- Conseguimos... Foi por pouco! – Hellt fala já fora do prédio, seus colegas estavam ao seu lado.

- Mas e o mestre? Ele tava lá dentro... E agora? – A moça fala.

- Agora a gente cava até achar ele! Não vou deixar o mestre aqui! – Theo fala determinado.

- Se seu mestre não saiu por contra própria ele morreu. – Kay fala de modo direto, Theo o segura pelo colarinho coberto de fúria.

- Repete seu merda, Repete que eu te arrebento! – Ele fala para Kay.

- Kayke Frings tem razão... Naquele estado não tem como Afonso sobreviver. – John faz sua observação. – Nós mesmos só estamos vivos porque Kayke sabia o caminho da saída.

- Aposto que tem o dedo do Lucian nesse desmoronamento. – Lucas fala.

- Sendo o Lucian ou não o mestre continua ali, eu não vou sair daqui até achá-lo! – Hellt fala.

- Por que tanta certeza que eu estou ali? – Uma voz conhecida chega aos ouvidos deles, Afonso quem pronunciara tais palavras, estava atrás de uma árvore sentado próximo deles. A felicidade dos discípulos foi geral.

- Mestre... Como chegou até aqui? – A moça pergunta ao abraçar o idoso.

- Foi o Lucian... Ele me tirou de dentro do prédio e me colocou aqui ha alguns minutos... – O mestre responde.

- Por que aquele louco fez isso? – Lucas pergunta confuso, ele representava a confusão de todos.

- O importante é que ele fez... O nome de garota fez algo certo dessa vez. – Theo fala aliviado.

- T-rex, pegue seu mestre e saia daqui, não vai demorar pra polícia chegar, imagino que nenhum de vocês queira dar explicações. – Dizeres de Kay.

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- Não... Não... – Tereza fala ajoelhada e chorando no alto de um prédio, olhava as ruínas do edifício Elísia e imaginava que Victor e Simon não conseguiram sair de lá.

- Eles estão bem Tereza, não se preocupe. – O soldado fala.

- Isso mesmo, não é um prédio que vai me destruir... – A voz de Simon chega aos ouvidos deles, ele aparece andando ao lado de Victor.

- Usei uma técnica de cura básica pra fazer o Yagi pelo menos andar. – O ninja fala.

- Simon!!! – A mulher fala quase gritando, ela pulou no chefe e o abraçou forte, sua lágrimas continuavam descendo.

- E agora essa? Desde quando eles são assim? – O soldado pergunta.

- Ela desde sempre... – O ninja responde.

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- Bando de desgraçados! – Lucian fala já longe dali, estava com um cigarro na boca e caminhava calmamente.

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Alguns dias se passaram desde aquele acontecimento, uma explosão nos tubos de gás foi a responsável oficial pela queda do prédio, saiu em todos os jornais a queda do edifício Elísia, mas é fato, a vida sempre segue...

- Tem certeza que essa é a melhor opção para vocês? – Hellt pergunta diretamente a John, eles, Theo, Evellin e Lucas estão às margens de uma rodovia conversando.

- Sim... Antes da Olhos do Destino me pegar eu já ia visitar o túmulo de meus pais. – Foi a resposta do irmão mais velho.

- Eu vou com ele dessa vez, vai que acontece alguma coisa não é mesmo? – Lucas fala em tom de piada. – Além disso, somos nômades, faz muito tempo que não temos casa fixa...

- Cabelo de garota, tartaruga ninja, vocês até que são legais quando se esforçam. – Theo fala.

- Mesmo se esforçando você continua sendo um sem futuro! – Lucas retruca. Theo fica furioso e ambos fazem menção de brigar, porém apenas se cumprimentam com um sorriso leve.

- Treina pra caramba porque da próxima vez eu vou arrebentar sua cara! Isso também vale pra você tartaruga ninja! – Theo fala aos irmãos.

- Aquele desgraçado do Kay nem pra dar as caras... – Observação do irmão mais novo.

- Ele não deve gostar de despedidas, também ta estudando igual louco por causa das aulas que perdeu, acho que a gente deveria fazer a mesma coisa... – palavras de Hellt, dizeres que fazem ele e seus colegas de infância ficar deprimidos.

- Até mais então... Nos veremos em breve. – John fala se virando com seu irmão e caminhando.

- Hei espera... – A moça fala correndo pro lado deles, Lucas se vira e ela lhe beija na testa. – Boa viagem pra vocês.

- Eu sabia que você me amava meu anjo! – O irmão mais novo fala com corações nos olhos e correndo pro lado dela fazendo menção de abraçá-la. Subitamente ela lhe golpeia com um soco reto de esquerda no rosto.

- NÃO ABUSA PORRA! – Ela fala furiosa, o soco foi tão forte que desmaiou o mais novo.

- Já imaginava... – Fala John colocando seu irmão nas costas, corações saiam da cabeça de Lucas enquanto repetia palavras indecifráveis. – Da próxima vez que nos encontrarmos Hellt eu serei o mais forte! – foram as últimas palavras do irmão mais velho antes de partir.

- A gente também precisa ir embora, tem prova amanhã e eu não sei nada! – Evellin fala.

- Puts eu também! Que caralho! – Palavras de Theo.

- Não se preocupem, vai passar... – Hellt fala em tom de piada e eles seguem voltando para suas casas. Em seu caminho passam por um galpão, mal sabiam eles que conhecidos seus estavam ali.

- Por que nos chamou aqui Yagi? – Richard pergunta, Simon está sentado numa cadeira a sua frente. Victor e Tereza também estão no recinto, estão ao lado do soldado.

- Chamei vocês aqui porque tenho um comunicado importante. – O chefe fala. – Vou sair oficialmente da Olhos do Destino. – Tais palavras assustaram os presentes.

- Mas só se sai da Olhos do Destino morto... Eles virão atrás de você. – Observação mais que certa do ninja.

- E é justamente por isso que estou dispensando seus serviços, a partir de agora vocês estão livres de mim, juntem-se a outro exército da organização. – Yagi argumenta.

- De jeito nenhum! – Fala Tereza. – Eu sou fiel a você, a Olhos do Destino foi consequência disso.

- Ela tem razão... Eu trabalho pra você, trabalhar pra Olhos do Destino nunca foi meu objetivo, só me afiliei a eles porque você se tornou general e me pediu pra fazê-lo. – palavras do ninja. – Não tenho medo de ser caçado, eu sou um ninja, a morte sempre me rondou.

- Eu também, eu sou uma assassina profissional, a morte faz parte da minha vida desde o dia que decidi me tornar forte! – Palavras da mulher. Todos aqueles dizeres primeiro causaram surpresa no chefe, depois o susto se tornou risos de alegria.

- Vocês são uns idiotas mesmo! – Yagi fala em tom de piada, Tereza e Victor acompanham nas risadas, de repente Richard se vira e se dirige pra saída.

- E você soldado, é fiel a quem? – O ninja pergunta.

- Sou fiel a quem me paga melhor com dinheiro e boas lutas... Parece que as coisas vão ficar mais divertidas pra mim agora, caçado por uma grande organização criminosa. – Palavras de Richard. – Da próxima vez que me chamar pra uma reunião Yagi que seja para algo importante. – Falou saindo do local.

- Parece que o exército do Fauno agora é um grupo independente. – Dizeres de Tereza.

- Agora só preciso decidir se vou reerguer o edifício Elísia. – As palavras do chefe.

Richard saiu andando pelas ruas, vestia-se com uma jaqueta que cobria seu braço de aço, pensava nas várias batalhas que teria daqui pra frente, um sorriso maldoso se desenhava em sua face. Ele passa a frente do dojo de Afonso, lugar onde havia lutado uma vez, lá dentro o mestre rezava, estava vestido como se fosse sair, tinha uma mochila consigo.

“Eles vão achar, eles vão pular aqui dento e vão achar...” o mestre pensava colocando um bilhete na frente de uma estátua próximo ao lugar que rezara. O bilhete falava que o mestre faria uma viagem para treinar e se tornar mais forte, queria recuperar um pouco de sua forma em sua boa época. Ele sai do dojo e caminha pelas calçadas, passa a frente da mansão de Kay, lá dentro o jovem está concentrado estudando.

- Senhor Frings trouxe seu lanche. – Fala um mordomo adentrando o quarto do garoto.

- Eu disse que não queria ser incomodado Roberto, eu tenho uma prova muito difícil amanhã e preciso estudar muito pra ela! – Falou o jovem alterado.

- Eu sei jovem mestre, o senhor já me informou, vou deixar seu lanche nessa mesa. – Informa ao garoto espadachim, logo em seguida se dirige a porta para sair do recinto. – É bom ter o senhor de volta jovem mestre. – O mordomo fala.

- É bom estar de volta Roberto... – Kay fala sorrindo de leve. – Roberto, por favor, eu preciso que você me compre café expresso.

- Já trarei para o senhor. – Fala o mordomo saindo do local. Roberto seguiu pelas ruas até o local onde se vendia o café que Kay desejava, se assustou ao ver de relance uma pessoa, “Se parece com meu jovem senhor, bobagem, deve ser só impressão” na verdade não era impressão, era Lucian, estava usando um chapeu e terno, fumava e carregava algo nas costas, parecia a capa de um instrumento.

- Próximo do teste... Rápido, não temos tempo a perder. – Fala uma pessoa dentro de um teatro, duas pessoas estavam ao seu lado, eles faziam audiências para músicos, procuravam alguém pra integrar uma banda que se apresentaria no restaurante deles.

- Não gostei de nenhum dos que passaram até agora. – O outro fala.

- Além disso, o que deveria se apresentar agora ta atrasado! Cadê o cara? – O primeiro fala nervoso.

- Calma senhores, acabei de chegar. – O clone fala adentrando o palco, joga seu cigarro ali mesmo e retira seu instrumento da capa a suas costas, se tratava de um saxofone.

- Mostre-nos o que você sabe então senhor sem relógio! – Um dos dois fala, calmamente Lucian começa a tocar seu saxofone, produz uma melodia tão intensa e maravilhosa que os dois entrevistadores ficam pasmos.

- Mas isso é a coisa mais perfeita que já vi! Onde você aprendeu a tocar assim desde quando toca? – Um deles pergunta.

- Posso dizer que já nasci sabendo. – O clone fala sorrindo a seu modo.

- O que você gosta de fazer além de tocar? – O outro pergunta.

- Gosto de muitas coisas, mas sou muito bom também em matar pessoas! – Responde de modo psicótico.

- É uma pessoa bem humorada, você se dará bem tocando pra nós. – Um dos entrevistadores fala, Lucian pensa de modo sarcástico: “Sim, pessoa bem humorada, isso mesmo.”

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- Enfim cheguei, que viagem desgastante! – fala a mãe de Célio adentrando sua casa, estava no interior do estado por causa da batalha contra Simon.

- Oi mãe. – Hellt fala a surpreendendo. – Sabe... Nós temos uma conversa que não pode ser adiada mais.

- Ta certo, por onde começo... – A mulher fala. – Segundo você me disse pelo telefone a batalha contra Simon Holfs acabou, porém garoto, o fato dele te descobrir, desencadeou ou desencadeará uma série de eventos... – Célio escuta atentamente. – O exército do fauno era apenas a ponta do iceberg, a organização Olhos do Destino é mais do que você pode imaginar. – Ela fala pegando um copo de água, uma pausa para se refrescar.

- Por favor, continue. – O jovem fala a sua mãe. A conversa durou muito tempo, o que foi ouvido ali jamais será esquecido, Célio agora entende que o fim ainda não chegou, suas batalhas só estão começando.

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- É aqui que ele mora? Na favela? Que irônico! – uma pessoa fala dentro de um carro a frente da casa de Hellt. – Muito obrigado pela informação, eu queria realmente saber mais sobre t-rex.

- É o mínimo que eu poderia fazer depois de você salvar minha vida. – uma voz rouca fala no banco de trás, usava uma capa marrom que lhe cobria o corpo, apenas se via suas mãos, a direita era humana a esquerda era algo animalesco como a de um zoanthrope.

- Já disse pra não me agradecer, a organização te deseja vivo Arthur... O líder sabe que você nos será muito útil ainda... – palavras ditas antes de o carro arrancar e se distanciar dali.

FIM...