Digimon Beta - E o Hexágono do Mal escrita por Murilo Pitombo


Capítulo 57
O Novo Beelzebumon




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Depois de uma incansável batalha contra os dois ditadores que restaram, finalmente os domadores haviam destruído Piedmon. Metalgarurumon e Saintgargomon se aproveitaram de um momento de descuido dos ditadores e lançaram seus arsenais bélicos contra a dupla. Beelzebumon, que estava em melhores condições físicas, conseguiu se afastar do local do onde os mísseis atingiriam. Porém, o ditador bobo da corte não conseguiu fugir e foi dizimado na frente de todos.

Partes do corpo do Piedmon estavam espalhados pelo campo de batalha e seguiam se dissolvendo lentamente em milhares de bits. Sem grande alarde, Beelzebumon se aproxima da cabeça do seu aliado e espalma a mão direita sobre ela.

Uma forte energia negra passa a emanar do seu corpo.

Os domadores, que até então comemoravam a vitória imposta sobre o penúltimo ditador vivo, tornam a ficar apreensivos com os novos rumos que a batalha poderia tomar.

— Humanos desgraçados! – brada o ditador - O fim de vocês está próximo. Agora todos verão um novo ser com poderes que superam até o mais poderoso digimon Extremo.

— Poderes que superam o nível Extremo? – brada Verônica temerosa.

Instantaneamente, todos os restos corporais do Piedmon se tornam bits e avançam lentamente na direção do ditador de três olhos. O mesmo seguia acontecendo com os dados já dispersos pela atmosfera.

— O que será que ele está tramando?

— Rafa, eu to com muito medo. - Fernanda o abraça.

— Bah. Ele está agindo como Devimon... – pontua o domador negro de moicano.

— Será que ele quer nos separar, Mateus? – interrompe Leo.

— Acho que pela altura do campeonato isso só atrasaria os planos dele. – pensa Alex.

— Como assim? – interfere o garoto de cabelo negro e olhos azuis.

— Ele sabe que é mais poderoso do que nós e que, a qualquer momento, pode nos destruir.

João não gosta das palavras ditas pelo garoto de olhos rasgados e avança na direção dele.

— Cala a boca moleque pessimista!

Davi, Carlos e Lúcia o impedem de se aproximar ainda mais e fazer uma besteira.

— Ao invés de brigar comigo, líder dos Domadores Beta, - prossegue o domador do Grappleomon - ordene que todos ataquem com tudo o que tem. Porque se Beelzebumon era o líder do Hexágono do Mal, com certeza ele deve ter um bom motivo para isso.

— Ser o mais poderoso... – balbucia Albert, olhando na direção do ditador, que continuava a absorver os bits do Piedmon.

 

Growmon e Kiwimon, após destruírem o grupo de Dokugumons, se aproximavam dos seus domadores quando percebem que uma digimon aranha havia capturado o pequeno besouro vermelho.

— Kiwimon! Traga Tentomon de volta! – ordena o garoto alto e desengonçado ao ver sua digimon por perto.

A digimon ema de cabeça metálica é envolta por um casulo de luz e evolui para Lilamon, uma pequena digimon fada que possui uma enorme flor rosa presa às costas.

A digimon do nível Perfeito rapidamente alça voo na direção da digimon aranha quando a outra Dokugumon surge na sua frente e libera, pela boca, uma rajada de ácido. A digimon do Guilherme, então, rapidamente desvia e contra-ataca:

— Tiro de Mármore – a digimon lança argolas de energia, a partir das flores no lugar das suas mãos, que atingem a digimon aranha, destruindo-a.

Lilamon se aproxima ainda mais da Dokugumon que havia raptado Tentomon e dispara outra sequência de “Tiro de Mármore”, explodindo-a.

O digimon besouro caia em direção ao chão, já que estava debilitado demais para voar, quando é pego pela digimon fada, que o leva em segurança até Will.

Growmon e Gaogamon haviam regredido.

— Obrigado Lilamon! – agradece o garoto de corpo redondo e pele branca.

Um grande tremor acontece, sacodindo todo o castelo flutuante.

— O que será dessa vez? – questiona o cachorro azul, digimon do Luiz Filipe.

— Acho que por causa da batalha a estrutura do castelo foi abalada. – responde o domador alto e corpulento

— O que isso quer dizer, Blaze? – questiona seu digimon.

— Quer dizer que esse castelo está desmoronando. Temos que ser rápidos.

Os domadores saem correndo pela porta. Lilamon seguia voando mais a frente, dando cobertura aos garotos. Alguns segundos de corrida e os garotos haviam chegado a um imenso hall de entrada do castelo, de onde seguiam dois corredores pelo térreo da construção e uma imensa escada que dava acesso a dois corredores, dispostos igualmente aos do térreo no primeiro andar.

— E agora? – questiona Will - Esse lugar é imenso e nós não temos muito tempo.

— Acho melhor a gente se separar. – propõe a digimon fada.

— Então vamos fazer o seguinte: - adianta-se o domador de traços indígenas - Eu e o Gaomon vamos pela esquerda. Lilamon e Guilherme olham no corredor da direita no primeiro andar. Blaze e o Guilmon vão pela esquerda do primeiro andar e Will e Tentomon olham ao redor do castelo.

Os domadores nada questionam e rapidamente se dividem na busca pelo deus-digimon.

 

Will e Tentomon cruzam a principal porta do castelo e seguiam procurando pelo lado de fora quando encontra um bando de dez Picodevimons.

— Pessoal, olhem só. – diz um dos digimons morcegos, redondos como bolas de futebol - Um domador solitário. Vamos acabar com ele.

Os digimons morcegos agitam suas asas e lançam seringas chegas de veneno paralisante. Domador e digimon se afastam de costas e conseguem se desviar dos objetos contendo um líquido de cor azul, que ficam cravadas no chão. Aos poucos o êmbolo das seringas pressiona a poção, que se infiltra no solo.

— Da próxima vez não iremos errar.

Os Picodevimons se preparavam para atacar quando, sem nenhum motivo aparente, voam apressados do local, se afastando sem olhar para trás.

O pequeno domador e seu digimon ficam confusos, por alguns segundos até notarem o surgimento de uma enorme sombra sobre eles. Lentamente Will e Tentomon se viram, temendo ter que enfrentar um inimigo ainda maior e mais poderoso.

 

Blaze e Guilmon seguiam caminhando pelo corredor, que é idêntico ao corredor do térreo, abrindo e olhando diversas portas quando finalmente encontram a sala de reuniões do Hexágono. Ao entrarem no recinto, domador e digimon notam que, sobre a enorme e gigantesca mesa de madeira, havia uma pequena gaiola de ferro com um digimon aparentemente inofensivo de cor branca e com um triângulo vermelho desenhando na testa.

O digimon dormia, aparentemente cansado e ferido.

— Guilmon... Será que é aquele digimon?

— Sei lá. Vamos ver.

Ao se aproximarem do móvel, o garoto de olhos verdes e o digimon vermelho percebem sua altura. Por mais alguns centímetros, Blaze não conseguiria ver, e nem pegar, o que havia sobre a mesa. Lentamente para não assustar o digimon, o garoto pega a gaiola de cima da mesa e a coloca no chão.

O pequeno dinossauro estava curioso para ver o pequeno digimon e começa a cheirá-lo.

Culumon desperta.

— Guilmon... – balbucia, ainda atordoado, o deus-digimon.

Ao se dar conta da presença de um dos seus domadores, rapidamente se põe de pé, inflando suas orelhas, que se abrem como dois leques.

— Getúlio, Guilmon, que bom ver vocês, culú.

— Você é o Culumon, não é? – pergunta o garoto sorrindo.

— Sou!

Novamente acontece um tremor.

Guilmon dá uma cabeçada no Blaze, jogando-o longe e corre para o lado oposto carregando a gaiola com o Culumon.

— Ora Guilmon, você vai...

Um pedaço do teto cai no local onde eles estavam, para a surpresa de Blaze.

— Essa foi por pouco. Muito obrigado, Guilmon. Mas, você poderia ter avisado, né.

— Eu não tive tempo.

— Venha, Culumon. - diz o garoto pegando a gaiola - Não temos tempo a perder.

O domador e seu digimon forçam a tranca da gaiola até que consegue abri-la, libertando o pequeno digimon branco com sinais roxos nos pés e nas pontas das orelhas. Culumon rapidamente voa, com o auxílio das suas orelhas, e pousa sobre o ombro direito de Blaze.

Domador e digimon rapidamente saem correndo do enorme salão e seguem pelo corredor por onde tinham caminhando até chegar ali.

 

Will e Tentomon estavam frente a frente ao enorme digimon que havia espantado o bando de Picodevimons que queriam ataca-los. O sol impedia o garoto rechonchudo e seu digimon besouro mecânico de ver o digimon que estava na sua frente.

— Will?

A voz soa familiar ao garoto, que resolve arriscar um palpite:

— Victor?

O enorme digimon dá um passo para o lado e fica na frente do sol, deixando o caminho livre para que domador e digimon pudessem vê-los.

— Não precisa ter medo. Esse daqui é Metalgreymon. O nível Perfeito do Agumon.

O digimon de couro laranja com listras na cor anil, braço direito mecânico e capacete de metal, se abaixa e coloca seu domador na frente do Will.

O enorme tiranossauro cyborg regride para o pequeno tiranossauro amarelo.

— Pensei que fosse algum dos soldados do Hexágono do Mal. O que você veio fazer aqui?

— Estávamos de passagem, indo em direção a batalha, quando vimos vocês em apuros.

— Eu, Guilherme, Luiz Filipe e Blaze estamos procurando Culumon.

— Então vou ajudar também. Esse lugar é imenso.

Um forte tremor de terra acontece.

Will e Tentomon, Victor e Agumon seguem correndo em direção a porta principal quando veem Guilherme e Lilamon saírem de dentro do castelo.

Will e Victor param de correr.

— Guilherme?  - questiona o domador do Tentomon chamando a atenção do outro domador, que se aproxima - O que aconteceu? Por que essa cara?

 

Blaze, que estava com Culumon sobre o seu ombro, e Guilmon finalmente chegam ao final do corredor e seguem pelo estreito mezanino até o topo da enorme escada.

— Guilmon, – chama o garoto branco e corpulento – vamos procurar Guilherme e Lilamon. Eles estão aqui do lado. Vamos avisar que a gente já encontrou o Culumon!

O trio resolve seguir adiante pelo mezanino e entrar pelo corredor da direita.

Domador e digimon seguem gritando pelo nome do Guilherme e da Lilamon até que outro tremor, bem mais intenso, acontece.

Blaze, Guilmon e Culumon são jogados no chão, mas rapidamente se levantam.

— Vamos sair daqui Blaze, a gente ta se arriscando demais – diz o digimon vermelho.

— Também acho, culú. Guilherme e Floramon devem ter saído daqui.

— Está bem, então.

Humano e digimon seguiam correndo, enquanto o deus-digimon os acompanhava voando, até que, ao chegarem no final do corredor, percebem que as escadas haviam sido destruídas pelo último tremor.

— Que ótimo! – grita o garoto enraivecido – Se tivéssemos descido antes...

— E agora? – pergunta Guilmon.

Culumon pousa sobre a grade do parapeito.

— Vamos tentar achar outra saída! Com certeza deve haver outra escada em algum lugar.

Blaze e Guilmon dão a meia-volta e percebem que logo atrás deles estava um tiranossauro de cor anil da mesma altura que Growmon. Possui apenas as asas, garras, chifres, boca e barriga na cor branca. Na ponta do seu focinho há um chifre um pouco menor e mais fino, além de uma letra V em anil desenhada em sua barriga.

O domador saca seu digivice e rastreia suas informações.

 

Veedramon, um digimon no nível Adulto. Esse tiranossauro alado é dividido em duas classes: Vírus e Vacina.  Ataca seus oponentes com o Hálito V.

 

— Blaze!

O grito atrai a atenção do garoto, do seu digimon e do deus-digimon, que havia pousado sobre o parapeito do mezanino que levava a escada destruída.

Guilherme e Lilamon, Victor e Agumon, Will e Tentomon estavam na porta principal do enorme castelo.

— Olá! – acena o garoto – Eu e Guilmon encontramos Culumon! Ele está bem e a salvo.

— Ótimo! – prossegue o garoto alto e desengonçado – Agora precisamos sair daqui o quanto antes.

— CUIDADO!

O grito de Guilmon assusta os domadores que observavam do térreo, próximo à porta.

O pequeno dinossauro entra na frente do seu domador e recebe um forte soco do tiranossauro alado. Guilmon não consegue afrontar ao golpe e se esbarra em Blaze.

Domador e digimon caem de uma enorme altura.

— BLAZE!

O grito de desespero do Victor ecoa pelo salão principal do castelo de pedras.

 

Os bits do Piedmon que estavam espalhados pela atmosfera seguiam sendo absorvidos pelo Beelzebumon. Aos poucos, os pés do ditador que usa coturno se desprendem do chão e ele passa a levitar a aproximadamente três metros de altura.

— E ai, João – prossegue Alex – Não vai aproveitar esse momento de fragilidade?

— Pessoal vamos fazer o que ele disse. – brada João - Vamos atacar todos juntos!

— Será que isso vai dar certo? – questiona o garoto de óculos de armação preta.

— Eu não sei te dizer, Carlos.

Por um momento João vidra os olhos no ditador, que seguia absorvendo todos os dados soltos pelo céu. Seus digimons apenas observavam, igualmente espantados, esperando por uma ordem dos seus domadores.

— Vocês... – diz João retornando à realidade – Abert, Pastreli, Davi e Verônica. Quero que fiquem juntos e se protejam.

Os quatro domadores assentem com a cabeça.

— Se quiseres, - propõe o garoto negro que usa um moicano – Eu e Cyberdramon podemos protegê-los de algo mais grave.

— Obrigado, Mateus. - agradece - Mas, infelizmente, preciso de todos os digimons.

O garoto toma fôlego e, mesmo apreensivo, grita:

—HEI, VOCÊS! – os digimons que estavam no campo de batalha olham para João – ATAQUEM TODOS AO MESMO TEMPO!

Metalseadramon, Metalgarurumon, Saintgargomon, Ancientvolcamon, Grappleomon, Triceramon, Cerberumon e Cyberdramon avançam em direção ao Beelzebumon.

— Isso tem que dar certo! – pontua a garota baixa, magra e de cabelos volumosos.

Plotmon acorda assustada em seu colo.

— Cadê ele? O que ele fez contigo? Você está bem?

— Calma Plotmon. Tudo está bem agora.

A pequena digimon de olhos azuis percebe o corte na testa da sua domadora.

— O que foi isso, Verônica?

— Um cortezinho de nada!

— Foram eles, não foram? Os ditadores te feriram quando me atingiram? Eu vou lutar!

Plotmon tenta se livrar dos braços da Verônica, mas não consegue.

— Você vai ficar aqui! João e os outros estão cuidando disso.

Beelzebumon percebe o avanço dos digimons.

— Não me atrapalhem!

O corpo do ditador emite um brilho negro tão poderoso que lança os digimons no chão.

Triceramon e Cerberumon não resistem e regridem.

— Patéticos! – brada o ditador – É com isso que vocês querem acabar comigo?

Beelzebumon gargalha enquanto é envolto por um casulo de luz negra.

— Ele está evoluindo? – questiona Fernanda sem entender o que acontecia.

— Eu nunca ouvi falar na existência de um nível evolutivo acima do Extremo – pontua Solarmon, a digimon engrenagem de cor laranja.

Nesse instante, todo o céu do Mundo Digital passa a ficar negro.

 

Antônio estava montado nas costas do seu digimon dourado de mãos grandes, voando sobre uma densa floresta quando percebe o céu escurecer repentinamente.

— Hei, Koka. O que será que está acontecendo?

— Não sei dizer, Tonho! – responde Metallifekuwagamon – Isso pode estar relacionado aos ditadores.

— Será que os demais já encontram o sexteto beta?

— Acho que a maioria sim!

— A mensagem da Verônica nos poupou esforços.

— Olha... – interrompe o digimon - O que é aquilo voando no céu?

— Aquilo deve ser o castelo flutuante. Vamos lá, Koka? Pelas minhas contas ainda restam Piedmon e Beelzebumon.

— E mesmo assim você quer ir lá?

— Culumon deve estar sozinho! Alguém precisa salvá-lo.

— Entendido!

O digimon acelera sua velocidade de voo e segue até a ilha flutuante.

Ao voarem sobre a muralha que circunda o castelo e pousar em frente a porta, Antônio e Metallifekuwagamon veem o exato momento em que Blaze e Guilmon caem do primeiro andar.

O pequeno digimon branco voa para baixo enquanto o tiranossauro alado de cor anil caminha até o parapeito.

— Acabe com ele Koka!

O digimon dourado rapidamente voa na direção do inimigo com lâminas de luz saindo de cada um dos seus dedos-canhões.

— Corte Emitido.

O digimon Perfeito estraçalha o oponente que se torna milhões de bits soltos no ar.

Will, Victor, Guilherme, Antônio, Lilamon, Tentomon e Agumon correm até o garoto.

Guilmon lentamente se levantava do chão quando Luiz Filipe e Gaomon surgem do corredor esquerdo do térreo. Eles haviam caído poucos metros à frente do início do corredor térreo oposto.

— O que aconteceu? – questiona o garoto de cabelos negros extremamente lisos.

Luiz Filipe e Gaomon seguem saltando sobre os restos de madeira e pedra que formavam a escada para se aproximar dos domadores e digimons, que formavam um círculo e olhavam para o chão. Ao se aproximar ainda mais, domador e digimon veem Blaze caído e desacordado.

O sangue que brotava do corte na cabeça do garoto, lentamente criava uma poça de sangue no chão.

— Meu Deus do céu! – grita Victor em choque.

Antônio e Luiz Filipe rapidamente se ajoelham ao lado do Blaze.

O garoto de pele naturalmente bronzeada retira a camiseta que vestia e a utiliza para envolver a cabeça do domador ferido.

— O que vocês estão fazendo aqui? – questiona o domador do Metallifekuwagamon.

— João nos mandou resgatar Culumon. – responde Will – E como que você nos achou?

— Eu estava indo para o local da batalha quando vi o castelo e também tive a ideia de ajudar Culumon.

— Blaze... – balbucia o pequeno tiranossauro vermelho se aproximando o seu domador.

— É melhor ficar longe, Guilmon – diz Agumon se aproximando.

— Precisamos levá-lo o mais rápido possível para o Mundo Real. - pergunta o pequeno domador de cabelo loiro e rosto ainda infantil.

Antônio abre sua pequena sacola e retira algumas ataduras de lá, ajudando a fixar a camiseta que estancava o sangue da cabeça do Blaze.

— Ataduras? – questiona o domador de bochechas rosadas.

— É! Sou lutador de Kung Fu e uso nas mãos.

Antônio enfaixar a cabeça do garoto e Metallifekuwagamon o segura nos braços.

— Antônio, ainda posso te carregar nas costas – diz o digimon dourado.

— Galera. – diz o domador recém-chegado – Precisamos sair logo desse castelo e do Mundo Digital. A vida de Blaze corre sério perigo.

 

Beelzebumon seguia enclausurado dentro do casulo negro. A atmosfera de todo o Mundo Digital estava negro e tempestuosos. Raios cruzavam o céu e tocavam o chão.

Após regredirem, Gotsumon e Labramon correm até seus domadores.

Metalseadramon, Metalgarurumon, Saintgargomon, Ancientvolcamon, Grappleomon e Cyberdramon se recuperam e vão de encontro aos domadores.

— O poder do Beelzebumon está tomando todo o Mundo Digital. – pontua o garoto ruivo.

— Desgraçado! – diz João - Não vejo a hora de dar um fim nisso tudo.

O enorme casulo negro se dissolve no ar, revelando a nova face do ditador. Duas asas negras surgiram em suas costas, um grande canhão em sua mão direita e sua face tomou as cores da face do Piedmon: Preta e Branca com um coração vermelho desenhado na metade branca. Suas luvas são brancas e suas botas amarelas.

João checa as informações da nova versão do ditador.

 

Beelzebumon Modo Explosivo, um digimon Extremo. Após absorver os dados de Piedmon, ele teve um ganho de 30% a mais em seu poder, além de poder controlar as técnicas circenses do ditador que absorveu.

 

— Não mudou muita coisa! – ironiza João.

— Como que não? – questiona Leo assustado - Ele está trinta por cento mais poderoso.

— Vou dar um fim nisto tudo, agora!

O garoto caminha de encontro ao ditador que ainda estava deslumbrado com suas mudanças físicas. Metalseadramon o acompanhava pelo ar.

— HEI, BEELZEBUMON! – grita João atraindo a atenção do ditador – Vamos acabar logo com isso!

Beelzebumon lentamente toca o solo, agora calçando novas botas, e sorri:

— Como quiser, João!

 

Continua...


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