Dear Pegasus, escrita por DiraSantos


Capítulo 30
Apaixonada,Julgamento e Eu Fico Eternamente Virgem


Notas iniciais do capítulo

Espero que Agrade
Boa leitura
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Capítulo Vinte e Nove: "Apaixonada", Julgamento

e Eu Fico Eternamente Virgem


O que?! Você enlouqueceu? Não! —berrei no mesmo momento desesperada. Rany continuava sorrindo. — E tire esse sorriso da cara, Crowfford, isso é ridículo! Não o conheço direito!

—Não conhece? Aposto que sabe mais dele do que qualquer um nesse lugar. Diga que é mentira Sury. —Minha língua pareceu dar um nó de repente, abri a boca para tentar falar alguma coisa, mas nada saia. A filha de Eros abriu um sorriso enorme

—Isso não vem ao caso, nós só conversamos! Tenho culpa se vocês não conversam?!

—Pare de mentir Sury! Nós sabemos a verdade. —Provocou Nathy sorrindo.

—Que verdade?! Eu não estou apaixonada por ninguém! —Berrei e logo depois cobri minha boca, vários campistas se viraram para me olhar, assustados pelo meu grito. Certo. Sury respira fundo, elas são loucas, não sabem do que estão falando. Isso. Crowfford é filha do cupido, sempre tem essas paranoias.

Se bem que ela só tem acertado até agora...

Merda.

—Muito bem, —Rany se sentou ao meu lado e apontou para a esquerda onde Miguel e Seth treinavam com espadas— Me diga que você não gosta daquele californiano, moreno, alto, com belos olhos castanhos, um corpo digno de Apolo, charmoso e com um sorriso de matar. Negue-me isso, Sury Carpe. Olhe nos meus olhos e diga que não gosta!

A cada palavrinha que ela falava, Seth entrava mais em foco. O corpo quente e macio, os músculos acentuados, os lábios apetitosos que tinham um gosto salgado de mar com chiclete... Tudo ficou bem mais complicado quando ele notou que eu estava lhe encarando. Gray me abriu um sorriso e piscou, segundos antes de voltar a lutar com Miguel.

—Bem... —minha voz saiu tremida e baixa. Rany soltou o ar confirmando sua teoria— Mas não quer dizer que eu esteja apaixonada por ele, ele é gato, mas...

—É perfeito, pra você. Qual é!

—Rany, para de gritar!

Quem está gritando é você! —Berramos as duas, não que fossemos brigar. Brigar com Rany é algo fisicamente impossível. Crowfford é simplesmente a encarnação do adorável. É como dizer não a um bebê com grandes olhos dourados e pidões. Passei a mão no rosto e suspirei.

—Achei você. Sury, o Miguel está chamando você. —Louis apareceu ali, ajeitando a cota de malha no corpo— Ah, as meninas me falaram. Você e o filho de Hades, legal. —A filha de Athena em deu um sorriso amigável e cheio de suporte.

—Mas que droga! Eu não estou com ele! —extravasei antes de me controlar de novo— Certo, eu vou atrás do Miguel, por que eu me nego a ficar com vocês enquanto vocês insistirem com isso. — Me levantei pisando fundo, Bárbara perguntou o que eu tinha enquanto eu me afastava.

—Susu! —Miguel sorriu como uma criança e me estendeu alguma coisa longa de couro— Esse é seu presente.

—Hum, presente? Alguma data especial? —Perguntou Gray ali do lado, com um sorriso maroto no rosto. Mandei-lhe um olhar mortal, o moreno não me levou a sério, apenas riu e brincou com o sabre francês na mão.

—Hey, EU sou o melhor amigo dela, eu posso dar presentes pra ela. Né, Susu?

—Claro, se você parar de me chamar de Susu. —Resmunguei analisando o longo rodo de couro com um alça.

—Tudo bem, Susu. —Apenas ignorei e continuei analisando o quer que aquilo fosse. Killian se aproximou de mim e pareceu destampar o pacote de couro e foi ai que eu notei o que era. Vi uma das pontas da minha lança e sorri, a puxando para fora. Estava polida. Girei ela entre meus dedos e brinquei um pouco, fazendo alguns golpes simples para depois guardar ela de novo na “bainha”.

—Isso é incrível, Miguel. Não sabia que tinha dotes de costureira.

—E não tenho, umas garotas de Afrodite fizeram, eu só dei a ideia e o Lannister deu um jeito na sua lança. Só a ideia foi minha.

—Hum, que tal eu usar um pouquinho isso aqui? Valendo 20 dracmas? —Indaguei sorrindo.

Treinei com Miguel por uma hora e meia e, quem diria, eu acabei ganhando dele pela primeira vez, mas como já era de se esperar, Killian estava sem dinheiro, disse que me pagaria depois. O que eu duvido. Mas eu estava de bom humor, fui até de bom grado para minha aula de esgrima; Viollet ainda estava bem irritada comigo, foi relativamente fácil descobrir isso.

Tenho algumas cicatrizes que qualquer dia eu mostro a você.

Vineyard pegou pesado. Bem Pesado. Treinei com aquela espada dos infernos por três horas e elas com seu par de sais, que nem parecia sentir o cansaço, apenas me espetava com aquelas adagas de três pontas e me derrubava no chão sem a menor piedade, era quase hora do jantar quando ela me derrubou pela ultima vez.

—Já chega por hoje. —disse me olhando de cima, de um jeito superior, mas que, de um jeito triste, tive medo de não ver mais, ela também era a minha família, sorri— O. Seu. Castigo Ainda. Não. Acabou. Entendeu? Só vamos dar um tempo por que preciso comer.

—Claro, que se dane minhas contusões. —ergui meu polegar, deitada na grama pisada da Arena, olhando para o céu que estava começando a escurecer— Obrigada pela consideração, meu amor.

—Você está entendendo. Andiamo, se levanta e vá tomar um banho, tem que comer alguma coisa, você secou Sury e eu não deixei você morrer de desnutrição ainda. Estamos na maior potencia econômica do mundo, trate de se alimentar mais.

Aquele era seu jeito de dizer que estava preocupada com a minha saúde, não que eu pudesse dizer não, apenas me levantei e comecei a me arrastar até o meu chalé, mas por sorte, Pegs apareceu no meio do caminho mastigando algo laranja, o que devia ser os cabelos de Lika outra vez.

Ele me deixou na porta, mas não me deixou entrar, relinchou, arrastando o casco no chão, lhe acariciei a sua crina enorme.

—O que foi garoto? —Pegasus balançou o pescoço, foi quando notei a corrente que estava pendurada no seu pescoço, quase lhe enforcando, estranhei e me aproximei— O que é isso? Está lhe machucando?

Assim que tirei a corrente de outro que estava apertada atrás de suas orelhas, percebi o que era de verdade, eu deveria ter negado de primeira, mas não consegui, era a coisa mais linda e brilhante que eu já tinha visto. Havia uma medalha ali, era de ouro com uma imagem meio torta talhada a mão de Pegasus, era bem grande e... Linda.

—Pegasus, o que diabos é isso? E não me diga que isso é um presente de aniversario. Eu disse que não queria nada. —ele bufou, implicando que eu não tinha dito nada daquilo— Tá, mas festas, inclui presentes, então... —Ele bufou e em uma risada e saiu andando para longe, em direção aos estábulos. Suspirei e olhei para a medalha outra vez, e suspirei e entrei para tomar um banho para o jantar.

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(http://www.polyvore.com/sury_carpe_cap_29/set?id=50177156)

Talvez isso vá ser bem estranho para você ler, mas: Como eu senti saudade daquele chuveiro! A água correndo pelas minhas costas doloridas, sobre meus cabelos meio ressecados, minha cabeça estava doendo, eu havia prendido ele em todo o treinamento em um rabo de cavalo bem alto agora seu sentia as consequências, minhas teporas estavam doloridas.

Terminei de me vestir, ajeitei minha touca no cabelo, os fones nos ouvidos e saiu para o jantar e fui recebida por Kyle que me dava um sorriso de canto e me esticava um pacote pequeno, franzi o cenho para o pacote bem embalado roxo e olhei para ele.

—E o que é isso? —Indaguei, o garoto deu de ombros dando um sorriso de canto.

—Presente de aniversario.

—Quem te contou?! —Ele fingiu trancar a boca e jogou o pacote nas minhas direção.

—Um passarinho, isso ai é por ter quase morrido e feito a Louis ir na minha casa, até perdoo você por ter pegado o surfista na minha cama.

—Não pedi perdão, e que bom que a minha dor foi útil para alguém. —Ironizei, Savian deu de ombro e mexeu a cabeça para irmos juntos até o Pavilhão. Andamos quietos até lá enquanto eu lutava com o laço apertado do presente, depois que consegui, bem se você estava esperando uma joia como eu, bem se enganou.

Era um cartão de memória.

—Não acho que eu seja tão burra assim, mas por que você em deu um cartão de memória? —Kyle mexeu nos bolsos e ditou algumas notas de dez dólares as folheando com gosto e amor.

—Isso foi uma encomenda também; Sabe, eu não faço esse tipo de coisa, é degradante fazer encomendas sendo filho de Hermes, mas me pagaram bem.

—E quem de pagou? —Kyle tirou uma nota nova de vinte pratas do bolso e juntou as outras, sorrindo feliz para o seu dinheiro enquanto entravamos no refeitório.

— Me pagaram melhor ainda pelo meu silencio, estou começando a gostar de você, está me dando bastante lucro, não vou precisar roubar ninguém hoje eu acho, bem eu tenho que ir, vou comprar uma coisinha para a minha ruiva.

—Hum, não compre nada muito clichê, a Louis parece ser legal de mais para isso.

—Eu não sou um cara clichê, não se preocupe, sou original, também não sou aproveitador, não pego garotas quase mortas para a cama de um cara que eu não conheço e pego elas lá. —Ergui minhas mãos para o alto em sinal de desistência.

—Okey, eu não falo mais nada. — Fui para a minha mesa e fiquei encarando o cartão de memória. Outra vez Quíron não falou nada de nós, os campistas ainda em estranhavam, mas a maioria tinha aprendido a me ignorar, talvez estivessem preocupados, mas acho que não queriam saber. Os meios-sangues depois de um tempo começam a ver que a ignorância não é tão ruim as vezes, principalmente quando você pode morrer a qualquer hora, aproveitamos o hoje ao manhã a gente se ajeita.

Levantei-me com os outros para fazer minha oferenda, os Stark passaram na frente de algumas filha de Afrodite e ficaram atrás de mim, Valle agarrou a parte de trás da minha gola, os olhos amarelas flamejantes na luz da fogueira.

—Vai direto para o chalé do Púlox. —Disseram juntos, assenti sem me preocupar em perguntar o por que.

—Okey. —Valle me empurrou.

—É a sua vez. —Joguei o pedaço do bolo que Lika havia me trazido, disse que não sabia de nada, mas os olhos laranja estavam brilhando mais que o normal, alguém estava abrindo a boca e me ferrando legal. Suspirei e derrubei o resto da comida, já sabendo para quem agradecer.

Para Perséfone, obrigada, muito obrigada mesmo, e também pela minha irmã e pela minha mãe. Muito obrigada.

Senti o mesmo perfume de jasmim.

Não fui direto atrás de Púlox e Viollet, tinha a vaga impressão que fariam uma festa enorme e eu realmente não estava muito afim disso, caminhei a esmo pelo Acampamento, estava perto da gruta do Oráculo, cantarolando a versão Beggin’ do Philip Philips distraída.

Beggin’, beggin’ you/Put your loving hand out baby/ Beggin, beggin’ you/Put your loving hand out darling.— Eu realmente gostara mais daquela versão, fora que o vencedor do American Idol sempre foi meu preferido, era mais autentico do que os outros... Bem, todos tem um segredo triste, não é? Eu gosto... Ou gastava de ver American Idol junto com Blythe, ela torcia para a menina Sanchez, mas... Bem eu acabei acertando no final.

Estava perto da praia mexendo na medalha que de alguma forma Pegs havia me dado quando o próprio apareceu, mas isso não foi o estranho, ele estava com rédeas douradas e definitivamente não parecia feliz, balançava a cabeça irritado e parecia visivelmente fraco, não tentava tirar de cima de si quem quer que fosse, mas eu podia ver nos seus olhos que algo o estava pressionando.

São as rédeas, são mágicas, não posso sair daqui. Sussurrou na minha cabeça, irritada andei um pouco para a esquerda para ver quem era o cavaleiro, era uma cavaleira. Athena melhor diziendo, reconheci pelos olhos cinza tempestuosos, seu rosto era sério mas me olhava curiosa.

Tirei um dos fones.

—Ele podia me levar até vocês sem essa droga de rédea mágica.

—Tenha cuidado como fala comigo e com os outros deuses menina, não somos tão condescendentes como seu pai ou Apolo. —Avisou. Engoli a seco o medo que tentava tomar conta de mim, mas uma parte de mim já não ligava mais para eles ou o que eles iam fazer, uma hora aquele teatro de que eu voltara bem ia acabar.

—Se eu fosse legal, mudaria o que vocês vão fazer comigo? Eu aposto que não. —Athena desceu de Pegasus, os olhos me analisando como se ela fosse um robô. Imaginei ela pendendo para o meu lado como ouvi Apolo e Zeus falando há meses atrás, ela não aprecia tão legal assim.

Ela não respondeu, apenas ficou me olhando, tentei ignorar a sua presença e me aproximei de Peg, lhe terei as rédeas de ouro e ele se balançou agradecido, montei nas suas costas com as rédeas nas mãos, apenas me agarrei a sua crina. Pegs alçou voo, mas fomos teleportados para o Olímpio.

Era simplesmente... Magnífico; não há palavras para o que eu vi ali, para os deuses-menores andado, sátiros e dríades servindo e caminhando com cestas de frutas, as ruas limpas e bem cuidadas, o céu tinha milhares de estrelas, mas não havia lua, mas as estrelas pareciam maiores e mais brilhantes ali.

—Certo, Pegs, Zeus devia ser muito mal com você pra você não querer morara aqui. Isso é lindo! —Ele bufou e começou seu caminho com preguiça até um palácio lindo no ponto mais alto da cidade. Tentei identificar todos os deuses que vi, mas reconheci poucos.

Vi Momo, reconheci os olhos brincalhões e o formato do rosto de Miguel, mas ela tinha uma aparência de não mais de quinze anos, usava uma calça jeans rasgada com uma camisa vermelha com o bordão de Sheldon do The Big Bang Theory , “Bazinga!” em amarelo em uma explosão de quadrinhos, os cabelos eram curtos, amendoados e enrolados como os de Miguel talvez grossos, mas sedosos como os dele.

Ela sorriu para mim, sorri de volta, ela saiu correndo dali saltitando para longe fazendo piadas com uma deusa cheia de joias que talvez fosse Tique; já mais perto de uma praça vi uma mulher encostada na arvore no meio do gramado, era a mãe de Valle e Velkan. Os cabelos eram cortados no mesmo estilo do de Valerie, tinha os mesmo piercing dos dois apesar de Éris ser mais pálida e estar mordendo uma maçã dourada quando me olhou.

Olha só quem está aqui, se não é a semideusa que tem tornado minha vida mais divertida. Continue assim, fudendo com a vida dão chefões desse lugar e quem sabe eu não fique entendida por mais alguns milênios. Agora, vaza daqui garota e manda um olá para os meus gêmeos, eles estão fazendo do jeito que devem.

—Sim, senhora. —Resmunguei, Éris transpirava medo, mas de algum jeito era enigmática o bastante para ser interessante.

—Senhora é a dona Hera, filha de enfermeiro. —um trovão soou— Aconselho a bater na garupa desse pangaré, meio-sangue, eles não estão felizes com você lá em cima. —Não sei com que frequência se recebe um conselho da deusa da discórdia, então segui o conselho e apertei a crina de Pegs, pedindo para ele ir mais rápido, mas ele não foi, quando virou a cabeça para me olhar.

Ele estava protelando, estava inseguro sobre o que ia acontecer, parecia estar sentindo isso por mim, enquanto algo bloqueava essa sensação, eu me sentia meio oca, minha mente não estava focando em nada. Certo, talvez isso seja mentira. Fiquei relembrando os tempos que passei com meu amigos, com meu pai, os sonhos que tive coma minha mãe, as fitas cassetes e...

O riso de Seth no chalé quando lhe empurrei e ele ficou jogado no chão. O som meio que encheu meus ouvidos.

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.Narradora.

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—Miguel, seu imprestável, como você não arranjou comida?! —Berrou Violet enquanto o garoto se encolhia atrás da namorada. Seth riu sentado em um pufe laranja. Eles tinham decorado a parte de dentro do chalé, era tudo bem simples, Rany e Nathy garantiram isso, sabiam que Sury surtaria se fizessem alguma coisa grande demais. Havia enfeites nas paredes, bebidas, um som baixinho e alguns amigos ali dentro.

Will Solace estava lá também, afinando um violão. Gray não estava começando a ficar meio irritado com ele, não por ele estar ali e “tirado” Sury dele quando ele planejava ter uma pequena conversar com ela, mas era irritante— para alguém acostumado a ser o mais bonito— ter que dividir a atenção das garotas da festa.

Will era o tipo de cara clichê. Era alto, tinha os cabelos estupidamente dourados, lisos e bagunçados, olhos bem azuis, tinha covinhas nas bochechas e era sempre educado, estava dedilhando “Fallin’ For You” da Colbie Caillat para uma amiga de Rany, Abbey Hall do chalé de Afrodite cantar, a menina parecia estar perdidamente apaixonada. Seth deu mais um gole na sua coca-cola e deu um meio sorriso para Púlox quando ele se jogou no chão aos eu lado.

—É por isso que eu detesto chamar os filhos de Apolo para festas, olha isso eles conseguem fazer isso com as coisas mais idiotas. —Apontou para Rany que cantava também, a própria Viollet deu uma rápida olhada para o garoto tocando.

—Ainda tem garota que curte clichê, cara, ele é loiro dos olhos azuis e toca violão, se ele começar a cantar Justin Bieber ai eu juro que eu quebro aquele violão na cabeça dele, por que, puta merda, não? —Os dois riram e ficaram zoando mais um pouco depois e calaram.

O moreno ficou bem contende em ver que havia garotas conscientes naquela festa, Bárbara estava encostada em uma parede fingindo prestar atenção no que um garoto falava, esticava o vestido um pouco acima da coxa, tentando enganar a todos que não estava esperando que Kyle aparecesse ali e também Valerie Stark que estava sentada com Velkan e uma garota com um lado da cabeça raspada, Katharine, conversavam baixo.

—Todos os filhos de Éris são assim? —Perguntou, Púlox olhou para a garota.

—Bem, acho que a Kath é a mais normal, você tem que vê a Arbell, aquela sim é alguém de parar o transito.

—De um jeito bom? —Quis saber interessado, o filho de Dionísio balançou a cabeça e fez gestos na frente do peito, dizendo claramente que a garota tinha “uma comissão de frente bem promissora”, nas palavras do próprio Púlox, Seth riu.

—Éris geralmente fez filhos assim, Arbell é a que tem mais corpo, mas ela é bem diferente, cara, não é pra qualquer um, ela foi tentar passar esse ano com o pai.

—Eu adoro coisas diferentes. —Comentou o filho de Hades, Púlox deu um gole na sua bebida, dando uma risadinha cheia de sentidos.

—Ela tem dezenove, alta, branca...

—Por mim ótimo.

—Me deixa terminar, pô. Arbell tem a parte dos lados da cabeça um pouco raspada, como as mulheres estão fazendo agora, os cabelos roxos e azuis, usa lentes coloridas, tem um piercing na língua, um na sobrancelha e outro no nariz e de quebra tem um tigre tatuado na coxa. Pega ainda?

—Acho que deixo essa para você, cara. —Púlox riu.

—Teu negocio é com a Sury mesmo, né? —Gray se virou para ele serrando os olhos, o filho de Dionísio riu e ergueu as mãos, se levantando para ir até Travis Stoll e a sua namorada que haviam acabado de chegar.

—A gente ouve essas coisas por ai. —Comentou misterioso. O moreno sorriu observando Miguel e Guilherme saírem atrás de comida, Killian fingindo estar prestes a chorar como uma menininha e Lannister apenas ignorando ele, lhe empurrando com mão enorme de lutador de MMA. Gray pensou onde Sury deveria estar, dando um tempo antes de vir para festa provavelmente, ela realmente não queria aquilo.

Deu mais um gole no refrigerante se levantando para ir comprar um pacote de Doritos que Connor entrara vendendo. Estava com fome, Miguel se esquecera da comida, havia culpado Nathaly, por lhe distrair, outra vez.

—Hey, me dá um desse Doritos.

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Asclépio estava em pé ao lado do trono de Apolo, esfregava as mãos na frente do rosto, tentando se acalmar e ignorar o frio que sentia. Hades agora estava sempre presente nos conselhos dos olimpianos sua presença parecia escurecer as colunas brancas com fios de ouro, apesar de ele estar sorrindo, sentado no seu próprio trono, ao lado de Poseidon.

Hefesto tivera construído ele fazia pouco tempo, era feito de ônix puro, com os braços e pés feitos de crânios de vários monstros e talvez mortais também, Alecto estava empoeirada no seu ombro. Ash até ficara ligeiramente feliz por saber que lhe deram o devido respeito, mas andava um pouco confuso sobre o que pensar agora.

Havia passado um tempo conversando com Perséfone no verão, quando ela viera passar um tempo com Deméter. Ela estava bem feliz com Sury que fazia sempre oferendas, se referindo a ela como Rainha do Mundo Inferior, como a maioria não parecia considerar; lhe disse que estava ao seu lado , que faria o possível para ajudar com o que pudesse.

—Sua menina é muito educada, Asclépio, gosto da forma que ela age. —Disse em uma tarde, enquanto eles caminhavam pelas ruas do Olímpo. Fora a primeira deusa que pareceu ficar ao seu lado, Ash lhe beijou as mãos duas vezes antes de deixá-la no palácio de Deméter. Ela fora realmente útil, vira pelas lágrimas de Sury que, a visita de Blythe lhe fizera bem.

—Se acalme, Ash, vai acabar tudo bem, meu garoto. —Disse Apolo mexendo no seu Ipod sem realmente parecer se importar, mexeu nos cabelos loiros, sorrindo para o próprio reflexo no visor do aparelho. O deus da medicina o olhou de canto.

Como um pai pode ser tão mais infantil que os filhos?

—Ela é a minha única filha, pai, vocês podem matar minha filha hoje, ainda desejas que eu permaneça calmo?

—Desejo que pare de falar difícil como seu eu fosse Athena. —Disse remedando o tom de voz do filho, outra vez sem realmente dar atenção a ele.

—Realmente, você e a deusa Athena são bem parecidos papai, mentalmente falando a propósito. —Ironizou olhando para o outro lado da sala, onde o trono da deusa da sabedoria continuava vazio, pedia que Sury fosse gentil com ela.

—Hey, está me chamando de idiota, Asclépio? —Perguntou o deus solar girando o tronco para olhá-lo nos olhos.

—Ele está falando a verdade, Apolinho, você é um completo babaca. —Riu Ares no seu trono comia uma bisteca de porco, o deus do sol lhe lançou um olhar raivoso, mas sem conseguir parecer menos bonito poderia e devia-se acrescenta.

—Por que você não vai pegar a Afrodite, hein, Ares? Faz tempo que não passa nada tão divertido quanto a sua carinha na TV Hefesto. —O Deus da Guerra se levantou do seu trono de couro e mercúrio, sacando o tesado que trazia na cintura musculosa.

—ARES, APOLO, CALEM-SE! — Berrou Zeus fazendo mais raios cruzarem os céus, ambos os deuses se sentaram, Apolo fingindo ignorar Ares mexendo no Ipod e o deus da guerra com os olhos prestes a explodir como uma bomba atômica, mas não fizeram nada um ao outro, Atena entrou na sala dos Tronos e alguns minutos depois Sury Carpe.

O Salão ficou em silencio, havia muitos conflitos de opiniões ali dentro, talvez nem tanto, mas foi realmente uma surpresa, vê-la entrando montada em Pegasus. Ash olhou rapidamente par Zeus, viu as narinas do Rei dos deuses se dilatarem. Era uma afronta, uma meio-sangue, sem sua permissão montando Pegasus, o Imortal.

Sury desmontou de Pegasus visivelmente irritada, caminhou até o centro do conselho, com as rédeas mágicas nas mãos.

Não, Sury, não faça isso. Só vai piorar as coisas. Implorou Asclépio mentalmente, tentando, com o olhar fixado na filha, atrair sua atenção, no fundo sabia que ela faria de qualquer jeito, mas não custava implorar para seu lado racional pelo menos uma vez. Mas ela fez.

 Ao chegar no centro do salão Carpe jogou as rédeas aos pés do deus do Olímpio, com força, o metal celestial dourado titilou, entortando com a batida, no mármore do chão, os olhos de Zeus lançaram faíscas azuladas de energia. Sury bufava de raiva, cega pelo o que tinham feito ao seu amigo.

—Aí estão suas malditas rédeas mágicas, lord Zeus. Saiba que não precisava acorrentar ele para que Pegs me trouxesse aqui, ele sabe o que deve fazer, não é nenhum cavalo idiota, mas você já sabia disso, não é? É o SEU pégaso. —Rugiu.

Zeus se levantou, o raio-mestre na sua mão direita. Ash sentiu o coração na garganta.

—Pai, fique calmo, temos coisas mais importantes a discutir agora. —Interviu Atena, não por Sury, mas por Asclépio e pela longa amizade que cultivavam, estudando durante os últimos milênios, ou como ele, de longe zelou pela vida de Annabeth e de seus outros filhos na Segunda Batalha dos Titãs.

—Você está cega, Athena?! Não vê a afronta que esta menina acaba de me fazer?! —Berrou o deus dos deuses para logo se virara para a esposa que olhava entediada para as unhas, bufou irritado. Hera nunca tomaria seu partido quando o assunto envolvesse o cavalo alado, ela simplesmente o odiava com todas as forças.

—Por que apenas não continuamos com isso? Tenho entregas para fazer. —Resmungou Hermes, lendo suas mensagens no seu caduceu-barra-celular, estava sorrindo apesar do trabalho duro. Sury notou isso ao lhe olhar, pensou se tivesse alguma coisa haver com Luke.

Apolo levantou a mão a sacudindo no ar como uma criança que quer chamar atenção.

Wow, wow! Eu concordo, marquei um encontro daqui a algumas horas e ainda não comecei a me arrumar.

—É, eu tenho que fazer umas comprinhas, meus amores, não posso demorar aqui não. —Resmungou Afrodite, pintando as unhas de um vermelho perfeito, unhas perfeitas, com mãos perfeitas, com a pele perfeita... Sury desviou os olhos da deusa do amor, sentindo uma imensa vontade de se enterrar em um buraco, bem, bem, bem fundo.

Asclépio viu a filha puxar mais a touca que usava para baixo, talvez se escondendo da visão deslumbrante que era a deusa do Amor; ele conseguiu sorrir, ela ainda tinha um lado menina incrível. Zeus se lançou no seu assento outra vez, pressionando as têmporas, irritado com a futilidade dos dois deuses.

—Que comece então, não podemos deixar que Apolo perca seu encontro e Afrodite se atrase para gastar mais ainda, não é? —Ambos os deuses da beleza inflaram as bochechas e olharam para o outro lado.

—Sabe por que está aqui, não é, Sury Cape? —perguntou Athena, Ash prendeu a respiração. Sua filha apenas assentiu, cruzando os braços no peito, os olhos fixos em algum ponto depois dos tronos. — Então têm conhecimento que quase causou uma Terceira Guerra pelo simples fato de existir, e quase trouxe o pior inimigo do Olímpio fugindo para “uma festinha” com seus amigos?

—Sim, tenho conhecimento e também sei que querem e vão me matar, só para encurtar.

—A pivete concorda! —Ares levantou as mãos para o alto com um sorriso nos lábios rachados— Posso explodi-la agora?

—Cale-se, Ares. —implicou Poseidon— Também sabe que, além disso, deveríamos mandá-la para o Tártaro por ter ressuscitado alguém, crime pelo qual seu pai também foi morto e também por trazer o semideus que quase ressuscitou Cronos, como você fez a poucas horas?

Sury pareceu perceber o que tinha feito somente naquele momento, o deus da medicina deu um passo para frente para confortá-la, mas Apolo esticou o braço na sua frente, só balançando a cabeça. Ele tinha razão, aquilo só pioraria as coisas, mas não podia evitar querer abraçar a filha enquanto ela apertava o braço direito, mordendo o lábio parecendo querer chorar.

—Sei. Sei que fiz tudo isso. —Resmungou, tentando evitar o choro.

—E como fez? —quis saber Athena, interessada— Como trouxe o filho de Hermes de volta e como estava trazendo Cronos? —Todos se remexeram inquietos, ninguém planejava perguntar, mas era da curiosidade de todos, já que Ash sempre se mantera distante desse assunto. A meio-sangue abriu e fechou a boca algumas vezes antes de conseguir falar.

—Não sei. Não sei como funciona, acontece sem eu me controlar, Luke apenas aparecia na minha cabeça, de algum jeito, quando eu dormia, eu ia para o Mundo Inferior, sempre perto dele, eu podia tocar nele, falar com ele, não sei como fiz aquilo. Era como se ele viesse a mim... —Ash sorriu, ela estava falando a verdade, aquilo poderia lhe ajudar.

Ele vinha até você? Que tipo de mentira ridícula é essa? Nenhuma alma sai do meu controle! —Quis saber Hades, indignado. Sury arregalou os olhos úmidos, as maças do rosto vermelhas por alguma razão.

—Não sei. Eu... Eu o ouvia na minha cabeça, varias vezes, me chamando, vi o rosto dele quando trouxe o corpo dele de volta, ele aparecia nos meus sonhos, vi uma memória dele certa vez, quando estava sendo sequestrada, eu.. entrei nos seus sonhos e dei o bracelete da minha irmã, não faço ideia de como funcionou, não sei, mas acho que tem haver alguma coisa por eu ter ressuscitado dele, eu acho...

—Pode explicar isso, Asclépio? —Quis saber Demeter lhe encarando. Ash engoliu a seco e assentiu, olhou para Zeus por baixo, esperando uma permissão para falar, assim que o Rei afirmou, limpou a garganta, escolhendo as palavras com cuidado.

—Pesquisei sobre isso nestes últimos dias, junto com minhas experiências passadas, creio que essa ligação exista por... Causa da maldição me impuseram há milênios atrás —todos se viraram para Hera que olhava para o deus-menor com a boca aberta de choque e irritação—, a magia de Hecate passou para ela, junto com o meu dom, e se transformou em algo distinto. Por eu ser um dos únicos deuses que já foram semideuses, tenho uma alma distinta da dos senhores, e ela também herdou isso. Sury não é metade mortal metade olimpiano, ela tem mais de um deus que a maioria, por eu ter me tornado um deus, mas também tem mais de mortal por ter nascido de uma. É como se ele fosse cria de dois semideuses.

“A ligação dos dois veio por ela ter alma “demais” para uma meio-sangue e... —olhou para Hermes— Pelo arrependimento de Luke Castellan, isso a atraiu como um imã, mesmo não sabendo nada dele na verdade, ela tem sangue de Apolo, mesmo que em parte, acredito que venha a ser algo no futuro, seu inconsciente projetou isso no dom que desenvolveu. E creio que... Tenha algo haver com o sentimento dos dois, também.”

—Que sentimento? —Perguntou Hefesto, pela barba castanha emaranhada, curioso em descobrir mais sobre os ditos “sentimentos” de criaturas orgânicas, já que maquinas não tinham esse tipo de “distúrbio”.

—De querer tentar de novo e acertar dessa vez. —Murmurou Sury sem perceber, mergulhada das informações que recebia, tentando preencher as lacunas até agora abertas. Afrodite soltou um barulhinho encantador, tocada pela historia.

Asclépio combateu mais uma vez a vontade de abraçar a filha.

—Exato. Luke procurava uma forma de voltar acredito que algum tempo, e quando Sury entrou em contato conosco e com ele pela atração que já tinham, ele viu que podia voltar e começou a tentar chegar a ela.

—Então, outra vez foi à criança de Hermes que provocou tudo? —Perguntou Hades, entediado e um pouco confuso.

—Não, foi algo... espontâneo, Sury se ligou a quem mais se aproximava de ter o mesmo sentimento que ela, de querer tentar de novo, de mudança, e essa pessoa foi Luke Castellan. Não foi culpa de ninguém, embora pudesse ter sido evitado...

—Bem, então encontramos a culpada. —resmungou Hefesto olhando para a Rainha— Se a minha querida mamãe não fosse tão desconfiada, talvez não tivéssemos esse problema.

—Olha como fala, Hefesto! —Berrou a rainha dos deuses, levantando bruscamente do seu trono.

—Ou o quê, mamãe? Vai me jogar do Olímpio? Sinto muito, mas você já fez isso. —Ergueu a perna com um aparelho ortopédico estranho e metálico, bufando e olhando para o lado.

—Então... O que fazemos? Vocês falaram e falaram, e agora? —Indagou um Dionísio entediado ignorando as intrigas de família que tinham.

—Eu voto por matá-la. —Levantou a mão Ares.

—Fique calmo, Ares, Athena ainda não se satisfez. Olhe a cara dela, sobrinho, vamos menina pergunte o que quer. —Riu Poseidon ignorando o olhar irritado de Athena, que se virou para a meio-sangue no meio do Salão.

—E Cronos, menina?

—Daquele jeito... Não ressuscitaria nem uma formiga do jeito que eu estava, acho que não é algo que eu possa fazer sempre, ressuscitar eu digo, fiquei fraca demais, não tinha energia para nada. —disse levantando os olhos verdes, franzidos, por estar entendo as coisas. — Mas eu nunca o senti por perto, nem mesmo quando estava bem, só Luke.

—Mas chegou a vê-lo?

—Sim, na clareira, a draecaenas me obrigou a entrar em sintonia com ele, a presença dela e a minha fraqueza ajudaram, mas não é algo que eu queria senti de novo, se bem quê... —Carpe sacudiu os ombros, como se espantando a lembrança da sensação.

—O quê? —Athena se curvou para ela um pouco. Carpe olhou para Ares por um minuto, parecendo ligar alguns pontos, talvez errados, ou não...

—Cai em um sonho no Tártaro, sonhei com Luke, ele estava sendo torturado por Phobos, Deimos e Thanatos, queriam saber de Cronos... Thanatos me viu lá e estava com Cérbero eu corri para tentar em salvar e acabei caindo em um buraco, era fundo, lá eu cai na boca de um gigante despedaçado, tinha olhos dourados...

—Cronos. —Se adiantou Zeus pensando. Hermes se levantou naquele segundo, vermelho de ira.

ESTAVAM TORTURANDO MEU FILHO?! Ele já não estava pagando o suficiente pelo seu destino?! —apontou o caduceu para Ares— VOCÊ! ARES! Você mandou seus dois filhos fazerem aquilo?! —Berrou cada vez mais alto. O deus da guerra se levantou irritado sacando o tesado que se transformou na espada de duas mãos que quase arrancar a cabeça de Sury certa vez.

Não me acuse pelo o quê eu não fiz SEU CARTEIRO DE MERDA! Não sou responsável pelo o quê meus filhos fazem, assim como você não é responsável pelo SEU FILHO TER IDO PARA O LADO DE CRONOS E TE QUASE DESRUIDO TUDO, PORRA! — Sury se encolheu, imaginando o que aconteceria com uma meio-sangue no meio de uma batalha entre deuses.

—Ora, acalmem-se! Isso que dá não comer cereal está vendo? Ficam descontrolados! Comam mais cereais! —Ralhou Deméter, fazendo plantas puxarem os dois para seus devidos tronos. Ares tentou lutar, mas Dionísio também ajudou, já que toda aquela gritaria lhe estava dando muitas dores de cabeça.

—A culpa não me parece ser dela, foi tudo mais obra do acaso. — Disse Apolo mexendo nos cabelos lindamente bagunçados mais perfeitos, e, por estar com um dos olhos fechados e com o nariz com um ângulo agudo, mas também antagonicamente suave franzido, se olhando no reflexo do Ipod conseguiu ficar mais bonito, por mais absurdo que pudesse ser.

Isso é digno de uma foto para a Rolling Stone, meus Deuses, ele é perfeitamente lindo. Pensou Sury sem conseguir evitar, Apolo, como se ouvisse aquele pensamento, lhe olhou de deu uma piscadela que fez o coração da semideusa pular.

—Não é, doçura?

—Aham... É claro... —Murmurou perdida nos olhos azuis. Asclépio bateu no ombro do pai, irritado. Apolo apenas deu um sorriso e desviou os olhos para o Ipod, não sem antes de dar mais uma piscadela.

—Eu concordo tudo aprece ter sido coisas do destino. —Resmungou Hermes, tentando aparecer imparcial e mais calmo, mas sorria para a filha de Asclépio, tinha seu filho outra vez.

—Mas se ela não tivesse fugido do Acampamento, sabendo que poderia morrer, não teria quase ressuscitado Cronos, outra vez. —Discordou o Deus do vinho. Assim houve uma longa discussão em grego antigo, entre eles, Sury não se esforçou em compreender, nunca fora boa em grego antigo. O inglês já era bom o suficiente.

Bem, Seth falava inglês, não é?

.

.Sury Carpe.

.

Talvez eu devesse ter prestado mais atenção nas aulas com os cabeçudos dos filhos de Athena, eu não entendia quase nada do que eles estavam falando, não que todos estivessem falando. Meu pai estava calado, pesar de estar atento a conversa, não falava por respeito eu acho.

Apolo estava entretido com ele mesmo no reflexo do espelho que ele tinha materializado, fazendo poses para si mesmo e dizendo como era lindo, atlético e irresistível, e não tem como dizer o contrario, Afrodite também estava encantada com ela própria no seu espelho. Olhar para ela era perturbador. No começo eu vi uma mistura bizarra e linda da minha mãe, minha irmã, Scarlet Johansson e Elsa Pataky. É o tipo de visão que faz você, se você for uma garota claro, quer se enfiar dentro de um buraco e ficar lá por muito tempo.

Agora, continuava a ter Elsa Pataky e tinha perdido muito da Scarlet Johansson, apenas com os cabelos ruivos enrolados sem um fio fora do lugar, ainda tinha o rosto da minha mãe e os grandes olhos verdes da minha irmã. Acredite, eu poderia ter me deitado no chão na posição fetal chupando dedo se eu não estivesse apavorada.

Eu estava me mantendo ocupada com coisas idiotas quando Artemis se levantou, falando inglês.

—Deixem-na por minha conta.

—Maninha, só por que você é favor da virgindade eterna, não quer dizer que ela seja—duvidou Apolo— Não é gracinha? —Me mantive calada, apenas pressionei meus lábios. Como dizer, na frente do Olímpio, do meu pai e do meu avô que eu tenho uma vontade enoorme de pegar que: Não, eu não era a favor da virgindade eterna, tanto que eu não era mais virgem desde os meus quinze anos.

—O Conselho está divido. A filha de Asclépio não tem culpa do poder que têm, mas também fugiu do Acampamento, de onde não deveria ter saído sem uma permissão. —Artemis me deu um sorriso orgulhoso, quase como se gostasse de mim. O que foi muito estranho— Ela só precisa de muita disciplina.

Epa.

—Quem é a favor disto? —perguntou Zeus, algumas mão se levantaram, o Sr. D, Ares, Hades e Deméter não levantaram as mãos, Zeus se virou para a mulher que até agora não havia dito nada realmente produtivo— Tem algo a dizer?

—O mesmo que venho dizendo há muito tempo, esse cavalo só trás problemas. Lembra-se de Belerofonte? Que achou que era bom o bastante para chegar até nós? Eu digo que a culpa é desse cavalo que você tanto ama. —Resmungou olhando para as unhas. Abri minimamente a boca sem entender para onde isso estava indo.

Zeus suspirou e então se virou para mim irritado.

—A escolha é sua agora, Sury Carpe, lhe damos um voto de nossa confiança. Ficaras sobre a supervisão de Artemis e se tornara uma Caçadora? — Fechei os olhos e abri minha boca algumas vezes tentando achar as palavras certas.

Que bosta de trato era aquele?

—Então... Eu vou ser imortal? —Artemis assentiu sorridente— E não vou poder nunca mais, nunca transar com um garoto de novo? Bem, para quê me serve a imortalidade então? —Ash arregalou os olhos para mim, chocado, Apolo me deu um sorrisinho sugestivo, Afrodite bateu palminhas exultantes.

—Veja, ela escolhe o amor!

Zomba de nós?! —Berrou Zeus,cai no chão com o berro, e me encolhi.

—Não! Perdão, só... Não conseguir evitar. Só tenho mais uma pergunta. Se eu disser não o quê acontece?

—Eu abro seu peito e lhe prendo no topo do Empire State para que os pombos comam suas tripas. —Respondeu Ares com um sorriso enorme no rosto cheio de cicatrizes. Assenti varias vezes, absorvendo a proposta que os Deuses acabavam de em fazer.

—Muito justo, só... me deixem... —Parei para pensar sobre aquilo, não tinha muito tempo pela cara do lorde do Olímpio e como Artemis lhe tentava acalmar.

Certo. Minhas opções eram: Ficar sem me relacionar com um garoto pelo resto dos tempos, ou Ares enfiar uma espada no meu peito e me torturara até o fim dos tempos. Certo, pode estar parecendo fútil e carnal para você a gora, mas além da necessidade física que qualquer ser humano, ou meio mortal tem, eu me referia aos meus amigos também.

Passei as mãos com força nos cabelos e no rosto, parando na minha boca. Eu nem conseguia piscar ou respirar direito.

O que eu faria sem Miguel, Guilherme, Velkan e Púlox? Como poderia viver sem as piadas sem graça de Miguel, sem o sorriso safado de Púlox, sem Velkan me dizendo o que fazer, sem Guilherme me dizendo que estava tudo bem? Fora que, eu sabia que elas ficam viajando por esse mundão, como ficaria longe do Acampamento? Das meninas? E, por humilhante que fosse admitir, eu sentiria falta de Seth. Eu não faria isso nem com eles nem comigo!

Eles são minha família! Morria como uma pessoa livre, sendo eu mesma como eles eram!

Por outro lado... Meus olhos encontraram os de Ash. Meu coração foi maldosamente partido em dois. Os olhos verdes estavam me implorando, lacrimosos para aceitar. Eu sabia, sentia que ele não aguentaria se eu morresse, eu era o que restava da única família de verdade que ele tinha, como eu não aguentaria se... Deus, como eu podia fazer algo assim com ele? Ele sempre esteve tão do meu lado, lutou tanto para estar ali comigo, lutou para em dar esse direito de ser julgada.

Ele balançava a cabeça minimamente para os lados, as mãos trançadas na frente do rosto, os olhos já derramavam lágrimas, passei o olhar por todos os deuses até o de Artemis me prender. Ela era forte, e esperava minha resposta. Perguntei-me o por que daquilo, se era mais um castigo, já que a morte não parecia boa o bastante para quem ressuscitou o Traidor do Olímpio.

Olhei para meu pai. Eu... Eu não podia fazer isso com ele. Ele ainda era minha família, eles... Respirei fundo e apertei meus punhos com força lutando contra o impulso que em dizia para simplesmente me deixar morrer, que minha liberdade vale mais que isso, mas do que servir a uma deusa.

—Tudo bem. Eu aceito.

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Notas finais do capítulo

Vamos lá, esse realmente era para ser o ultimo capítulo, mas depois que terminei de escrever tinha mais de 17 mil palavras(O.O) então resolvi dividir ele em dois, já que ia ficar grande demais(demaaais!) e muito cansativo para ler. Então espero que não tenho ficado muito sem graça para ler o próximo.
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Também estava pensando em usar o próximo Capítulo como "Epílogo" mesmo, sabe? Já que esse meio que encerra tudo.O outro, claro, que o outro tem um final ABSURDAMENTE melhor e mais planejado e tem mais algumas explicações, profecias, revela mais da segunda temporada... Coisas assim.
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Então me deem essa ajuda, o que é melhor? Vou deixar isso por conta de vocês, escolham! Ai vai:
Se esse for o ultimo capítulo e o próximo o Epílogo eu posto a segunda temporada mais rápido.
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Se eu fizer de ambos dois capítulos e fizer um Epílogo mais direitinho, sendo quê vou colocar mais sobre a segunda temporada, mas consequentemente vou demorar um pouquinho mais para fazer a segunda temporada, já que vou tomar mais tempo e eu tenho que pesquisar uma coisas para a segunda temporada.
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Então? O que acham, me digam o que querem, tudo bem? E também cometem sobre esse "final" alternativo, sobre o quê acharam e sobre o quê devo melhorar para a segunda temporada e se vão mesmo querer ^-^ #soumeioinsegura
Beeijos
DiraL.