Vampire Academy Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 23
Capítulo 23




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Segui para o pátio principal, onde tinha uma grande estátua de St. Vladmir. Era um lugar que seguia bem o estilo exterior da Academia, parcialmente coberto, para evitar que os raios de sol causassem incomodo aos Morois. Era cercado por árvores que tinham perdido as folhas por causa do outono e chegada do inverno. Também tinha vários pequenos caminhos que levavam a outros jardins. Andei rapidamente por eles, até que avistei Rose, Lissa e Natalie confrontando o grupo de Mia Rinaldi.

“É? Experimente me tocar agora e descubra isso.” Pude ouvir Rose falando raivosamente para Mia, enquanto eu me aproximava. Eu olhei para o grupo e meus olhos pararam nela. O que Rose estava fazendo? Se ela entrasse em uma briga agora, estaria espulsa. Andei e parei ao seu lado, cruzando os braços e me voltando para o grupo que se fechava em torno delas. Era tudo que Rose não precisava. Se envolver em uma confusão justamente quando a rainha visitava a Academia.

“Está tudo bem?” Perguntei com o rosto mais sério que eu tinha, olhando para cada um daquele grupo.

“Certamente, Guardião Belikov.” Rose respondeu com uma voz raivosa “nós estamos apenas trocando histórias familiares. Você conhece a de Mia? É facinante.” Pude sentir uma nota de ironia em sua voz.

“Vamos.” Mia falou, para seu grupo. Enquanto se afastava, olhou vingativamente para Rose. Eu os observei sair, me perguntando por que isso acontecia nas escolas. O mundo que os aguardava já era muito perigoso por si só, não era necessário que eles se levantassem uns contra os outros.

“Eu tenho que lhe levar de volta ao seu dormitório.” Falei secamente “Você não estava prestes a começar uma briga, estava?”

“Claro que não.” Rose falou sem tirar os olhos pelo caminho onde Mia e seu grupo tinha seguido “eu não começo uma briga onde as pessoas conseguem ver.”

“Rose...” Lissa falou baixo, sugerindo uma repreensão.

“Vamos.” Falei duramente para Rose. Eu não podia deixar que as horas de treinamento fossem arruinadas por pirraças estudantis. Olhei para Lissa. “Boa noite, Princesa.” Eu me virei e comecei a andar, esperando que Rose me seguisse.

“Você vai ficar bem, Liss?”

"Eu estou bem."

“Liss...”

“Eu já disse que eu estou bem. Você tem que ir.”

Eu continuei andando, sem diminuir meus passos, enquanto ouvia as duas se despedirem. Pouco tempo depois, senti Rose me alcançar. Nós seguimos para fora do jardim, indo em direção aos dormitórios dhampirs.

“Nós deveríamos acrescentar um treinamento extra de autocontrole.” Observei, externando meus pensamentos. Não bastava para Rose somente disciplina e seriedade. Ela tinha um temperamento explosivo que podia colocar tudo a perder, dependendo das  ircunstancias. Ela deveria aprender a controlar seus instintos e tentar ignorar coisas que a tirassem do sério. Era uma coisa muito difícil de se fazer, mas não era impossível. De certa forma, era indispensável ao um guardião.

“Eu já tenho um abundante autocontro- Ei!” ela começou a falar, mas se interrompeu ao ver Christian Ozera passando, seguindo pelo mesmo caminho pelo qual tínhamos vindo.

“Você está indo ver Lissa?” Ela começou a andar atrás dele, furiosamente.

Definitivamente, ela precisava de aulas extras de autocontrole.

“E seu eu estivesse?” Ele falou de forma indiferente, parando com as mãos nos bolsos, despreocupadamente.

“Rose, não é hora para isso.” Falei duramente. Mas ela me ignorou deliberadamente, ainda se voltando para Christian.

“Por que você não a deixa em paz? Você está tão ferrado e desesperado por atenção que não consegue enxergar quando alguém não gosta de você.” Ele a olhou com raiva, mas isso não a impediu de continuar “Você é um tipo de assediador louco e ela sabe disso. Ela me contou tudo sobre sua estranha obsessão – de quando estão no sótão juntos e de quando você ateou fogo em Ralf para impressioná-la. Ela lhe acha esquisito, mas é muito bondosa para falar alguma coisa para você.”

Que história de sótão era essa?

Novamente, Rose estava sendo infantil e imatura. Ela não podia escolher as amizades de Lissa. Se Lissa tinha alguma coisa contra Christian, que ela mesma falasse para ele. O que as duas conversavam, ou não, deveria ficar entre as duas. Mas Rose estava traindo a confiança da amiga, revelando para Christian o que Lissa supostamente achava dele. Se é que o quê ela estava falando era verdade.

Ele ficou pálido, com o olhar totalmente negro acrescentou “mas você não é bondosa?”

“Não. Não quando eu sinto desprezo por alguém.”

“Já chega.” Coloquei toda dureza que pude em minha voz e comecei a andar novamente, passando claramente a mensagem de que era hora de ir e que não estava gostando da direção que aquela conversa dela estava tomando. Ela entendeu e começou a me seguir.

“Obrigado pela ajuda, então.” Christian falou ironicamente.

“Não há de quê.” Rose respondeu, com igual ironia.

Nós caminhamos em silêncio e deixei Rose em frente ao corredor que levava para a ala dos aprendizes. Segui para o meu quarto e não demorei a dormir, naquela noite.

Então, o telefone tocou. Ainda tonto de sono, levantei e olhei as horas. Passava das três da manhã, no horário vampírico.

“Pois não?”

“Guardião Belikov?” a voz atenta chamou do outro lado da linha “Aqui é Lana Kaster, da inspetoria dos dormitórios.”

“O quê aconteceu, desta vez?” perguntei, enquanto me levantava.

“Estou aqui com sua aluna Rose Hathaway.” Sua voz era baixa, quase um sussurro. “Ela insiste que precisa falar com você. Diz que é uma emergência e que precisa lhe reportar algo. Sua aparência é realmente preocupada.”

“Está bem. Estou indo.”

Desliguei o telefone já completamente em alerta. Para Rose me procurar no meio da noite assim, algo grave deveria ter acontecido. Troquei de roupa em um minuto e fui ao banheiro jogar uma água no rosto. Prendi meu cabelo para trás e sai descendo as escadas apressadamente. Abri a porta que levava ao hall principal e vi Rose em pé ao lado da inspetora. Pela sua expressão totalmente preocupada e angustiada, pude deduzir assim que a olhei.

“Lissa.”

Ela acenou e então, sem mais uma palavra, saímos do nosso dormitório e seguimos para o dormitório dos Morois. O sol forte brilhava lá fora. Era algo raro de nós vermos, já que seguíamos um horário noturno, mas era algo que eu adorava. Passamos pelos pátios, até chegarmos ao nosso destino.

Quando entramos no dormitório dos Morois, a inspetora nos laçou um olhar assustado, obviamente sem esperar uma visita como a nossa à uma hora daquelas, mas ela me olhou e não fez nenhum movimento para nos impedir de entrar.

“Ela está no banheiro.” Rose falou e seguimos para lá. Eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo, ela não tinha adiantado nada, durante o percurso que fizemos até o dormitório e nem agora. Mas de uma maneira inexplicável, contrariando a minha própria forma de pensar, eu confiava em Rose e confiava no que ela estava fazendo. Então eu apenas a segui.

Quando chegamos em frente a porta do banheiro, a inspetora fez um gesto de quem ia entrar, mas Rose tomou a frente.

“Ela está muito chateada, deixe que eu fale com ela sozinha primeiro.” Rose falou e eu achei que seria mais prudente fazer isso, afinal de contas, ainda não sabíamos o que estava acontecendo, ao contrário de Rose, que podia sentir o que se passava com Lissa.

“Sim. Dê a elas um minuto.” Falei para a inspetora.

Rose caminhou até a porta, que estava trancada e deu três batidas suaves.

“Liss? Deixe-me entrar.”

Um soluço veio lá de dentro. Logo depois, a porta abriu e Rose entrou. 












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