Dear Pegasus, escrita por DiraSantos


Capítulo 13
O Renascer do Traidor, Seth Gray E A Ira de Peg


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
Boa leirura.



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Capítulo Doze: O Renascer do Traidor, Seth Gray

E A Ira de Pegasus

 .

.Narradora.

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Bruuuuuuf! —Percy Jackson rolou na cama e apertou o travesseiro contra a cabeça, não queria acordar, não queria se mexer. Somente algumas horas de sono, é pedir muito? Pensou irritado, mas se levantou ao ouvir alguém socar quatro vezes porta que estava prestes a ruir.

—Que foi?! —rugiu grosso, foi quando viu o grande animal bufando na sua porta. —Ah, Pegasus, está cedo.

Venha comigo filho do mar, rápido.

Percy bocejou e passou os dedos pelos cabelos negros, observando penosamente seu beliche. O colchão nunca parecera tão macio e atraente como agora, o cheiro agradável de maresia que abafava aquele lugar nunca foi tão convidativo, gemeu e olhou nos olhos do cavalo imortal.

—Que tal mais tarde, hein?

Isso não foi uma pergunta filho de Poseidon. Jackson gemeu e assentiu, fechando aporta atrás de si. Deu um pequeno sorriso, mas antes que pudesse pensar em montar o grande animal, Pegasus o pegou com os dentes pela gola da camisa, abrindo as asas prateadas em toda a sua extensão, planando para longe.

Aquilo deixou Jackson um tanto magoado. Ele era o filho de Poseidon, senhor dos cavalos, e sabia que nunca montaria Pegasus, de forma bem perigosa, o cavalo criara uma ligação inabalável com a meio-sangue, ele sempre estava em sua companhia ou da dríade da laranjeira. Abaixou os olhos e viu a margem direita do rio de canoagem, algum ainda estavam lá, vi um garoto tropeçar no caminho para o seu chalé. Aquilo estava uma verdadeira bagunça.

—Então, o que aconteceu? Por que em trouxe aqui? —A pergunta pareceu angustiar o Imortal, que jogou a cabeça para baixo e jogou-o a dois metros de onde pousara. De cabeça baixa ele se aproximou de Lika que tinha o rosto banhado em verde clorofila por suas lágrimas.

—Lika, o que houve? —A pequenina levantou o rosto de fada e fungou.

A cena o perturbou. Sury Carpe estava deitada o chão a cabeça apoiada nas coxas finas da dríade, o rosto aprecia mais pálido do o que de costume, sua respiração era superficial e podia-se ver o fundo de sua clavícula, mas... Ao seu lado, o corpo machucado e Luke Castellan.

A mente de Percy Jackson voltou ao Olímpo, naquela mesma noite, na noite que quase toda a civilização veio a baixo se não fosse pelo auto-sacrifício do traidor que ficara consciente. Luke estava vestido da mesma forma do que naquela noite, a calça camuflada e blusa branca e o peitoril da armadura meio destruída, a mão queimada, os cabelos sujos de suor e sangue. Por mais lento que Jackson fosse, ele entendera o que tinha acontecido:

Sury estava ressuscitando Luke Castellan.

Pensou que fosse ficar em cólera, que enfiaria Contracorrente no mesmo ponto que ele se esfaqueara que jogaria seu corpo no lago, qual quer coisa do gênero... Mas não, o coração e a mente do herói estavam vazios, não sentia repulsa para com o filho de Hermes, estava vazio, estava indiferente com sua situação.

—Temos que levá-la par a Casa Grande, Quíron vai saber o que fazer.

—Mas e... E Luke?

—Deixe-o ai. —Ele tinha consciência que, sem ajuda, Luke morreria da forma que estava, mas, preferia enganar a si mesmo e achar que deixaria que as Parcas lhe dessem o destino. Aproximou-se e passou um dos braços na articulação do joelho da garota, com a outra a ajeitou nos braços, a afastado do corpo de Castellan. O corpo de ambos se curvou, em dor.

—Não a afaste dele! Ambos morreram. —Asclépio surgiu, pegando o corpo do garoto nos braços, os olhos verdes cravados em Percy. O Filho de Poseidon desviou os olhos e se levantou, andando a apenas dois passos atrás do Seus da medicina que ia à frente, os ombros regidos e os tênis All Star brancos afundando na grama polvilhada de orvalho.

As Parcas tinham jogado a ultima carta; agora ninguém podia interferir no futuro de sua pequenina, o que acontecesse dali para frente era não mais do que as escolhas que sua filha e os que foram chamados pela profecia fizessem.

Asclépio deu um sorriso e imaginou o sorriso de Nilá, o mesmo sorriso de Sury e de Blythe. As escolhas de Sury sempre eram imprevisíveis, e aquilo deixava todo o Olímpo inquieto, Zeus sabia que aquilo podia trazer Cronos e os outros titãs de volta a vida, e dessa vez traia uma verdadeira guerra, ou poderia trazer outra coisa pior.... Mas ele duvidava que só Sury pudesse trazer algo pior que os Titãs.

Talvez se Blythe estivesse...

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O carro estacionou na frente da colina, o garoto levantou os olhos para o pinheiro que ficava no topo da colina, solitário, balançando no vento de verão. Nada mais misterioso, um pinheiro solitário, deve ter alguém enterrado ali... Nossa isso fica cada vez mais clichê. Pensou.

Não, ele não tinha problemas com aquele lugar, só preferia estar em Malibu surfando, com varias garotas de biquíni nadando no mar e pegando sol na praia. Ele empurrou a porta do taxi e jogou o dinheiro no banco de passageiro, tirou as malas do carro e bocejou.

—Isso não é Malibu. —Gemeu, sentindo falta da sua casa de praia.

—Não, não é. —Riu a mulher do seu lado, o vestido florido balançando no vento, um sorriso largo nos lábios. Por mais doce e inocente que fosse parecer ali, em pleno verão, Perséfone pode ser bem fria e maldosa no inverno. O garoto a encarou, os olhos cheios de tédio e um pontada de irritação.

—Por que não cala a boca, Perséfone? Sei muita coisa sua. —O sorriso da mulher sumiu.

—Fique de boca calada, Gray. Meu relacionamento com Hades está quase que perfeito.

—E eu tenho grande parcela de culpa nisso. Sou eu que estou encobrindo seus queridos “visitantes” Acha que é fácil distrair o Senhor do Mundo Inferior enquanto você se tranca em um quarto com seus mortais? Falando nisso, anda se prevenindo, não vai adiantar coisa nenhuma se aparecer alguns meio-sangues por ai com seu DNA.

A deusa revirou os olhos.

—Obrigada por sua preocupação, Gray. —Ele deu um sorriso largo demais para ser natural.

—De nada, sabe que me preocupo com você. —A deusa da primavera bufou e revirou os olhos, começando a andar.

— Você se preocupa com sua casa em Malibu, garoto.

—E com a minha mãe e irmã que vivem lá.

—Elas são tatuadoras.

—Mas são minha mãe e irmã. —Ambos se calaram e subiram a colina, e olharam quase toda a extensão doa acampamento. Puderam ver a arena, ouvir o barulho do mar ai longe, a parede de escalado o tlim tlim das forjas, viram alguns meios-sangues tento aula de quitação em pégasos, sobrevoando suas cabeças, viram a casa grande o anfiteatro ao longe, e, se erguendo mais alta, a Casa Grande com seus quatro andares e azul.

Gray notou também as lindas ninfas e dríades que corriam ali.

—Talvez esse lugar não seja tão ruim, aqui tem praia, certo?

—Tem, o Long Island é ao norte.

—É talvez eu sobreviva.

—Dê isso para Quíron, o centauro. —Explicou e estendeu uma carta de papel amarelado com o selo de uma flor de Lótus marcada com cera de abelha vermelha, selando o pacote.

—Vou voltar para lá, certo? —A deusa suspirou e deu um passo para trás e seu corpo começou a se transmutar em leves e aveludadas pétalas de rosas negras.

—Claro que vai, garotão. Preciso de você ainda. Cuide-se Seth Gray. —Ela foi levada pelo vento. O garoto bocejou e jogou e a mochila por cima do ombro, segurando mais duas malas na mão esquerda, respirou fundo e deu um sorriso de canto, esperava se divertir um pouco ali.

—É isso ai... —E começou a descida, mirando o olhar na pequena mansão azul.

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Não muito longe dali, Karen Sallin saia das forjas testando o equilíbrio da nova espada que encomendara para um velho amigo do chalé neve. Girava o punho da arma com habilidade, soltou mais um bocejo, a festa tinha derrubado todos, mas a maioria tinha se levantado para continuar as atividades, se não, o Sr. D, mesmo com a ajuda do chalé de Dioniso, ele deixaria todos louco, ao pé da letra.

Passou pela ala dos Chalés, quando ouviu Robbie gritando por ela.

—Karen, espera! Tenho boas novas pra você. —Seu sorriso era largo mostrando o aparelho que tinha nos dentes de baixo. Robert costumava ser um dos caras mais bonitos do Chalé de Thanatos, tinha os cabelos negros azulados e os olhos eram tão negros como piche, apesar de pálido e magro tinha o corpo bem formado.

Claro, isso antes de Carpe chegar ao acampamento.

Ele tinha agora uma tira branca no nariz torto, que segurava uma paste feita de ambrosia e néctar no osso quebrado, tentando tirara o grande estrago que o punho da garota tinha feito nele. Karen bufou e revirou os olhos se concentrado o irmão.

—Mesmo? E o que é? —O sorriso do garoto cresceu oito vezes mais.

—Sury Carpe foi encontrada desmaiada e quase morta lá no algo. —Com certeza aquela noticia alegrou o coração da garota, seus olhos brilhariam se pudessem, o sorriso nos lábios finos e pálidos se curvou nas pontas, seus dedos que já haviam sido quebrados se apertaram na empunhadura da sua nova espada.

Levantou as mãos para os céus.

—A justiça existe, Athena! Obriga pai. —Sussurrou depois se virou para o irmão — E onde ela está?

—A caminho da casa grande.

—Essa eu tenho que ver. — Os dois filhos da morte correram na direção oposta, com sorrisos satisfeitos nos lábios. Tudo ficou melhor quando viu os gêmeos Stark, Rany Crowfford, Nathaly Keller, Miguel Killian e o grande Lannister correm na mesma direção. Todos romperam a porta da Casa grande, vendo a garota deitada no sofá, o sorriso de Karen aumentou, mas também um dos seus pesadelos ali, deitado bem ao seu lado.

Luke Castellan estava ao seu lado, tinha a respiração entrecortada no mesmo ritmo do de Carpe, cabeça dele pensava para o ombro de Sury, os lábios vermelhos estavam entreabertos, apesar de fraco e ferido ele sorria, como se estivesse tudo bem. Karen participara da Guerra Dos Titãs, até o fim ficara ao lado e Cronos, mas no final se rendeu, viu que não tinha muita escolha, afinal, ela gostava de ficar no Chalé de Hermes por causa de Luke.

Tinha sido uma das muitas que foram apaixonadas por Luke, afinal, o loiro tinha um charme e carisma que levaram muitos para o seu lado. Sua visão foi fechada por todos que se aproximaram da menina tapando sua visão, Miguel apareceu ao seu lado empurrando os ombros dela e do seu irmão.

—Vão embora daqui, antes que eu mate vocês. —Rugiu, trazendo a garota de volta realidade.

—Ah, não mesmo! Tenho que ver isso de perto Killian. —Valerie e Velkan se levantaram ao mesmo tempo, os olhos brilhando de ira.

—Vá embora, Sallin, se não arranco seu coração com meus dentes. —Mesmo com sua inimiga quase morrendo, Karen sabia que Valerie Stark era mortal demais para tentar desafiar, deu um passo para trás.

—Uau, vocês sabem receber as pessoas aqui. —Todos na sala se viraram para o dono da voz rouca.

O coração de Karen quase saiu pela boca. O garoto era alto, devia ter um dezoito anos, a pele era dourada do sol, tinha ombros de nadador, lindos cabelos negros que lhe caiam na frente dos olhos de um castanhos escuros brilhante. Vestia uma calça jeans rasgada e uma blusa sem mangas preta, mostrando os braços longos e musculosos, o tênis Addidas branco estava brilhando.

Tinha um semblante brincalhão e mascava um pouco de goma, tinha um brinco na orelha esquerda e, e pelo que Karen notou observando os lobos cheios e rubros, tinha um pircing na língua que sempre estirava a bola de goma. Quíron entrou lendo alguma coisa, parecendo bem assustado.

—Campistas, conheçam Seth Gray, — o garoto tirou uma das mãos do bolso e acenou rapidamente— filho de... Robert chame Annabeth e Nico aqui. —finalmente o centauro notou o caos— O que houve aqui?

—Quíron, precisamos conversar. —Um homem de no máximo 35 anos apareceu, com um jaleco de medico, olhou para o filho de Poseidon e levantou uma sobrancelha, Perseu assentiu.

—Asclépio, o que houve?

Asclépio, é você?! —Berrou Karen, olhando para o homem que se erguia na sua frente, sempre pensara em um homem velho de cabelos negros com cara de cientista maluco, mas não... Asclépio tinha uma aparência confiável, era musculoso e tinha olhos irritantemente verdes, era o tipo de medico gostoso que ela via em seriados de TV quando estava em casa.

Ele deu um sorriso de canto.

—Filha de Thanatos, eu presumo. —Quíron concordou com um aceno de cabeça— Reconheço esses olhos negros e apele pálida doentia... Se me permite, querida. — Um pouco atordoada, Karen Sallin seguiu para Arena.

Onde deveria estar desde o começo.

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Isso sim é uma boa recepção, pensou Seth. O centauro e tal de Asclépio estavam conversando na porta, um grupo de pessoas estavam debruçados sobre um garoto loiro que ele já pensara ter visto em algum lugar, e em cima de outra pessoa que ele ainda não conseguira ver, já que tinha um cara enorme de quase dois metros tapando sua visão.

Ele deu de ombros e tirou outra goma de mascar do bolso, colocando-o na boca. Olhou em volta a procura de algo para fazer, mas como não achou coisa alguma, resolveu observar as garotas ali, que realmente eram muito bonitas. Uma delas era ruiva, os cabelos lhe caiam sobre os ombros, era branquinha e os olhos verdes amendoados pareiam preocupados, não era muito baixa nem muito alta mediana talvez.

Seth passou para a outra, que estava encolhida perto de joelho da pessoa desmaiada, os olhos pulando do garoto loiro para a outra, os cabelos lisos eram bem finos e quase loiros, o rosto era pequeno com feições finas e brincalhonas, os olhos eram muito parecido com ouro de tão brilhantes, era magra e também não era tão baixa. Ele sorriu e passou para a outra garota... Ela era diferente das outras duas, mas bonita ao seu modo.

Era gótica. A franja lisa e volumosa criando um contraste com a parte de trás da cabeça, os fios eram arrepiados, negros e brilhantes, eram muito pálida; os dedos eram longos se agarrando a mão de alguém, os olhos eram amarelos, não dourados como o da outra, mas amarelos mesmo, do tipo que você vê em uma caixa de tinta agauche, fora um pircing como uma argola de touro que tinha no nariz.

Seja quem fosse à desmaiada, devia ser bem diferente, para juntar três garotas tão diferentes no mesmo lugar. Também tinha os garotos, mas nisso Seth não prestou muita atenção, bem talvez no cara gigante que tinha ali, afinal, ele podia jogar na NBA, futebol americano.

Não, ele deve ser um ótimo lutador de vale-tudo, concordou consigo mesmo e começou a caminhar por ali, se apoiou no corrimão da escada e olhou para cima, achando vários outros andares.

—Esse lugar é grande... —Murmurou para si, voltou à porta, observando sem emoção o papel de parede. Gray como mágica se virou para porta no mesmo momento que Annabeth tropeçou no batente, ela girou e caiu nos braços do moreno, que deu seus melhor sorriso para a linda loira que caíra, literalmente, em seus braços.

—Estou começando a gostar desse lugar... —Murmurou, e querendo ou não, Chase sentiu o rosto corar, seja quem ele fosse algo na voz dele parecia se arrastar sedutoramente.

—Eu tenho namorado. —Disse firme, querendo que Percy aparecesse ali. O garoto sorriu e apegou pelos ombros, colocando-a de pé.

—Sorte a dele. —Disse sorrindo, colocou a mão no bolso e jogou uma goma na mão dela, piscou e nesse momento Percy, quase bufando de raiva apareceu, pegando a namorada pela cintura a puxando para o seu lado. Seth revirou os olhos e olhou par Quíron que parara de conversar com o medico.

—Nico, conheça seu irmão: Seth Gray, filho de Hades. —Foi quando notou o garoto.

É eles eram parecidos, os cabelos a cor dos olhos e o gosto por preto, mas o tal Nico tinha um estilo diferente, era tão alto quanto o irmão, um pouco mais magro. Mas o estilo era o inverso, vestia uma jaqueta de aviador, enquanto o Seth não tinha vergonha de mostrar os braços longos, e Di Ângelo não tinha brincos ou um pircing na língua.

Seth deu um sorriso e esticou a mão para o meio irmão.

—E ai, maninho? — A loira e o namorado, assim como o seu irmão tinha os olhos arregalados.

—Filho de Hades?! Como, com essa idade?! —Berrou a garota, acompanhada por uma chuva de perguntas de Nico o garoto de olhos vedes. Seth protegeu o ouvido e depois balançou a cabeça, exagerando um pouco, o que fez Annabeth ficar bem irritada.

—Au, vocês falam demais.

—Como você pode ser filho de Hades?! —Gritou Percy Jackson confuso e irritado por Gray ter dado em cima de sua namorada.

—Da mesma forma que você é filho de seu pai. Qual é! Você não mais virgem, é? —Chase e Percy ficaram vermelhos e negaram— Então, já sabe como eu posso ser filho de Hades, e se estiver perguntando o que minha mãe viu nele... Ah, eu não sei.

—Não é isso é que... Eles fizeram um pacto, os três grandes que não teriam mais filhos. E se for o caso, onde estava na Guerra dos Titãs? —Seth bocejou e deu de ombros para o irmão, se se encostando à parede.

—Provavelmente em Malibu, surfando. Nossa madrasta não em deixou ir para guerra.

—Okey, está ai! Ele não meu irmão! Perséfone nos odeia! —Gray riu e revirou os olhos, passando a mão nos cabelos do irmão, como se fosse um cachorrinho, ele era um pouco mais baixo que ele.

—Ela odeia você, irmãozinho. Você não tem utilidade para ela, já eu... Bem eu faço a minha parte para termos uma família feliz e... Vamos dizer unidas, okey? —Lembrou-se de ficar quieto. Seu acordo com sua madrasta beneficiava aos dois, ele tinha sua casa em Malibu bancada, o estúdio de tatuagem de sua irmã e mãe, e ainda podia passar suas tarde nas ondas e sobre o céu azul da Califórnia.

Gostava como as coisas estavam.

—Perséfone gosta de você, então? —Perguntou o namorado da loira, Seth pensou no assunto.

—Ham... Não. Ela não me suporta, mas sou útil a ela, então vivemos em uma paz comprada, e isso é ótimo para ambas as partes. Alias, onde eu vou ficar? Quero conhecer o resto das pessoas daqui, ah, me falam que vocês têm uma praia aqui.

—Temos.

—Ótimo! Vou levando as minhas coisas para lá.

—Claro Nico vai mostrar o chalé de vocês, e depois vai lhe levar para um tour pelo.... —A frase de Quíron ficou pela metade, uma garota gritou, Seth se virou para trás, vendo um ruiva com o rosto cheio de sardas apontar para ele, os olhos verdes arregalados para ele.

Pelo menos ela é bonita.

—É você! O garoto de cabelos negros é você! O filho de um dos três grandes, que gosta de surfar, é você! —Seth abriu a boca para falar algo inteligente, mas ficara assustado, como ela sabia de tudo aquilo, deu um passo para trás.

—E quem é essa? —Rachel estava uma pilha. Andava tento outros sonhos estranhos, fizera mais um desejo, só que desse Vaz se tratava apenas do garoto, ele estava sentado em uma prancha olhando para o pôr-do-sol. Ela já devia ter se acostumado a ver suas visões se concretizar, mas ainda sim era estranho, demais. Ela também percebera que o garoto era diferente do que Havaí pensado se fosse filho de Zeus seria um gótico como Thalia Grace, se fosse um filho de Poseidon, sabia que seria um cara sarcástico, afinal já sabia que era surfista, mas, para um filho de Hades... O garoto era uma ela mistura de tudo.

Era alto, e moreno, os ombros largos e os olhos de um castanho muito escuro, tinha um sorriso de canto bem sedutor... Enfim, não se parecia muito com Nico, tinha um charme amais nele. Rachel deu alguns passos para frente e esticou a mão, tentando relaxar ao máximo.

—Rachel Elizabeth Dare. —O filho de Hades respirou fundo e pegou sua mão.

—Seth Gray.

—Desculpe pelo grito, é que eu...

—Relaxe. Queria mais garotas gritando por mim. —Ela riu e ele também, descontraído, outro ponto, ele era bem mais relaxado que Nico. Rachel notou que ele, de certo modo, era parecido com Sury, ambos sarcásticos, só que ela era um pouco mais esquentada, Karen Sallin podia confirmar isso.

Ainda sim, eles ficariam bem juntos.

—E Sury, Quíron? —Perguntou um vozinha, Seth olhou para o centauro e vi que, agarrando sua mão, uma menina pálida de cabelos laranja choramingava com as orelhas pontudas cabisbaixas e as lágrimas e olhos verde clorofila. Aquilo só pode ser uma dríade, pensou sorrindo.

—Bem, estava falando com Asclépio, e... A única saída é esperar que o processo acabe, vamos levá-los juntos para um quarto lá em cima, e ficar de olho, não há como parar isso agora. —Todos assentiram um pouco mal, até que a garota gótica fungou e olhou para todos.

—Certo então vamos arrumar tudo, Rany e Nathy vejam um bom quarto e arrumem tudo, Miguel pegue algumas roupas dela, Guilherme... Crie alguma coisa para podermos ficar de olho nela, Velkan você vem comigo.

Assim todos começaram e se mexer, o gêmeo da gótica foi arrastado pelo pulso.

—Aonde vamos, Valerie? —Com o rosto cheio de pesar, ela passou por Gray.

—Eu tenho que bater em alguma coisa.. Depois temos que avisar os irmãos-uva e o Solace.

—Nossa, que pessoa legal. —Resmungou Seth, a pequena Dríade, ainda jogada no chão soltou uma risada mínima e virou os olhos grandes para ele, se levantou e esticou a mão pequenina.

—Ela está em um bom dia. Sou Lika.

—Me lembre de ficar longe dela nos maus. Seth Gray. —A ruiva que subira as escadas párea procurar o quarto salto para o chão encarando todos.

—Achamos um quarto, alguém tem que trazer ela para cima. —Disse sumindo escada a cima, Rachel, a outra ruiva sorriu para ele, de um jeito que fez Gray pensar que ele tinha alguma coisa na cabeça, Quíron segurou o braço do medico, negando alguma coisa.

—Pode levar Sury para cima, Seth? —Perguntou à ruiva, ele pensou em negar, mas achou o olhar pidão da dríade chorosa, franziu os lábios.

—Certo, e quem é Sury?

—Aquela ali. —Ele se aproximou da garota que ainda não tinha visto e ficou um pouco perturbado. A tal garota e muito bonita, a pele aprecia um pouco pálida demais, seu lábio inferior era mais cheio que o inferior lhe dando um ar de criança. Estava molhada, os cabelos estavam desgrenhados e tremia um pouco, mas não era isso o que lhe incomodava.

Ele já sonhara com ela, estavam jogando basquete na chuva quando um raio os atingiu, claro isso depois de eles se beijarem. Ele tinha gostado da sensação do beijo, ela beijava bem, no sonho pelo menos. Aqui ela estava fraca, e aquilo lhe preocupava, se fosse realmente beijá-la algum dia, queria que ela estivesse bem, oras. Seth se aproximou dela e a pegou nos braços, logo depois o medico pegou o garoto.

Subiram as escadas até andar seguinte, em um corredor, eles entraram na primeira porta dupla alta, um quarto pequeno com cheiro de flor de laranjeira apareceu, com uma janela grande, existiam duas camas, uma em cada canto do quarto, um criado mudo no meio das duas com algumas flores. Seth a colocou na cama da direita, deixando a cair levemente na cama, camiseta do garoto ficou úmida, mas ele não ligou de alguma forma estranha se sentia quente e seco por dentro.

Percebeu que não queria sair dali agora. Estava confuso e queria saber quem era a menina desmaiada, ela tinha alguma coisa haver com ele, isso ele sentia, sonhara com ela, mesmo antes de conhecê-la. Gray colocou as mãos nos bolsos, e apertou a ultima goma de mascar na mão, se sentindo estranho, sem tirar os olhos da garota que estava desmaiada.

Respirou fundo e se virou para o irmão que conversava com a ruiva, ele se virou para ele e o encarou esperando que ele falasse.

Nossa, meu irmão é um graça de pessoa.

—Onde é o nosso chalé? —Nico o chamou com a cabeça, e Le o seguiu, não sem antes da uma última olhada na garota de cabelos pretos.

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15 minutos depois que Seth Gray saiu do quarto, todos os outros apareceram ali dentro, menos Will Solace, que ficara preso dando aulas de arco e flecha. Lika fungou mais uma vez e entrou trazendo vários galhos de laranjeira, flores entre outras coisas em sua cesta, se sentou ao pé da cama de Sury e começou a trançar alguma coisa com as flores e os galhos finos maleáveis.

—Esse quarto precisa de uma redecorarão. —Púlox concordou e se aproximou da janela, erguei a mão e, aproveitando as videiras do pai, fez a planta entrar pela janela e redecorar o quarto inteiro, nos cantos elas se ergueram, na cabeceira e nos pés das camas deram cachos pequenos multicoloridos de uva, Viollet fez o mesmo, deixando o quarto mais agradável e com um cheiro bom.

Miguel logo apareceu ali e deixou uma bolsa de roupas.

 Na verdade todos deixaram as coisas boas ali, mas tinham que voltar as suas tarefas, então pediram para Rachel cuidar um pouco da garota, que assim que um deles se desocupassem viriam ver a amiga. Ela assentiu de bom grado e pegou uma cadeira, se sentando ao do lado do criado mudo, com um sorriso cúmplice para Lika, que já sabia de quase tudo, pelo mesmo sobre o Garoto de Cabelos Negros.

A laranjeira de Lika ficava quase na entrada da Gruta onde vivia o Oráculo, então elas acabavam conversando bastante, e com a amizade de Carpe em comum, a pequena a dríade já sabia mais do futuro da amiga, mas do que a própria Sury.

—Pois é Sury, seu garotão já chegou. —Murmurou Rachel abrindo um livro que pega emprestado de Annabeth. Lika riu um pouco a assentiu.

—E tenho a vaga impressão que ele vai causar tanto problema quanto você. —Riu, E Rachel também depois pousou o olhar em Luke e logo depois para filha de Asclépio.

—Esses três vão causar muita confusão. —Percebeu, suspirando, Lika levantou os olhos.

—Você acha?

—É a filha do deus que não devia ter filhos, o filho de Hades que confirma quebra do pacto, e o traidor do Olímpo. Claro que vão causar muita confusão.

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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora meus amores, sim?
Gostaram de Seth Gray?
Comentem*3*
Alguma reclamação
Sim, eu estou escrevendo com pressa, tenho que descer, minha best está gritando por mim.>.
beiijos