What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 29
Capítulo 27 (Vencer)


Notas iniciais do capítulo

Bem meninas, como vcs sabem eu tive alguns probleminhas essa semana e n pude postar na 1ª quarta, u faria como eu havia prometido. Postar na quarta da semana seguinte caso eu não conseguisse na primeira vez, mas resolvi acelerar esse processo pq eu to ansiosa por esse cap! kkkk :P
(...)
ASSIM NÉ, A THAIS SIXE, AQUELA LIIINDA, MUUUUUUIIIIITOOO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO! ♥♥♥
NEM ACREDITEI QUANDO EU VI! Eu morri de alegria!
(...)
obgd pelos comentários, apesar de eu não ter respondido dessa vez, (Ainda vou fazer isso *_* rsrs) Eu li todos e fiquei muito feliz com vcs!
Élle Goulart♥
Bella♥
Thais Sixe♥
Nah Swan♥
vitoriaquinn♥
♥Hellena Off (Prometo que vou tentar da uma mlehorada nisso D: rs)



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Boa leitura! *_*


Descemos as escadas e tudo o que eu imaginava era a cena épica que Alice Cullen pretendia, mas eu não estava nem um pouco interessada em fazer daquilo um filme Hollywoodiano. Ela provavelmente pretendia fazer daquilo o inicio de uma nova era para minha vida. "Bella finalmente assumi seu lado gata selvagem!" Mas as coisas não eram assim. Eu não estava na Disney, eu não era a Barbie. 
Desci as escadas rapidamente e evitei os passos de Princesas das minhas melhores amigas. Os meninos estavam na sala, brincando com suas gravatas. Jasper também estava ali. Eles nos olharam em expectativa. sem os encarar acenei e dirigi-me a cozinha. A escapada não fora muito sutil, mas funcionara. Até algum tempo. Não demorou e Edward veio até mim. 

Não havia palavras para descrevê-lo. Sua beleza era estonteante e surreal. Algo que fugia da imaginação. 
Ele usava um paletó preto aberto e camisa de seda branca. Corte italiano, dois botões sugestivamente abertos e o tecido fino do paletó. "Black tie descolado." Era tudo o que vinha minha mente confusa, pois seu rosto cintilava para mim. Com seus olhos verdes brilhantes e o cabelo louro encantador. Eu não encontrava nada que o descrevesse. Palavra alguma fazia jus a sua beleza naquele momento. Ele sorriu. 

-Tudo bem? - perguntou abrindo a geladeira. 

-Só estou com sede. -Falei tentando não demonstrar que precisaria de mais de dois parágrafos para descrever como ele parecia e como me fazia sentir e mesmo assim, não conseguiria isso. Ele riu. E me ofereceu um copo com água gelada.

-Aqui. -Disse. -Damon ligou. - O encarei ansiosa, tentando me livrar da vertigem.

-O que ele disse? 

-Está na sua casa, ele vai à apresentação. -Disse sorrindo. Não precisaria mais de ajuda para me esquecer de sua beleza estonteante. Lembrei-me que eu mal sabia qual musica tocaria. Não havia perguntado a Alice. Eu precisava fazer aquilo e logo.

-Eu sou louca! -Reclamei batendo a mão na testa.

-O que? -Me olhou como se eu fosse realmente louca.

-Sequer sei o que vou tocar. -Ele riu.

-Você sabe todas, treinou como uma maluca. Relaxa. -Ele me lembrou do treino e da preparação. Eu estava preparada.
Eu estava preparada, repetia para mim mesma.

-Ok, tem razão. - Edward riu de novo.

-Damon queria que fosse surpresa, mas achou ridículo que você realmente acreditasse que ele não estaria lá. Ele achou que você soubesse. - projetei o lábio inferior para frente.

-Eu acreditei.

-Por que você é uma boba. 

-Hey! -Reclamei. Edward ficou sério de repente.

-Acho que estamos atrasados, estrela da noite. -Fiz careta para o apelido. 

-Eles já foram? -Perguntei enquanto seguíamos pela sala.

-Sim. A propósito, Emmett disse que se ele não estivesse comprometido te pegava. -Comentou gargalhando desleixadamente. 

-Claro! -Reclamei. 

-Mas você está mesmo linda de perder o fôlego. Eu estou até preocupado. - Completou com um sorriso largo, me olhando nos olhos. Meu coração perdeu uma batida. Ele me achava mesmo linda? Enrubesci.

Andamos a passos largos e saltitantes Como idiotas.

-Boba. -Disse puxando minha mão.  

-Pare de me chamar de boba! -Reclamei alto como uma criança.

-Mas você é boba. - Declarou divertido.

-Não Sou! - Eu devia cruzar os braços, uma vez que a intenção era agir como uma garotinha mimada. 

-E chata. Boba e chata. -Me puxou, girando-me. Pisquei rapidamente e girei, um pouco embaraçada voltei para seu lado. Voltamos a andar normalmente e
Entramos no carro. O perfume de
Colônia exalou por todo o carro. O agradável aroma cítrico era ótimo. 

-Quer ir direto para o pátio ou ver se o Damon ainda está na sua casa? -Mordi o lábio em dúvida.

-Podemos ligar.

-Provavelmente ele já foi.

-Vamos direto para lá, então. Ainda tenho que conversar com os rapazes do acústico, ver qual a musica com a Alice e...-Parei de falar. Eu estava nervosa. Era idiotice, eu sabia. 
Estávamos ali apenas por ideia do Damon. Mas, estar ao lado dele... Nós saímos da garagem e eu liguei o aquecedor. O som de Kurt Cobain inundou o interior do carro. Suspirei para iniciar o silencio. Ele se concentrava na canção leve e na estrada ao mesmo tempo; eu me concentrava em não encará-lo tão deliberadamente. 

-Você está linda, sabe? - O elogio me lisonjeou e surpreendeu ao mesmo tempo, deixando-me embaraçada. 

-Você já disse isso. –Eu disse vermelha.

-Mas eu poderia um milhão de vezes. Ainda mais quando você cora.

-Uh... Obrigada. - Ele sorriu parecendo aturdido, mas sua expressão se aliviou. 

-Eu estou lindo? -Perguntou divertido. Fechei a cara.

-Não. -Falei tão definitivamente quanto o tamanho da mentira. Depois ri.

-Por que você está nervosa? -perguntou de repente. Arregalei os olhos.

-Não estou nervosa. -Respondi na defensiva. Ele riu.

-Sua tensão está me infectando. 

-Vou pedir para meu organismo se acalmar, quer? - respondi com ironia. 

-Seria bom. -Ele me olhou com um sorriso maroto erguendo a sobrancelha. -Está tão nervosa assim por causa da apresentação?

-Não. Já disse que não to nervosa. -reclamei. Ele revirou os olhos.

-Então é minha presença?

-Presta atenção na estrada Cullen.

-Com certeza é minha presença. -Não era a presença dele. Eu o estava esquecendo. Eu tinha ao Damon e ele era como um bálsamo. Ele era o que eu queria.
Eu não precisava do Edward.
O Cullen dirigiu, não insistindo na conversa e parecendo frustrado. Talvez ele quisesse estar com a Tânia, mas sua expressão era agoniada o que me atemorizava. 

-Tudo bem? -Perguntei enquanto estacionávamos no local relativamente cheio. 

-Bem... Só estou um pouco preocupado. -Ele riu sem graça. -Carlisle sempre me preocupa. -Disse frivolamente, ou melhor, pensei estranha, mentindo frivolamente.  

-Hmmmm. -Eu não estava disposta a insistir na verdade naquele momento. 
O céu se desprendia em tons cinzentos do azul escuro, não havia estrelas, mas nuvens, a típica noite desmotivadora. Todos estavam agitados, algumas pessoas andavam impacientemente, outras excitadas. Aquele era o tipo de coisa que não acontecia em Forks. Algo parecido com um evento, que tivera algo parecido com publicidade na cidade e nos arredores. Suspirei cética para aquele lugarzinho cinzento. Um homem com aparência rabugenta vendia cachorros quentes próximo a entrada do que eles gostariam de chamar de pátio para a apresentação, e uma mulher ao seu lado trazia consigo a caixa de refrigerantes. 
Agarrei a mão de Edward me sentindo nervosa e claustrofóbica. 

-Vamos? -Perguntei com a voz tremida. Ele me lançou um sorriso confuso e preocupado.

-Você ta legal? -Perguntou informalmente. 

-Sim. 

-ok, vamos encontrar o Damon.

-É. E meus pais.

-Verdade, mas eles devem estar juntos. -Ele usara um tom paternal para me informar, que me fizera rir de mim mesma.

-Verdade. -Respondi sorrindo. -E a Tânia? -Perguntei me aproximando do emaranhado de pessoas. Ele me puxou para mais perto, se enrolado na pequena multidão de baixo porte que ali se formava. Todos falavam e andavam apressados, todos ao mesmo tempo. Não pareciam incomodados com a situação, mas eu não acreditava que estavam confortáveis ali.

-Ela está me esperando. 

-Ela já esta no provador? 

-Provavelmente. Ela não pretendia se atrasar.

-Ah. Olha eles ali! -Apontei para os três de uma maneira desnecessariamente entusiasmada. Edward riu e acenou.

-Oi Bells! - Meu pai me abraçou impedindo-me de olhar para o namorado. Damon me encarava com um sorriso estranho e Renée se juntava a meu pai no abraço familiar.

-Você está linda Bella!- Charlie exclamou com encantamento.

-Parece tão mulher, a minha garotinha. -Renée completou com uma voz melosa. Aquilo era constrangedor. Charlie nos olhou com um sorriso forçado. 

-Eu também estou lindo e homem, dona Renée? Ninguém me elogiou ainda. -Edward disse procurando atenção. Renée sorriu.

-Não Edward, você está feio e feminino. -Damon respondeu. 

-Aah Edward você também está um gato -Renée apenas o defendia. Ele fingiu um olhar indignado.

-Bella! -Alice pulou do meu pescoço quase me derrubando. Eu estava vacilante com o salto alto.

-Aí Alice! -Reclamei.

-Eu te odeio e você sabe o Porquê. -Ela estava falando da cena que eu havia destruído. -E te amo por estar aqui. Precisamos ir para o provador agora! Vamos ter que fazer algumas últimas preparações, falar com os meninos e a Tânia já vai apresentar! Ela parece uma vaca, vestida em trapos mínimos. -Alice falava muito rápido e eu precisei me concentrar para acompanhá-la. Edward pareceu interessado em Tânia e Damon me abraçou quando Charlie me soltou. Minha mãe estava exultante. Todos eles ao mesmo tempo em suas reações.

-Ok, calma Alice Cullen. Eu já vou.

-Agora amor? Edward e eu combinamos que a princesa
Seria minha até o inicio do baile.-Damon sussurrou em tom de reprovação. Eu sorri.

-Tânia já vai apresentar? -Edward perguntou. Meus pais pareceram embaraçados ali. 

-Sim, cinco minutos para a primeira concorrente. Bella vamos! -Alice me apressou.

-Vai na frente Ally! - encorajei. Ela fugiu, puxando ao Edward. Meus pais deslocados, também se afastaram, deixando me finalmente sozinha com Damon. Ele me virou e eu sorri. Estava feliz em estar ao lado dele, Damon me fazia sentir em paz.

-Você está magnificamente linda. -Eu estava surpresa com os elogios. Definitivamente não estava acostumada com a atenção. 

-Obrigada. 

-De verdade, você está muito gata. - Eu ri, constrangida com o apelido. Suas mãos se apertaram em minha cintura, puxando-me para um beijo cálido. Ele me abraçou com força e minhas mãos seguiram para seu pescoço, intensificando. Normalmente eu estaria extremamente envergonhada por beijá-lo em publico, mas não Conseguia me importar quando ele em beijava. Ele me soltou, me encarando com um sorriso extasiado. 

-Esperei o dia todo para te ver.

-Eu também. -Falei por praxe. Damon me abraçou. Eu amava estar nos braços dele, me preenchia quando eu estava vazia. Dava-me forças para acreditar que eu era capaz, me tornava melhor, sem precisar me julgar. Ele era mais ou menos tudo o que eu queria. E era por isso que eu me detestava quando estava perto dele. Nós fomos interrompidos pelo inusitado casal do atleta e da revoltada. A atemorizante e sensual Jadde estava acorrentada, e não era uma metáfora, ao incrível e forte Jacob, que parecia inconsolável com a carranca da Bruxinha. 

-olá. -Sorri, pela primeira vez sem
me ressentir pela proximidade dos dois. Consciente de que estavam mesmo sendo obrigados. Jake sorriu honestamente para mim, elogiando-me.
Damon fechou-se em seu mundo doentiamente ciumento. 

-Oi Jadde. -Ela fez careta antes de me cumprimentar de má vontade. Jadde estava bonita. Um vestido parecido com o que eu usava, modelado por um espartilho roxo. As pernas longas eram enfeitadas por uma meia fina... E rasgada. Não era exatamente um enfeite. 
Franzi a testa para o visual agonizante dela. O cabelo liso e preto trazia todas as mechas esquisitas e a mesma maquiagem gótica, mas era inegável a presença de cores mais femininas, os delineados mais sensuais também participavam nas mudanças sutis em seu rosto. Damon pigarreou e Jadde o encarou com raiva, ele também pareceu aturdido pela clara falta de educação. 

 -Uh... Oi. -Ele cumprimentou apenas a garota, ela franziu a boca com um bico esnobe e o cumprimentou também de má vontade. Jacob riu. Às vezes o mal humor dela parecia engraçado, como uma criança quando não passamos muito tempo perto. 

-Uh... Oi Damon? -Jacob o fez em teor de provocação o que me irritou, uma leve onda de tensão pareceu nos invadir. Eu não gostava de assistir a rivalidade entre os dois. Era irracional.

-Se vocês começarem a brigar aqui, juro que vão apanhar. Está preso, Black. -A inabalável Jadde reclamou. Meu namorado franziu a testa.

-Eu não faria isso. -Jacob se desculpou com ela.-Desculpe Bella. Agente se fala depois. Damon mantinha a cara fechada e uma expressão nuviosa.

-Esse cara tem sempre que estragar tudo.

-Não é bem ele o culpado.- Me olhou amargo.

-Não sei o que está insinuando. Você quase o beijou! -Me xingou. Seu olhar trazia uma antiga magoa a tona. Eu nunca havia me sentido mal pelo quase beijo interrompido, nunca pensado em como Damon se sentia, mas era uma coisa completamente irracional, considerando que eu mal sabia se teria mesmo consumado o beijo e havia sido antes de sequer imaginá-lo como namorado. Era ridículo o ciúme dele.

-você sabe o quanto isso é ridículo Damon! -Xinguei. Ele me olhou magoado e saiu de perto de mim. Ele iria embora dali. Nao fazia diferença. No final da apresentação os alunos seguiriam direto para o baile e os outros estariam livres para o que quiserem. Senti um nó se formar em minha garganta. Aquela deveria ser uma noite de comemoração e não martírio. Eu queria que ele estivesse ali, sorrindo, mas Damon apenas se amargurava. Ao mesmo tempo que me entristecia eu sentia raiva, raiva por ele ser tão egoísta e ciumento. 
Caminhei desolada em direção ao palco, toda a excitação e ansiedade para vencer a Tânia havia se esvaído. Naquele momento a única coisa que me mantinha presa na decisão de continuar na competição era Alice. Nem mesmo a perspectiva de não mais ter de frequentar as aulas me deixava feliz.  

-Bella! Você esta muito atrasada! Que absurdo! -Ela reclamou. Tânia e suas amigas caminharam até o palco, fiquei nos bastidores assistindo tudo. Jason, antes que saíssem a encorajou com um Beijo e um tapa. Ela sorriu maliciosa e os dois subiram.

-Vamos Vamos! -Alice chamou e saiu para fazer alguma coisa, mas eu não tinha certeza.

-Ok -Duas líderes de torcida apareceram do nada, com um sorriso largo. Fiz careta. Eram gêmeas?

-Vamos! Meu Deus! Você é linda! –A menina disse me encarando.

-Nem me surpreendo ela entrou com os dois caras mais gostosos que eu já vi na vida! –As meninas estavam eufóricas. Uma delas fez uma dança estranha.

-E um deles é Edward Cullen. –Ela falou maliciosa. Depois me encarou em expectativa.

-Como se sente. –Franzi a testa, ela falava tão rápido.

-Me sinto nervosa? –Falei perguntando. Elas reviraram os olhos.

-Estamos falando sobre os gatinhos e o universitário. -Fechei a cara me lembrando da crise de Damon.

-Me sinto irritada. – Elas se entreolharam como se eu não estivesse falando inglês. Latim talvez.

-Ai meu Deus! Como pode?

-Ele não confia em mim. –Revirei os olhos.

-Tem razão. Andando com Jacob e Edward gostosões no meu pé, nem eu confiaria em mim. –Uma delas gargalhou.

-Jacob não está mais no meu pé... E Edward sem comentários.  – Elas riram.

-É por que você não viu como eles te olhavam. – Ela falou. Alice voltou de repente, trazendo consigo um violão, que definitivamente não era o meu, e me entregou. Fechei a cara para o rosa brilhante do instrumento. Os rapazes que tocariam comigo também estavam ali com seus instrumentos. Eles me cumprimentaram e não se preocuparam em me dar seus nomes ou perguntar o meu. Apenas sorriam me dando mais atenção do que normalmente dariam se Alice não tivesse recosturado meu rosto.  Eu estava horrorizada com a perspectiva de encarar aqueles rostos novamente, aqueles que sempre me rebaixaram e humilharam, tão ansiosa pelo momento. Meu estomago se revirava e eu me sentia nervosa. 

O som da apresentação de Tânia estava mais alto, chamando minha atenção. A letra combinava com seu EGO inflado, e sua eterna autoconfiança. Minhas pernas tremeram ao ver a plateia excitada com sua apresentação, eles cantavam e reagiam perfeitamente a música e ao êxtase da Tânia. Ela brincava e dançava nas roupas rosas brilhantes. A saia de Cheer rosa e preta. Gótico Patricinha? Ri ao pensar em alguém que não estava achando nada legal.

-Hey, gatinha, você ta bem? – Um dos rapazes da banda perguntou. Eu fiz careta com a clara diferença de tratamento, tudo por causa de um vestido. Eu sempre enrubescia com os apelidos.

-Estou ok. Ela é muito boa. –Falei tentando parecer natural.

-Aposto que você é melhor. –Um deles se intrometeu na conversa se aproximando. Alice deu um risinho. Ela sabia exatamente como eu me sentia.

-Eu tenho certeza disso. Com essa carinha de anjo. – Franzi a testa encabulada. Eu não estava gostando daquela atenção especial. As cheers com seus vestidos curtíssimos e cabelos  loiríssimos deviam ser mais interessantes. O guitarrista e o baixista pareciam concordar comigo e recebiam mais creditos delas do que de mim.

Tânia agitava os pompons, rosas metálicos. Aquilo havia sido arquitetado por ela? Suspirei. Estava tudo correndo relativamente tranquilo, quando lembrei me de que ainda não sabia qual música Alice Havia escolhido. Aturdida pedi a letra da canção. Ela me entregou a partitura com um sorriso bobo e os rapazes elogiaram a música.

Tudo estava na sua orbita normal, Tânia perderia, Alice seria a capitã e eu finalmente reconheceria que não tinha tanto medo de palco quanto pensava. Que o suor provinha apenas da agitação. Tudo aconteceria daquela forma se não fosse um único, terrível detalhe. Um detalhe que mudava tudo para todos nós. A música que Alice escolhera não era uma música velha, pois havia jogado todas no lixo. Era nova. A mesma canção que eu havia composto há pouco tempo. A última música escrita para Edward. Naquele momento eu soube que eu jamais seria capaz de tocá-la, mesmo que ele não estivesse ali, eu não podia me expor daquela maneira. Eu não queria. Não era apenas uma declaração, era como uma exibição da minha alma. Eu não me obrigaria àquilo. Eu não podia.

-A-Alice... –Falei sentindo o sangue do meu rosto fugir.

-Bella, seus lábios estão roxos púrpura! O que houve. –Ela falou estupefata.

-Alice eu não vou tocar isso. –Falei com a voz tremida e estertorada, um nó na minha garganta apertou-me, eu iria chorar. As lágrimas se formaram aos poucos nos meus olhos escorrendo pelo rosto.

-Ai Ally! Me diz que a maquiagem é a prova de água. –Uma das Cheers reclamou.

-Qual o problema? – Minha amiga falou atemorizada. A olhei irritada.

-Você sabia! –Gritei atormentada. –Você não devia ter feito Alice! – Eu estava revoltada. Seus olhos umedeceram-se. –Qual o seu problema? Eu não vou tocar essa porcaria! Já devia estar queimada! – Minha boca tremia e eu chorava desesperadamente.

-Bella! Calma! – Ally pediu. Os meninos começaram a me consolar completamente confusos. Assim como As lideres de torcida que pareciam horrorizadas.

Uma roda de aplausos, assovios e gritos eufóricos finalizaram a APRESENTAÇÃO DA Tânia terminou e eu já estava mais calma, mas não iria tocar a canção. Os locutores enrolavam no palco, mas ainda fazia parte. Alguns minutos para a segunda concorrente. Meus olhos provavelmente estavam um pouco borrados, mas não fazia mais diferença.

-Ally eu não posso fazer isso– Murmurei, decidia a não mais culpá-la. Eu Duvidava que ela tivesse feito  por antecipação. –Me desculpa. –Disse ainda chorando. Ally não discutiu, os olhos lacrimejados.

-Claro amiga. A culpa é minha. Me desculpa mesmo. –Eu não queria que ela se sentisse culpada. Seu choro aumentou. –Eu não fiz por querer! Eu juro! Eu não sabia Bella. Eu achei que você não fosse se importar. Foi há tanto tempo.      

-Calma Ally! Eu sei, eu sei! Eu falei sem pensar. De verdade, eu sei.  –Tentei consolá-la.

-É sério, eu só achei que era linda.

-Tudo bem. –Sussurrei me sentindo horrível por não mais me apresentar.

-Eu vou falar com os organizadores. –Ela não citou que Tânia venceria, mas eu via a decepção em seus olhos.

-Se Houvesse outra canção que agente soubesse. Não nos importaríamos de tocar, de verdade. –O baixista falou.

-É meio tarde. Tem que ser original, minha. –Um deles sorriu.

-Se soubéssemos pelo menos compor! –o rapaz reclamou. As meninas me olhavam acusadoras. Eu as detestei por isso.

-Tânia tem razão, sabe Bella. Você é mesmo uma perdedora. É só uma música!

-Ashley! –Uma das meninas repreendeu-a. Eu a encarei com mal humor e evitei responde-lá mal. Quantas Ashleys havia naquela escola?

-Cale a boca, menina! Você mal sabe o que tem nessa música. –O rapaz da bateria me surpreendeu com o modo como falou. Ashley riu.

-É claro que eu sei. É uma declaração de paixão para o melhor amigo dela. Que neste caso, é o Edward. –Falou com o nariz empinado. Levantei-me disposta a não me importar.

-A única perdedora é você, querida. Que está se escorando em mim porque não tem competência.

-Exatamente, mas se eu tivesse jamais seria tão covarde a ponto de abandonar minha melhor amiga apenas por medo. E não é só isso. –Ela me encarou desafiadora. – Não é? –Ergueu uma sobrancelha. - Tem a ver com vencer aquela desgraçada. Você pode fazer isso. E ainda ganha o Edward de bônus, talvez. É com você que ele vai terminar a noite de qualquer maneira.

-Eu não quero o Edward.

-Mas quer superar a vadia da Tânia. – A provável irmã gêmea de Ashley falou. –Não é só ajudar a Alice.

-Superar aquela puta? Querida, você nem precisa tocar para provar que é muito melhor. Não é obrigada a fazer isso. – O baterista falou.

-Ele não mentiu, mas ta te apoiando por que quer dormir com você. – Era um complô. O guitarrista também se uniu a eles. –Vai lá e arrebenta gatinha. Sério, você é linda e talentosíssima! Alice me mostrou sua gravação. Esse tal Edward só não ficaria exultante com a declaração se ele for gay, é sério! – Eu me sentia confortada, mas também pensava em Damon. Sentia-me traidora.

-Mas se ele for gay eu to aqui! –Eu ri do baixista desesperado. Ashley ou ... a irmã dela deu um tapa na cabeça do rapaz.

-Ela tem namorado! Presta atenção!

-Xiii, aí complica, Né? O cara está aqui?

-Ele me odeia. –Falei entediada.

-Opa! Eu não me importo em ser tapa buraco.

-Pode mentir. Fingir que é só uma música boba. –Começaram com algumas sugestões. Eu odiava ter minha vida secreta sendo discutida por estranhos, meu estomago se revirava com a ideia e eu apenas sentia vontade de chorar.

-Eu não vou tocar! –Gritei exasperada. Todos se calaram e me encararam com olhos assustados.

“Com a possível desistência da segunda competidora, digamos nada surpreendente depois dessa apresentação... Tânia denally passará a ser a nossa grande vencedora! E definitivamente, nossa capitã do time das líderes de torcidaaaa!!!!  Merecidamente Tânia, você arrasou nesse palco. Mal culpo a pequena covarde por sua decisão!” –

Aplausos e vaias se difundiram em um som terrível. O rapaz falava euforicamente, me fazendo sentir inútil e covarde. 

-Ele exagerou ao falar de você, hein? –O guitarrista falou.

-Deixe a em paz, cara! – O baterista, que eu gostaria de saber o nome, me abraçou me fazendo sentir medrosa.

-Eu estou lendo a mente dele, Bella, ele quer muito sair do atraso. –O cara riu envergonhado.

-Para com isso! –Ele reclamou. Eu me soltei disfarçadamente do abraço.

Eu sempre soube que ela não tocaria. A menina sempre teve muito medo de mim. Na verdade, eu me sinto mal por ela. Gostaria que ela tivesse a chance de tentar. Eu realmente gosto dela, apesar de não ser recíproco. Faltam apenas dois minutos. Venha Bella, você ainda tem chance de concorrer. ”

A voz de Tânia me enojou. Os meninos franziram a testa revoltados.

-Que garota metida! Não chega nem aos seus pés. Aqueles rapazes faziam qualquer infeliz covarde se sentir bem. Alice apareceu ofegante.

-Oi Bells! Me Perdoe. Eles disseram que não estavam interessados em desculpas. Está sendo tão agressivo porque eles não aceitam muito bem, principalmente em cima da hora. –Ela não queria se referir ao fato de eu ter desistido diretamente.

-Eu é que peço desculpas Alice.

-Devia mesmo. –Ashley reclamou. Eu não queria brigar com a menina, mas ela de repente se levantou. –Você é ridícula! Me da pena! Vai deixar aquela vaca te vencer de novo, ficar chorando pelos cantos achando que alguns garotos com palavras bobinhas resolvem seu problema. Todos, exatamente todos estavam confiando em você, a maioria querendo te ver perder. Outros já vacinados contra seus vômitos. –Ela riu. –Até fizeram uma aposta contra a nerd dos Cullen. – Eu me levantei diante da menina desvairada.

-Eu não vou aceitar isso! Cale a boca! Eu não vou tocar! Não finja que está preocupada comigo. Só quer que Alice seja a capitã. –Ela revirou os olhos e tocou meus ombros.

-Isso não faz nenhuma diferença para mim. Você tem mais 1 minuto para ir lá e dizer que vai vencer aquela vadia. Eu vi você ser humilhada por elas durante anos, e o pior é que eu acreditei que um dia você se levantaria! –Seu olhar pareceu persuasivo. –Ele não vai se importar. Ele não é o centro do mundo. Nem do seu mundo! Vença, não desista agora.

“Ok... Está consumado, contagem regressiva dos últimos vinte segundos. 20... – Todos o acompanharam na contagem, gritavam o nome de “Tânia” em coro. Um bolo se formou na minha garganta. Pela primeira vez em minha vida entendi o significado de “agora ou nunca.”

-Estamos prontos, gatinha. –O guitarrista disse com um sorriso. Eu os encarei petrificada. A cortina que nos separava da entrada para técnicos ao palco estava aberta, enquanto assistíamos tudo por ali.

10... 9.... 8... 6  A contagem regressiva devia ser para tornar tudo mais assutador.

-Vamos lá! –Gritei horrorizada e indecisa quando eles proclamaram o número quatro. Alice disparou para avisar, Ela entrou no meio do palco, pela cortina, surpreendendo alguns seguranças incompetentes que estavam ali de enfeite. Não era um evento de grande porte...

Os rapazes comemoravam pegando seus instrumentos.

“Esperem! Só tivemos um imprevisto! Não foi desistência! Vocês são loucos!”

Alice os acusava desvairadamente. Eu não acreditava no que tinha dito. Eu não estava pronta. Eu não cantaria para Edward, eu namorava ao Damon, eu não podia. Eu estava tentando entender por que tinha proferido aquelas palavras malditas.

-Vamos lá, gatinha. Fica tranquila. -Ele podia para de chamar daquela maneira. Eles agarraram a minha mão e fomos até a entrada dos “artistas” Eu subiria num palco pela primeira vez. E pior, para cantar a canção que eu jurei nunca mostrar a ninguém. As duas cheers maluquinhas e metidas estavam atrás dos rapazes. Quando chegamos à entrada do palco e eu travei.

-Eu não posso. –sussurrei horrorizada.

-Cale a boca! –Uma delas me empurrou para frente das cortinas e todos estavam ali. Eu sabia que era irredutível. Todos estavam tensos com o atraso do evento. A plateia não era grande, mas suficiente para me fazer enjoar. Edward estava ali na frente com um sorriso largo me encarando, os braços de Tânia envoltos em seu pescoço. Eu não podia mais desistir. Meus olhos lacrimejaram. Eu sabia que não podia mais voltar atrás e me amaldiçoei. Os rapazes me beijaram no rosto antes de se ajeitarem com os instrumentos.   

Apenas o locutor falava divertido, alterando algumas de suas declarações humilhantes. As vaias cessaram. “Não vomita em mim dessa vez!” Eu podia notar a voz feminina iniciando o coro. Era terrível.

-Você pode fazer isso, bobinha. – O baterista sussurrou no meu ouvido. Eu sorri, mas por dentro eu estava chorando. As lágrimas ainda estavam no meu rosto denunciando meu nervosismo. Tudo em mim tremia, como um doente, minhas pernas balançavam terrivelmente.

-Vamos lá, gracinha! Você já atrasou o suficiente. – Eu ri sem graça.

-olá pessoal! –Disse no microfone. Eles estavam impacientes. Eu não podia enrolar mais com aquilo. –Vocês já devem estar cansados de tanta espera, não é? –Eu definitivamente não sabia o que dizer.  Eles confirmaram com gritos e exaltações. – Tudo bem! – Eu ri nervosa. –Pelo menos dessa vez eu não vou vomitar, eu acho. Meus olhos lacrimejaram e eu não conseguia cantar. Ajeitei o violão rosa brilhante no meu colo, afinando o no tom certo para a canção. 4 acordes. Os rapazes começaram denunciando a influencia pop na canção. Eu diria que era uma das menos.

Eles repetiram a introdução varias vezes antes que eu me sentisse capaz de proferir algo.

-You're on the phone with your girlfriend, she's upset. – A voz grossa e rouca me surpreendeu e horrorizou ao mesmo tempo. Eu comecei devagar, testando a canção.

she's going off about

Something that you said

She doesn't...  get your humor... like i do…

Naquele momento eu ainda me arrastava nas palavras, mas minha voz parecia normal, talvez um pouco rouca.

AndI'm in my room

It's a typical Tuesday night

I'm listening to the kind of music

She doesn't like

And she'll never know your story

Like I do

você é linda!” Eu sorri ante ao elogio inesperado.  Eu tentava não pensar no que estava cantando. Eu tentava me concentrar nos acordes, tentava não pensar em Edward. Eu não podia pensar nele. Aquela era apenas uma canção, não importava o que significava para mim.

But she wears short skirts, I wear t-shirts

She's cheer captain, and I'm on the bleachers

Dreaming about the day when you wake up

And find that what you're looking for

Has been here the whole time

O pré-refrão me animou. Eu podia fazer aquilo. Não importava o que Edward pensasse. Alice iria vencer, ela seria a capitã das líderes de torcida.

If you could see

That I'm the one

Who understands you?

Been here all along

So why can't you see?

You belong with me…

You belong with me..

Não importava a letra. Não importava o significado. Ele me pertencia no coração.  Ficassemos ou não juntos. O que não aconteceria. Eu sabia.

Walking the streets

With you and your worn out jeans

I can't help thinking this is how it ought to be

Laughing on a park bench thinking to myself

Hey, isn't this easy?

And you've got a smile

That could light up this whole town

I haven't seen it in a while

Since she brought you down

You say you're fine

I know you better than that

Hey what you do with a girl like that

But she wears high heels

I wear sneakers

She's cheer captain

I'm on the bleachers

Dreaming about the day

When you wake up and find

That what you're looking for

Has been here the whole time

If you could see that I'm the one

Who understands you?

Been here all along so why can't you

See, you belong with me

Standing by and waiting at your backdoor

All this time

How could you not know baby

You belong with me

You belong with me.

Oh, I remember you

Driving to my house

In the middle of the night

I'm the one who makes you laugh

When you know you're about to cry

And I know your favorite songs

And you tell me about your dreams

Think I know where you belong

Think I know it's with me

Can't you see

That I'm the one

Who understands you

Been here all along

So why can't you see?

You belong with me.

Standing by and waiting at your backdoor

All this time

How could you not know baby

You belong with me

You belong with me.

You belong with me

Have you ever thought

Just maybe

You belong with me…

You belong with me...

Eu havia conseguido! Agarrei o microfone com um sorriso enorme. Não importava mais se eu havia vencido ou perdido! Eu havia conseguido.

-Eu disse que você conseguia gatinha! -os meninos me abraçaram, seguidos por Alice e suas duas amigas cheers. Gritos eufóricos vindos do palco e da plateia me animaram. Confirmaram-me o que eu precisava saber, não importava a vitoria. Eu havia vencido a mim mesma.

-Parece que ela é perfeita! Nunca vi voz tão linda! Você pegou emprestada dos anjos? – O locutor me elogiou fazendo-me corar, e batendo o recorde naquela noite. –Ela cora! Não é um amor? –O baterista tirou o microfone dele.

-Não era a covarde? –Ele ficou levemente contrangido.

-Me dá isso aqui!–Tomou o microfone com falta de educação. Eu ri, junto com a plateia.

-Talvez devêssemos anunciar agora a vencedora. Eu confesso que estou embaraçosamente indeciso. Vou diexar essa decisão para você por que eu não vou votar! – Ele disse subindo as mãos.

-Eu vou votar em você se sair comigo! –Eu senti raiva e diversão ao ver o rapaz que havia me jogado no lixo, na frente da plateia gritando aquela bobagem. Tânia subiu no palco e eu sorri para ela.

-Pode me dar o microfone? –Pedi ao locutor.

-Claro! Pode dizer o que quiser! –Sorri.

-Bem, antes eu só queria agradecer a Tânia. A Verdade é que eu realmente não ia competir. Mas, na última hora, quando ela me chamou eu me senti completamente encorajada. Muito obrigada Tânia! –Sorri, virando-me para a figura irritada da Tânia. 


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Notas finais do capítulo

link da tradução do letras mus ¬¬ (meio tosca as vezes)
http://letras.mus.br/taylor-swift/1372185/traducao.html
Espero que tenham gostado do cap q foi dividido... Em uma parte sugestiva, né... kkkk (n me odeiem.. :P)
Minha irmã fez a última postagem e eu achei ela muito fofa! kk Até falou como eu *_* kkk O que vcs acharam?
O único problema foi que ela postou vários capítulos, e os comentários ficaram divididos (ou ocultos).Por isso ainda n foram respondidos. :(
rsrs bjksssss