Vampire Academy Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Ok... vocês venceram... segue mais um cap hj!! eu sei que só posto mais de um no mesmo dia qdo estou feliz (rsrsrs), mas hj não é o caso :((((
Então, lá vai!



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Eu me virei para Rose, ainda sentindo uma grande raiva arder em mim. Era inadmissível que uma aluna minha fizesse algo tão repugnante. Ela teria que escolher o que ela queria ser. Uma guardiã renomada ou uma meretriz de sangue? Olhei profundamente para ela, sentindo toda desaprovação e desprezo por aquela atitude passar por meu rosto. Percorri meus olhos, analisando a cena que eu via. Foi quando me dei conta do que estava vendo. Rose estava encolhida em um canto do sofá, como um animal acuado, usando apenas calças jeans e sutiã. Um sutiã preto.

Comecei a estudar cada traço do seu rosto, que estava completamente assustado, mas não deixava de ser o rosto mais lindo que eu já tinha visto. Passei minha vista para o restante do seu corpo, olhando o colo dos seus seios bem delineados, e as perfeitas linhas das curvas da sua cintura. Seu corpo era incrivelmente perfeito. Ela era linda, tão linda que doía em meus olhos. Senti uma grande onda de desejo passar por mim, e uma quase incontrolável vontade de pegá-la em meus braços foi tomando conta dos meus sentidos. Eu nunca havia me sentido assim por nenhuma outra mulher, não com essa intensidade, não dessa forma.

“Você vê algo de que goste?”

Foi como acordar de um transe. Aquelas palavras dela bateram em mim com força. O que eu estava fazendo? Por que me sentia assim? Isso era loucura, eu não podia querer Rose dessa maneira. Mas eu a queria muito. E como eu queria.

Eu estava a desejando. Era algo que eu não podia, não devia sentir, mas não conseguia dominar aquele calor que queimava dentro de mim. Em uma luta interior terrível, coloquei meus instintos para dentro, trancando todo aquele desejo dentro de mim. Autocontrole era uma coisa que eu tinha aprendido a ter, com o passar dos anos, mas nunca tinha sido tão difícil me dominar. Estar diante dela ali, sem poder tocá-la era uma verdadeira tortura pela qual eu tinha que passar sem demonstrar qualquer reação.

“Vista-se.” Falei duramente, colocando meu rosto frio e imparcial de sempre, mas por dentro, a vontade de puxá-la para mim e beijá-la ainda se sobressaia a qualquer pensamento coerente. Tentei trazer de volta as razões que tinham me levado até ali, tentei trazer de volta o meu foco. Rose vestiu, imediatamente a sua blusa, visivelmente constrangida.

“Como você me encontrou? Estava me seguindo para ter certeza que eu não fugiria?”

“Fique quieta” eu falei, me abaixando para poder encará-la, de forma que nossos rostos ficaram frente a frente, no mesmo nível. “Um zelador viu você e relatou isso. Você tem ideia do quão estúpido isso foi?” Eu não devia responder aquela pergunta dela, mas eu estava tão tomado de por uma mistura estranha de sentimentos que não conseguia elaborar nenhuma outra resposta e nem simplesmente ficar calado.

“Eu sei, eu sei. É por causa de toda aquela coisa de condicional, não é?” ela falou, quase soando de forma despreocupada. Senti minha irritação crescer.

“Não é só isso. Estou falando da estupidez de ser encontrada neste tipo de situação, em primeiro lugar.” Soltei quase sem pensar no que eu estava dizendo. Existia sim toda transgressão ao que Kirova tinha imposto como condição para permanência de Rose na Academia, o que era realmente grave, mas para mim, só estava importando o fato dela estar aos beijos - e tudo mais - com um garoto.

“Eu fico neste tipo de situação o tempo todo, camarada. Não é grande coisa.” Sua voz era raivosa, mas não deixou de soar infantil para mim. Ela quis passar que era uma garota experiente com aquelas palavras, mas para mim era claro que ela não sabia sobre isso, principalmente pela forma que ela reagiu ao meu olhar: ela tinha ficado vermelha e bastante envergonhada, revelando que não sabia o que era estar seminua diante de um homem de verdade. Eu podia perceber isso claramente. Essa não era uma reação de uma mulher experiente.

“Pare de me chamar disso. Você nem sabe do que está falando.”

“Claro que eu sei. Eu tive que fazer um trabalho sobre a Rússia e a R.S.S.R. no ano passado.”

Quando eu disse que ela não sabia sobre o que estava falando, eu me referia a primeira frase dela, sobre estar com um rapaz. Ela entendeu que eu me referia ao apelido que ela sempre usava comigo. ‘Camarada’ era um termo usado, de forma irônica e pejorativa, por soldados americanos quando se referiam aos russos, durante a guerra fria, já que originalmente, era um cumprimento amistoso entre os simpatizantes comunistas e militares da antiga U.R.S.S. Seja como fosse, não era algo que eu gostava de ser chamado.

“U.R.S.S.” Eu corrigi “É uma grande coisa para um garoto Moroi ficar com uma garota dhampir. Eles gostam de se gabar.”

“E daí?”

“E daí?” Senti um profundo desgosto tomar conta de mim. Eu não podia acreditar que Rose fosse esse tipo de garota. Eu não podia aceitar isso nela. Todos sabiam o destino que as mulheres dhampir tinham quando iam para este caminho e de como todos descriminavam isso. “Você não se respeita? Pense em Lissa. Você faz com ela mesma pareça fácil, quando age assim. Você vive exatamente como as pessoas pensam de uma garota dhampir e isso se reflete nela. E em mim.” Falei, já sentindo a minha racionalidade retornando. Rose não poderia viver como se somente ela fosse sozinha no mundo. Ela tinha pessoas que sofreriam rebatimentos por suas atitudes.

“Ok. Entendi. É sobre isso que estamos falando? Estou ferindo o seu grande e forte orgulho masculino? Você está com medo que eu arruíne a sua reputação?”

Não. Rose não estava entendendo e nem podia entender, eu ainda não estava conseguindo expressar meus pensamentos de forma coerente. Eu não estava preocupado comigo, em momento algum pensei em mim mesmo. Minha preocupação estava nela. Somente nela. Eu tinha crescido em uma comunidade dhampir e tinha visto muitas garotas arruinarem suas vidas desta forma. Exatamente assim, como ela estava fazendo. Eu não queria isso para ela. Eu não podia imaginar esse destino para Rose.

“Minha reputação já está formada, Rose. Eu defini minhas metas e batalhei por elas há muito tempo. O que será da sua, ainda está por vir.” Eu já podia sentir toda raiva que senti por ela indo embora. Então, endureci novamente minha voz, falando forma autoritária, lembrando da cena que eu tinha acabado de presenciar, há pouco. “Agora volte para o seu quarto – se é que você consegue fazer isso sem se atirar em alguém pelo caminho.” Falei sem pensar.

“Este é o seu jeito sutil de me chamar de vadia?”

“Eu ouço histórias entre os alunos. Eu ouvi histórias sobre você.”

Eu não tinha a menor intenção de ofendê-la, mas eu precisava ser duro com ela. Rose estava confirmando cada insinuação, cada comentário que eu tinha ouvido sobre ela. Apesar de internamente eu saber que ela não era nada do que falavam, eu também sabia que Rose era imatura e rebelde  e isso a levava agir por impulso, que sempre podia resultar nisso que tinha acabado de acontecer. Ela me olhou como se o meu desapontamento significasse muito para ela. Sua expressão se tornou triste e arrependida. Apesar dela tentar engolir o choro, seus olhos se encheram de lágrimas.

“Por que é tão errado... não sei, se divertir? Eu tenho dezessete anos, sabe. Eu queria poder aproveitar isso.”

Eu senti meu coração apertar, diante de suas lágrimas, mas eu não podia ceder. O futuro de Rose estava sob a minha responsabilidade, eu já tinha assumido isso como sendo meu papel. Eu realmente a entendia, eu já tinha me sentido dessa forma, anos atrás. Eu também já senti necessidade de ter uma vida considerada normal. De fato, é muito difícil abdicar de sua própria vida em prol de outra pessoa. Mas não podemos ter tudo. Se quisermos seguir essa carreira, é assim que tem que ser e temos que aprender a conviver com isso.


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Notas finais do capítulo

nossa como eu adoro qdo rose fala essa frase "você vê algo que goste"
Posso ler mil vezes e sempre vibro!!! Matou Dimitri a pau!!! rsrsrs