Dear Pegasus, escrita por DiraSantos


Capítulo 2
Blythe Me Dá uma Lança e Meu Mundo Desmorona


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Boa leitura.



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Capítulo Um:

Blythe Me Dá uma Lança

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Meu Mundo Desmorona

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—Ahram, claro. E você é a Oprah. Legal. —Ri abrindo a geladeira procurando meu achocolatado.

—É serio. —tentou de novo me virando para todos, os olhos verdes do garoto não mentiam, estavam sérios. —Como você explica o fato que o Grover ser um sátiro, ou o escorpião gigante e Pegasus na sala?

—Se lá, eu estou completamente perturbada e estou vendo coisas? —Jaime riu, e o emo, Nico, revirou os olhos.

—Você já viu outras coisas? Cães Infernais, Fúrias, ou Lestrigões?

—É o que?! Traduz para a minha língua. —Annabeth suspirou.

—Cães gigantescos, mulheres com asas e garras, gigantes de mais de 2 metros canibais.

Franzi o cenho.

—Vocês andam em espionando ou o que?

—Isso aconteceu com todos nos, por isso sabemos que você tem Dislexia, Déficit de atenção e Hiperatividade. —Comentou o loirinho me dando um sorriso leve.

—Como vocês...? —dei um passo para trás— Não, não pode ser. —Mil lembranças voltaram a tona, as coisas estranhas que eu via  quando era menor, essas cosias nunca me fizeram mal, me lembrava de uma mulher cobra que ficara em observando no meu intervalo escolar quando tinha 7 anos.

—Faz sentido, não é? —Me consolou Nicolle, era a primeira vez que ela falara.

Balancei minha cabeça para os lados jogando folhas e gravetos para os lados, eu tinha que tomar um banho.

—O pior que faz.... Certo, digamos que o que vocês estejam certos, o que isso significa para mim?

Annabeth ligou a torneira e limpou as mãos olhando para as mesmas.

—Significa que você está em perigo.

—E por quê? —Dessa vez foi Nico que em respondeu.

—Monstros, meios-sangues tem cheiro de almoço de monstros. —Disse ele com um sorriso cruel.

—Hum, bom saber, mas eles nunca me machucaram, já os vi mais eles nunca chegaram perto de mim. —Expliquei, Percy olhou para a namorada, ambos com as sobrancelhas curvadas para baixo pensando.

—Isso é estranho, bem estranho geralmente com 12 anos já começamos a cheirar e eles começam a querer o nosso churrasquinho para o lanche. Quantos anos você tem? —Quis saber Percy com a mão no queixo.

—17.

—Já era para você estar morta. —Foi o emo que fez essa observação muito feliz.

—Sério, o que eu fiz pra você? —Indaguei, ele abriu um sorriso e me olhou nos olhos. Senti um frio na espinha e uma vontade enorme de sair correndo, as orbes castanhas tinham um brilho psicótico, como se ele fosse um serial killer doido para enfiar pregos nos meus olhos.

 —Nada, mas tem algo em você que me irrita.

—Ah que ótimo! —Ironizei desviando o olhar, incomodada.

—Bem, acho melhor você vir conosco. —Disse Jaime sorrindo pidão para mim.

—O que? Mas eu...

—Se você é mesmo uma meio-sangue o Acampamento é o melhor lugar para você ficar, não aqui no mundo mortal. — Avisou Annabeth, os olhos cinzentos voltados para mim.

—Não posso. Minha irmã.

—Você tem uma irmã? Meia irmã? —Perguntou Grover frenético estava jogado no chão da cozinha comendo duas colheres ao mesmo tempo, como se fossem batatinhas fritas, só que de metal.

—Não, é original mesmo, é dois anos mais velha que eu. —Disse, pensando em que desculpa eu usaria para explicar as manchas de sangue no chão da cozinha, os garotos na minha casa, o desaparecimento de vários talheres e algumas panelas e também o cavalo na sala,e pior o tapete.

Ela amava aquele tapete, era persa, ou imitação de persa.

—Ela via esses monstros também?

—Acho que sim, ela sempre me levava para longe deles, me dizendo que ia ficar tudo bem.

—Duas meios-sangues. 17 e 19 anos, Quíron vai querer saber disso. —Disse Annabeth para Percy que assentiu bocejando um pouco.

—Vai sim. Sabe que horas ela vai chegar?

—Umas 7 horas da noite.

—Que tal descansarmos um pouco? Temos que levar as duas conosco, não é?

—Verdade, podemos dormir um pouco, Annie? —Indagou Nicolle os olhos brilhando em tons de varias cores.

—É acho que não vai ter problemas, mas vamos logo depois que a irmã de Sury chegar. —Disse ela segurando um bocejo.

—Os quartos ficam lá em cima é só se jogarem nas camas.

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Não demorou 5 minutos todos estavam dormindo lá em cima, outra vez, menos a ovelha negra do Nico que ficara sentado nas escadas olhando para o vazio e de vez enquanto para Pegasus que também não parecia muito feliz com sua presença lá, para falar a verdade, nem eu queria ele parado ali olhando para o meu mais novo amigo eqüino.

Estava descendo com mais alguns vegetais quando tive a idéia de dar um banho em Pegasus, dei um sorriso orgulhosa de mim mesma, corri para a cozinha e abri o caminho para o nosso quintal, coloquei alguns sabões de coco — é natural e não agride a natureza— com uma mangueira verde de agua na grama ligada a uma torneira que havia ali, uma escova de cabelo, varias toalhas também, junto com o secador de cabelo de Bly e, é claro, peguei um som e meu cabo USB para tocar algumas músicas.

Voltei a sala e vi que Nico sentado perto do topo da escada tinha uma sobrancelha levantada para mim.

—O que diabos você está planejando? — olhei um segundo para ele e depois arranquei minha blusa, ficando com meu top cinza, comecei rir quando percebi que o rosto do garoto estava aparecendo um tomate de tão vermelho. —Mas o que...?!

Pisquei para ele.

—Relaxa, amor. Não quero lhe seduzir, não, sou vou dar um banho em Pegasus. —Mesmo assim o garoto ainda estava cor de pimentão e tinha os ombros restados. Virei-me para o cavalo de olhos curiosos.

—Então, Pegasus, quer um banho? Para tirar toda essa sujeira de você. —Sorri ele se levantou e caminhou a até mim, e lambeu meu rosto, ri e fui na frente, assim que chegamos no quintal, Pegasus comeu um pouco de grama e começou a  caminhar um pouco, enquanto eu tirava meus tênis e ligava a torneira.

—Você quer dar um banho em Pegasus? —Me virei para a porta, vendo o emo se forçando não me olhar.

—Pode me olhar, fofo. Olhar não tira pedaço. —Zoei, Nico bufou e me encarou, senti o mesmo frio na espinha.

—Você não leva nada a sério? Esse é o primeiro Pégaso, esse foi que nasceu do pescoço da Medusa, e você quer dar uma baninho nele? —Dei de ombros e acenei para o cavalo assim o eqüino veio até mim, mordiscando um pouco meus cabelos.

—O mundo já é sério demais, alguém tem que levar na brincadeira, não acha? E outra coisa, Pegasus parece querer esse banho. Você quer né garoto?

Ele bufou um sim e relinchou baixo quando eu comecei a passar o sabão com agua em seu dorso, Nico se sentou nos degraus e ficou olhando para nós.

—Viu? A gente se dá bem, é só ir com calma, vocês que são estressados demais.

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.Nico Di Ângelo.

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Ela não tinha idéia do que estava falando. Estressados? Quando se é um meio-sangue não podemos parar para ficar observando o céu azul, seja ela quem fosse essa idéia de levar um dia de cada vez não era muito saudável para nós, nem sabíamos se íamos ter um amanhã, se íamos sobreviver até o amanhã.

Fiquei observando ela lavar o pêlo branco do garanhão.

Em certo momento, ele levantou uma das asas para a garota lavar abaixo delas, tinha tantas folhas, galhos, lama e sangue emaranhado nas plumas e pêlo que a sujeira escorria para baixo da casa, mas ela nem parecia perceber, estava toda molhada e não tinha como não notar o quanto ela tinha um belo corpo.

Ela tinha um tom dourado na pele branca, os cabelos volumosos, negros e cacheados até os ombros, ela tinha uma franjinha lisa igualmente volumosa na testa, era quase longa demais quase lhe cobria os olhos, no momento os cabelos estavam amarradas um coque frouxo na cabeça enquanto ela tirava os galhos das penas com cuidado para não machucar o animal.

Em certo momento, quando Sury limpava as manchas secas e aderentes de sangue e lama do espaço a baixo da asa direita, Pegasus chutou o balde com água e sabão, encharcando ela por completo , o cavalo relinchou rindo, balançando as caldas pescoço e cabeça.

Ela estava paralisada em um sorriso no rosto.

—Não acredito, vem cá! —Berrou e saiu correndo atrás do cavalo pelo quintal pequeno, aprecia se divertir com aquilo, talvez por não saber que tínhamos saído em missão por causa desse cara.

Pegasus tinha sumido do Olímpo fazia quase um ano e nesse meio tempo Rachel, o Oráculo de Delfos fez um profecia que se dirigia a mim, Annabeth e Percy; acabamos achando Grover no meio do caminho junto com os outros dois pequenos meios-sangues, no fim o cavalo alado estava mudando e lugar todo o tempo, parecia estar fugindo de alguma coisa; a parte irônica de tudo isso foi que só conseguimos capturá-lo aqui em New Iork com a ajuda de uma semideusa esquecida pelos monstros que brincava de pegar com uma das criaturas mágicas mais raras e poderosas de todos os tempos.

—Hey, isso não vale! —Gritou ela quando Pegasus estava voando em círculos em cima da casa,, espalhando água e espuma para todos os lados, mas não demorou a ele voltar ao chão e para Sury abraçar seu pescoço e lhe dar um beijo carinhoso no mesmos lugar.

Ele relinchou.

—Vem vamos tirar a espuma e secar você. —Era incrivelmente irritante como ele a obedecia, o quino simplesmente a seguiu levantando e movimentando as asas e o pescoço onde agua deveria tocar.

—Inacreditável. —Resmunguei para mim, Percy se jogou do meu lado, tinha um sorriso idiota no rosto, ele me olhou.

—O que foi?

—Annie lhe deu um presentinho, Percy? —Jackson me empurrou com um pouco de força, rindo.

—Cala a boca, Nico... Ela está dando banho no Pegasus? —Suspirei e assenti.

—A gente passou duas semanas só para ver ele, e em um dia ela já brincou de pegar e está dando banho no Alazão do Olímpo; não deveria ter justiça nesse mundo?

Percy bocejou e esticou as pernas.

—Sei lá, ele deve gostar mais de garotas.

—Mas  ele odeia a Annabeth e Nicolle. —Contestei.

—A Sabidinha é filha de Athena, e não foi ela que domou o Pegasus?

—E emprestou para Belerofonte para derrotar a quimera, mas ele foi tentar chegar ao Olímpo então Zeus fez com que o nosso amigo lhe desse um coice então eles e espatifou no chão. Conheço a historia, falei com o fantasma dele uma vez.

Soltei uma risada ao em lembrar.

—O cara morre de medo de cavalos, qualquer tipo.

—Não se podia esperar menos.

—Agora, abre as asas, Pegasus, vou secar elas primeiro. —Nos viramos para eles, o cavalo abriu as asas em toda a sua extensão, dois metros de músculos e plumas brancas e molhadas e relinchou.

—Isso chega a ser humilhante. Jackson riu e se levantou, indo para perto de Sury,ela sorriu e desligou o secador de cabelo, Pegasus bufou e sacudiu as asas.

—Bom trabalho.

—Trabalho em equipe, né garoto? —e cavalo balançou a cabeça— Eu também estava precisando de um banho.

—Ele gosta de você. — A garota franziu o cenho e pegou a cabeça do animal nos braços.

—Como sabe disso?

—Filho de Poseidon, falo com cavalos.

—Legal, queria falar com o Peg.

—Peg? —Indagou Percy tão assustado quanto eu, Sury de ombros.

—Bem, falar Pegasus toda hora cansa, então coloquei um apelido. Gostou, Peg? —Mais uma vez ele acenou brutamente.

—É, ele gostou. —Sury alargou o sorriso para Perce, via s maçãs altas de seu rosto ficarem rosas.

—Er, bom, melhor continuar meu trabalho. —Se virou rápido para o cavalo, voltando e secar as plumas com calma.

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.Sury Carpe.

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Não me julguem, okey? Não pude deixar de corar, e eu sei bem que ele e Annabeth estão juntos, para falar a verdade só de ver os dois dava para ver e acreditar que Percy era tão de Annabeth e ela era tão de Percy que chegava ser estranho, já que não deviam ser muito mais velhos que eu. Mas o que esperavam que eu fizesse? Que ignorasse todo o charme e o cheiro agradável de mar que ele tinha, eu não ia me meter no meio desses dois, longe de mim, separar um casal, mas aposto que vocês também teriam ficado da mesma forma.

Depois que sequei as suas asas e enxuguei o resto de seu corpo musculoso, encharcando umas 13 toalhas, comecei escovar os fios pálidos de sua crina e rabo, no começo foi complicado, mas depois de algumas horas —duas para ser exata— Pegasus estava digno se ser chamado de Imortal.

Dei alguns passos para trás, a fim de observá-lo melhor.

Tinha passado o dia todo para conseguir tirar todas as folhas, gravetos, sangue e lama endurecida de seu pêlo, mas no cair da noite valeu bastante a pena.

Pegasus cintilava na noite nova-iorquina, os fios lisos e longuíssimos de sua crina e calda ondulavam no vento frio, os músculos eram firmes cobertos um uma fina camada de veludo perolado, as asas pareciam feitas de prata longas delicadas, mas com a aparência firme e forte, os olhos eram duas orbes negras brilhando nas luzes da cidade, notei também que seus cascos não eram cinzas ou negros, ma sim dourados, de ouro trezentos quilates, eu acho.

—Uau, belo trabalho. —Olhei para trás vendo Grover e Annabeth, sorri.

—E não sabe quanto foi difícil, mas valeu apena, Peg?

Um relincho e cavalga até mim esfregando  a cabeça no meu ombro.

—Ele é lindo mesmo. —Disse Jaime aparecendo ali.

—Ele é o Primeiro Pégaso, o Imortal.

—É o meu garoto. Bom quem vai tomar um banho sou eu, vamos entra, okey?

Grover me ajudou a colocar Peg para dentro e logo depois eu corri para cima, querendo um bom banho quente, já que tinha passado o dia no relento e também não tinha feito coisa alguma da lista de tarefas... Mas não estava me interessando agora, só queria relaxar um pouco e ouvir música.

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(http://www.polyvore.com/sury_carpe_dear_pegasus/set?id=35978645)

Depois de terminar de em arrumar e colocar várias mudas roupas na minha mochila, Nicolle insistiu para que eu o fizesse, já que acreditava que eu ai com eles, mas é claro que não, como posso deixar Blythe sozinha? Mas de qualquer forma, eu não queria ver ela triste, quer dizer, tinha 10 anos e tão introvertida que quando me pediu para fazer as malas, não pude dizer não.

Descemos as escadas, joguei um tomate para Peg que o pegou no ar mastigando alegremente.

—Ele é muito bonito. —Disse, assenti sorrindo.

—Quer fazer carinho nele, Nick? —a garotinha ergueu os olhos brilhantes para mim— Posso chamá-la assim?

—Pode! Mas... Acho que ele não gosta de mim. —Peguei sua mão fina a puxei para perto dele.

—Que nada. Peg, ela pode ficar perto de você?

Pegasus ergueu a cabeça solene para nos, um tufo de pêlo entre os olhos ele bufou e balançou a cabeça, os cabelos ondulantes no ar.

—Vai lá.

Com relutância, Nicolle se aproximou e como prometeu ele a deixou se aproximar, a menina se sentou a sua frente a passou os dedos no maxilar do animal, sorrindo abobalhada, sorri para mim mesma e me dirigi cozinha, e laé estavam eles.

Grover estava comendo a nossa frigideira, Annabeth assistia a televisão enquanto Percy sorria apaixonadamente, observando suas mãos trançadas em cima da mesa, Jaime, dormia, debruçado na mesa, e por fim Nico, que mordia uma maçã olhando vagamente para a TV ligada.

—Que horas sua irmã chega, mesmo? —Olhei para o relógio em cima da geladeira. 6h e 58min.

—Daqui a dois minutos, ou mais cedo, depende.

—Quem pode ser tão pontual em Manhattan? —No mesmo momento o som de um carro freando na frente de casa rompeu a cozinha, deu um sorriso orgulhoso.

—Blythe Carpe é a melhor. — Corri para sala, com eles atrás de mim.

Estava ansiosa para ver minha irmã, ela sempre tinha resposta para tudo, sabia que podia contra com ela, Bly não iria surtar, iria ficar surpresa no máximo, os olhos verdes iam se dilatar e ia soltar uma frase de escárnio

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(http://www.polyvore.com/blythe_carpe_dear_pegasus/set?id=35980237)

—Sury! Cheguei e... —ela fixou os olhos em Pegasus— por que tem um cavalo com asas na minha sala?

Dei um sorriso.

—Esse é o Pegasus, mana. —De repente ela ergueu os olhos, assustados por um segundo.

—Espera, os meios-sangues estão aqui?

—Como sabe deles? —Perguntei em sentindo traída. Blythe correu até mim contornando  Peg e em puxando para cozinha junto com todos os outros, vi Jaime corara ao ver minha irmã, o que eu podia dizer, ela era linda, alta os cabelos negros bem cuidados e olhos de um verde cor de grama assim como os meus, mas tudo nela parecia ser melhor.

—Certo, como vocês nos encontram? —Perguntou olhando para Annabeth.

—Estávamos atrás de Pegasus quando Sury apareceu e conseguiu agarrar o garanhão lá na sala. —Respondeu, minha irmã suspirou colocando a mão no queixo, sua expressão era pensativa e eu tinha medo disso, geralmente isso vinha seguido de decisões radicais.

—Suh, faça as suas malas, vamos para o Acampamento Meio-Sangue.

—Eu.. já estão prontas. —Murmurrei.

—Certo, esperam um pouco, vou fazer as minhas correndo e vamos embora.

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Não, eu não faço idéia de como Blythe sabia de tudo isso, mas prometo perguntar assim que eu tiver tempo.

Estamos todos na frente de casa, Percy, Annabeth, Nico e Grover conversavam sobre algo e Nicolle e Jaime já estavam dentro do carro os rostinhos apreensivos, mas estavam relaxando, vasculhando o que tinha debaixo dos bancos de Nancy.

Quanto a mim, estava ao lado de Peg na calçado, era estranho como as pessoas não notavam o cavalo alado ao meu lado ou no modo que ele batia e remexias as asas gigantescas, estava nervoso assim como eu; passei os dedos em sua crina.

—Vai ficar tudo bem, garoto. Vai me levar até o tal Acampamento, né?

Pegasus bufou, encostando as asas em mim, sorri.

—Valeu, Peg.

—Okey! Vamos logo, temos que sair daqui o mais rápido possível e...

Muuuuu! —No começo da rua, surgia uma coisa musculosa e gosmenta de mais de 2 metros de altura com chifres e um martelo gigantesco, bufava e resfolegava para nos.

—O que diabos é aquilo? —Perguntei a mim mesma, mas Percy respondeu, com um sorriso de canto.

—Um velho amigo meu, o Minotauro.

Não sei o que ele quis dizer, mas acho que ter aquilo como amigo não era muito legal, comecei a imaginar como seriam os outros amigos de Percy, o que mais ele teria como amigo? Uma medusa ou coisa pior? Antes que eu tivesse tempo para piscar, a coisa meio vaca correu em nossa direção, e o garoto de olhos verdes tirou uma caneta do bolso.

—Uma Caneta? Depois você pede o meu número, mata aquela coisa! —Gritei, Annabeth me lançou um olhar mortal de gelar o sangue, mas Percy riu e avançou contra o monstro logo seguido por Nico que tinha uma espada negra na mão que eu nunca tinha notado e a loira com sua adaga.

—Sury pega isso! —me virei para Blythe que em jogou uma lança de dois gumes, a haste negra e tinha uma cobra entalhada no metal, as pontas eram longas e prateadas. —Papai me disse para dar a você só quando fosse necessário.

E correu tirou seu bracelete de serpente e apertou uma das cabeças do réptil, o bracelete esticou-se e alargou até tomara  forma de uma Katana longa e reluzente, ela ia de encontro para o monstro.

—Papai? —Murmurrei, mai uma coisa para perguntar, depois.

Pulei no dorso de Peg agarrando sua crina, ele correu em direção ao mostro, empunhei a lança para o Minotauro, sentindo algo queimar em meu peito, a adrenalina corria em minhas veias, Pegasus bufava feliz quando passamos por todos. O monstro avançava contra mim e Pegasus, e como se lesse meus pensamentos, ele abriu as asas em toda a sua extensão planando por cima da cabeça de viking da coisa, saltei do dorso do cavalo e cai nas costas da coisa.

Bruf! —Reclamou, enquanto eu em agarrava os pêlos grossos e pegajosos de sua costa, enfiei a ponta da lança em suas costas o monstro mugiu e eu continuei a subir. Logo todos lutavam contra a coisa, Blythe pulou ao meu lado e sorriu para mim, subimos em sincronia nas costas do Minotauro e nos agarramos a seus chifres.

Lá em baixo vi Nico sendo lançado contra um carro, Annabeth se mexia em uma velocidade surpreendente criando pequenos cortes na couraça da vaca cheia de anabolizantes, Percy se pendurava no braço esquerdo tentando retirara a armadura.

—AAAAH! —Berrou Bly ao enterrar a katana nas costas do monstro, o mostro berrou de dor e ficou mais furioso ainda esticou o braço esquerdo, pegando minha irmã jogando a contra uma escadaria de um prédio, de 3 andares, ela estalou no chão perto de uma lata de lixo, inconsciente.

O ódio se inflamou no meu corpo.

Peguei a espada e minha lança e passei minhas pernas pelo pescoço gigantesco, cravei mais uma vez e espada ele se balançou mais tentando me acertar sem conseguir, abaixei minha cabeça quando seus dedos grossos e nojentos passaram agarrando o ar acima da minha cabeça. Enterrei a lança nos eu pescoço, segurei com força a lamina oposta e pulei para o lado com força, rasgando a lateral esquerda do pescoço do minotauro, que explodiu em terra, cai de pé no chão, vi os rostos assustados de Percy, Nico e Annabeth, mas estava pouco ligando para isso.

Corri na direção oposta jogando sacos de lixo para os lados ouvindo todos me chamarem ignorando também.

Assim que achei o corpo de minha irmã, senti meu coração se esfarelar no meu peito. Blythe tinha quebrado os braços e as pernas, sangue escoria por seu corpo todo, o olhos esquerdo estava inflado, roxo e vermelho, seu supercílio tinha estourado, ela tossia cuspindo sangue em mim, tando respirar. Puxei sua cabeça para meu colo, chorando sofregamente.

—Blythe... por favor... não faz isso comigo... —Grasnei, ela se forçou a erguer a mão, a peguei apertando contra o rosto manchando minha bochecha de sangue.

—Não chora, Susu, vai ficar tudo bem. —disse a mim.- desculpa ter escondido tanta coisa de você, mas.. mas...

Balancei a cabeça.

—Shhh, fica quietinha.

—Não... você tem que saber... você precisa saber... —Pude sentir seu coração vacilar.

—Bly! Não me deixa! —Um de seus olhos verdejantes e sinceros e abriu, derramando lágrimas ela me disse:

—Nosso pai, Sury... Nosso pai é...

—Esqueça ele, Blythe! Por favor! Não me deixa! —Berrei, levantei a mão para tocar em suas feridas, tentando curá-las, mas ela me impediu, negando com a cabeça, o corpo tremia de dor, estava frio.

—Nosso pai, Sury... Seu pai é...

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Notas finais do capítulo

Muito orbigadas peloS reviews *-*
Estou precisando de duas personagens,s e puderem em ajudar.
Beijos
Comentem.