como a vida de nossos pais deve ter sido complicada! _ Luke comentava com Cassandra _ A de Harry Potter foi mil vezes pior! _ ele completou, arrancando acenos de cabeça positivos de Cassandra.

   ­_ Quando isso aconteceu, ele foi levado para a sede da Ordem onde, segundo rumores, deu um piti ao descobrir que todos sabiam sobre o movimento, exceto ele. Durante o julgamento, ele conheceu nossa linda e odiável professora de DCAT daquele ano: Dolores Umbridge. Ela seria a responsável pela confusão que o castelo se tornaria.

   _ Também conhecida como cara de sapo. _ James sussurrou aos amigos.

   _ Umbridge foi designada como professora pelo Ministério, após Dumbledore não conseguir ninguém para assumir a cadeira de DCAT – que, supostamente, era amaldiçoada. _ ele fez uma pausa e olhou para Teddy _ Cuidado, Lupin! _ e então voltou a falar sobre a aula, após um sorris do professor _ Em sua primeira aula, aquela mege... mulher proibiu o uso de magia em sala, e o único livro que usaríamos era um recomendado pelo Ministério, que não ensinava nada sobre como se defender. Para que as pessoas do 5° ano conseguissem passar nos N.O.M.s e para que todos sobrevivessem a Voldemort, Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley criaram um grupo ilegal de Defesa Contra as Artes das Trevas, e contra o Ministério. _ Draco fez uma pausa _ Não sei exatamente como funcionava esse grupo, não fazia parte dele. Diretor, gostaria de falar um pouco sobre ele?

   _ Claro, claro... _ Neville disse ainda sentado _ Bom, Harry nos ajudava com feitiços simples, como expelliarmus, e com os complicados também, como o Patrono. Estávamos todos com medo de sermos descobertos e das conseqüências, até porque a sapa... Quero dizer, Umbridge, torturava os alunos como forma de ensino do que é certo e errado. Mas o nosso medo maior era estar em uma guerra e não saber como nos defender e defender quem nós amávamos. _ ele fez uma pequena pausa, olhando involuntariamente para Luna. Lilá Brown, também sentada, inconscientemente levou uma das mãos até a cicatriz deixada por Greyback. Teddy pensou nos pais, que morreram para criar um mundo no qual ele poderia viver em paz. Cho pensou em Cedrico, que não pôde defender-se de Voldemort. Todos tinham alguém em quem pensar e de quem sentir falta.

    Draco, percebendo que o diretor finalizou seu discurso, continuou.

    _ Quando percebeu que havia algo conspirando contra sua preciosa ordem, ela criou a Brigada Inquisitorial, formada por estudantes que apoiavam a postura do Ministério. Infelizmente, na época eu era um deles. _ o professor deu de ombros. Não podia mudar seu passado _ Eventualmente a Armada de Dumbledore, como grupo se denominava, foi descoberta. Mas, o fato mais historicamente relevante do ano foi a Batalha do Ministério.

   Os alunos interessaram-se à menção de uma batalha.

   _ Tanto o diretor quanto sua professora de Poções participou dessa batalha. _ Draco comentou e Luna e Neville sorriram. Sua primeira aventura, como esquecer? _ Nela, alguns membros da AD invadiram o Departamento de Mistério, para salvar Sirius Black, que era refém de Voldemort, segundo um sonho do Potter. _ vendo olhares confusos dos alunos, ele completou _ Ele já havia tido sonhos de ataques que mostraram-se realidade, então levaram esse bem a sério. Porém, isso era apenas uma visão implantada na cabeça dele através de Oclumência. Quando chegaram lá, mais precisamente na Sala das Profecias, havia um grupo de Comensais da Morte, esperando que Potter retirasse uma profecia sobre ele e Voldemort de uma das estantes. Quando ele o fez, começou uma batalha, na qual os membros da Ordem apareceram e a profecia, aprisionada numa esfera, quebrou-se. Infelizmente, Sirius Black faleceu num duelo contra Bellatrix Lestrange. A batalha terminou ao amanhecer, com um duelo entre Dumbledore e Voldemort. Voldemort não aparatou fora do Ministério a tempo, por isso, o Ministro viu e foi obrigado a reconhecer seu retorno. Por sua negligência em relação ao Lorde das Trevas, Cornélio Fudge foi afastado do cargo. Nosso tempo acabou, continuaremos na próxima aula.

   A aula terminada, os alunos caminharam até sua próxima aula. Todos pensando nos parentes e conhecidos que os pais falaram que morreram na guerra. Fred pensava em seu homônimo tio. Queria tê-lo conhecido, George costumava dizer que tinham mais de um nome em comum.

Depois da aula – Sala Precisa

   _ Tia Bella, eu quase não consegui controlá-lo hoje! _ uma garota falava com um espelho _ A garota tem muita influência! Ela deve ser eliminada!

   _ Não! Proíbo-a de eliminar alguém. _ uma voz saia do espelho _ Terá de aprender a controlá-lo. Aumente a dose, use Imperius se necessário!

   _ Claro, tia. _ a garota obedeceria tudo o que lhe fosse ordenado pela tia. 


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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram? Comentem, recomendem, favoritem!!