What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 26
Capítulo 24 (Confusão Extrema)


Notas iniciais do capítulo

Desculpem galera! Essa demora absurda néh? ...
Nem sei se ainda tem alguém que lê essa fic :(
Espero que v6 gostem deste cap! X.X
Ah! queria dar tbm um alô as novas leitoras!
Vitoria Quinn
E a Raphaela Belmonte!
*That's what you get" sugestivamente em uma cena perfeita! kk* ^_^



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POV BELLA (What If ? Capítulo XXIV)


Caminhei lentamente pela sala perguntando-me, por que estar tão nervosa? Tudo me parecia estranho naquele instante. No apartamento do Damon as paredes foram limpas, o piso cuidadosamente encerado e os móveis lustrados com zelo. Eu também me confundia com toda aquela preparação. Era apenas um jantar, afinal.
E Stefan não tardaria em sua chegada, trazendo consigo mais um problema para eu e Damon. Já havíamos tido mais de duas brigas causadas apenas pela assombração da Elena. Na primeira vez Edward estava lá para nos aplacar, mas da segunda não nos falamos por dois dias. Dessa vez fora Damon. Insistindo para me irritar, usando artimanhas para me fazer entender que minha insegurança tinha fundamento. Ele parecia gostar de me ver com ciúmes da Elena. Um ponto de vista Muito infantil.

Rodei mais uma vez irritada pela sala. Edward também estava ali com um sorriso malicioso. Vez ou outra me lançava um olhar de deboche. Ele estivera atormentado pelo Damon antes, mas agora parecia estar se divertindo. Revirei os Olhos. Damon, por fim, era o único que ainda não se encontrava na sala para receber os convidados.
Aquele dia estivera sobre nossas mentes por algum tempo. Deixava-nos tensos e irritáveis e, ali quase parecia uma consumação.
De repente passos lentos se fizeram presentes no hall. Olhei direto para meu melhor amigo, ele devolveu o olhar com uma expressão tranquilizadora e um sorriso gentil. Meu estômago se revirou e doeu. Tomei uma respiração forte tentando me livrar da sensação, mas apenas piorou tudo, como quando reprimimos um bocejo.*
Senti meus lábios se ressecarem e a porta se abriu. Esperei um grito de terror, mas apenas Damon entrou com um sorriso forçado, depositou um beijo em minha face e sentou-se despreocupado no sofá. Franzi a testa aliviada e me sentindo boba por ter me desesperado. Edward riu.

–Agora vamos esperar o veredicto. -Atestou com humor. Revirei os olhos. Damon também riu.

–Eles já estão atrasados. -Falou com naturalidade, mas eu podia ver a revolta em sua voz. Depois de tudo o que Stefan aprontara, voltar para sua casa era como uma afronta. Edward piscou para o amigo com um sorriso camarada.

***

Passados se alguns minutos depois de nossas especulações à situação Stefan entrara. Surpreendendo nos ele não estava com a Elena, desculpou se pelo imprevisto alegando que a namorada não tivera coragem para continuar, ele também se irritara pela insinuação de Edward sobre a menina não passar de uma covarde. Tudo isso passava-se em segundo plano para mim, que só conseguia pensar no quão extraordinariamente bonita Elena deveria ser. Com seus belos olhos azuis e os cabelos dourados e brilhantes, com a pele bronzeada por viver viajando e o corpo esbelto e bem provido. Só podia pensar no contraste que faria comigo, cabelos marrons e opacos, cachos mal feitos, um corpo não totalmente proporcional e uma pele cheia de acne. Bem, perdida em meus próprios pensamentos e nervosismo não percebi quando Stefan confessara que Elena estava apenas no carro e no final a única coisa que ouvi foi um "Vá buscá-la." pronunciado por um Edward irritado e irônico. Damon o encarara apavorado e Stefan desceu as escadas do apartamento esboçando um sorriso cruel. Foquei-me no que estava acontecendo e me apavorei. Tudo estava errado. Edward queria ferir a Stefan ferindo Elena e Stefan, por sua vez desejava ferir o irmão expondo sua namorada e sua felicidade.

Fiquei ali encarando lividamente a cena, sentia me pálida, como se eu pudesse prever minha descoloração. E então a Elena estava de volta. Ela entrou pela sala com Stefan ao seu lado e eu me surpreendi. Parada ao seu lado não havia uma mulher esbelta e invejosamente linda. Havia uma menina, pálida, extremamente magra, tão magra que se podia notar os ossos das articulações, aspecto doente e uma expressão triste, vestia um casaco de pele marrom, jeans desbotados e perto dela eu quase poderia parecer saudável. Se eu não fosse branca como um cadáver. Ela tinha os fios enrolados, mas opacos como os meus, emoldurando o rosto limpo e de traços aristocráticos que contrastavam com sua postura e maneiras de doente. Edward a encarou horrorizado e Damon da mesma maneira, mas de uma forma mais dolorosa.

–Oi - falou alto, mas extremamente constrangida, era claro que se sentia muito embaraçada e o rubor confirmava isso.

O pequeno jantar se seguiu cheio de insinuações e acusações implícitas, algumas cenas dolorosas de Damon e Elena. Os dois em alguns momentos trocavam olhares agoniados e acusatórios e, mesmo em Elena podia se vir a magoa, o que era estranho para mim.
Edward parecia embaraçado e condescendente com ela, e mesmo eu, diante de sua aparência franzina, não podia tratá-la rudemente por mais que quisesse.

~*~

Depois do jantar tudo pareceu diferente. Eu e Damon havíamos brigado duas vezes.
Na primeira por seu comportamento ante a presença da Elena.
Na segunda por Jacob.
Jacob havia perdido uma aposta onde ele e Jadde seriam obrigados a irem juntos ao baile. Uma aposta ridícula feita com Caroline, a menina de cabelo rosa. E eu havia brigado com ele por isso. Jadde me odiava.
Damon por sua vez, atribuiu minha revolta como ciúme do Jacob e criou uma bela história dramática.
Felizmente aqueles pequenos contratempos já haviam sido superados e naquele momento eu me torturava tentando escrever algo decente para a apresentação no grande baile.

O problema era que nada saía. Minha mente não trabalhava naturalmente. Quer dizer, uma grande música não aparecia de repente. Ou talvez surgisse, mas eu não tinha tempo para esperar a boa vontade da mãe natureza.
Eu precisava de uma canção nova até o dia do baile ou simplesmente teria que cantar algo velho.
E eu estava cansada de coisas velhas. Velhas como meu amor não correspondido, velhas como meu violão, velhas como minha falta de confiança em mim mesma.
Tudo velho.
Folheei a música e para mim ela parecia horrível. Não saia nada da minha mente.
As rimas pareciam infantis, óbvias, os acordes não estavam harmonizando e vez ou outra, eu me deparava com uma deliberada semelhança com outra canção.

No dia seguinte, já no inicio da aula Tânia e seu clã, junto a Alie treinavam um novo passo para o time das lideres de torcida.

Tânia corada, com suas pernas longas e grossas fazia a ameaça da Elena quase cômica, e perto dela e Edward minha insegurança era boba. Tudo conspirava contra mim e meu sentimento. O vento balançando os cabelos dourados, usando roupas esportivas de inverno, com a barriga lisa amostra, seus gritos alegres e os olhares cobiçados dos meninos para ela e suas amigas. Naquele fim de mundo, ela não se parecia com aquele lugar, eu sempre acreditei que não pertencia a Forks, mas às vezes notava que o título pertencia muito mais a Tânia do que a mim. Talvez eu não devesse mesmo desmascarar a Tânia para o Edward. Eles pertenciam um ao outro, em suas belezas, conexão, atração perfeita. O pensamento me deixou enjoada. O garoto que eu amava e tive que desistir por sua causa, com minhas amigas que já estiveram ao seu lado, com a minha vontade de sumir de Forks para nunca mais, e agora, ate com minha música ela queria me vencer, roubar o meu título. Com o pensamento mesquinho segui erguendo levemente o queixo para Tânia e suas amigas e me dirigi ao banheiro. Em quesito aparência era quase cômico nossa diferença e para mim, quanto aquilo não havia muita coisa que eu gostaria de fazer. Meu rosto era tão anti natural. Com aquela pele cheia de acne, por que meus cabelos não podiam ser brilhantes? E aqueles óculos, parecia bobagem tirá-los se eu era tão feia e mal tratada. Estava decidida a não contar mais ao Edward sobre Tânia, eu sabia que a gravidez da Rosalie se pronunciaria, mas isso não ia significar mais nada. E mais fraca ainda decidi não competir mais na audição. Stefan estava comigo. Eu seria cantora, eu não precisava mais vencer a Tânia.
Eu só queria fazer tudo aquilo por Edward, mas dessa vez seria diferente. Eu desistiria por que não havia mais motivos para brigar. Era uma luta perdida desde o inicio. Decepcionada, andei louca para sumir daquele corredor, recebendo algumas críticas e piadinhas. Naqueles dias eu sentia que os alunos preferiam me maltratar quando eu já estava péssima. Torcer a faca na ferida.
Entretanto era bobagem, se eles não podiam ler pensamentos.
–Hey Swan? - Olhou-me um garoto do time do futebol. Franzi a testa e lancei o meu melhor não sorriso.
–Uh... Sim? -Perguntei intimidada pois, naquele dia já havia sofrido alguns insultos e empurrões.
–Esses caras são uns manés, né? -Não soube o que responder por que, duvidava que ele estivesse mesmo se importando e odiava me sentir digna de pena.
–Acho que sim. - disse quase gemendo de tão impotente, depois fingi um sorriso tenso. Tudo em mim era tenso. Ele sorriu despreocupado.
–Sabe, estamos fazendo uma campanha de recolher o lixo da escola. -Franzi a testa.
–E...
–E achamos que você é perfeita para nos ajudar a começar. Sabe, todo mundo Aqui parece não se importar com as pessoas, não acha? -Outros meninos se aproximaram sorrindo. Eles eram fortes e grandes, me alarmavam. Entre eles, estava também o Jason e eu me irritei. Procurei por Edward ou Jacob ou qualquer pessoa conhecida, mas não havia ninguém, perguntava-me também o motivo por se interessarem pelo lixo. Estariam tentando passar uma melhor imagem para a escola? Altruísmo eu já havia deletado da lista desde que entrei no ensino médio.
–Eu não sei se eu posso ajudar. - Desculpei-me desinteressada. Os meninos riram.
–Tenho certeza que pode. -irritei-me. Dei um sorriso afetado e os encarei, demonstrando minha má vontade.
–Ok. - completei.
–Vai nos ajudar? -Revirei os olhos.
–Sim. - suspirando esperei, mas me amedrontei. Tânia apareceu com um sorriso cruel e os meninos me levantaram. Esganiçada gemi para que me soltassem, mas eles não se importaram, com violência me prenderam infinitamente mais fortes que eu, e me levaram para algum lugar. Quando comecei a gritar eles tamparam meus lábios e provavelmente ninguém pensaria naquilo como algo mais importante que brincadeiras de colegiais. Muitos adolescentes pararam para ver a cena. Horrorizada e chorando assisti-me ser levada para a lata de lixo industrial e jogada lá sem nenhum cuidado. Eles riram incessantemente e Tânia os agradeceu, beijando-os na face. Eles continuaram rindo e recitando frases horríveis e ofensivas para mim. Fiquei ali cheirando a lixo, sentindo a água imunda em mim. Solucei mais ouvindo os gritos maldosos deles. E então não aguentei, chorei descontroladamente, inconsolável eu chorei. Chorei tudo o que tinha para ser chorado, quase ficando desidratada. E quando pensava que estava melhor mais sentimentos confusos e pensamentos dolorosos e humilhantes me faziam chorar mais. Tudo era horrível. Não havia necessidade de tanto ódio, raiva. O que eu havia feito afinal? Eu não havia escolhido nascer com um rosto horrível e havia meninas piores que eu. Então qual era o motivo? O que Tânia tinha que as outras não podiam lutar contra?
Chorei ainda mais. O dia se fechou e eu estava chorando na lata de lixo, correndo o risco de adoecer, sentindo frio e chorando compulsivamente.
–Bella! -Uma voz conhecida gritou ao fundo, me fazendo tremer de vergonha e soluçar mais. Não respondi e tentei inutilmente segurar o choro. Eu sentia tanta raiva de Edward por namorar a Tânia e me odiei por ao menos pensar em permitir aquela barbárie, quase sorri por ter o namoro deles em minha mão. Provavelmente ele não fazia idéia da atitude da Tânia, mas era melhor que não soubesse. Eu destruiria a Tânia por completo, de uma vez só. Mais uma vez ele gritou por mim e chorando toda minha dor, raiva e humilhação eu não respondi, estava tão triste e humilhada. Tudo o que eu menos gostaria era ser vista no lixo ali, chorando e fedendo.
Tudo foi inútil. Em segundos, guiado pelos meus soluços o Cullen enfiou a cara por dentro da lixeira e me encarou pálido. Seu olhar era horrorizado e magoado, impelida pela dor e humilhação uma nova crise de choro me abalou, uma crise histérica. Talvez tão horrorizado quanto eu, ele não se pronunciara. Me puxou pelo ombro sem se mostrar incomodado pelo cheiro de lixo e me embalou como a uma criança. Continuei chorando, doendo, sem saber como me ficar sã novamente. Me sentia humilhada e isso, só a revanche para curar. Eu não gostava da sensação boa de ser protegida por que com ela vinha a certeza de que não conseguia me defender sozinha. E então chorei de novo. E de novo. Eu podia imaginar quão terrivelmente assustado ele estaria.
–Ai Edward! - solucei. Sabia que ele estava confuso e triste, sem saber o que estava acontecendo, mas não me sentia pronta para contar.
–Vou te levar para casa. -Cochichou. E então eu chorei mais. Eu não queria voltar para casa e ser vista daquele jeito. Somente ele era suficiente. Ele balançou negativamente a cabeça e me afastou levemente dos seus ombros para me encarar. A duvida corroeu sua expressão.
–O que está acontecendo? -Eu não queria olhá-lo nos olhos e odiá-lo pelo que Tânia fizera.
–Não me leva para casa, por favor. -Consegui sussurrar escondendo os soluços. Ele foi compreensivo e apenas sorriu, emoldurou me em seu peito e me levou em direção ao Volvo. Aquele devia ser o maior sacrifício de sua vida. Sujar o precioso carro. Ele fez careta e engolindo minha tristeza eu ri. Ele também sorriu largamente para mim e limpou o meu rosto. Passados alguns minutos dirigindo pela estrada, e quanto eu tentava não me concentrar nela, ele me olhou interrogativo. Mordi o lábio envergonhada.
–Diga-me o que aconteceu. -Falou sério.
–Nada. - Cortei. Ele apenas se virou para a estrada me surpreendendo e aliviando-me. Eu não queria conversar sobre tudo aquilo, me sentia burra, idiota, uma completa fracassada. Edward suspirou.
–Onde? - Perguntei preocupada. Ele sorriu.
–Minha casa. Há roupas limpas e nenhuma alma viva.
–O que houve?
–Eles foram brincar de casinha em algum restaurante de Seattle. -Respondeu ressentido.
–E por que está aqui?
–Bem, senti que seria horrível a maldita viajem e passei na sua casa para te pegar, mas seus pais achavam que estava conosco, o que foi terrível, daí avisei que não iria e vim te procurar.
–Mas na escola?
–Bem, era isso ou aceitar que você tinha se perdido numa mata... -Fiz careta pensando nos meus pais.
–Meus pais devem estar preocupados.
–Eu disse que você estava com a Rose, achava que estivesse em Port Angellis.
–Hmm Obrigada.
–Confia em mim, agora? -Perguntou serio e inicialmente eu não entendi. E quando percebi, me lembrei de tudo e a nova onda me humilhação me apunhalou e ridiculamente, chorei mais uma vez. Eu não conseguia controlar o nó preso em minha garganta que impulsionava soluços altos. Edward se desesperou mais uma vez, olhava-me terrivelmente apavorado.
–Bella! - Exclamou preocupado. Tentei balbuciar que estava tudo bem, mas nada coerente saia da minha boca.
–Desculpe. - com a voz embargada pelo choro, reclamei enjoada de mim mesma.
–Pelo o que? O que houve? - Clamou novamente muito confuso.
–Eles fizeram aquilo comigo. -Confessei completamente envergonhada, me sentindo um lixo, como eles disseram.
–Eles quem, Bella? Por que?
–Não há uma razão! Um porquê! -Gritei com ele. - Eles me odeiam, Tânia me odeia! Aquelas idiotas me odeiam! E eu não fiz nada! -Desabafei me arrependendo imediatamente. Não era para ele saber sobre a Tânia ali. Edward me encarou pálido.
–Tânia? -Perguntou me com o cenho franzido e a voz grave.
–Não. Ela só me odeia.
–Qual a ligação dela? -Perguntou-me sério.
–Nada. Eu não sei! -Não pareceu convencê-lo, mas ele pulou.
–O que houve?
–Eles disseram que ali era o meu lugar. Foi um trote de mal gosto.
–E você acreditou neles?
–Não! Só queria ter me defendido. -Murmurei temendo chorar novamente.
–Bando de idiotas! - Gritou, batendo no volante e estacionando o carro bruscamente. Estávamos na propriedade deles.
–Edward? -Falei assustada. Ele me olhou com raiva.
–Mas isso é revoltante mesmo! Ridículo! Não consigo nem pensar em uma justificativa!
–Acontece nas melhores escolas. -Murmurei envergonhada de novo. Eu era uma fraca, digna de pena. Eu não gostava que sentissem pena de mim. Ele me olhou enjoado.
–Você pode processar a família daqueles... -Ele prendeu a boca evitando palavrões piores.
–Eu posso tomar um banho. Vou para o quarto da Alice.
–Quer dormir aqui? -Perguntou me acompanhando até a entrada. Eu ainda me impressionava com o jardim magnifico deles e principalmente com o chafariz rodeado por pássaros.
–Não. -Sorri agradecida.
Entrei no quarto ansiando pelo banho, um par de óculos pois os meus haviam quebrado no lixo e claro, roupas limpas. Ao mesmo tempo me sentia mal, Dependente, uma infeliz. A hospitalidade e carinho dele me faziam sentir pena de mim mesma. Belo fim, auto piedade.
–Aquele seu vestido que você sujou de lama está na segunda gaveta no closet. -Ele falou alto.
–Ok.
–Janta comigo? - Perguntou entrando no Closet.
–Não. Da última vez eu acabei chorando numa varanda e cantando para um bando de idiotas.
–Hey! Eles também eram gays. - Eu ri com sua observação.
– É verdade. - encarei o espelho gigante que estava ali e me arrependi de tê-lo feito. Estava horrível, imunda, amassada e meu cabelo parecia um ninho de ratos.
–OMG! -Reclamei. Edward gargalhou. Peguei algumas coisas minhas e ele ainda ria da minha cara.
–Suma daqui!
–Agora que vai ficar interessante? -Insinuou sorrindo.
–Sai logo! -Reclamei.
–Eu fecho olho. -Sugeriu jocosamente.
–Tem certeza de que é impossível evitar essas piadinhas?
–Diante da situação e eu sendo homem, não. -Gargalhou.
–Claro, situação muito oportuna. Principalmente pelo odor agradável.
–Quer discutir isso? -Ergueu a sobrancelha.
Revirei os olhos e o enxotei dali.
–Eu vou preparar o nosso jantar, ok? -Falou da sala, provavelmente.
***
–Coca cola de latinha e macarrão instantâneo. Quem precisa de cogumelos, afinal? - O Cullen comentou sobre seu banquete.
–Ninguém. Com certeza!
–Por que está sendo irônica? -Me encarou deixando o garfo sobre a massa. Eu ri.
–Não estou sendo irônica.
–Creio que esteja mentindo.
–Sinto em lhe informar que está errado.
–Sei. -Falou com um sorriso largo. Eu ri incapaz de não corresponder. Após o jantar Edward me levou a sala de musica, ele estava tentando me distrair ou se distrair do que acontecera. Sentou-se no piano, enquanto tocava algumas canções, pedindo-me para acompanhá-lo cantando.

http://www.youtube.com/watch?v=aNzCDt2eidg

(Ouçam essa música e imaginem a cena... aahhh *_*)

Quando finalizamos as músicas ele me encarou por alguns segundos, muito intensamente e serio.
–O que ela fez? -Perguntou se referindo a namorada aberração.
–Já disse que não sei.
–E notoriamente, está mentindo. -O encarei irritada.
–O que sugere então? Pare de supor! De se basear na sua linha de raciocínio! Baseie-se nos fatos! -Xinguei.
–quando parar de mentir, talvez eu lhe ouça. Eu só queria que confiasse em mim.
–Mais? Eu estou aqui Edward, já e demais. - Ele me encarou lividamente.
–não ... Vou ... Repetir, Isabella. Como ela está envolvida? -Sibilou completamente serio, separando a frase em silabas. o encarei obstinada e ele da mesma forma, cem vezes mais assustador que eu.
–Eu Realmente não sei. -Encarei o chão. -Lembro de tê-la visto rindo de mim, mas não acho que ela não estava com eles. Os meninos do time. - Confessei-me mais uma vez diante de seu olhar persuasivo e nada amigável. Novamente, mais uma vez, me senti inútil e fraca na mesma hora. Edward encarou o nada por alguns minutos.
–Satisfeito? -Gritei de repente muito raivosa e sai da sala. Eu estava com muita raiva dele por me fazer sentir daquela maneira.
–Bella! -Edward me seguiu pelos corredores da sala e eu desci rapidamente as escadas. E enquanto cruzava a sala de estar vi que era inútil correr, o que eu faria para sair dali? Roubar o carro dele?
Parei na entrada do hall me sentindo infantil.
–É... Percebeu que não pode fugir de mim, afinal? - Fez uma piada para amenizar seu humor ou o meu. Eu pensei em respondê-lo, mas me faria parecer um bipolar.
–Desculpe.
–Pelo?
–Por ser louca? - Perguntei retoricamente sorrindo para ele. Ele me encarou carinhosamente por alguns segundos. Algumas rulguinhas no canto dos olhos perfeitos tornavam aquele sorriso acolhedor e quase agonizante de tão terno.
–Ok, mas tenta ser mais normal, tudo bem? - eu Ri.
–Vou tentar. - Ele puxou meu antebraço me guiando até o carro. Sua expressão amena parecia se amargar aos poucos.
–Cullen?
–Ainda não consigo acreditar que ela tenha sido tão estúpida! E aqueles malditos! Eu não consigo entender! - Exclamou revoltado. Eu também não conseguia entender os adolescentes e seus preconceitos. Meu Deus! Por que alguém faria o que faziam comigo?
–Não a culpe! Eu já disse que não sei se ela estava envolvida.

~*~

Parecia muito idiota, mas eu não queria que eles terminassem por minha causa.
Eles terminariam por ela, por ela tê-lo traído, talvez depois que ele descobrisse tudo.
Eu pretendia descobrir se Tânia ainda traia o Cullen para talvez absolvê-la se ela tivesse melhorado, mas depois do que aprontara comigo estava completamente decidida a fazê-la perder. Independente do que acarretasse. Tânia não me venceria mais uma vez.
Ela não ficaria com Edward e o que eu pudesse fazer para Humilhá-la, e sofrer e perder eu faria.
Ela perderia para mim na audição.
No outro dia nos duas conseguimos convencer ao Edward de que Tânia não estava envolvida.
Houve a penúltima audição e ficamos eu, Tânia e Amanda. A menina que cantara "Jennifer Love hewitte" na primeira audição. Essa seria eliminada no próximo teste.
Podia parecer revolta, mas era apenas cansaço, já haviam sido mais de 11 anos de humilhação.
Eu precisa reverter aquela situação.
Faltava pouco tempo para as ferias, e todos já pareciam animados em comemorar. Os cartazes e anúncios para o baile de fim de ano tornavam-se mais onipresentes, assim como as meninas mais excitadas e os meninos também. Um reboliço sobre quem seria ou não convidado para o baile.
Claro que alguns casais pareciam óbvios. Ângela Weber e Daniel Anderson, um rapaz muito, poderia dizer diferente. Muito tímido e eu diria anti-social. Ele parecia não dar a mínima para ninguém. Eu havia tentado conversar com o maluco uma vez e a única coisa que recebi foi um olhar raivoso.
Jasper e Alice o casal atípico. Rosalie e Emmett os previsíveis. Bella e sua sombra...
E completamente inusitados e contrariados, Jacob e Jadde.
E Edward e ... Não a Tânia. Fosse o mais revoltante possível, Tânia aceitara o convite de um dos meninos do time por ele ser o seu par no concurso.
Edward não deu a mínima, ele parecia, na verdade divertido. Metade, não, muito mais que a metade, mas a totalidade da população feminina solteira -e algumas não solteiras- estavam interessadas em serem convidadas por ele. O time das lideres de torcida estava em êxtase.
Para mim, parecia muito estranho. Um casal ir separado ao baile? Mas, todos pareciam compreensivos quanto a decisão dela. Era notório que não era sua primeira opção ir ao baile sem Edward. Até o próprio tivera de empurrá-la para que ela aceitasse ir com ninguém mais ninguém menos que, Jason. Curiosamente,
seu parceiro de banda.
Tudo estava em harmonia, afinal.
Harmonia, é claro, no meu quarto. Eu conseguia escrever aquela canção tão facilmente que me espantava. o problema é que só saia da minha mente a melodia. A letra se distinguia aos poucos do abstrato, mas enquanto isso acontecia eu percebia que nem tudo estava em tão boa harmonia. Aquela parecia mais uma canção intocável. Mais uma canção velha, mas nova. Talvez em mim nada tivesse mudado desde o fim do outono. Faltava apenas uma ultima parte que se fazia necessária naquela musica. Eu sabia que era bobagem continuar escrevendo porque eu jamais tocaria aquilo, mas eu não conseguia parar.
"quando a inspiração batia na porta" Ri da metáfora que surgira em minha mente.
Naquela noite eu acabei dormindo muito tarde. Provavelmente o sol já começava a se aproximar quando eu fechei os olhos. O outro dia então havia sido uma tortura para acordar e a escola um martírio. Quando finalmente acabou eu segui rapidamente a Port Angellis. Eu precisava conversar com o Damon. Havíamos ficado alguns dias sem nos encontrarmos.
Dirigi rápido até ele, e enquanto seguia pensava em todas as voltas que minha vida dera. Em um dia eu me sentia completamente dependente e apaixonada por Edward e então tudo girava, eu percebia que era obrigada a me afastar dele por amor a mim mesma, depois Jacob se apaixonava justo por mim... Tantas meninas bonitas e interessantes... E Damon também comete o mesmo erro. Eu não sabia exatamente o que me levara a escolhê-lo, mas normalmente não gostava de pensar no meu amigo Jacob como uma opção aos meus caprichos.
Aos poucos fui me aproximando dos apartamentos acinzentados. Subi as escadas cansada.
Enquanto caminhava pelos corredores não pensava em muitas coisas importantes ou edificantes. Nada que fosse acrescentar um ponto de filosofia na minha vida. Peguei o molho de chaves e procurei a da porta que de vez em quando ele trancava. Mas, como esperado, fora inútil. Adentrei o apartamento e nada me preparara para cena que eu estava prestes a presenciar. Caminhei pesadamente e meus olhos se arregalaram no mesmo instante. Damon abraçava a menina conhecida e franzina de maneira sôfrega. As respirações ofegantes e as lagrimas denotavam toda a emoção do momento. Toda a dor. Era algo surreal. Algo que eu mal acreditava na existência. Aquilo era amor. E vê-los daquela maneira me revoltava. Me senti ridícula por ter acreditado que Damon me amava. Me senti estúpida, traída mais uma vez. Tive vontade de chorar, mas mandei a tristeza para o inferno. Mandei o nó na garganta acompanhá-la. Como uma boa perdedora, e não um idiota, converti a dor em raiva.
–Damon! -Gritei com todo o meu ódio. Ele se separou dela imediatamente e a menina me olhou horrorizada, com seus olhos azuis de bruxaria. Sua aparência adoentada não me comovera. Damon me olhou assustado e depois horrorizado.
–Bella... Calma. -Falou cauteloso. Dei o meu melhor sorriso.
–Mais?
–Só um pouquinho a mais para me escutar?
–Cale a boca. - Mandei extremamente nervosa.
–Isabella... - A voz fina e rouca da Elena me dava repulsa.
–Estou com vontade de vomitar. Você é nojento Damon! -Gritei. Ele franziu a testa e Elena o encarou preocupada.
–Isabella estávamos conversando. -A menina falou desesperada. Lancei a um olhar irônico.
–É verdade, Bella, amor.
–Tchau Damon. - Era meu limite, eu precisava chorar, minhas bochechas doíam.
–Amor eu juro! -Ele gritou. E então soluçou. -Eu juro!
–Acha mesmo que ele te trocaria por mim, Isabella!? - A menina clamou. -Como eu queria que ele o fizesse. -Quanta ousadia! Eu ia matar aquela garota. Eu estava com muita raiva.
–Eu vou matar você! -Gritei partindo para cima dela.
–Calma! - Ela implorou. Eu não queria ser misericordiosa, mas a falta de defesa me impelira a recuar.
–Eu odeio você Damon. -Gritei chorando e desci correndo do apartamento. Ele me seguiu, como o infeliz que era. Damon me puxou pelo braço forçando a encará-lo.
–Bella olha para mim!
–Me solta! -Gritei como um animal selvagem.
–Olha para mim! -Ele chorava. -Olha que absurdo! Foi só um abraço Swan! Ela precisava de consolo! Você não sabe o que está havendo!
–Sei exatamente o que estava acontecendo.
–Eu te amo! - Falou convenientemente. Eu acreditei. Eu sabia que era verdade, mas a outra faceta da verdade mudava tudo.
–Não como a ela. - Iluminei o lado escuro da lua. Ele me amava, mas não como a ela.
–Não é verdade.
–Mentira.
–Se fosse assim eu estaria com ela agora.
–Pare de mentir para si mesmo.
–Eu te amo! Bella eu te amo! Acredita em mim. -Falou me balançando. Eu odiava quando ele fazia aquilo. -Não aconteceu nada. -Ele me encarou desesperado. Parecia verdade. -Eu juro.
–Me deixa ir para casa.
–Eu juro, amor! -Ele chorou mais uma vez.

Entrei no carro sentindo algumas lágrimas de desespero correrem por meu rosto, mas não soube como cessá-las. Liguei o rádio e quase sorri com a canção que se iniciava.

http://www.youtube.com/watch?v=1kz6hNDlEEg&ob=av2n

Me sentindo uma completa adolescente sem escrúpulos liguei o som o mais alto que pude e acompanhei a cantora. Naquele momento eu entendi exatamente o significado da expressão "Curtindo a tristeza"


Por fim, Inacreditavelmente, depois de toda aquela confusão eu acabei perdoando, ou acreditando nele, mas ainda havia algo estranho entre nós dois. Estávamos mais inconstantes. Mais explosivos e menos respeitosos. A maioria das vezes estávamos tentando concertar um ressentimento mais antigo. Entretanto, passávamos muito mais tempo juntos, nossos reencontros eram mais intensos e normalmente, não tínhamos muito tempo para outras coisas além de nós mesmos.
Eu tinha terminado a canção intocável e a deixei sobre a parte de músicas atuais.
Hoje eu iria com a Alice fazer a prova do "vestido perfeito". Podia ser algo normal. Eu agradeceria por um Shopping naquele momento. Um dia de compras... Mas não.... Quem precisa fazer as coisas que o resto do mundo faz? Vamos radicalizar!
Era uma prova para algo extraordinário! Havia sido feito para mim. Eu tinha alguma coisa reservada para emergências, mas não era suficiente para o que Alice estava aprontando e meus pais tiveram que desembolsar uma quantia razoável. Minha mãe parecia feliz e meu pai... Inconformado.
Eu estava muito entediada enquanto aquela mulher passava fitas em mim como se eu fosse um manequim. ela sorria às vezes, mas parecia tão interessada em seu trabalho quanto eu. Ela era baixa, anorexicamente magra, cabelos lisos escorridos, curtos e muito claros com mechas escuras. Se vestia confortável e muito elegante.
Depois que terminou convidou Alice e a outra mulher a entrar. A mulher magra, dos fios enrolados e negros sorriu para mim.
–Você vai amar o modelo. Foi uma criação minha! -Ela deu um sorriso excitado na última frase. Tentei corresponder sua animação. Alice estava atras da mulher com um sorriso ainda maior.
–Claro! -Elas me conduziram a uma porta. No outro lado havia muitos manequins pretos, apenas duas clientes muito bem vestidas, e a maior parte do lugar era coberto por tecidos grossos e ricos e modelos exclusivos, provavelmente.
Ela caminhou lentamente até um armário trazendo consigo um pacote grande segurando-o pela alça de cabide. Revirei os olhos quando ninguém estava olhando.
–Bella! - Se aproximou lentamente, com uma expressão de suspense e um sorriso assustador. Tão assustador quanto o da Alice.
Depois estendeu o pacote sobre um puff vermelho e extenso. Abriu o zíper tirando dali uma coisa magnifica e ao mesmo tempo nem um pouco extravagante, como eu temia. A mulher sorriu para mim.
–Quando Alice me falou de você, confesso que fiquei horrorizada pensando no quanto de trabalho eu teria. -Ela riu. -Mas, seu vestido surgiu como magia! -Busquei um sorriso do fundo da minha alma, porque só ali talvez eu encontrasse alguma animação. O vestido era azul escuro, como eu imaginava, Alice tinha queda por azul escuro. Mas eu não podia negar que era muito bonito. Tinha um estilo retro. Modelava o tronco com um espartilho bordado manualmente, em detalhes pretos. A saia era fofa, completamente azul e estufada, curta. Ele possuía alças discretas e finas e carregava um casaqueto de renda preta. Era difícil pensar em uma mulher que Não ficaria encantadoramente bonita naquele vestido. A obrigação dele era tornar pessoas sem graça em algo apresentável.
A mulher me olhou por alguns segundos e depois a Alice.
–É o baile de formatura?
–Não. Fim de ano. Mas, ela está numa competição de música. - A mulher me olhou com um sorriso surpreso.
–Verdade? Que excitante! -Perguntou sorrindo. Olhei para baixo encabulada.
–mais ou menos. -Ela riu.
–ok! -Ela se virou para Alice mais uma vez.
–Já pensou no que fazer com ela? -Alice sorriu.
–Ah mais ou menos... O que acha?- A mulher me analisou por segundos incansáveis.
–A pele é boa, só uma maquiagem básica. O cabelo... Bem... O cabelo.. Precisa ser recriado, mas mantenha o tom e sem corte, como ele está.
–Eu tenho acne!
–Por que você quer. São esporádicas. Existem cremes para esse tipo. Eu preciso mesmo dizer isso? - depois do que ela disse eu senti minha pele queimar. Alice gargalhou.
–Ok ... -Murmurei sem graça. Minha vontade era enfiar a cara na privada mais próxima. Elas me faziam sentir um prato de comida ou tela de pintura... Algo que deveria ser remodelado.
Ficamos discutido amenidades com a mulher e depois nos despedimos. Ela tirou algumas últimas medidas e nós nos despedimos.

Até então a semana tinha sido turbulenta, e normal. Tudo correu mais ou menos como esperávamos. No outro dia na escola eu me encontrei com Rosalie para fazermos mais um trasson do bebê. A barriga dela se Fazia mais pronunciada a cada dia e sua depressão também. Ela tinha crises de riso ou choro em situações nada convenientes, ideias suicidas e até mesmo de aborto. Mas, normalmente essas crises atacavam sem uma frequencia definida. Acontecia raramente de maneira alternada. Felizmente.
O medico falou sobre algumas precauções que ela devia tomar e dera muitas indicações. Vez ou outra ela colava o nariz numa vitrine de bebes e me fazia sorrir. Aquele bebê trazia muitas consequências ruins e tristezas sem tamanho, mas também uma alegria tão pura e calma. O amor mais lindo do mundo.
Estávamos Caminhando na calçada em direção a minha casa.
–Oi Bells! - A voz animada de Edward soou do outro lado me alertando de que algo ruim estava por vir. Eu tinha medo dele e Alice.
–Alô. -Falei assustada. Rose me olhou e sorriu.
–Está em casa?
–Chegando.
–Ok, estou passando ai para irmos em Port Angellis, topa? -
–O que quer fazer lá? -Fiz careta para a Rose que riu conspiratória.
–Eu? Comprar um presente para a Tânia. Do dia baile... Ai ai ... E você sempre quer ir ver o Damon. - disse com um pesar pronunciado e ironia amarga. Eu ri, pensando se meus pais não ficariam irritados. Varias tardes fora de casa.
–Ok. Espero você aqui. -Rose riu.
–Hmmm encontro as escuras? -Falou maliciosa. Revirei os olhos.
–Rose! Vamos em Port Angellis. -Ela riu. E depois ficou seria.
–E... Como você está?
–Uh
–Apaixonada por eles? -Fiz careta.
–Isso é absurdo! Eu amo o Damon! Quer dizer, acho... Mas... Eu não consigo esquecer o Edward. -Desabafei tristemente.
Ela me encarou timidamente com um sorriso compreensivo.
–Entendo querida. E eu tenho certeza que você descobrir. -Ela me disse. A olhei acreditando.
–Parece que quanto mais eu acho que superei menos eu quero ficar longe dele. Quanto mais eu tento... Na Terça eles fizeram algo horrível comigo. Um trote. -Contei por cima o que acontecera e sua reação foi a mesma de Alice quando eu fiz o mesmo relato. Ela estava revoltada. E isso me incomodava. Quando voltamos ao assunto ela já estava mais calma. -Ele foi... Ele estava lá e...
–Vocês se beijaram? -Perguntou com uma ansiedade assustadora. Revirei os olhos.
–Me poupe!
–É só que... Eu não sei! Acho que eu To ficando maluca.
–Coisa de gente apaixonada...
–Cale a boca Rose! - Ela riu.
–Eu também acho que estou louca.
–Coisa de gente apaixonada. -Zombei.

(november rain- guns 'n roses)[i]

–É serio. Eu estou horrorizada com a idéia de perder o Emmett. Como eu vou dizer: Emmett acordei na cama com um cara que nunca vi na vida e agora estou grávida dele. Ele não vai me perdoar! Eu não perdoaria se ele me dissesse que "sem querer" dormiu com uma garota que não faz nem idéia de quem seja e ela está grávida! -Rose começou a chorar.
–Ah rose!
–Eu tenho dezessete anos! Ele não podia ter feito aquilo, Bella! -Rose me encantava com sua força apesar de tudo. Carregava o fardo sozinha e não parecia buscar culpados, muito menos culpava o bebê, em nenhum momento isso passou por sua mente que eu tivesse conhecimento.
–Ele era um monstro.
–Sim. E eu também. Eu não sei porquê fui beber justo naquela noite!
–Rose...
–É verdade! Uma dose foi suficiente para acabar com a minha vida. -Ela riu amargamente. -O mais interessante é que a Tânia que se divertiu horrores e ficou me incomodando por ser "careta" nem uma sífilis pegou... Mundo estranho... -Eu gargalhei.
–Rose! -Ela riu enxugando as lágrimas. Meu coração mudou o ritmo quando o Volvo prata estacionou. Rose riu.
–Olha quem chegou! -Ela cantou. O menino de óculos Raiban desceu do carro com uma camisa polo listrada horizontalmente preta e jeans desbotas. Eu sorri meio boba com os fios loiros voando ao vento. Perfeitamente lindo e deslumbrante. Ele caminhou em nossa direção com um sorriso convencido. Rose riu.
–Oi meninas!
–Ai Edward... Eu juro que se o Emmett não existisse eu te pegava. -Ele riu e piscou.
–Agora é tarde para me cantar cunhada... Você teve a chance de escolher antes. -Gargalhou.
–sua beleza não se compara a sua estupidez. -Rebateu.
–Nossa... Então eu devo ser muito retardado. Sem explicação... -Zombou como se estivesse distraído.
–Cale a boca, Cullen caçula.
–Cale você, cunhada tarada.
–Eu tenho orgulho de vocês dois, sabiam? -Edward me olhou cínico.
–E também Rose, nós nunca teríamos dado certo... A Bella é sua amiga, nunca ia deixar agente ser feliz, você sabe que ela é louca para saber o gosto que eu tenho, certo? -Eu corei. Edward riu e me encarou cinicamente de novo. -Se bem que ela quer é repetir a dose... - Depois dessa última frase fiquei indiscritivelmente embasbacada. Eu não esperava uma referencia a um episódio de mais de 5 anos atrás. Rose nos encarou em expectativa.
–Mentira! Bella! - Edward riu.
–Pare Rose! Ela está muito envergonhada por não ter resistido ao meu charme. -Eu devia estar mais vermelha que um tomate maduro. Rose gargalhou.
–Sua... Sua ! Por que não me contou? -Repreendeu-me.
–Ai Rose else está brincando!
–Não minta para sua amiga, Bella!-Dei um soco nele.
–Idiota! -Xinguei, ele riu.
–ta ta! É brincadeira, Rose!
–Mentira! -Ele riu.
–Vamos embora gracinha! Deixa essa chata aí! -Falou segurando meu braço.
–Damon sabe desse clima entre vocês dois? -Zombou.
–Eu sou discreto.
–Parem! -Gritei. Os dois gargalharam.
–Vou contar para a Tânia Cullen!
–Ai Rose eu To confuso! Me dá um descanso!
–Pare de gracinha! Ela leva isso a serio! - Reclamei. Ele riu.
–É serio. -Ele cochichou em teor de zombaria.
–Saco Edward! -
–A coisa está ficando mesmo séria, Hein? -Rose brincou.
–Ignore a Rose, Bells! -Ele brincou. Eu ri.
–Mas não é serio que você me provou? -Ele riu falando muito próximo a mim.
–Não! -respondi rápido e me afastei, mas ele me segurou, me puxando para ainda mais próximo. Minha respiração falhou e eu estremeci com o contato.
–Pare. -Avisei.
–Hnmm... E o que estou fazendo? -Sussurrou com um sorriso malicioso e um traço de humor nos olhos. Tranqüilizou-me enxergar aquilo, era apenas brincadeira.
–Me prendendo. -Reclamei.
–E o que mais? -Perguntou lentamente, com a voz rouca. Aproximando ainda mais seu rosto do meu. Seus olhos encararam meus lábios brilhantemente. Eu tremi sentindo as conhecidas correntes elétricas me atravessarem por todo o corpo e meu estômago revirar-se. Eu sabia que não era serio. Eu tinha consciência de que era brincadeira. Primeiro por estarmos na frente da porta da minha casa com meu pais, com a Rose nos vigiando e claro, Tânia e Damon. Traição dupla.
Diante dos fatos eu sabia que era brincadeira, racionalmente eu sabia perfeitamente disso, mas o que eu podia fazer? O que eu podia fazer para convencer meu coração disparado disso? Convencer meu corpo que tinha plena consciência dos braços fortes envolvidos em minha cintura? A maneira como estávamos colados fazia minha cabeça girar e minha pele arder. Até os meus joelhos tremiam.
–Está ... -Ele abriu um sorriso largo quando minha voz tremeu.
–estou? - Ele se aproximou ainda mais, me surpreendendo. O nariz roçando o meu, fazia nós se desprenderem em todo o meu corpo e minha pele queimar. Meus braços amoleceram e eu suspirei. Seus lábios a meio milímetro dos meus. Minha boca ardia em antecipação. Ele resfolegou.
–O que é isso? -Rose gritou. Edward se afastou imediatamente com um sorriso sem graça.
–É brincadeira, amor? -Rose brincou. Ele riu.
–Estou seduzindo a Bella.
–Conseguiu. Ela está até tonta.
–Hey! -Xinguei. Eles riram.
–Por que você não se diverte?
–Porque, se vocês não perceberam, eu sou o objeto de zombaria. -Nós rimos.
–Vamos! Vai ficar muito tarde para ir até Port Angellis assim!
–Se os hormônios apertarem lá no carro, dêem uma respirada e pensem nas consequências Hein?
–Vai procurar seu homem Rose!
–Ele está saindo com minha melhor amiga.
–Eu já disse que nunca daríamos certo! -Falou rindo. Aquele era o tipo de brincadeira que se não fosse entre aqueles dois, que eram mais irmãos que qualquer outra coisa poderia soar muito mal.
Dessa vez ele não fez nenhuma brincadeira enquanto entrávamos no carro e dirigiu rápido.
–Eu já avisei ao Damon, tudo bem?
–Uh? Tudo sim.
–Ainda sobre o meu efeito? -Perguntou com um sorriso bobo.
–Ah você não faz idéia... -Ele revirou os olhos.
–Rose é muito boba.
–É...
Aquela havia sido uma conversa boba e constrangedora. Naquele momento eu me chutei por reagir tão irracionalmente perto dele. A
Sensação de estar tão próxima a ele ainda girava em minha mente.
–Bella?
–Hum?
–Era só brincadeira ta? -Ele riu. -Você ficou tão assustada que chega a ser ofensivo! - Disse gargalhando.
– Não estava assustada -Eu ri sem graça.
–Estava horrorizada, como um Coelho apavorado. Achou que eu ia te agarrar igual o Damon. -Gargalhei, aliviada por ele ter me confirmado que era uma brincadeira e sentindo um pouco de pesar pelo mesmo motivo.
–É esquisito! -Eu ri.

Mais uma vez eu me senti ansiosa ao passar por aquelas escadas e aqueles corredores, a sensação de que eu encontraria o Damon agarrado a Elena me corroía. O mais frustrante em mim era o quanto eu era egoísta. Fora por aquele motivo que eu aceitara continuar com o Damon. Como eu podia julgá-lo por se sentir ligado a Elena quando eu me sentia desesperada pelo Edward?
Entretanto, mesmo com aqueles dois fatos doía pensar em me separar dele. Dos beijos de surpresa e dos apelidos carinhosos. De como eu me sentia segura e incrível ao lado dele. Bonita. Interessante. E de vez em quando eu tinha a sensação de que ele se sentia da mesma maneira. Edward caminhou ao meu lado assobiando.
Entramos no apartamento e Damon estava chapado, acabado no sofá. Ele nos olhou e riu! Ofereceu uma cerveja ao Edward que aceitou prontamente.
–Hey amor! Não vou te beijar porque estou com cheiro do álcool. Mas se não se importar com isso. - Fiz careta.
–Me importo. -Ele riu. Ok...
–E aí Edward, já sabe com quem vai ao baile da pirralhada lá da escolinha? -Zombou.
–Estou pensando em ir com todas as meninas que me convidarem.
–Nossa! -Eu ri.
–Quero ver elas concordarem.
–uh? 5 delas já aceitaram de bom grado.
–esse é sonhador... -Damon zombou jocosamente. Eu ri e Edward o acertara com uma almofada. Até aquele momento eu estava descontraída, mas a segunda fala do Damon me fizera tremer...

CONTINUA

Oi meninas, Uma pequena NOTA aqui no cap mesmo sobre as postagens... Seilá... Não sei se são todas que lêem notas ... rsrs E é bom que todo mundo que ainda lê a fic leia isso kk

Seguinte, vou postar nas quartas feiras. Sempre. Se eu consegui semanalmente, se não, na próxima semana. Existem momentos, tipo esse, muito complicados... e aí atrasa muito na hora de escrever a fic. Quando isso acontecer, na quarta feira da semana seguinte se eu não tiver o cap pronto vou avisar aqui na fic, num cap de aviso que será deletado no dia seguinte. Mesmo que seja para falar : “amanhã to aqui” kkk

Meninas, vou pedir, please, sei que não mereço, que vcs comentem nesse cap! Só pra eu saber se muita gente me abandonou (Merecidamente) kkk Por favor! Eu adoro os coments de v6 e as criticas e tudo! E já fui pidona para uma eternidade... Então kkk BJSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS Até a próxima quarta feira, se deus quiser! *_*


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Notas finais do capítulo

Bem meninas, esse cap não foi revisado e eu nem quero pensar nos erros que aí estão.
Prometo que assim que consegui volto aqui para dar uns últimos ajustes e evitar "ele era bonita..." e etc... kk
Não pude mais fazer v6 esperar e eu... kkk E se eu fosse postar só depois de corrigido seria mais uma eternidade... :)
bjsssssssssssssssss