No Salão da Corte, todos prestavam atenção no plano que Sandara planejava para poder capturar Lika, mas teve de repetir o inicío para Miyuki e Suzuno, que chegaram mais tarde:

-Bem, o plano vai ser o seguinte, eu, a Miyuki, o Nitsuke, o Chefe da Guarda Real Fukuda, e mais duas pessoas vão atravessar o Reino de Inazuma até o limite das terras pertencentes á Vossa Majestade Tsunami e vamos achar um modo de capturar Lika. Mas precisaríamos de um tipo de magia para capturar uma bruxa.

-Na verdade...- disse Suzuno, levantando a mão. Todos se viraram para ele, enqunato ele falou.- Na verdade, eu sou o último descendente de uma família em que raras ocasiões nasce um bruxo. Eu sou essa rara ocasião. Mas só irei nessa missão se eu não for morto no final e puder levar um amigo bruxo também.

-Suzuno?! Por que nunca contou-me?- perguntou Tsunami.

-Pela mesma razão que a Lika ficou com raiva de Vossa Majestade.

Tsunami põs a mão na testa, tentando não ter nenhum ataque , nem uma dor de cabeça.

-Tudo bem. Aceito. Apenas prenda aquela maldita bruxa. Mas, quem seria seu amigo bruxo?

-É um outro nobre que se chama Fubuki.

-Ok. Então acho que já temos nosso “time” por assim digamos, formado. Agora, quando vamos partir?- disse Miyuki.

-Hoje. Ao entardecer.- disse Sandara.

Todos já estavam fora do palácio. Os aldeões em suas casas, cozinhando seus jantares. Suzuno já tinha chamado seu amigo Fubuki e estavam todos reunidos (Sandara, Miyuki, Nitsuke, Suzuno, Fukuda e Fubuki). Todos se despediram da família real, desejando melhoras á rainha.

Todos andaram por horas e horas, até que pararam para fazer um acampamento simples, mas que daria para passar a noite. Depois de todos comerem, dormiram logo em seguida, menos Suzuno, que ficou andando entre as árvores, não muito longe do acampamento. Ele começou a pensar em sua vida, o que havia acontecido. Estava tão calmo que se parasse de andar, poderia desmaiar. Mas quando passou por uma árvore seca, de aparência não muito amistosa. Houviu um barulho:

-TUM!!!-

-AAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!

-Háháháháhá!!! Você é muito fácil de assustar!

-MIYUKI SHIMIZU!!!- Suzuno puxou uma faca do bolso de sua calça. Miyuki não fez o mínimo movimento.

-Nem pense em tentar me maxucar. Primeiro: nem vai conseguir encostar em mim. Segundo: se o rei souber disso, vai acabar te mandando pra forca.

-Prefiro isso á receber órdens de uma ladra!- Suzuno tentou atacar Miyuki, mas ela desviou e acabou chutando as costas dele, fazendo a faca ir parar longe.

-Eu te disse.

Suzuno se virou com dificuldade e tentou dar uma rasteira em Miyuki, mas ela apenas pulou um pouco para trás, fazendo com que, quando os pés dele voltassem para a posição, pisasse na ponta deles. Suzuno gemeu. Miyuki falou, séria, mas com um sorriso no rosto:

-Se tentar me machucar de novo, eu peço pra Sandara quebrar o seu pé. Agora... boa noite.

Miyuki foi até o acampamento e deitou, dormindo logo em seguida. Suzuno, por outro lado, odiava a i... Não!... tinha repulsa da ideia de ter de seguir órdens de duas ladras que até alguns dias atrás o nocaltearam e ainda por cima lhe roubaram. Pôs a mão na testa, se lembrando da pancada que havia levado e se lembrando de um passado de apenas um ano ao qual não gostava de se lembrar, mas foi forçado a fazer-lo.

-SUZUNO!!!                                              

Se virou e a abraçou, acariciou seus cabelos e sorriu. Na sua vida, seus sorrisos sempre foram para indicar que planejava algo, mas agora não.... esse era de felicidade. A maior de sua vida. Sussurrou nos ouvidos dela:

-Nunca irei lhe deixar.

Pela manhã acordou no mesmo local em que ficou caído na noite passada. Ao abrir os olhos, viu que todos o encaravam, meio confusos. Se levantou, mas preferiu não falar nada sobre o que aconteceu (Miyuki lhe fazendo de brinquedo).

-Estou bem. Vamos continuar andando.

Suzuno tirou o pó da roupa e continuou andando. Todos o seguiram. Na frente íam Suzuno e Fubuki, depois íam Nitsuke e Fukuda, e atrás, Miyuki e Sandara. A floresta era calma, sem nenhum barulho, nenhum movimento das árvores e arbústos. Em certo ponto, Sandara sussurrou:

-Miyuki, o que tu fez com o Suzuno?

-Como assim?- se fingindo de inocente.

-Eu dormi logo. E o Suzuno não foi parar á metros do acampamento sozinho.

-Ai tudo bem! Ele me tirou do sério. Foi isso.

-E tu ainda diz que eu sou a extressada...

-E tu é mesmo.

-Cale-se!

-Tudo bem, tudo bem...

Tudo estava ás mil maravilhas, mas isso acabou quando Fubuki parou, alertando á todos que algo estava errado. Ele olhou para o meio da mata, que estava meio estranha. De suas mãos surgiu um tipo de fogo verde, que era sua magia. Suzuno olhou para a mão de Fubuki e fez a mesma coisa com as mãos, mas sua magia era vermelha, quase cor de sangue. Todos ficaram alertas para qualquer tipo de ataque que podia surgir. Sandara segurou suas adagas com uma só mão, enquanto a outra se preparava para pegar seu facão preso nas costas de sua roupa sobre uma bainha de couro. Miyuki pegou seu arco e posicionou suas flechas. Os outros pegaram suas espadas de suas bainhas de couro.

Várias flechas começaram a ser jogadas de dentro da floresta, quase acertando a todos, mas acabaram usando suas espadas para se defenderem. Sandara e Miyuki pularam em diferentes árvores e começaram a atirar as armas que tinham, para tentar acertar quem atirava as flechas.

Em certo ponto, Sandara olhou para baixo e viu que uma flecha acertaria Nitsuke, então, quando atirou uma adaga, a flecha bateu justo onde queria, desviando para uma árvore. Nitsuke olhou para cima e sorriu, Sandara deu apenas um leve sorriso. Depois, Miyuki teve de fazer a mesma coisa, puxando uma pequena adaga que era presa em sua perna, e jogando-a para que não acertasse Suzuno, que apenas a olhou sério.

Depois de cinco minutos lutando, Fukuda pegou a adaga que Miyuki jogou e a lançou dentro da mata, fazendo de vez com que as flechas parassem de ser lançadas. Todos caíram no chão de tão cansados que estavam. Sandara e Miyuki se apoiaram em galhos para não caírem.

Fukuda, sendo o Chefe da Guarda Real, entrou na mata, mas voltou de mãos vazias. Estava muito bravo por não ter conseguido achar ninguém. O culpado devia ter fugido.

-Fugiu. Lika deve tê-lo mandado para nos matar, mas não conseguiu. O culpado nem se quer deixou sangue no local, apenas a adaga de Miyuki, coberta em sangue. Droga!

-Não há necessidade para tais palavras.- disse Miyuki, pulando da árvore.

-Palavras formais para uma ladra.- disse Fukuda.

-Apesar do meu estilo de vida, eu fui bem educada na infância, assim como a Sandara, que reluta em usar tal estilo de fala.

-Tudo bem, mas e agora? Vamos continuar andando?- disse Sandara, já encostada no pé do tronco da árvore.

Nenhum outro ataque foi feito á equipe pelo resto do dia. Todos pararam em uma clareira e começaram a conversar.

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-IDIOTA!!!

-Mil desculpas vossa majestade!- em desespero.

-Eu disse para matar pelo menos UM!!!

-Me feriram na perna! Não consegui mais atirar!

-Você usa um arco e flecha com a mão ou com a perna?! Agora...- fez a perna do criado voltar ao normal- ... essa é a última vez que lhe curo, da próxima vez a infecção vai para o resto do seu corpo! E eu não terei piedade. Agora va!

O criado saiu correndo do palácio.

Se virou para a janela e cruzou os braços.

Finalmente ele vai me pagar por tudo que me causou. E aquelas ladras serão fatalmente punidas, nem que eu seja executada por isso...

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Todos conversavam animadamente enquanto olhavam para o céu estrelado que iluminava a noite do Reino de Inazuma. Todos estavam sentados ao redor da fogueira nesta órdem: Nitsuke, Sandara, Fukuda, Miyuki, Suzuno e, por fim mas não menos importante, Fubuki. Em certo ponto, Miyulki se levantou.

-Onde vai Miyuki?- perguntou Fukuda.

-Pegar algumas frutas. Estou com fome.

-Eu lhe acompanho. Lika pode aparecer á qualquer momento.

Miyuki sempre andava á frente, procurando algo para comer, Fukuda apenas a seguia. De repente, Miyuki parou, fazendo Fukuda ficar um pouco alerta, mas antes de poder puxar qualquer arma, Miyuki pulou, desaparecendo na copa da árvore. Quando voltou para o chão, sua mão estava cheia de laranjas, e tinha um sorriso malvado no rosto, ao qual assustou um pouco Fukuda, e esse visual parecia mais dark por causa da sua franja que tapava parte de seus olhos. Mas quando se levantou normalmente, voltou a ter o seu visual que não assustava nem uma criança. Miyuki riu e falou:

-Eu adoro assustar as pessoas, mas a única que eu nunca consegui, e ainda acho que nunca vou conseguir assustar, é a Sandara. Aquela dá medo até em ladrão...

-Você é engraçada Miyuki.

-Oh! Bem.... Obrigada, Fukuda. Você também é engraçado.- mas ao tentar se virar, acabou tropeçando em uma pedra. Tapou os olhos para não sentir tanta dor, mas não sentiu nada. Ao abrir os olhos, viu um tipo de blusa branca com um casaco azul na sua frente. Olhou para cima e viu Fukuda. Ele sorriu.

-D-Desculpe, eu sou mesmo muito desastrada.

-Sem problemas, eu tenho muitos soldados desastrados na Guarda Real, que são difíceis de treinar. Você está bem?

-Sim. Muito bem.

Enquanto isso... uma sobra olhava por trás de uma árvore. Seus olhos fixados na ladra e no capitão da Guarda Real. Sentiu uma mão tocar em seu ombro. Se virou com rapidez, mas não fez barulho. Tirou o ar dos pumões de alívio e falou:

-Quer que eu tenha um ataque cardíaco?!

-Suzuno, eu sei por que está aqui.

-E qual seria essa razão, Fubuki?

-Você está gostando da Shimizu.