Treue escrita por S- BK


Capítulo 10
Meine Treue wird ewig, und meine liebe




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Assim que me preparei para a longa caminhada, senti uma gota d’água cair em minha testa. De repente começou a chover.

- O que foi que eu fiz pra você senhor? – indaguei sem resposta olhando para o céu. Mesmo com a chuva eu estava decidida por isso continuei seguindo a pé, de baixo da chuva que tomava força a cada segundo.

Eu não sabia o que era pior: a dor de cabeça insuportável ou a dor nas solas dos pés que latejavam de tanto andar.

Eu estava quase caindo no chão, exausta, quando finalmente avistei o portão da casa dos Kaulitz. Corri até lá, o segurança abriu o portão pra mim. Na parte coberta do jardim, eu vi o jardineiro com alguns potes de terra para plantio. Estava quase entrando na casa, quando tive uma idéia, fui até o jardineiro e lhe arranquei um dos potes de terra. Por fim entrei na casa, e com passos firmes e largos foi até a sala onde Simone conversava com Bill, enquanto Tom e Jeni assistiam televisão. Eu estava ensopada.

- O que aconteceu querida? – Simone perguntou sinicamente se levantando do sofá ao me ver.

Sem dizer nada eu fui em sua direção virando o pote de terra em sua cabeça.

- O que deu em você Kate? – Bill perguntou ajudando a mãe a tirar o pote da cabeça.

- O que me deu? – eu perguntei irônica – Vergonha na cara! Eu estou cansada de ser humilhada por essa mulher. Eu tenho agüentado por você Bill, e continuarei enfrentando tudo que vier, só por você. Mas minha paciência tem limite, e ela o conseguiu alcançar! Olha aqui Simone. – eu a olhei friamente – Fosse pode fazer da minha vida um inferno, pode me levar pro próprio inferno, mas eu nunca vou desistir do Bill! Você me ouviu? Nunca.

Respirei fundo, Tom e Jeni me olhavam assustados, enquanto Bill também me olhava, mas com o seu sorriso único no rosto, o que eu estranhei.

- Parabéns mocinha. – Simone disse sorrindo pra mim – Até que enfim, uma atitude digna de um Kaulitz.

Ela me abraçou, a chuva do meu corpo se misturou com a terra do dela. Eu estranhei aquela atitude.

- Eu não disse que ela ia se sair bem. – Tom cochichou no ouvido de Jeni.

- O... O que...? – eu indaguei assim que Simone me soltou do abraço.

- Querida. – ela começou a falar – Eu não posso deixar que alguém tão especial quanto o meu Bill, fique com qualquer uma, você não acha?

Eu não a respondi. Então tudo aquilo havia sido um maldito teste? Eu quis matar a todos naquela sala, menos o Bill é claro, mas no fundo, bem lá no fundo mesmo, eu estava tranqüila.

- Sua mala já está arrumada prinzessin. É melhor você ir tomar um banho antes de nos irmos. – Bill sorriu lindamente pra mim. Eu continuava com cara de idiota, subi e tomei um longo banho. Tom soltou uma gargalhada exagerada, assim que eu sai da sala.

Eu fiquei pensando debaixo do chuveiro. Aquilo foi mesmo um teste. Dei graças a Deus por ter tido uma mãe normal, apesar de só ter convivido com ela seis anos da minha vida.

Eu desci e fui até a cozinha onde todos me aguardavam sentados no sofá.

- Agora sim. – Simone se levantou, ela também já havia tomado um banho e se trocado – Me desculpe?

Ela foi em minha direção com os braços abertos para um abraço. Pela primeira vez eu a vi como mãe e não como uma bruxa.

- É claro. – eu respondi por fim, sorrindo e aceitando o abraço.

- Agora o mundo está perfeito. – Bill veio em nossa direção – Pois as duas mulheres que eu mais amo nesse mundo, finalmente se entenderam.

- Chega desse lenga-lenga! – Tom nos interrompeu – Vamos logo...

Nos despedimos de Simone e seguimos no carro de Bill até o aeroporto. No caminho Jeni me contou tudo que teve que passar para ser aceita por Simone.

- Por que ela não faz isso com as suas namoradas Tom? – estranhei.

- Desde quando eu sou de namorar? – ele perguntou como se a resposta fosse obvia – A Jeni foi a única que me fisgou... – ele sorriu pra Jeniffer que retribui o mesmo sorriso.

 

Finalmente chegamos ao aeroporto. Como quando saímos da França, um pequeno avião particular já nos aguardava na pista. Entramos nele.

Como de costume, Jeni distrai Tom com conversas sem sentido. Eu sentei ao lado de Bill. Depois de alguns minutos senti o avião decolar. Dessa vez não foi o grito de Tom que foi tampado por Jeni, ela não parava de falar, e foi Tom quem lhe tampou a boca com um beijo.

Eu estava exausta, dei um selinho em Bill, e me deitei em seu ombro como da outra vez, me preparando para dormir.

Antes de fechar os olhos eu ainda pude o ouvir sussurrar em meu ouvido.

- Meine Treue wird ewig, und meine liebe... Meine Prinzessin...* – ele finalizou com um beijo em minha testa.

Senti meus lábios se curvarem num sorriso enquanto eu finalmente pegava no sono. Foi a primeira vez, naquela semana, que a língua alemã não me deixou extremamente irritada. Muito pelo contrário...


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