What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 21
Capítulo 19 decisão


Notas iniciais do capítulo

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! oooiiii! nem demorei né? não msm! pouco mais que uma semana! Estou super anciosa em postar esse capitulo! Principalmente para quem está louca para ver Bellukinha saindo do armario... kkkk
*Eu gostei desse cap, só me perdoem alguns errinhos chatos gente, é porque precisa revisar e eu fico meio cansada sabem. pois já li de mais o msm capitulo e principalmente na primeira revisão as vezes não percebemos, mas vou começar a concertar isso tbm. :D
Bom é isso boa leitura!♥



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“O DESTINO NÃO É UMA QUESTÃO DE SORTE; É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA. NÃO É ALGO PELO QUE SE ESPERA, MAS ALGO A ALCANÇAR...” (William Jennings Bryam)

–Vira, vira, vira! Viroou! -As gargalhadas inundaram o local enquanto algum maluco entornava a quarta ou quinta garrafa de tequila. Eu estava sentada em uma poltrona de couro preta. As meninas foram para uma pista, havia luzes coloridas e alternantes no local. Do outro lado a luz branca que não parava de piscar nem um segundo. Rápido demais. Fumaça, e se eu não estava enganada, bolhas de sabão. Aquele era um dos lugares mais animados de Port Angellis. O bar estava lotado, e a pista também. Já eu, como disse, estava sentada na poltrona de couro sozinha. Realmente aquele não era o meu programa favorito. Na verdade a falta de iluminação era atormentadora e a música também, e, aquele tumulto de pessoas bêbadas também. Suspirei pela décima vez. Edward tinha umas idéias que não dava para explicar, do nada o cara resolve juntar todo mundo para nada. O interessante é que ele tinha sumido por muito tempo. Mas estava de volta, dançando com alguma garota. Damon estava ao seu lado. Eu ri. Os dois pareciam os reis do lugar. Onde passavam havia garotas babando, desesperadas por um minuto de suas atenções. Outra que fazia sucesso de uma estrela de cinema era Rosalie Hale, ela vinha em minha direção com um sorriso discreto, ela não devia beber. Pensei. Todos os rapazes sem exceção olharam.
–Oi-Sentou-se ao meu lado encontrando um lugar onde não havia.
–Hey, cansou? -ela gargalhou.
–Acho que não, mas você está aí sozinha a tanto tempo que eu vim ver se você está bem.
–Eu to bem. -Falei. -Só um pouco entediada. -ela revirou os olhos.
–Então, o garoto de cabelos de pica-pau está te irritando? -a olhei sem entender.
–hã? -Ela suspirou exasperada.
–O Edward! Quem é aquela garota com ele? Se a Tânia ver! -Eu ri.
–Ah não. Acho que já passei dessa. -Ela gargalhou. -É meio bom, chifre trocado não dói tanto. -Rimos.
–Que ridículo.
–O que é tão engraçado? -Uma baixinha de cabelos espetados se enfiou no meio de nós duas.
–Oi Ally! Estávamos rindo dos chifres da Tânia. -ela fez uma expressão afetada.
–Do jeito que ele é lerdo nem vai comer ela. E ela é bonita, olha. -Apontou para a menina. Com a falta de luz não víamos muita coisa. Mas dava para ver que ela tinha um belo corpo. Lembrava um pouco a menina do restaurante. Isso me deixou um pouco irritada, mas passou.
–E não vai mesmo. Edward deve ser gay.
–não é para tanto. -Nós gargalhamos alto de novo.
–Onde está Emmett? -Rose fechou a cara.
–Não sei. -Falou seria. Eu ri.
–O que houve?
–nada.
–A fala Rosesinha! -Alice insistiu e não parou até que rose começasse.
–Ta! Não é nada! Mas aquele idiota quis encontrou uma ex amiga vagabunda e em vez de ficar comigo ficou lá com ela! Que ódio!
–Ah para Rose, vai ver ele nem percebeu.
–Pior se não tiver. Foi um absurdo agente estava junto e de repente “Emmett é você mesmo?” Aquela voz de vadia de esquina. Ugh! -Franzi a testa.
–Mas acho que... -Comecei.
–Mas nada, falando em absurdos o idiota do Jasper sumiu também. O emm é muito folgado. Isso não existe! -Eu ri.
–Isso parece mais dor de cotovelo.
–Fala por que você tem o Jacob e o Damon caidinhos por você, ai se fosse eu! -Alice falou.
–Damon não está nada por mim. -Falei determinada a não me importa se ele estivesse, mas por mais incrível que pudesse parecer, eu me importava, parecia me deixar feliz saber disso.
–Ata bom! Você é muito bobinha não é Bella? Inoceente... -Eu ri.
–Para Rose.
–Não! Sua cara de pau! Até parece que mulher não nota essas coisas. E o Damon não está fazendo muita questão de esconder.
–Dã!
–Nem vem Bella, está na cara! -Alice falou e me olhou de um jeito estranho. -E você?
–Eu o que?
–Aii olha se não é a Bellinha fingindo de inocente de novo! Que menina pura que não entende as coisas!
–Parem vocês duas, não tem nada a ver.
–Para você Bella, você gosta ou não dele?
–Não! -Falei sinceramente, mas no outro segundo me perguntando “por que não?”. Elas me olharam com a testa franzida.
–Serio? Nada? Olha pra ele! Ele é lindo, fofo, engraçado, gosta de você, sei lá hein Bella? -Não era isso, havia algo mais. Não era beleza era o que ele era. Damon era um cara incrível, mas eu amava Edward não era? Não, disso eu não tinha duvidas, era a coisa mais certa da minha vida. Mas porque eu estava ponderando?
–Eu amo o Edward. Isso não pode mudar. -falei seria.
–E daí, isso não te torna imune a gostar de outras pessoas, quer dizer, você não tem nada com o Edward Bella, não está presa a ele de forma alguma Bela! Acho que se vocês estivessem juntos seria diferente, mas...
–Eu sei. Mas eu nunca gostei de nenhum outro garoto sabe... então...
–Tudo tem uma primeira vez.
–O que eu estou perguntando é: Por que eu nunca gostei de nenhum outro garoto? Nunca nem me interessei por ninguém?
–Bom, isso eu não sei. Acho que essas coisas não podem ser explicadas porque não há explicação. -Suspirei e não consegui deixar de imaginar as respostas para os “por quê?”
–Ah mas dane-se se gosta ou não. Pega ele Bella! Desencana do Edward. Ele é o melhor amigo que você pode ter, mas não adianta ficar sofrendo por causa de homem! -Rose soltou.
–Olha quem fala. -Ela riu.
–É diferente.
–Eu sei. Não estou sofrendo por ele. -falei. E eu não sabia dizer se era verdade ou mentira.
–Sabe, acho que você estava mesmo presa ao Edward ou ao que você sente por ele, mas esse namoro com a Tânia e todas essas coisas que aconteceu te fortaleceu. E te separaram um pouco do que você sentia. Sei lá... -Eu ri. Na verdade eu concordava. Eu me sentia mais forte. Um pouco menos menina.
–Alice bancando a psicóloga. -Rose riu.
–É muita cultura em Ally! -Completei.
–Não dá pra falar serio com vocês.
–Com a Rosalie!
–Com você também, ta passando muito tempo com essa loirinha de bordel.
–Cala boca, cabelo de lula!
–Rá!
–Oooiii Meninas! -Os cinco chegaram sentando-se em outras cadeiras próximas. Eles pediram bebidas. Edward estava chapado. Os outros estavam meio lúcidos. Rose e Alice fecharam a cara para Jasper e Emmett. Nós trocamos os lugares.
–Hey Jacob, vamos caçar uma garota aí que somos os únicos sem par!
–Você tem um par!
–Mas não está aqui, e o que olhos não vêem, coração não sente. -Jake revirou os olhos.
–Rose... -Emmett começou. Ela o fulminou.
–Nem fala nada. -Conversas paralelas foram se formando. Jacob tinha a cara fechada para mim e Damon. Que ótimo! Eu sabia que eu devia ter parado as coisas desde o início com ele. Será que eu cometeria o mesmo erro com Damon? Não. Eu não faria isso. Eu não deixaria as coisas chegarem tão longe ao ponto de magoá-lo. Eu não queria. Estava decidida a ser realista com Damon. Eu sabia que eu não podia corresponder porque estava travada completamente então não adiantava. Eu havia me decidido. E eu teria que ser real com Jake também. Fui até o Edward.
–Hey! -Gritei em seu ouvido. Ele me olhou com cara de lerdão passando um braço por minha cintura.
–Ta doida eu não estou surdo!
–Não. Por que você trouxe todo mundo para cá? -Ele franziu a testa como se estivesse se esforçando para lembrar. E depois arregalou os olhos sorrindo.
–É mesmo! -Eu ri. Estava doidão. Ele pegou um copo e uma colher de açúcar batendo. -Galera! -Ele gritou. Ninguém nem sequer olhou de volta.
–GALERAA! -Dessa vez as conversas paralelas pararam.
–Que é? -Rose falou com raiva.
–Me solta! -reclamei. Indo para o meu lugar.
–Vocês devem querer saber por que estão aqui, certo?
–Para de enrolar e fala logo Edward seu chapado!
–Magoei agora Emm.
–Taa!
–Eu chamei vocês aqui para comemorar. Por que, todo mundo sabe que a Bella é meio covarde. -bufei. O pessoal riu.
–Tinha que ter a ver comigo. -Ele me soprou um beijo.
–E ela é uma ótima cantora.
–Ele cismou que é meu agente. -Dessa vez ele me fuzilou.
–Quer parar de me interromper! - O pessoal gargalhou. Damon passou o braço pelo meu ombro. Encostei minha cabeça. Se eu ia dar um fim em tudo podia aproveitar porque ele era um gato mesmo. Mordi o lábio nervosa com a expressão de Jake. Irritei-me. As pessoas tinham que pensar que possuíam algum direito sobre mim? Então me ajeitei na poltrona.
–Voltando! Bella é uma incrível cantora e como sabem é o sonho dela. -Todo mundo sabia agora? - E eu chamei vocês aqui para comemorar o momento em que ela decidiu tornar-se uma cantora.
–Não decidi não.
–É serio, não me interrompe de novo. -Dei um sorriso amarelo.
–Liga não. Ele é chato assim mesmo. -Alguém sussurrou.
–Então, ela decidiu começar. E é isso que eu vim aqui comemorar. Bella agora sabe que consegue não só se apresentar, ela sabe que é ótima. E ela se decidiu. - Todo mundo se calou. Foi algo estranho. Quase me assustei quando notei que era verdade. Quando senti a antiga determinação voltando para mim. A antiga razão que me fazia acreditar que eu era forte o bastante para lutar. A decisão. Ele sorriu para mim provavelmente lendo o que eu estava sentindo.
–Você é demais! -Falou. Fui até ele sorrindo e abraçando-o.
–E tenho o melhor, melhor amigo do mundo. Mesmo bêbado. - sussurrei.
–Eu não estou bêbado sabe... Nem bebi porque ainda tinha que falar, agora é que eu vou chutar o pau da barraca. -Gargalhei. Senti-me um pimentão que vai explodir quando eles bateram palmas.
–À Bellinha cantora!-Alice gritou levantando um copo com alguma bebida elaborada.
–À Bellinha cantora! Woooohoooooo! -Eles gritaram. Eu ia vomitar. Eu sentia a bile indo e voltando, náusea. Eu estava com náusea. Que droga! Parem de olhar para mim. Isso é coisa de cantora pensar?
–Ah meu irmão é muito fofo!
–É apesar de burro e cabeção o Edward sabe das coisas. -Emmett concordou.
–O pior é que eu sou o burro.
–Parabéns Bella. -Jake falou me surpreendendo num abraço sem ressentimento.
–Eu não sei o que vocês estão comemorando. Um monte de gente quer ser artista. E eu nem sei se é isso mesmo. -Ele riu.
–Edward fez isso porque ele vê isso de forma diferente. Ele acredita em você Bella. Nós acreditamos e você também precisa acreditar. É isso que faz ser um motivo para comemorar. -Senti lagrimas rolarem pelo meu rosto quando os abraços passaram por mim. Eles estavam comemorando uma decisão. Que estranho. Um abraço em grupo junto a gritos e olhares de “esse povo é maluco”. Eu ri. Eu tinha os melhores amigos do mundo. Eles acreditavam em mim e eu também faria isso. Não os decepcionaria. Rose se aproximou. Sua expressão não era das melhores. Alice e Jasper estavam bem de novo.
–Lá vem coisa ruim. -Emmett declarou. Cutuquei-o.
–O que? Olha quando ficar famosa não se esquece de me citar hein? -Revirei os olhos.
–Precisa responder? -ele riu.
–Que foi?
–Rose ainda está brava? -Ele riu.
–Muito.
–Já pediu desculpas?
–Até parece que adianta. E eu não fiz nada, mas sim. Já pedi. Ou melhor, implorei.
–Então, beella, Ally está chamando. -Ri.
–Ta vamos. Tchau Emmett. -Ele passou a mão pelos cabelos curtos. Esse era um vicio dos Cullen? Perguntei-me divertida.
–Que é?
–Nada, só inventei para irritar o Emm. -Ri.
–Que maldade Rose! -Ela riu.
–nem estou mesmo com raiva. Acho que nada que ele fizer me daria esse direito. -Ela falou de repente triste.
–Rose...
–Não Bella, ta tudo bem é só que... -Ela suspirou. Levei minhas mãos ao cabelos ajeitando-o. Ela se recompôs. De repente sorrindo travessa.
–Que é?
–Damon está te encarando.
–Ai quer parar com essa coisa! -
–É verdade. Ai que gatinho. Apaixonei.
–Nem adianta que esse aí já tem dona. -Quase me enfiei uma faca quando ouvi o que eu disse. -N-não... quer dizer. -Rose começou a gargalhar desesperadamente.
–Não foi isso que eu quis dizer. Eu tava falando de você!
–ta bom! E eu andei conversando com papai Noel esses últimos dias. Sabia?
–Cale a boca!
–To achando que você gosta dele.
–Não gosto.
–Agora eu estou certa disso.
–Para!
–Está caindo em amores pelo Damon... Que fofa! -Suspirei. Não dava para parar rose quando ela começava.
–Eu não vou tentar te convencer do contrario. Mas vou fazer isso com Damon. Hoje mesmo eu vou falar com ele. Vou explicar que é melhor ele me esquecer sei lá! Vou dar um jeito nisso. Não vou magoá-lo como fiz com Jake. -Ela me olhou sabendo que era verdade.
–sabe, o lance com o Jake não é sua culpa.
–Mas eu não fui honesta com ele. Eu devia ter parado Jake desde o inicio. -Ela fez um biquinho. Como sempre ela mesma parava quando sabia que era hora. Sorri para minha amiga.
–Boa sorte então. Mas eu queria que vocês ficassem juntos. -Perguntei-me se eu também poderia querer isso.
–É meio complicado quando se está apaixonada por outra pessoa.
–Deve ser.
O pessoal voltou para a pista. Ou bar. Edward estava no bar “chutando o pau da barraca” como ele mesmo disse. Fui até lá.
–Vai beber o tempo todo? -Ele riu. E também estava fumando. Que porcaria!
–Não. Mas até eu ficar bem bêbado e desmaiar.
–não vou nem responder. -Ele gargalhou.
–Minha vida é uma merda mesmo. Se eu viver ela desmaiado pelo menos, sei lá, pelo menos eu não vou viver.
–Verdade como é ruim viver! -O barman sorriu para mim.
–Vai querer alguma coisa lindinha. -Sorri.
–Uma dose de tequila. -Ele riu.
–Tomara que a mocinha aguente.
–É só até eu desmaiar. -Ele franziu a testa e dessa vez aposto que ele desistiu do flerte.
–Que engraçada você. -Edward falou rabugento quando o cara saiu. Ele trouxe meu drink.
–O que? Acha que a minha vida também não é uma droga? Também quero viver desmaiada.
–Seu pai não te odeia.
–Nem o seu.
–Você não sabe.
–Não vou discutir.
–Alice queria falar com você. - Sua voz já parecia bastante alterada meio lerda. Fitei-o. Ele também parecia meio distante.
–sobre o que?
–não sei. Ela não falou. -Estava mais estranho, pouco lúcido.
–Vou procurá-la.
–Ta. -O olhei preocupada.
–Não faz isso. -Implorei sem saber o que fazer. Sua boca tornou-se uma linha rígida. E ele olhava para baixo, sem me encarar.
–Desculpa. -Meus lábios se abriram em incredulidade. Desculpa? Era tudo o que ele podia dizer enquanto se destruía? Balancei minha cabeça. Sai dali sem saber o que fazer. No meio do tumulto procurei por uma baixinha de cabelos escuros procurando me esquecer dos problemas de Edward me concentrando nos meus. O que não adiantou. Meus problemas sempre levavam a ele.
–Inferno! -Murmurava estressada. Vez ou outra, algum idiota tentava me parar zombando ou flertando, como fosse. A musica estava alta, não me envolvia como as outras pessoas diziam. Eu me sentia envolvida quando cantava, mas aquele monte de sons criados em computador para mim não era musica. Muito menos envolvente. Engoli a tequila sentindo queimar minha garganta, esôfago, estomago e tudo por onde aquilo tenha passado. Ardia. Tossi irritada. Apesar de eu ter feito isso apenas para irritar Edward o efeito começava me fazendo sentir um pouco melhor, mais relaxada. Mais algumas e com minha falta de experiência estaria chapadona. Ri imaginando como eu ficaria bêbada.
–Ah merda! -Reclamei quando alguém esbarrou em mim.
–Desculpa. Hey está querendo dançar Bellinha? -Eu ri.
–Estou procurando a Alice, Damon. Você a viu? -Ele riu dançando.
–Não. Quer dizer, ela passou te procurando também. -
–Ah! Saco! -Ele riu.
–Deixa de ser mal humorada, vem dançar. -me puxou pela mão fazendo balançar um pouco.
–Sabe que eu sou horrível para dançar. Para! - Ele riu. -Vou procurar a Alice.
–Ah esquece ela, vem cá. -Puxou-me pela mão, longe das pessoas.
–Damon!
–Vamos bella! -Chegamos em nossa mesa.
–Que foi?
–Vou beber. Daqui a pouco a Alice aparece aqui. Esse devia ser o primeiro lugar que ela tinha que ter olhado.
–Verdade. -Ri. Ficamos em silencio, às vezes alguns comentários evasivos. Era meio sem graça ficar daquele jeito com ele, mas parecia que a situação forçava aquilo. Suspirei de novo. Por que as coisas tinham que ser tão complicadas? O mundo devia ter algum tipo de solução própria, mas não, tinha que nos deixar sem nenhuma base de nada. Ele pediu as bebidas. Ofereceu-me, eu aceitei. Já estava no inferno mesmo. Abraça o capeta!
–Ela está demorando. Aquela espetada não pensa?- Eu ri.
–Não fala assim dela! -ele riu e de novo o silencio constrangedor se instalou. Eu nem tinha tanta certeza se o que as meninas diziam era verdade. Como eu poderia simplesmente dizer que não haveria nada se eu nem sabia o que ele queria? Pensei em algumas maneiras de conduzir a conversa e me amaldiçoei por ser tão inexperiente. Mordi o lábio.
–Bella? -Ele me chamou.
–Pode falar. -fitei-o, sorri ao perceber que ele parecia tão perdido quanto eu. Jogou a cabeça para trás.
–Acho que você já sabe. -ele falou com dificuldade. O olhei.
–Damon... -Comecei balançando a cabeça.
–espera.
–Ah isso é tão estranho.
–deveras! Eu estou até usando a palavra “deveras!” -revirei os olhos.
–bobo! -ele parou de sorrir olhando-me nos olhos. Eu já sabia a resposta. Eu sempre soube, mas por que parecia tão difícil por em palavras.
–você é minha melhor amiga. -Falou serio.
–você também. E isso é totalmente esquisito. Quer dizer... Eu nunca pensei... Sei lá. - Proibi-me de sequer pensar o nome de Edward.
–E eu acho que... Eu to... Que estou apaixonado por você! Pronto falei! Você já sabia mesmo e pronto acabou. -Ele começou devagar depois estava falando muito rápido. Pronto. As cartas estavam na mesa. O que eu devia fazer? As perguntas surgiam na minha mente, mas eu já sabia. Eu estava decidida a não iludir e nem magoar o Damon. Ele era meu melhor amigo e eu não ia fazer isso com alguém que eu amava de novo.
–Damon... -Ele se levantou, eu o segui e nos fomos para outra parte. “Alice que se vire.” Murmurou. Caminhamos até a entrada do pub. Estava cheio, lotado de pessoas. Perfumes diferentes e vozes desesperadas difundidas pela musica alta. Caminhamos até a parede menos cheia de pessoas. A parede era de carpete cinza escuro.

(N/A:”You And Me - Life House”Sugestão de música aí para vocês! ^_^)
–Desculpa. Ali estava horrível. Não que aqui seja melhor, mas... -Eu ri.
–Tudo bem.
–Então... -Ele recomeçou.
–Damon, eu preciso que entenda... Que... Ai isso é tão complicado! Eu não...- Ele entendeu, mas não pretendia desistir, eu li isso em seus olhos.
–Bella, espera, me da uma chance. Vamos tentar. -Insistiu.
–Mas Damon, eu não consigo, eu sei que eu não consigo. Eu... Eu não sei... Eu não sou como as outras garotas, quer dizer, eu... Eu não consigo, não posso. - Eu não consegui olhar em seus olhos enquanto falava, o que tornava tudo ainda mais difícil. Fazia parecer que eu não havia tomado a decisão. -Eu não quero te magoar. E vai ser exatamente o que eu vou fazer, como fiz com Jacob. Eu não quero te magoar Damon, me perdoa. Eu... -Não pude continuar. De repente tudo parecia embaçado e sem forma.
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Damon me calou, colando seus lábios aos meus sem esperar que eu pedisse ou sequer aceitasse. Não correspondi no inicio, ele moveu seus lábios nos meus, apertando-me com força. Arfei. Foi uma explosão estranha, um segundo de insanidade, eu correspondi seu beijo, apertando-me contra seu corpo e passando os braços ao redor de seu pescoço. Foi um segundo incrível, mas então as conseqüências daquilo voltaram para minha mente como uma bala, ele entenderia errado, tornaria tudo mais difícil. Eu soube disso, ainda assim, foi com dificuldade extrema que levei minhas mãos ao seu peito tentando empurrá-lo. Ele era incomparavelmente mais forte que eu, mas me soltou. Ofegante e olhando-me com desafio.
–Por que fez isso?- Perguntei um pouco pasma e um pouco ofegante também. Ele riu.
–Por que me deu vontade.
–Então toda vez que você tem vontade de beijar alguém, você beija e pronto. Sem pedir permissão ou nada do tipo?
–Sempre fiz assim, ninguém nunca rejeitou. Você não seria a primeira. E porque foi preciso. Acho que agora você vai ter algo mais para considerar. Eu sei que você também está apaixonada por mim, não entendo o que está te travando, mas podemos superar. -O encarei incrédula. Ele ergueu uma sobrancelha. Sorri, talvez fosse uma boa idéia me apaixonar, talvez pudesse dar certo. Suas mãos passaram por minha cintura e ele me beijou. Mais calmo, apenas roçando seus lábios aos meus, me fazendo um pouco querer que ele me beijasse de verdade. Finalizou com um selinho. -Pensa bem. -Disse em meus lábios. -Eu estou disposto a correr o risco. -E então saiu. Deixando-me ali sozinha, Com os lábios semi-abertos em espanto.
–É assim então? Você vai deixar tudo em minhas mãos? Eu já estava decidida Damon! -Claro que não houve resposta. “Porcaria!” E então eu ri. Minhas ações não estavam em ordem com meus pensamentos. Pulei quando ouvi um grito.
–AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! Não acredito que ele te beijou hein Bellinha? Aii que tudo gente! Morri! - Eram Alice e Rose que apareceram pulando. E gritando e rindo.
–AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH! Eu também não!!! -Gritei pulando, me perguntando por que eu estava fazendo isso. Elas riram.
–Bellinha desencalhou, Bellinha desencalhou. -Elas cantaram, começaram um tipo de dança. Rebolando um pouco, faziam um movimento circular com os dois braços e em punhos. Isso eu não ia fazer.
–Eu não decidi totalmente ainda está bem?
–Está ótimo! Depois de um beijo daquele, quem ainda tem duvidas? -Rose perguntou.
–Eu não e você? -Alice completou me encarando.
–Está bem! Eu não tenho mais tantas duvidas assim. Talvez nenhuma mais....
–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH!! -Mais gritos e comemorações. Nós gargalhamos.

***
Cheguei a minha casa sozinha. Usei o Volvo de Edward, uma vez que esse teve que ser rebocado pela Alice e eu estava sem carro. O garoto vomitou o intestino, mal podia andar. Damon ajudou a levá-lo para casa. Eu também ajudaria, mas não queria vê-lo daquele jeito. Não queria ver o que ele estava fazendo. E ele desmaiou. Na verdade nenhum deles estava em boas condições. Todos bêbados. Essas saídas sempre acabavam assim. Era extremamente perigoso, eu notei isso de perto quando vi os meninos insistindo para dirigir. Na visão deles não estavam tão bêbados. Podiam fazer qualquer coisa. Por sorte as meninas não haviam entornado todas embora ainda fosse meio doentio. Entrei em minha casa acabada. É claro que as minhas pequenas doses também tinham feito efeito, eu nunca bebia. Normalmente em pessoas como eu, pequenas doses também podiam ser malvadas. E por mais que eu não tenha dançado ou me divertido tanto Houve Stress e “comemorações” suficientes. Durante a viajem de mais ou menos uma hora minha preocupação era palpável. Ninguém ali parecia são. Liguei para as meninas, elas também já haviam chegado. Elas disseram que Damon dormiria na casa da Alice. E Rose levou Jasper.
–Estamos todos bem agora. Mentira! -Eu preferia ter sido presa. Morrer em um acidente do que entrar em casa. Aposto que eles também. “Que merda!”. Meu medo piorou. As luzes estavam acesas e havia movimentação demais na casa. Abri a porta. Renée estava no telefone com os olhos arregalados. Nós saímos sem avisar por volta de 6hPM e voltamos depois das 4hAM. Olhei meu celular, havia mais de quinze chamadas não atendidas. O bip de mensagem tocou.
“Agente vai morrer! Estamos ferrados! Oq vc vai fazer??? Carlisle está aqui! Agente com certeza vai morrer!” Alice. Se ela estava tentando me consolar ou acalmar não conseguiu. Eu me senti meio vazia de medo quando ela falou sobre Carlisle. O que ele estava fazendo em casa? Então meu estomago embrulhou quando Renée desviou o olhar, encontrado-se com o meu.
–Oi mãe. -Sussurrei, sem mais nada para dizer. Meus pais eram super protetores. Eu estava ferrada. Deu um sorriso amarelo.
–Bellla! Você está bem! -Ela correu para me abraçar. Eu desejei que ela não notasse nada por mais tempo. E então me senti culpada por não avisar ou coisa do tipo. Parecia que ninguém se lembrou de fazer isso. No meu caso era mais complicado porque não seria só avisar, também teria que consegui permissão. Isso me irritou um pouco.
–Por que não estaria? Não estavam preocupados comigo estavam? -Ela me soltou. Essa tentativa de mostrar que isso não era tão anormal não funcionava. Soube disso quando ela me encarou com raiva.
–Você está louca! A última vez que te vi você tinha saído com a Rosalie, então se manda com o maluco do Edward que estava me enlouquecendo de pressa sem nem dizer tchau! E depois some e me diz que eu não tenho que ficar preocupada? Onde você estava mocinha? - Que porcaria! Que droga!
–É tudo culpa do Edward! Ele que ligou para a Alice do nada! Eu ia voltar para casa, mas aí ele decidiu chamar todo mundo para um pub aí e... -Sua expressão de tédio não ajudou muito.
–Não quero desculpas. Você podia ter voltado.
–Mas eu estava com ele! Eu ia voltar de Port Angellis a pé? - Ela arregalou os olhos. Onde estava Charlie, esse me preocupava, Renée eu ia enrolar.
–Vocês - estavam -em -Port -Angellis! -Opa! Agora não enrolava mais.

A conversa durou muito tempo. Foram insuportáveis os sermões. Eu queria dormi e estava com dor de cabeça. Charlie não falou muito, mas foi bem pior do que se ele tivesse tagarelado na minha cabeça como Renée. Acho que normalmente isso era pior. Silencio, falta de punição. Ou melhor, eles nos puniam com a culpa. Quem foi o idiota que inventou esse método? Suspirei pela décima vez, me odiando por ter mandado Charlie me castigar e brigar comigo mesma. Agora eu tinha me dado duas semanas de castigo. No final ele ainda riu dizendo que se eu blefasse mais alguns minutos ele teria cedido e me daria só uma semana de castigo. Eu era uma idiota. Acho que precisamos ser pais para aprender a calcular o tempo dos castigos. Pelo menos seria uma historia legal para contar para as meninas e distraí-las do nome “Damon”. Em minha cama sorri. Eu sabia que poderia ser bastante arriscado. Eu amava Edward, disso eu não tinha duvidas, mas eu sabia que estava sentindo algo diferente por Damon. Algo que era novo e excitante, entretanto eu não podia dizer o quão duradouro seria. Com esses pensamentos caí na inconsciência.
–Bella! Bella! Enlouqueceu! Acorda! -Renée me balançava na cama. Gemi cobrindo minha cabeça. Eu não havia dormido nada! -Eu não mandei gandaiar em plena segunda feira! Levante Srta. Swan, você tem aula!
–Mãe! -Reclamei cansada. -Eu estou com sono.
–É, eu também, mas não tenho nada por enquanto. Você devia estar arrumada. -Bocejei. Espreguicei-me na cama tentando expulsar a preguiça, mas estava complicado. Agarrei-me a idéia de dormi na aula de historia. E foi consolada por isso que entrei no chuveiro. Meus músculos relaxaram, mas nada fazia meus olhos abrirem totalmente. Escolhi uma blusa mais leve. Hoje não fazia tanto frio. Nada de sol, mas sem chuva. Um copo meio cheio, ou em minha visão, meio vazio. Bocejei pela vigésima vez e cambaleando engoli meu café com pressa. Estava atrasada.

Não esperei a aula de historia para dormi. No primeiro horário eu estava desmaiada sobre a mesa. Estranho o professor não me incomodar ou algum aluno. Não prestei atenção em Edward ou Tânia ou Angela. Credo!Eu devia ser bem fraquinha para essas coisas, pois todo mundo parecia tranquilo.
–Um. Dois! Um. Dois! Um. Dois! -Gritava o treinador enquanto os meninos se exercitavam ou sei lá. Eles corriam rápidos e com força, sem sair do lugar. Estremecia só de me imaginar fazendo aquilo, embora para eles parecesse ser fácil. Suspirei, estava ali esperando Alice. Ela não estava entusiasmada na arquibancada junto com as outras animadoras, parecia preocupada. Decidi não passar no campo para ir até lá. Enviei uma mensagem para seu celular. Segundos depois ela olhou-me sorrindo e veio em minha em direção. Conversamos um pouco antes que eu voltasse para minhas aulas. Suspirei. Como alguma coisa podia ser tão entediante como escola? Não fazia sentido. O Sr Mason continuava citando William Shakespeare esperando que alguém se propusesse a entender e mostrar o que “ele quis passar com tal frase.” Em parte eu entendia a maioria delas, mas não estava a fim de falar e ter alguém rindo da minha cara. Ele escrevia algumas coisas na louça, eu não via como poesia e citações poderiam ser medidas com números ou alinhamentos. Suspirei.
–Está cansada da aula Srta Swan? -Tive um impulso de dizer que eu odiava a aula dele.
–Estou bem.
–Mas você parece entediada. Sabe que pode sair quando quiser da minha sala. -Suspirei olhando-o com um tédio que chegava a parecer desdém.
–Eu estou bem. Como eu já disse.
–Então, se está bem em minha aula não me incomode com esses suspiros de novo.
–Tudo bem. -Risadinhas e murmúrios começaram bem antes do fim da bronca. Que ótimo! Quase louvei aos gritos quando o sino tocou, guardei minhas coisas com pressa e corri da sala. No corredor esbarrei em algum infeliz.
–Ai desculpa! - Como se essas pessoas daquela escola fossem capazes de me desculpar.
–Fazer o que né Swan? Já estou até acostumado! -Mike falou rindo. Eu ri sem graça. Continuei andando com pressa pelo corredor, parei onde o mural da escola estava pendurado com alguns recados. Havia algo novo ali. O desenho de uma pessoa com um microfone e uma guitarra chamou minha atenção. Parei para ler e me espantei ao ver que eles queriam fazer um “coral” na escola. Tentariam conseguir uma verba criando um concurso no baile de fim de ano, juntando alguns alunos talentosos para participar. É claro que me inscrever não me ajudaria em nada na música. Talvez o coral fosse uma idéia legal, não o concurso. Pensei nisso, no coral. Uma coisa interessante para considerar. Voei imaginando que se eu me saísse bem e me concentrasse talvez pudesse até ser aceita em Julliard. Preencher o formulário não custava nada. E depois bati na minha testa com essa mania de criar hipóteses, nem me apresentar direito eu conseguia!
–Hmmm Legal hein? -Alice falou ao meu lado.
–É mesmo! -Jasper estava com ela. Revirei os olhos.
–Nem pira! Estou fora! -Alice me olhou incrédula.
–Você não pode está falando serio! E a Srta tomou a decisão do Edward? -
–É verdade Bella, um concurso é ótimo. -Busquei minha melhor expressão de tédio.
–E como isso me ajudaria hein? O coral é uma boa idéia, mas concurso? Pelo amor de Deus!- Eles fizeram biquinho.
–Ainda acho que é uma boa idéia. -Jasper tentou.
–Ai ai... Não vou participar. - Havia alguns nomes escritos na lista. Qualquer um com notas dentro da media poderia se inscrever. Haveria testes e audições até que os dois finalistas se apresentassem no baile. Um seria escolhido por votação. Alice começou a mexer no meu cabelo prendendo-o com um elástico.
–Ai Alice. - Ela riu e Jasper a acompanhou.
–Ai Bella! Tira esses óculos. -Suspirei.
–não começa vai. -Ajeitei os óculos no meu rosto e fomos em direção a nossa mesa. Todos eles nos olharam, Tânia parecia mais interessada em nós do que o comum. Ela havia nos visto fixados no mural, perguntei-me no que ela estava pensando quando seus olhos tornaram-se um pouco astutos. Ela me fuzilou e eu correspondi com o mesmo olhar. Edward não estava ao seu lado como eu esperava, ele estava do outro lado da mesa conversando com Emmett e Rosalie, os olhos inchados, um pouco vermelhos e parecia sentir dor. Ressaca. Mas não era só isso. Ele parecia triste. Mais do que o comum. Suspirei já imaginando a razão. Perguntava-me porque Alice e Emmett não ficavam tão abalados quanto ele.
A aula terminou chata e desmotivadora como sempre. Bufei enquanto travava o carro. As chaves não funcionavam. Simplesmente ele não travava.
–Sentra de segunda mão, idiota! -Reclamei, desistindo e caminhando até lá para travar manualmente. Era brincadeira! Chovia um pouco. Deixando a grama da entrada naturalmente úmida, molhada. Entrei em casa pensando banalidades. Me perdi pensando no que faria no próximo dia, eu tinha dever de casa. Deixaria para terminar no final do dia. Pensei em Alice, eu queria falar com ela sobre Damon, embora já soubesse o que ela diria. E Rose também. Distraída com o assunto “Damon” entrei em casa com um sorriso maior que a minha cara cantarolando alguma coisa.
–Nossa já chegou! -Renée atestou com um falso pesar. Fiz uma careta.
–Que tal “boa tarde filhinha. Como foi o seu dia?” E essas coisas? -Ela revirou os olhos.
–Vai esperando. - Ri. Joguei minha mochila num canto da sala, me jogando no sofá ao lado da minha mãe. Suspirei.
–O que está fazendo aqui? -Falei sorridente.
–Ficar um tempo com a minha adorável filhinha. -Ela sorriu inocente.
–Sei, o que está aprontando?
–Eu é que pergunto! Que sorrisão é esse hein?
–Hã? - fiquei confusa.
–Acha que me engana Isabella? Pode ir falando quem é?
–Desde quando garotos é o único motivo de fazer as meninas sorrirem hein?
–Desde que Deus criou a Eva, por exemplo? -Gargalhei.
–Pelo amor de Deus!
–Fala logo!
–Ta! O Damon... Ele me beijou! -confessei, sentindo minha pele arder. Eu devia parecer um tomate maduro agora. Os olhos da minha mãe se arregalaram.
–O que? -Ela falou com um sorriso gigante. -Mentira! Filha aquele gato! Tirou a sorte grande! – e ela dançou pela sala. Isso era a minha mãe? Parecia a Rosalie. Todo mundo ficava falando que o Damon era gato. Eu me cansaria de ouvir isso.
–Para com isso! Por que não fala como uma mãe normal? -Reclamei balançando a cabeça incrédula. -Me proíba!
–Você quer que eu te proíba?
–Não!
–Então ta! Não acredito! Que emoção!
–Para! –Falei rindo e me deitando. Ela me abraçou. Ficamos paradas encarando o teto sorrindo bobas.
–Mas e o Edward! –Meu sorriso desapareceu. E eu me senti alarmada.
–O que? –perguntei tentando não parecer nervosa.
–Ah pare Bella! Não venha fingir! Odeio quando faz isso! Vamos começar como mãe e filha! –O que? Ela queria conversar como mãe e filha?
–Eu não tenho nada com aquele cabelo de pica-pau. –Ela revirou os olhos.
–Mas queria né. –Ela falou caindo em uma gargalhada trovejante. Encarei a cena incrédula. Até minha mãe estava zombando de mim!
–Não queria não! Está louca? –Falei sentindo vontade de dar um tapa nela, mas era minha mãe. Fazer o que?
–Ah hã! Ta! Se me dizer a verdade falo o nome do cara por quem eu era apaixonada no segundo ano. –Senti a curiosidade ferver dentro de mim. A minha mãe já teve outros namorados? Por que eu queria saber isso. Era minha mãe!
–Ta! Eu sou louquinha pelo Edward desde a sexta serie. Ou antes. –Ela riu.
–Nossa! Achei que fosse durante o high school. –Fiz careta. Afinal, mães sempre seriam mães.
–High School! –Fingi uma gargalhada. Ela cerrou os olhos.
–Hunf!
–Algumas coisas não mudam. –Falei com um ar debochado. Ela riu.
–É. Filinho de peixe, peixinho é. –Arregalei os olhos.
–Que papo é esse? –Ela caiu em outra gargalhada.
–Coisas para adolescentes não saber. –Fechei a cara.
Ficamos conversando coisas banais. O caso adolescente da minha mãe não passava de historias bobas no final. Aproveitei a tarde me esquecendo um pouco das outras coisas. Minha mãe não parava de me incentivar a me jogar com tudo para o Damon. “Tudo, mas tudo mesmo.” Eu ri quando ela disse isso, mas logo depois veio a lição de moral. Típico de pais. Esquivei-me desesperadamente do assunto. Terminamos nossa “conversa de mãe e filha” depois de algum tempo, a noite caiu e nós não percebemos.
–Oi meninas! Que alegria é essa? –Charlie perguntou sorrindo ao nos ver abraçadas as gargalhadas.
–É o amor Charlie! –Renée falou sorrindo. O sorriso dele desapareceu. –Da família. – Ele riu de novo. Deixando a arma e o casaco no chão.
–Que bom! –Ele veio em nossa direção. Pulando conosco no sofá. Soltei um grito agudo. Renée riu mais, puxando-o para um selinho rápido. Ele gargalhou. Nós nos abraçamos. Me esquivei um pouco. Charlie me puxou pela cintura.
–Pode voltar gatinha! –gritei de novo.
–Luta da aranha! – Renée exclamou. Ele nos prendeu com as pernas e os braços. Nós gostávamos de brincar com “luta da aranha” quando eu tinha sete anos. Comecei a me debater em seu aperto soltando gritinhos, junto com Renée que fingia ser a aranha do beijo. Ela me beijava por toda parte. Nós rimos e a noite só terminou mais tarde. Fazia algum tempo desde que eu e minha família não nos reuníamos daquele jeito. Aquilo me deixara mais feliz e satisfeita do que eu imaginava. Conversar com minha mãe e descobrir que ela não era tão “mãe” quanto as mães costuma ser. Sorri na minha cama me sentindo feliz. Feliz por Damon, por meus pais, feliz por tudo. Pensando no Damon dormi com um sorriso idiota. Eu amava o Edward, mas com certeza sentia algo novo pelo Damon. Novo e completamente desconhecido. Um território escuro.
Nada dessas coisas me impediram de dirigir até Port Angellis no apartamento do Damon varias com dúvidas, totalmente indecisa dizer que tinha tomado minha decisão.

CONTINUA! HEHE!...


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Notas finais do capítulo

muahahahahaha! Sou uma altora má??? kkk
eu ia por a decissão agora, mas decidir esperar!:P kkkk
Então se preparem para ficar surpresas no proximo cap.
Bom estou bem feliz c/ os comentarios de v6, mas não esqueçam hein fantasminhas. É legal, msm que só um up para alegrar meu ♥!
bjsssssssss



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