Put’s grila, esqueci completamente do meu aniversário, isso é que dá ser loira! Te amo cabelo.

E agora chego onde comecei. (n.a*:esse aí é o prólogo à)Meu único e eterno amor, já me foi tomado pela minha melhor amiga. Sasuke Uchiha sempre me foi e sempre me será apenas um amor platônico, apenas uma esperança, apenas um sonho. Não consigo tirá-lo da cabeça.

A única pessoa que sabe deste meu sentimento é Sabaku no Gaara, meu melhor amigo, meu confidente, meu anjo da guarda.

Convivo assim há quase três anos. Já estava acostumada com a rotina de chorar pelos cantos, ou no ombro de Gaara, mas ultimamente as coisas têm mudado.

Mês passado um garoto chamado Sai chegou à escola. Não sei por que e nem como, mas ele mexe comigo, talvez porque ele me lembra certo Uchiha.

E o pior é que ontem, Gaara disse que me ama e eu acho que correspondo o mesmo sentimento.

E agora, como decidir? Meu coração está dividido. Tenho sentimentos diferentes por cada um, e não consigo distingui-los do amor. Estou completamente apaixonada pelos três.

E agora meu povo, me responda: o que fazer quando se está na minha situação?

Sasuke Uchiha é lindíssimo demais, é fofo demais, é lindo demais, é inteligente demais, é lindo demais, tem um belo de um tanquinho, é lindo demais, é lindo demais, é lindo demais... Não se manifesta com qualquer um. É perfeito. Sakura sortuda. Eu o amo.

Sai é tão fofo, me lembra do Uchiha. É lindo o jeito como aquele garoto me trata, nem parece que é da raça masculina. É mais fácil falar com ele do que com os outros, sei lá, me passa uma paz tão grande. É o tipo de pessoa leal, mas acho que ele esconde algo, é muito calado-ele me completa. E além de tudo, já é meu namorado, o que facilita muito as coisas. Ele tem traços mais suaves, devo reconhecer: Sai é um colírio, mas precisa comer bastante beterraba e ficar um mês inteirinho no Sol (não é tomando banho de Sol, nem perto, é no Sol mesmo) pra ver se pega uma cor. Parece um fantasma. E eu o amo.

Gaara é um idiota, estúpido, burro, imbecil, ignorante, que adora deixar as pessoas no vácuo mais profundo de suas vidas (tô acostumada), te faz parecer medíocre e babaca. Aquele panaca. Quase não fala nada, prefere ficar guardando mágoas, sendo rancoroso. Seu nome do meio tinha que ser “Vingador” ou “Melhoramigodeumafiganojentoeignorante”.Preciso dele. Eu o amo.

Agora estou aqui, com a maior cara de choca. Gaara me deixou sozinha, tem uma multidão de curiosos nojentos me olhando, é meu aniversário e eu nem lembrava e agora não sei o que fazer.

Deitei-me na grama de braços abertos olhando aquela pequena caixinha com lacinho. Tentava adivinhar o que tinha lá dentro mas a coragem pegou carona no ombro da sanidade e foi embora. Senti alguém ao meu lado, era a Haruno que também estava deitada.

-Testuda, levanta!Vai sujar todo o teu vestido sua besta! Volta pra festa, teus convidados estão olhando!!

-Ino, não dou a mínima.Que fiquem lá.

-Mas é sua festa de aniversário.

-Mas também é o seu!-me estendeu uma caixinha com um cordão de ouro com um pingente de sol. Colocou no meu pescoço e nos deitamos de novo.- Sabe, esses cordões não foram coincidência por serem sol e lua.- ficava girando a luazinha com a mão direita e olhando para as estrelas.

FLASHBACK ON

-Menininha, por que você está chorando?- a garotinha de cabelos loiros vira a outra se debatendo em lágrimas.

-Eu não te conheço, mamãe disse pra não falar com estranhos. - disse escondendo o rosto entre seus joelhos, debatendo-se em lágrimas.

-Mas se for assim você nunca vai conhecer ninguém. Vai viver sozinha depois que seus pais morrerem. Vai ser uma pessoa solitária e esquisita. Vai deixar de se cuidar porque estará depressiva e as pessoas vão rir de você, e então, você será a estranha! Vai, me conta. - a loirinha tinha um sorriso tão acolhedor e confiante que parecia uma adulta.

-Não, você vai rir como os outros. – ela se encolhia cada vez mais.

-Aposto um pirulito que não. Pode ter certeza de que te dou se eu não rir. – mostrou dois pirulitos redondos e achatados em formato de espirais bem coloridos.

-Mas você vai rir! - ela gritava um pouco acanhada.

-Te dou os dois. – estendeu a mão com os doces.

A garota virou o pescoço e a cabeça simultaneamente, deixando à mostra uma pequena bolinha verde (alguns chamariam de olho) para que pudesse ver, mesmo com algumas mechas róseas que lhe caíam sobre o rosto, com quem falava.

-Sério?

-Ahaam. – a loira riu.

-Tá bom. – levantou a cabeça e passou a mão na cabeça para tentar os fios de cabelo. Tentativa falha. – Uns meninos da minha sala riram de mim. – Ela fitava o chão.

-Riram de você? Por quê?

-Porque meu cabelo é cor-de-rosa.

-Mas por quê? Rosa é tão bonito.

- Mas ninguém tem cabelo rosa!

- O meu pônei tem.

- Só ele.

- Era só isso?

- Não, também caçoavam de mim porque ando sempre com o cabelo solto, caindo nos olhos. Dizem que tenho que cortar minha franja.

-E se te incomoda tanto que te digam isso, por que não corta a franjinha? Ia ficar tão bonita.

-Não posso. – disse baixinho ainda olhando o chão.

-Por quê?

-Não posso.

-Hn...Então prenda ela para trás assim. – Puxou seu uma mecha de sua franjinha, colocou-a para trás e prendeu com um grampo. – Fácil né? – Voltou a fitar a garotinha e notara que esta não tinha lhe dado atenção.- Por que você não pode?

-É que se não, eles me chamam de testuda.

-Mas você não é testuda.

Ela levantou a cabeça, pôs a mão no sobre o nariz e foi subindo até chegar à testa, por baixo da franja. Ergueu um pouco a mão e jogou o cabelo para trás deixando a testa à mostra.

-Tá vendo.

-É uma testa muito bonita.

-Ela é enorme!

-Não é não.

-É sim.

A loirinha colocou a mão na sua testa e depois na testa da “testuda”.

-Só é um dedo maior que a minha.

-Pois é.

-E daí?!

-Eles riem de mim.

-Eles só riem pr que você liga pro que eles falam.

-Mas...

- Sabe, as pessoas sempre riem de mim.

-Mas por quê? Você é tão bonita.

-Eu sei. –Risos. –Mas meu nome é Ino (*N.A.:Ino em Japonês significa porco das montanhas) e todos sempre riam de mim.

-Sério?- ela ria.

-Aham.E eu nem ligo.Até rio junto, e é isso que você devia fazer.Sabe, é igual a história do Sol e da Lua.

-Que história?

-Você não conhece?

-Não.

-Papai diz que o Sol foi feito para iluminar e fazer tudo ficar mais quentinho, mas não tem ninguém para iluminar. E que a Lua que controla os mares, e já que a água é símbolo de vida, ela que criou a vida. Mas a vida fria e por isso é curta e infeliz. Aí o Sol e a Lua criaram um acordo que nunca mais seria quebrado, porque se não, eles não iam ter porque viver.

-Então você é o Sol que me iluminou!

-E você é a Lua que de quem eu preciso pra existir.

-Você é mais importante! Me ilumina, e não eu morro.

-Mas se eu não tiver quem iluminar, vou morrer sozinha e triste.

-Então vamos criar um acordo também? –propôs a menina de olhos verdes esmeralda.

-Vamos! –Correu para abraça-la.

-Minha melhor amiga, Ino-chan.

- e você a minha, ahm...

-Sakura “Testuda” Haruno. –Estendeu-lhe a mão.

-Ino “Porca” Yamanaka. –Pôs um dos pirulitos em sua mão.

E as duas garotinhas saíram andando por entre as árvores de cerejeira onde brotavam flores próximas às colinas.

FLASHBACK OFF’

-Pois é Ino, você já dava bons conselhos desde bem pequenininha.

-Tenho que servir para alguma coisa, não?

-Não fala assim! Você também serve pra fazer brigadeiro.

-Sua vadia!

-Faço o que posso.

Um pequeno período de tempo se passou conosco olhando para as estrelinhas lá em cima até que a rosada me fez uma difícil pergunta:

-E agora, o que você vai fazer?

-Está falando do quê?-eu sabia muito bem do que ela estava falando, só estava tentando atrasar um pouco mais essa decisão.

-Gaara.

-Acho que...Nada.

-O quê?- ela se levantou tão rápido e começou a berrar igual uma ao Lee bêbado-DEPOIS DE TODAS AQUELAS PALAVRAS, DEPOIS DE TUDO O QUE O COITADO DISSE VOCÊ NÃO VAI FAZER NADA? POXA, SABIA QUE ELE É UM SER HUMANO TAMBÉM? ELE TEM SENTIMENTOS E VOCÊ SABE MUITO BEM DISSO, VEIO EXPÔ-LOS NA FRENTE DESSE BANDO DE GENTE E VOCÊ NÃO TEM A MÍNIMA CONSIDERAÇÃO PELO COITADO!!MERSA, INO, QUANDO É QUE VOCÊ VAI RECONHECER QUEM REALMENTE A AMA?

-Quando o Sasuke sair da minha cabeça. - falei bem baixinho, de modo que só eu pudesse ouvir.

-ME RESPONDE!

-Não sei.- ela me abraçou bem forte. –Sakura?

-Hm?

-Por que a gente sempre ama quem não ama a gente?

-A gente ama quem nos ama, só que no início achamos que é a pessoa certa a errada.- não entendi muito bem, mas não quis relevar esse fato, ela ia caçoar da minha burrice.

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