Perigos Em Meio À Corte De Inazuma escrita por Miyuki Suzuno Oowashi


Capítulo 15
“Finalmente em casa…”


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. É o último cap.!!!!!



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Todos estavam andando calmos pela floresta, alguns com dificuldade, outros bem dispostos e outros (ou deveria dizer “outra”) desmaiados. Todos pararam logo em um local aberto para descansar. Cada um se apoiou em uma árvore, olhando para cima. Ao se passarem oito minutos, Fukuda começou a gritar de dor, assustando a todos. Sandara foi até ele e perguntou:

–Fukuda! O que foi?!

–O-O f-feitiço da Li-Lika…

Sandara se virou, vendo que todos estavam ao redor de Fukuda, menos Miyuki (que ainda não acordara) e Fubuki, tomando conta de Lika (que ainda estava desmaiada). Fubuki olhou para todos com um olhar de “o quê…? Ah, já tá doendo…?”.

–Fubuki! Acorda a Lika agora! Só faltam dois minutos!

–Mas ele…

–AGORA!!

Logo, Fubuki ficou desesperado, não querendo levar uma surra e começou a tentar acordar Lika. Ele desamarrou as mãos dela, para que ela pudesse fazer a cura.

–Acorda Lika! Se ele morrer eu te mato!- nessa hora, Fubuki deu um tapa no rosto de Lika, que, sem saber, acabou mexendo a mão para cima, dando um soco em Fubuki que caiu para trás.

–Ai… minha cabeça…

–Lika,- disse Sandara, segurando Lika pelo colarinho da blusa. -você vai fazer a cura pro Fukuda agora, senão eu acabo com você!

–Você quer ele vivo, mesmo depois dele tentar tirar sua melhor amiga do namorado dela?

–Ele pode ter feito coisas erradas, mas está do nosso lado. Agora ajude ele!

–Já que eu vou passar, talvez minha vida, na prisão...

Lika extendeu a mão para frente, fazendo aparecer uma luz negra, que passou pelo corpo de Fukuda, fazendo os ferimentos se fecharem. Ela se sentou no chão, e começou a olhar as unhas.

–E?!- perguntou Sandara, vendo que Fukuda ainda não se mexia.

–Ele vai ficar bem. O veneno não saiu do corpo dele...- nessa hora, todos olharam para Lika, que gritou: -MAS...! Agora está na corrente sanguinea dele. A partir de agora, ele é um bruxo como o Suzuno, eu e o de cabelo cinza alí que eu dei um soco.- ela foi até Fubuki, que tentava se levantar e falou, com uma voz agradável: -Foi sem querer, graçinha.

–Sei…- disse Fubuki, se levantando.

Lika deu um sorriso e se afastou. Mas quando ela estava prestes a falar, outra pessoa agarrou sua blusa e falou, virando-a para o outro lado:

–E a Miyuki?! Por acaso você colocou veneno naquela lança?!

–Querido Suzuno, pensei em ter colocado sim. Mas não coloquei. Desta vez, eu realmente não entendo por que ela não está acordando. Agora, ponha-me no chão, por favor.

Nisso, Suzuno abaixou Lika, que batia na camisa. Ela falou:

–Se continuarem fazendo isso comigo, eu vou ficar sem roupas.

Todos os meninos coraram e olharam para o chão. Eles com certeza não iriam mais fazer isso, com vergonha. Suzuno se virou para trás, cruzando os braços.

–Suzuno.- chamou Sandara.

Ao se virar, viu que Sandara olhava para o ferimento de Miyuki, como se estive estudando-o. Ela viro a cabeça pra ele e falou:

–Até eu não entendo por que ela ainda não acordou. Um ferimento desses não mata. E não está com infecção. Olha que eu entendo de medicina, mas este caso está muito estranho.

Mais tarde, todos voltaram a dormir (obs: Fubuki amarrou Lika de novo). Pela manhã seguinte, todos acordaram com outro grito de Fukuda. Assim, no susto, Sandara puxou seu facão, gritando logo em seguida:

–O que foi?!

Ao olharem para Fukuda, ele estava diferente. O cabelo, ao invés de estar totalmente vermelho, estava com mechas laranjas, o que causava uma aparência de fogo. Sandara abaixou o facão e falou:

–Ah. É só isso?

–Como assim só isso?! O que aconteceu comigo?

Lika se sentou sobre as pernas e falou, como se fosse a coisa mais comum do mundo:

–Você é um bruxo a partir de agora. Isso acontece com humanos que foram transformados em bruxos e que não tem nenhuma linhagem de bruxos na família.

Todos decidiram começar a andar, já que todos já haviam se levantado. Depois de dias andando, todos já conseguiam ver a ponta da torre mais alta do castelo do reino de Inazuma. Ao verem, todos sorriram. Sandara e Nitsuke andavam um ao lado do outro, Fubuki segurava as mãos de Lika, que estavam amarradas para que ela não fugisse, Suzuno carregava Miyuki, que continuava desacordada, e Fukuda andava sozinho, já que não tinha nenhum dever para fazer. Ao chegarem na cidade, foram recebidos com flores e aplausos, pelo menos os herois. Já Lika foi recebida da forma que uma bruxa do mal seria recebida em qualquer cidades (vaias e por pouco, nenhuma fruta). Quando finalmente chegaram no castelo, Sandara falou:

–Finalmente em casa…

Primeiramente, Suzuno colocou Miyuki em um dos quartos para que ela pudesse descançar, esperando que ela acordasse. Depois, todos seguiram para a sala do trono, onde Tsunami e Toko cuidavam de alguns papéis. Fubuki desamarrou Lika e a jogou no chão, fazendo-a ficar com parte do cabelo no rosto. Toko e Tsunami se levantaram quase ao mesmo tempo. Tsunami olhou para todos, que estavam em um estado muito ruim e falou:

–Obrigado. Vocês deram parte da sua força para nos ajudar a capturar esta bruxa que fez muito mal ao meu reino. Mas… se eu me lembro bem, falta uma menina entre vocês. Ou estou enganado?

–Não, vossa majestade.- falou Sandara, fazendo uma leve reverência. -Ela se machucou muito e está nos aposentos dela, descançando.

–Bem, então, agora daremos o destino dela.

Lika arregalou os olhos e se voltou para trás. Com o cabelo caindo no rosto e os olhos do jeito que estavam, ela parecia uma personagem de filme de terror. Mas ela realmente estava em um estado de quase terror. Toko colocou a mão sobre o braço de Tsunami e falou:

–Tsunami, ela é minha melhor amiga. Não posso ver ela morrer.

–Mas Toko, ela…

–Eu sei! Ela fez o que fez por ter perdido os pais. Mas não por que ela me odeia. Sei que em algum lugar ela ainda é a minha amiga.

Tsunami deu um suspiro e falou:

–Guardas!

Três guardas entraram na sala, passando por todos e ficando atrás de Lika, que ficava se abraçando.

–Levem-na para a prisão deste castelo. A prisão dela será perpétua.

Os guardas levantaram Lika e a levaram embora, para a prisão do castelo. Tsunami e Toko se sentaram e falaram:

–Vocês terão seus trabalhos. Mas serão privilegiados e terão salários em dobro.- disse Tsunami.

–E você Sandara, e a sua amiga Miyuki poderão escolher qualquer jóia do mercador.- disse Toko.

Todos fizeram reverências, agradeçeram e foram para seus aposentos. Todos tomaram um belo banho e colocaram roupas limpas. Agora, Sandara não precisava mais usar sua peruca, então adorou poder sem quem era antes. Todos se reencontraram no salão dos nobres da corte, onde ficaram conversando por um bom tempo.

Enquanto isso, na prisão nos subsolos do palácio… Lika ficava sentada no canto mais escuro da cela, com a cabeça abaixada, apoiada nos joelhos. Estava toda encolhida. Ela ouviu o barulho da porta destrancando e olhou para cima, vendo Toko, acompanhada de um de seus guardas. Apenas conseguiu saber que era Toko, por causa da grande barriga de quase nove meses, já que a luz das velas era muito baixa. Toko deu um sorriso, mas Lika continuava com raiva.

–O que faz aqui?

–Bem… tirando que este castelo é meu… eu vim lhe ver.

–Por que?

–Eu queria lhe falar a verdade. Lika, eu jamais falei para uma pessoa se quer sobre você. Pode me dar um soro da verdade e vai ver que eu não estou mentindo. Por favor…- disse, essa última parte para o guarda, que abriu a porta da cela. Toko entrou, fazendo Lika se levantar, com os punhos fechados. -Lika, você me conhece desde que somos crianças. Quando eu ainda nem era rainha! Éramos quase irmãs! Por que você acha que eu te trairia de um dia pro outro?! Pense direito!

Lika relaxou os punhos, seu rosto de raiva foi virando pena e acabando virando molhado, por causa das lágrimas. Lika correu até Toko e a abraçou.

–M-Me desculpe!! Eu não queria…!

–Eu sei. Eu sei. Mas eu não posso mudar a sentença que o meu marido fez. Me desculpe.

–Não!- disse, se afastando um pouco. -Você já fez muito poupando a minha vida. Eu não posso pedir mais nada!

–Bem, eu gostaria de ficar, mas já está ficando tarde. Até outro dia, Lika.

–Até.

As duas se despediram com um abraço e Toko foi embora. Mas quando a cela já estava trancada, Toko se vira para o seu guarda e fala:

–Por favor. Você é o meu melhor guarda. Tome conta da Lika. Não a maltrate, senão eu acabo com você.

–S-Sim, vossa majestade.- falou o guarda, com um pouco de medo da rainha.

Quando Toko saiu da prisão, Lika começou a andar pela cela e olhou para o guarda. A luz que passava pela pequena fresta da janela iluminava o rosto do guarda.

Cabelos castanhos, pele clara, olhos da mesma cor do cabelo… aos olhos de Lika, era um rapaz muito bonito. Ela se apoiou na grade sem que o rapaz percebesse e falou, olhando para ele com um olhar carinhoso e feliz ao mesmo tempo:

–Oi.

O guarda caiu para o lado, se assustando com Lika. Ela andou até onde ele havia caído e se ajoelhou:

–Oi, sou Lika Urabe.

O guarda não sabia o que falar, então as palavras saíram destrambelhadas da sua boca:

–E-Eu s-sou I-Ichinose Ka-Kazuya…

–Você é engraçado. A Toko devia saber o que fez quando colocou você pra cuidar de mim.

Ichinose ficou completamente vermelho e falou:

–E-Eu estou aqui para vigiá-la!

–Chame do que quiser. Eu não ligo.- disse, piscando para Ichinose, que ficava mais vermelho ainda.

Dentre todos os trabalhos que eu podia escolher… por que eu fui escolher logo este…?! Mas até que ela não é feia. Mas será melhor se eu não falar nada.

No salão dos nobres da corte, todos jogavam um jogo de cartas, conversando e comentando sobre a viajem. Todos estavam calmos, até que ouviram o barulho da porta se abrindo. Ao se virarem, viram a menina de cabelos castanhos curtos, usando um vestido lilás.

–O que aconteceu? Já pegamos a Lika?

–MIYUKI!!!- gritaram Sandara, Suzuno e Fukuda, indo abraçar a amiga. Todos se sentaram na mesa e Sandara falou:

–O que aconteceu?

–Nem eu sei. Em um minuto eu estava acordada, e no outro eu acordei aqui.

Miyuki continuava na frente da porta, encostada na parede. Quando ela ía começar a falar, a porta se abriu tão rapidamente que Miyuki acabou caindo para frente, fazendo a pessoa que abriu a porta tropeçar. Ao olhar para trás, Miyuki viu que não era uma pessoa, mas três. Aki, Haruna e Natsumi.

–Saiam de cima dela, por favor.- disse Suzuno, tentando ficar calmo.

As três se levantaram e correram até Sandara, que, tentando se afastar das três meninas que pareciam doidas, caiu no chão. Nitsuke a ajudou a se levantar.

–PAREM!!!- gritou Sandara. As três meninas se acalmaram. -Agora, Natsumi, me fale o que está acontecendo.

–Sandara, é a hora!

–Vocês estão brincando com a minha cara!

–Não estamos!- disse Haruna.

–Venha! A rainha precisa da sua ajuda!- disse Aki, puxando Sandara para fora do salão.

A porta se fechou. Miyuki se levantou e olhou para a mesa. Os meninos pareciam confusos. Nitsuke continuava olhando para a porta. Suzuno, Fubuki, Fukuda, Goenji, Endo e Hiroto ficavam olhando um para o outro, confusos. Até que Endo vira para Goenji e pergunta:

–O que ela quis dizer?

–E eu lá vou saber. Eu mal entendo a Natsumi!

–Vocês são bakas por acaso?!- gritou Miyuki. Todos se viraram para ela.

–Como assim, Miyuki?- perguntou Hiroto.

Miyuki deu um grito, andou pelo salão e finalmente parou na mesa. Ela se virou para os garotos e falou:

–Elas queriam falar que a rainha vai ter a criança agora!!

–O QUÊ??!!!- gritaram os meninos.

Enquanto isso, do outro lado do castelo, o corredor era de apenas gritos, ninguém falava nada. Os meninos chegaram desesperados, encontrando suas namoradas paradas no corredor. Eles foram até elas e ficaram calados.

–Onde está a Sandara?- perguntou Nitsuke, não vendo-a no corredor.

–Ela está ajudando a rainha.- falou Aki, tapando os ouvidos quando a rainha voltou a gritar.

–O rei já foi avisado?- perguntou Goenji a Natsumi.

–Pedi para a criada da rainha ir avisá-lo.- disse Natsumi.

Quando os gritos pararam pela milésima vez, todos ouviram passos. Ao olharem para trás, viram o rei andando rapidamente, quase correndo, e uma moça o seguindo. Era Tsunami e Fuyuka.

–Como está?- perguntou Tsunami.

–Está assim por uns dez minutos.- disse Haruna, abraçando Hiroto.

Depois de alguns minutos, Sandara saiu suada do quarto, parecia que ela tinha acabado de sair de um banho. Ela sentou no chão e apoiou a cabeça em uma coluna. Nitsuke foi até ela e segurou a mão dela.

–Sandara, o que foi?

Sandara olhou para ele com um olhar sério e querendo chorar ao mesmo tempo e falou:

–Jamais. Jamais! Jamais me deixe ajudar em um parto de novo!

–Como está a rainha?- perguntou Tsunami.

–Ah, parabéns vossa majestade. É uma linda criança. A rainha nomeou de Takahiro. Significa generalizada nobreza. Entre por favor.

Tsunami olhou para a porta e entrou. Ao entrar, viu Toko sentada na cama, olhando para um pequeno corpo que estava envolvido em um pano azul marino. Ela estava sorrindo, e ao lado dela, algumas criadas também sorrindo. Ao verem Tsunami, fizeram uma pequena reverência.

–Venha.- disse Toko. Tsunami andou até Toko e se sentou na beirada da cama, olhando para o menino que parecia dormir. Ele tinha cabelo ruivo, mas pequenas mechas rosadas. -É o nosso filho. Seu herdeiro.

Tsunami sorriu, para ele, aquela era a criança perfeita.

Dez minutos depois, Nitsuke e Miyuki foram procurar Sandara, que estava em seu quarto, penteando o cabelo. Ela estava com o cabelo totalmente molhado. Não de suor, mas por sair do banho. Ela viu os amigos e sorriu.

–Oi.

–Olá.- disseram Nitsuke e Miyuki.

–Então… como é a criança?- perguntou Miyuki.

–É uma graça. Pelo menos limpa…

Mas ao falar do bebê, Sandara se lembrou de algo que não poderia ter esquecido. Algo que foi a razão de tudo ter acontecido. A razão por estar no castelo real.

–Miyuki!

–O que foi?!

–Você se lembra por que viemos pra cá? Se lembra que deveríamos vingar nossos pais?!

–É verdade…- disse Miyuki, olhando para Sandara. As duas pareciam estátuas. Elas queriam vingar os pais, mas ao mesmo tempo não queriam. A viagem que fizeram, as lutas, e a ajuda que deram para o reino de Inazuma foi algo que queriam ter feito.

–Espere… como assim, Sandara?- perguntou Nitsuke.

–Nitsuke, eu e a Miyuki somos ladras sabe por que? Por que quando tínhamos 8 anos, nossos pais foram mortos. Nós já nos conhecíamos e conseguimos ter uma vida luxuosa por causa da herança dos nossos pais. Mas aos 13, descobrimos que foi a guarda real de Inazuma que os assassinaram. Então, decidimos acabar com este governo do rei. Mas agora tudo mudou. Mesmo assim, temos de cumprir nosso propósito.

–Não queremos ter que fazer isso, mas é pelos nossos pais.- falou Miyuki.

–Mas antes de fazerem isso, deixem que eu conte a verdadeira história.- disse Nitsuke.

Sandara e Miyuki olharam para Nitsuke. Então ele começou a contar o que aconteceu.

–Há muito tempo, quando eu ainda era criança, meus pais me falaram que era um período de desordem e caos pelo reino. Muitos roubos, assassinatos, sequestros… tudo que vocês podem imaginar, acontecia pelo reino. O rei foi morto, então decidiram achar um novo, mas ninguém no reino sabia da morte do rei. Então, disfarçaram o filho da família mais rica de Inazuma como o rei, e ele governa até hoje.

–Quer dizer que é o…

–Sim. Hoje, ele é conhecido como vossa majestade Tsunami. Então, muitas famílias nobres que sabiam do plano e sabiam do que tinha acontecido com o antigo rei decidiram se disfaçarem iguais, para que os ladrões e assassinos não soubessem quem roubariam. Depois de muito tempo, quando eu já era da corte real, eu soube que 3 famílias nobres que tinham se disfarçado iguais foram todas assassinadas. Essas famílias eram as famílias: Urabe, Kiryu e Shimizu. Quando soubemos, de algum modo, alguém havia ameaçado a rainha para pegar uma informação. Então, a pessoa que ameaçou a rainha soube que a família da Lika, a família Urabe, era uma família de bruxos. Essa pessoa era a bruxa mais poderosa que existia. Ela queria matar a família Urabe por saber que um dos descendentes tinham um poder mais poderoso que o dela. Ela fez ilusões que matavam e assassinou a primeira família que era igual a família Urabe, a família Kiryu. Depois, no mesmo dia, soube que não era a família Urabe, então assassinou a segunda família, a Shimizu. Por fim, quando soube que ainda não era a família que procurava, assassinou de uma vez por todas a verdadeira família Urabe. Mas no dia do assassinato da verdadeira família, a bruxa foi morta pela herdeira da família. Lika. Lika tem o poder mais poderoso da terra. A bruxa, antes de morrer, falou que fez tudo o que fez por órdens do rei de Inazuma. Ela mentiu. A bruxa achou que tinha ganho o que queria, a morte de todos os que poderiam ter sido os verdadeiros Urabe. Mas ela não ganhou. Por que em cada uma de suas casas, seus pais lhe esconderam, podendo assim, dar continuidades as suas famílias.

–Então é por isso que eu ouvi falarem que foi tudo culpa da guarda real.- disse Miyuki.

–Maldita bruxa!- disse Sandara, fazendo a mão voar por cima da penteadeira, fazendo os frascos de perfume e a escova se quebrarem.

–Sandara, por favor, se acalme por favor. Assim todos vão achar que está tendo uma invasão ao castelo!- disse Nitsuke, segurando Sandara pelo braço.

–Está certo. Não posso me extressar. Mas por outro lado, eu estou feliz por não ter que ficar contra os meus amigos.

Então os dias se passaram. Todos se divertiam, os casais que antes não falavam nada, agora falavam que estavam juntos. Os três amigos de Sandara e de Miyuki (Kogure, Toramaru e Kabeyama) vieram para o castelo e começaram a fazer parte da guarda real.

Em certo dia, Sandara estava passeando pelos corredores do castelo quando viu que havia uma briga no meio da praça. Subiu na torre mais alta do palácio e, ao chegar lá, viu que todos estavam olhando para a praça. Ela foi até os amigos e perguntou:

–O que está acontecendo?

–O Fukuda tá brigando com o primo que veio pra cidade.- disse Aki.

–O primo dele?- perguntou Miyuki, que havia chegado.

–É. Um tal de Nagumo. Mas todos chamam ele de Burn.- falou Natsumi.

–Pelo visto ele vai fazer parte da guarda real. E o Fukuda vai ser obrigado a treiná-lo.- disse Haruna.

–O coitado vai sofrer.- disse Sandara, dando uma risada.

No dia seguinte, todos os guardas estavam prontos para começar a treinar, quando Fukuda chegou com Burn. Ele apresentou o primo e todos começaram a treinar.

Eu odeio esse cara desde que eu era criança. Por que a minha tia tinha que mandar ele?!

No final, todos foram para dentro do castelo. No caminho, Fukuda viu que Reina estava andando pelo castelo como se nada tivesse acontecido. Ela pareceu não vê-lo, mas ele a segurou pelo braço e falou:

–Reina?! O que você está fazendo aqui?!

–Ah! A Lika me enganou. Falou que a família da rainha iria matar ela. Mas acabou que foi tudo um engano. A rainha entendeu minha situação e acabou deixando eu continuar fazendo parte da corte.

–Nossa... eu achei que você sabia do plano…

–Não. Mas pelo visto a minha prima também se enganou.

–Então aquele beijo que você deu no Nitsuke era por causa do plano?

–Claro! Eu não gosto do Nitsuke. Ele é como um irmão pra mim. Mas de certo modo você me ajudou.

–Como assim?

–Bem, você, sendo o capitão da guarda real, deveria ter me procurado depois de capturar a Lika. E não me procurou.

–Eu estava morrendo! Não tinha como eu te procurar.

–Bem… obrigado do mesmo jeito.- disse Reina, dando um beijo no rosto de Fukuda, logo em seguida indo embora. Quando Reina já estava longe de vista, Fukuda ouviu uma voz:

–Ora, ora, ora… pelo visto a de cabelos azuis ali gosta de você.

–Sabe… eu te odeio, Burn!

–Pelo menos não sou eu que nunca teve uma namorada!

–Cala a boca!!!

Nisso, Fukuda e Burn ficavam correndo um atrás do outro pelo castelo, como dois moleques. Todos estavam no salão dos nobres, inclusive o rei, a rainha e o filho dos dois. Todos acabaram se assustando quando ouviram a porta se abrindo. Burn caiu no chão e Fukuda ficou apertando o pescoço dele, de um jeito que o deixasse agoniado mas que não o matasse.

–Eu posso ter sua idade, mas agora eu tenho poderes!

–Cale a boca! Eu ainda vou fazer você pagar!

Todos riram. Ninguém, desde o início da coroação do rei Tsunami, imaginou que a vida no castelo pudesse ser tão engraçada. Mas tudo mudou. Agora, tudo estava como deveria ser. Feliz… e engraçado.



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Notas finais do capítulo

Reviews please!! Obrigada por lerem! Minha colega e eu agradecemos a todos que acompanharam a fic até o final.



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