A garota acordou com uma dor na cabeça imensa. Estava com medo de abrir os olhos, estava com medo de saber onde estava. Ouvia passos, e isso aumentou ainda mais seu medo. Respirou fundo milhões de vezes e contou até dez antes de abrir os olhos. Quando os abriu, olhou aos lados e percebeu que estava em um quarto desconhecido. Se via deitada em uma cama. Tentou se soltar, mas estava com seu punho preso, amarrado em cordas ou algemas, ela não sabia.

Se bateu milhões de vezes, tentando se soltar da cama onde estava presa. Sem sucesso. Sentiu um medo imenso e repentino, ao pensar em sua família. E sua mãe? E sua irmãzinha? Sua adorável irmã deveria estar louca. Ela só pensava em voltar para sua família, a revê-los novamente. Não sabia onde estava, nem por quantos dias ficou naquele lugar. Por quantos dias ela estaria apagada? E o que aconteceu? Tantas perguntas sem respostas. A ultima coisa que lembrara era de ter ido pedir informação a dois garotos desconhecidos.

Se ajeitou rapidamente quando ouviu a porta começar a se abrir. Levantou o pescoço para visualizar quem entrava no quarto. Encostou a cabeça de volta a cama e sentiu sua respiração ficar acelerada quando ouviu passos rápidos vindo até seu lado.

- Calma... Eu não vou te machucar. – ouviu uma voz calma vir do seu lado. Lizzie virou a cabeça lentamente e viu o garoto de cabelos castanhos e bochechas rosadas ao seu lado. Não se lembrava bem seu nome, era Carlos, Chaves ou Chaz... Não se lembrava muito do nome.

- O-onde eu estou? – sua voz saiu baixa e assustada. Ela queria chorar, mas, se segurava para parecer forte.

- Eu não posso contar. – o garoto se agachou ao seu lado, com um olhar misterioso.

- Por favor... Me solta! Eu faço tudo... Tudo que você quiser. – o medo aparecia na sua voz, enquanto o garoto praticamente ria ao seu lado.

- Desculpa, esta é a vez de Justin resolver o que vai ser de você. – o garoto acariciou as bochechas de Lizzie, enquanto ela tremia de medo.

Ela queria gritar, chorar, sair correndo dali. Mas, ainda assim tinha medo, muito medo. Estava presa em um lugar que não conhecia, queria tanto ter sua mãe ali ao seu lado. Porque tão sofredora? Não bastava ter pedido seu pai, ser traída por seu antigo namorado e agora... Isso? Aliás, o que era isso? Um seqüestro? Eram estrupadores? Seqüestradores? Loucos? Ela mal sabia quem era aqueles garotos.

Deu um pulo quando ouviu a porta se abrir novamente. Ergueu-se um pouco tentando visualizar a pessoa a sua frente. Era o garoto loiro que a olhava com um sorriso sarcástico no rosto. Estava de braços cruzados, apenas visualizando o corpo da garota. Ela temia de medo, aqueles olhos castanhos e doces, não estavam parecendo mais tão bondosos como antes, na primeira vez. Agora ela via que as aparências enganam realmente.

- Chaz. – o loiro o fitou e fez um sinal para que saísse. Deixando a garota a sós com aquele cara. Ele a deixava com medo. Suas mãos suavam e ela pedia a Deus que aquilo tudo fosse só um sonho ruim que acabaria logo. Mas, aquilo parecia real demais para ser um sonho. E as esperanças? Sumiram?

- Por favor... – ela começou a falar, mas, foi interrompida pela mão do garoto que cobria sua boca.

- Fica quieta que tudo acabará bem. – ele dizia friamente e se pós por cima da garota.

- Solte... Meus... Punhos, por favor. – ela dizia entre sua respiração ofegante e que mostrava um medo enorme. – Farei tudo o que quiser. – Ela mal sabia o que ele queria.

Cresceu um sorriso malicioso nos lábios do garoto e ele soltou seus punhos. Os olhou e estavam vermelhos e marcados, doloridos.

Sua respiração abaixou, mas, logo após ficou mais ofegante quando o garoto bruscamente começou a beijá-la. Ele não era nada delicado e a beijava com urgência. Ela queria separar, o empurrar dali, mas, tinha medo da reação do garoto diante disso. Ela tinha que tomar coragem para se afastar dele. Ela não queria isso, não queria aquilo. Sabia bem qual era a intenção do garoto, e ela nunca tinha feito aquilo antes. Não queria que sua primeira vez fosse daquele jeito. A força.

- Não... Por favor... Não! – ela falava em meio disso, mas, era em vão. O garoto não dava ouvidos ao que ela dizia.

- Cala boca. – ele sussurrou, voltando a beijar seu pescoço.

Era tentador, dava medo. Mas, o que fazer além de aceitar? Porque esses garotos fazem isso, afinal? Porque tanta brutalidade? Parece até covardia. O garoto arrancou a blusa de Lizzie rapidamente, para ter raiva. Ele logo tirou a sua e voltou a beijá-la. Ele a apertava de uma forma nada carinhosa, doía e ela queria mesmo era chorar. Nunca deveria ter parado para pedir alguma informação. Quando viu, os dois já estavam apenas de roupas intimas. Ela queria fugir ou morrer, talvez fosse melhor. Aqueles garotos só queriam um brinquedinho para se divertir quando bem quisessem. Queriam ter algo para se aproveitar. Lizzie não queria dar a eles esse gostinho que ter tudo o que quisessem. Mas, apesar do loiro a deixar hipnotizada com seus olhos castanhos, ela ainda assim tinha muito medo dele.

O garoto começou a fitar seu corpo, enquanto passava as mãos agora de uma forma mais calma pelo corpo da garota. Ele queria tudo rápido, queria só uma pequena diversão. Sempre. Mas, foi interrompi quando a porta se abriu rapidamente.

- Chaz, o que faz aqui? – o loiro fitou o amigo perto da porta, com um olhar raivoso.

- Temos visita. – ele apontou.

- Já vou ir. – Justin revirou os olhos. – Você não pode abrir a porta sem bater.

- Tudo bem... Lizz, é isso? – Chaz fitou a garota e ela assentiu. – Eu também tenho muito medo dele, ás vezes.

Os dois garotos riram logo após, deixando Lizzie com uma expressão de duvidas. Mesmo assim se sentiu até feliz pelo outro garoto ainda lembrar seu nome. E logo os deixou a sós.

Logo após saiu dos seus pensamentos, no momento em que sentiu sua dureza roçar seu centro úmido, provocando que inconscientemente abrisse a boca para soltar um suspiro, e fechar seus olhos num gesto de prazer.  Lentamente o garoto acomodou suas mãos em meu quadril e com suspiros profundos e cortados começou a entrar nela. O garoto era rápido e bruto. O que ele queria? Só isso? Era a coisa mais idiota que Lizzie já tinha visto na vida. Não consegue “conquistar” e então seqüestra? Não queria que fosse daquele jeito. Sem sentimentos. Sentiu seu corpo enfraquecee quando chegaram ao final.

Ela já estava impaciente, querendo morrer. Não conseguia compreender o porquê daquilo.

- Porque faz isso com as... Garotas? – ela perguntou olhando ao loiro a sua frente, que se vestia rápido. Com medo da resposta.

- Faço com as que me atraem. – ele respondeu sem fitá-la. Ele era frio e machista. Era impossível compreendê-lo.

- As forçam a fazer isso? Por maldade ou... – ela parou de falar quando o garoto saiu pela porta a deixando sozinha. Vai ver ele era solitário e só queria companhia. Vai entender. Lizzie nunca compreendeu os garotos.