Hogwarts - a Escola dos Segredos escrita por ana_btz


Capítulo 3
Capítulo 3 - Feitiço Fidelius




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Segundos depois, estavam nas escadas que levavam da sala que tinham ficado presos semanas atrás, para a sala de visitas dos Malfoy. Felizmente, Rony e Gina pareciam inteiros e Hermione se acalmou.

- Tudo bem, o que fazemos agora Harry? - Ela perguntou.

- Achamos o Draco.

- Então nós nos dividimos e vamos procurando ou...

- Não sei, acho que ele não estaria em um cômodo qualquer, não depois do que houve em Hogwarts... ele deve estar mais escondido, quer dizer, se ele estiver aqui.- Harry respondeu.

- Se ele estiver aqui?

- É... mas foi o único lugar que pensei que ele estaria. Rony, você se lembra da primeira vez em que eu viajei com Pó de Flu?

- Sim, você acabou saindo na lareira da Borgin & Burkes, na Travessa do Tranco, Hagrid te achou. Em que ano foi mesmo?

- Segundo ano, eu acho. Mas você está lembrado que eu encontrei o Draco e o pai dele lá na Borgin & Burkes? Lembra que eles falavam sobre uma sala secreta embaixo da sala de visitas da casa deles?

- Claro! Draco pode estar nessa sala secreta, ou seja lá o que for. - Estava claro que Rony queria ver a tal sala.

Nesse exato momento, Harry teve vislumbres de Voldemort, em alguma floresta tropical, bem longe dali. Harry estava ouvindo seus pensamentos, Voldemort queria matar Draco logo para ser o verdadeiro dono da Varinha das Varinhas, conseguir mais seguidores e retomar o que tinha começado. E tudo isso tinha que ser rápido.

- Temos que achar o Draco depressa. Ele provavelmente virá procurá-lo aqui. – Harry disse, e percebeu que Hermione o olhava preocupada, com a testa franzida.

- Pensei que essas suas visões tivessem acabado.

- Deve acabar, quando Voldemort morrer. – Harry deu de ombros. Não se importava muito com aquilo, ás vezes era até útil para saber onde Voldemort estava ou o que estava fazendo. Mas Hermione o olhava a cada segundo para se certificar de que estava tudo bem.

Eles ouviram um barulho próximo, na sala de visitas. Gina, que até agora estava muito quieta, se esticou para ver de onde vinha o barulho. Ela olhou para Harry e fez movimentos com a boca dizendo que era Draco. Harry pegou sua varinha, se levantou e foi em direção a Draco.

- Expelliarmus. - Harry apontou a varinha para Draco e antes que ele sequer percebesse, sua varinha estava nas mãos de Harry. Gina falou:

- Bom, se a Varinha ainda pertencia ao Draco, agora é definitivamente sua, Harry.

- O que vocês estão fazendo aqui? - Draco franzia a testa, parecia confuso e surpreso, mas não aparentava medo.

- Você tem que vir com a gente, Draco. Voldemort está querendo te matar.

- E por que vocês querem impedir? Logo vocês... – Draco parecia cada vez mais confuso, enquanto todos tentavam formular uma frase para negar o que Draco havia acabado de dizer,mas Rony contrariou o que todos tentavam fazer e disse:

- Essa é uma boa pergunta. Eu disse o mesmo para o Harry, mas acho que ele não liga. Sabe, “vamos salvar quem sempre quis nos matar!” - Rony olhava de Harry para Draco, que disse:

- Como sei se vocês estão dizendo a verdade? Não tem motivo para vocês quererem me ajudar.

- Na verdade, você não vai saber se estamos dizendo a verdade ou se estamos mentindo. Pelo menos não agora. Você tem duas opções para descobrir: vem com a gente e fica seguro, ou fica aqui e morre. Então você é quem sabe.

Draco encarava Hermione, que revirou os olhos e disse rispidamente:

- Sabe Malfoy, nós temos pouco tempo. E não é nossa obrigação te salvar ou sequer te ajudar, então se você puder ser rápido, agradecemos.

- Certo, mas depois de me salvarem, vocês vão me dizer o que querem em troca.

- Você nem sabe se queremos algo em troca! – Rony se ofendeu. – Não somos como você. Fazemos coisas sem nos aproveitarmos das outras pessoas.

- As pessoas sempre querem algo em troca, vamos logo com isso, nós vamos embora ou não?

- Hermione, vá com a Gina e com o Rony para a casa de meus tios trouxas. Vem logo Draco, antes que eu me arrependa.

Eles desaparataram pela segunda vez, e logo se viram diante de uma casa com aparência abandonada e com jardins mal cuidados.

- Acho que meus tios não voltaram desde que eu disse que um bruxo das trevas poderia atacar a casa para me procurar. – Disse Harry.

- Harry, não sei se é seguro - Hermione olhava para Draco, como se ele pudesse fazer algum mal para ela.

- A casa vai servir para contar tudo para o Malfoy. Vamos entrar.

Entraram na casa e viram que ainda estava toda mobiliada, mesmo estando muito mais suja que o normal. Tia Petúnia nunca deixaria a casa naquele estado se ainda morasse lá, e nunca entraria em um lugar que estivesse nessas condições.

- Limpar! – Gina viu o resultado. - Melhor agora.

- Venham aqui.

Foram até a sala e se sentaram nos sofás que agora pareciam novos. Harry contou tudo para Draco, menos sobre as horcruxes, ainda não confiava tanto assim nele.

- Agora diga o que quer. - Disse Draco, depois de ouvir pacientemente tudo o que os outros tinham a dizer.

- Quero que você me diga se tem alguma coisa... planejada. – Harry disse.

- Planejada?! Meus pais morreram e eu estou aqui, com a pior companhia possível e...

- Não me refiro a isso. Sei como é perder os pais, acredite. Estou perguntando se você vai cumprir alguma tarefa, mesmo que seja por vontade própria e não algo que alguém tenha lhe deixado responsável.

- Não, não tenho planos desse tipo, pelo menos por enquanto.

- Ok, então eu quero que você desapareça por um tempo e...

- Quê? – Draco arregalou os olhos, mas Harry fingiu que não tinha havido interrupção e continuou:

- ...e fique aqui. Eu posso inclusive fazer um feitiço Fidelius e posso ser o fiel do segredo.

Depois de Hermione, Gina e Rony olharem para Harry pedindo explicação e Draco resmungar dizendo que era tudo loucura, Harry o convenceu de que seria só por alguns meses e foi para o seu antigo quarto, com Draco, para fazer o feitiço. Eles provavelmente estavam fazendo as coisas totalmente erradas, já que além do fiel do segredo, três pessoas sabiam daquilo, mas considerando que as três pessoas eram confiáveis, o argumento era válido.

- Então esse era o seu quarto... – Draco se abaixou e pegou cartas muito antigas que estavam sobre a escrivaninha de Harry. - Desculpe se fui muito... bom, pelo jeito que tratei você e seus amigos durante esses anos, parecem ser pessoas.. legais.

- O que deu em você, Malfoy? – Harry nunca tinha ouvido alguma coisa assim sair da boca de Malfoy, e até alguns segundos atrás ainda duvidava que ouviria.

- Por quê? – Malfoy pegou outra carta e começou a ler. Harry não se importou com isso, estava mais concentrado no que Malfoy tinha dito há pouco tempo.

- Você nunca pede desculpas. Garanto que nunca pediu na sua vida!

- Vocês estão me ajudando. E eu era muito pressionado, você sabe disso.

- Pelo seu pai ser Comensal.

- Sim, e por eu também me tornar um Comensal. Mas vamos fazer esse feitiço logo.

- Tudo bem, mas não pense que esse seu pedido de desculpas resolve muita coisa, ainda não confio em você. Olhe, nós vamos voltar para Hogwarts hoje, não quero que os professores e os pais de Rony fiquem muito preocupados, mas eu vou voltar daqui de tempos em tempos, não vou te deixar apodrecer aqui.

- Sei. - Fizeram o feitiço e Harry saiu e se reuniu a Rony, Hermione e Gina que estavam calados desde que Harry disse que faria um feitiço Fidelius. Aparataram na frente do portão de ferro, que continuava aberto.


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